Pov Blaine

Jesse e Rachel chegaram 3 horas depois de nós, com a desculpa mais esfarrapada possível de que Rachel tinha "melhorado". Não que seja da minha conta, mas é meio óbvio que esses dois estão se pegando. Eles agora estão na pista de patinação com uma enorme cara de satisfação, patinando como se não houvesse amanhã.

Que bom pra eles, pelo menos alguém está tendo algum tipo de ação.

Estou sentado numa das mesas tomando um suco, de frente para "Sebastian Warbler". Ele é um cara simpático, e muito bonito, não vou negar. Aparentemente eu tenho um "tipo" pra homens, e ele faz o meu. Mas está mais preocupado em ficar secando Kurt do que qualquer outra coisa, o que me irrita bastante.

Kurt e Sam estão mais caindo do que patinando juntos. Apesar de Sam ser alegadamente 100% hétero, eles tem uma química inegável juntos, e são ótimos amigos. Acho que sinto uma espécie de inveja dupla de Sam.

"Você gosta dele." - Sebastian diz, me despertando dos meus devaneios.

"O que?" - digo, e percebo que ele está olhando na direção de Kurt mais uma vez - "Não, que isso, eu não sou gay e…" - começo a falar, mas Sebastian me olha como se fosse absolutamente óbvio que eu estou mentindo.

"É, gosto." - admito. Afinal, o que esse estranho novo colega vai fazer com essa informação, não é mesmo?

"Ele sabe?" - Sebastian me pergunta.

"Sabe." - digo, mexendo no canudo do suco - "Mas isso não me ajuda muito."

"Olha, acho que discordo." - Sebastian aponta discretamente para Kurt, levantando apenas um dos dedos da mesa. Eu viro a cabeça e vejo Sam caído no chão, dando risada. E Kurt de pé, olhando para a nossa mesa. Ele me vê olhando e desvia imediatamente o olhar. Eu deixo escapar um sorriso.

"Bom, que bom pra você. E que azar pra mim." - Sebastian também sorri.

O "casal flutuante", Jesse e Rachel, chegam bem nessa hora, acompanhados de Quinn e Puck. É estranho pensar como a configuração do Glee Club mudou tão drasticamente nos últimos meses. Nós mal saíamos pra comemorar antes, e quando éramos forçados pelo Sr. Schue, esse seria o momento em que Puck e eu estaríamos fazendo Bullying com Artie e nos perguntando porque a gostosa Quinn Fabray estava pendurada no telefone com o namorado perdedor que nunca aparecia em nada.

Todos se sentam ao nosso lado, e Puck encara Rachel com uma cara engraçada.

"Tomou um chazinho, Rachel?" - ele pergunta, com malícia na voz. E Quinn lhe dá um tapa na cabeça.

Pov Jesse

"VOCÊ NUNCA MAIS VAI ENCOSTAR EM MIM, JESSE ST. JAMES SCHUESTER!" - Rachel grita comigo, sentada em minha cama e com os braços cruzados. Ela está chateadíssima comigo, simplesmente porque mencionei que a mãe de Santana não estará em casa hoje a noite. Eu tenho dado aulas a Santana a várias semanas, mas a mãe dela sempre está em casa para nos acompanhar, acho que pra se certificar de que a filha está mesmo estudando. Hoje cedo no colégio Santana me disse que sua mãe não estaria em casa hoje. E eu achei prudente contar pra Rachel.

"Porque você acha que ela te contou isso antes, Jesse?" - Rachel diz, ainda de braços cruzados. Eu nem tenho tempo de responder.

"Pra você levar camisinha!!!!!" - ela exclama, com as mãos pro ar.

"Um homem prevenido sempre tem uma camisinha na carteira, Rachel." - eu digo, a provocando. Ela me ataca como um Chihuahua nervoso, tentando tirar a carteira do meu bolso.

"Me dá essa carteira agora!!!!" - ela exclama comigo. Rachel é extremamente ciumenta, o que chega a ser engraçado.

Eu dou minha carteira em sua mão, que pensa um pouco e não a abre. Ela abaixa a cabeça, e me devolve a carteira.

"Não vou invadir sua intimidade." - ela suspira.

Eu abro minha gaveta de cuecas, pego meu último pacote de camisinhas e jogo em seu colo.

"Estão todas aqui, bobona! Se quiser pode levar pra casa, são pra usar com você mesmo." - digo, e ela da uma risadinha.

"Eu confio em você." - ela diz, um pouco envergonhada - "Eu não confio é nela!"

Eu dou uma gargalhada.

"Bobona, eu amo você." - digo, guardando meu pacote de camisinhas de volta na gaveta.

"Mas a gente não está fazendo nada…" - ela diz. Depois da nossa última aventura, tivemos que zerar o prazo de contagem do nosso acordo, e voltamos à estaca zero.

"Eu amo você, bobona! E eu dou conta dele sozinho, pode deixar" - aponto para minha cintura.

"Mas e se ela te seduzir?" - Rachel faz carinha de gato abandonado.

"Ela não vai me seduzir, Rachel!"

"E se ela de repente tirasse a roupa bem na sua frente, hein, o que você faria?"

"Ficaria chocado." - digo. Ela franze o rosto - "e desviaria o olhar, Rachel Berry."

"AH SIM!" - Dramática como é, Rachel novamente joga as mãos para o ar - "Você está me dizendo que se aparecesse um par de peitos na sua frente, te dando sopa, você ia simplesmente desviar o olhar, Jesse St. James?"

"Estou." - digo.

Rachel ergue a blusa e o sutiã imediatamente nessa hora.

2 semanas sem ver meus peitinhos favoritos. Puta que me pariu, como eles são gostosos!

"VOCÊ ESTÁ CLARAMENTE OLHANDO, JESSE!" - Rachel diz, e abaixa a blusa.

"Estou olhando porque são meus." - digo. Ela dá um sorrisinho tímido, e fica sem palavras.

"Porque você está tão cismada com isso, Rach?" - pergunto, a abraçando por trás.

"Ela tem peitos grandes. E você gosta de peitos." - ela confessa suas inseguranças pra mim.

Eu a levo até o seu espelho, ainda a abraçando por trás. Quando estamos de frente pra ele, eu beijo seu pescoço e ergo delicadamente sua blusa. Esse sutiã abre pela frente, já aprendi, e o abro com uma das mãos, brincando imediatamente com seus mamilos, o formato de seus seios, e o quanto eu os amo. Meu corpo enrijece imediatamente, e ela sente.

"Eles são perfeitos, Rach. Não só porque eu te amo, mas porque qualquer homem ficaria louco em poder tocá-los do jeito que eu posso. Você mexe tanto comigo, acha que eu te trocaria por um par de peitos aleatórios?"

"Você está dizendo isso porque quer continuar tocando neles." - ela se vira na minha direção.

"É precisamente por isso que estou dizendo." - digo, e ela me dá um tapinha no braço.

"Se você não for…" - ela desliza seus dedos delicadamente por cima da minha calça - "eu posso te deixar fazer mais do que tocar neles…"

"Hum…." - eu sussurro - "e o nosso acordo?"

"Suspenso por hoje. Sem zerar a contagem." - ela diz, me provocando.

"Tentador, muito tentador…" - eu digo, aproximando minha boca do bico do seu peito. Ela inclina a cabeça pra trás. Eu respiro bem próximo deles, louco para abocanhá-los e me perder em seu corpo mais uma vez.

Mas eu paro e fecho seu sutiã ao invés disso.

"Bobona!" - digo, e dou um beijo em sua testa - "Você não pode me comprar com os seus peitos."

Ela faz um biquinho.

"Vamos fazer assim: eu vou rapidinho, dou minha aula, e vou direto pra sua casa depois, tá bem?" - digo.

"Minha mãe não vai estar em casa hoje." - ela diz.

"E você acha que eu não sei?" - brinco com ela, enquanto saímos juntos do meu quarto.

Pov Rachel

A porta do meu quarto se abre, e Jesse entra. Essa é a primeira vez que ele usa a chave de emergência do meu apartamento. São 21:16. Espero que ele não tenha dirigido como um louco.

"Oi, bobona." - diz, se sentando na ponta da minha cama.

"Oi, bobão. Como foi lá?" - não consigo segurar minha língua.

Ele respira fundo.

"Decepcionante, na verdade." - ele diz - "Você acredita que ela não me mostrou os peitos?" - ele ri, e eu taco minhas almofadas repetidamente na cabeça dele, que continua rindo, até que se solta do meu ataque e me deita na cama, ele por cima de mim. Eu lhe dou um selinho.

"Hum… alguém me prometeu uma coisinha hoje…" - ele diz, levantando delicadamente a minha blusa. Eu permito que ele continue, então ele abre meu sutiã e toma um dos meus seios na boca. Como eu senti falta disso! Deixo que ele curta alguns minutos, e o afasto com meus braços.

"Ainda falta o outro…" - ele reclama, e eu o faço olhar meu rosto.

"Castigo por ter ido." - digo, e ele faz carinha de cachorro pidão.

"Presta atenção em mim, tenho 2 notícias pra você, uma boa e uma má."

"Hum…" - "ele pensa um pouco, e como continua olhando pros meus seios ao invés do meu rosto, eu lhe dou um tapa no braço e me cubro com a camisa.

"Aaarg!" - ele reclama - "Tá certo, vou prestar atenção."

"Vou começar pela má: minha mãe me ligou e ela vem pra casa daqui a pouco." - ele emite um muxoxo, e olha pro próprio pênis.

"Perdemos por hoje, amigo." - diz, e senta na cama. - "Tá certo, assim não quebramos o acordo. E a boa, qual é?" - ele me pergunta.

"Sim." - digo. Ele me olha confuso por alguns segundos. Até que se dá conta do que estou falando.

"Sim… tipo sim?" - ele diz, e eu abro um sorriso - "Sim, estamos namorando?"

"Sim, estamos namorando." - digo. E ele me interrompe com um beijo, se jogando novamente em cima de mim.

"Jess… minha mãe tá chegando…" - digo, e ele começa a beijar meu pescoço.

"Rapidinho…" - ele me pede - "uma vezinha só…"

"Não, ela pode chegar." - digo. Ele para de me beijar, e está com um biquinho lindo.

"Mas eu quero transar com a minha namorada…" - diz, e eu beijo seu biquinho.

"Temos todo o tempo do mundo." - digo, e ele suspira em concordância.

"Certo, namorada."

"Certo, namorado." - digo. E ele deita sua cabeça sobre o meu peito.

"Eu só…. Não quero contar pros nossos pais ainda, tá? Preciso me preparar." - digo.

Ele ergue a cabeça e olha nos meus olhos.

“Rach…” - ele respira fundo - “Então o que muda?” - ele se senta na cama. Me sento ao lado dele, e seguro sua mão.

“Eu… eu preciso me preparar. Tudo na nossa vida vai mudar. Eles não vão mais deixar a gente dormir juntos, ficarmos sozinhos em casa…”

Ele passa a mão no cabelo. Está nervoso.

“É, nesse ponto você tem razão. Principalmente se contarmos pra ele que a gente já…”

“A GENTE NÃO PODE CONTAR ISSO, JESS!” - Meu coração pula uma batida só de pensar nisso - “Eles vão surtar!”

“Rach, a gente vai precisar contar pra eles algum dia.”

“Eu sei, eu sei.” - me levanto, e estou dando voltas pelo quarto.

“E o que você planeja, então?” - ele me pergunta, me acompanhando com o olhar enquanto continuo dando voltas pelo quarto.

“Bem… a gente começa a dar sinais.”

“Eles não vão notar.” - Jesse diz - “A gente cresceu pendurado no pescoço um do outro, Rach, eles não vão perceber a diferença.”

“Vão perceber se você ficar encarando meus peitos com esse seu novo jeito ‘Jess safado’.”

Ele dá uma risadinha.

“Alias, eles parecem um pouco maiores hoje.” - Ele diz, seu sorriso safado se formando.

“Eu tô quase naqueles dias. Eles incham um pouco.”

“Incham, é?” - Ele está de pé, e toma meu rosto nas mãos - “Interessante. E te incomoda, ou eu posso…”

“MEUS. OLHOS. ESTÃO. AQUI. JESSE!” - Lhe dou um tapa no braço, e ele ri.

“Desculpe.” - Ele diz, e posiciona suas mãos em minha cintura, por baixo da camisa.

“Eu vou dizer pra minha mãe que tô começando a gostar de você, e ver como ela reage.”

“Hum…” - ele diz.

“Depois a gente diz que se beijou. E pede a permissão deles pra namorar.”

“Uhum.” - ele concorda com a cabeça, suas mãos subindo pela minha cintura.

“Ai… ai eu converso com a minha mãe, e digo que quero ter a minha primeira vez com você.”

“E aí eu tiro sua roupa.” - Ele diz, e aproxima seu corpo de mim. Um arrepio percorre todo o meu corpo, do dedão do pé à ponta da cabeça.

“Jess… estou falando sério. Você tá muito tarado hoje, tem certeza que não aconteceu nada na casa daquela garota?” - Eu digo, cruzando meus braços. Ele ri, e senta na cama.

“Não é nada disso, bobona. É que eu acabo de saber que estou namorando a garota dos meus sonhos. Faz alguma ideia do que eu quero fazer com você agora?” - Ele não desvia o olhar de mim em nenhum momento, e eu sinto minhas pernas bambeando.

“Mas o que você achou do meu planejamento?” - pergunto.

“Ótimo. Mas não vai funcionar porque o meu pai E a sua mãe vão me capar no momento que você disser ‘a propósito, estou querendo transar com o Jesse’. Mas não vejo outra saída, temos que encarar as feras.”

“Talvez eles não reajam mal. Talvez estejamos com medo por nada.” Eu digo, me sentando em seu colo, de frente pra ele.

“Tem razão.” - ele me dá um beijo nos lábios - “Ah… Oi Shelby.” - ele diz, olhando pra minha porta. E eu pulo do seu colo imediatamente.

Só percebo que ele está me zoando quando já estou no chão.

Me levanto e começo a atacá-lo com meus travesseiros, enquanto ele cai na gargalhada. Ficamos por minutos assim, eu o atacando com os travesseiros e com cócegas, até que ele se solta facilmente do meu abraço, me gira e fica em cima de mim, e nos beijamos. Nosso beijo é incrível, como todos são.

“Eu te amo, Rachel Barbra Corcoran Berry.” - Ele diz, e eu sorrio - “Vamos com calma, então.”

“Assim podemos continuar brincando escondidos…” - eu o provoco, e ele faz uma carinha linda.

“Hum… gostei disso.” - ele diz, e quando começa a beijar meu pescoço, eu o empurro pra longe de mim.

“Minha mãe está chegando. Vá tomar banho!”- Me levanto e vou até o armário separar uma toalha pra ele. Ele precisa urgentemente de um banho gelado, e eu também.

“Vou ter que dormir de cuecas, já que alguém me mandou vir direto pra cá, e não tive tempo de ir em casa buscar umas roupas.” - Jesse fala como se morássemos em cidades diferentes, quando ele é literalmente meu vizinho. Eu jogo a toalha pra ele, que a agarra no ar, tira a camisa e começa a ir pro banheiro.

“Então dorme pelado de uma vez.” - eu grito, quando ele entra no banheiro - “Não tem nada aí que eu já não tenha visto mesmo.”

“VAI SER UMA NOITE BEM LONGA!!!” - Ele grita, já ligando o chuveiro.

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Enquanto Jesse toma banho, eu preparo sanduíches para nós. Sei que ele gosta de presunto, mas eu me recuso a tocar num pedaço de carne morta, então os faço apenas com queijo. Ele não se importa, já está acostumado, já que eu sou vegetariana desde os 9 anos.

Enquanto procuro o cortador de pão, paro e penso na nossa relação. Eu conheço esse cara a minha vida inteira, e ainda assim, preparar esse sanduíche pra ele é tão especial agora. Jesse e eu estamos namorando.

Eu não planejei dizer isso a ele, na verdade. Não há razão nenhuma pra que tenha sido hoje. Eu só percebi que já sabia a resposta a muito tempo, e quando ele entrou por aquela porta hoje, que eu precisava dizê-la em voz alta. Eu o amo tanto, tanto, de um jeito que eu nem sabia que era possível.

Acho o cortador, e corto o sanduíche dele em formato de coração. Ele não come as cascas de qualquer maneira, é uma das poucas manias chatas que ele tem desde criança. Eu sei tanto sobre ele. Quero agradá-lo e fazê-lo feliz, quero ser a melhor namorada que ele já teve.

Entro no quarto equilibrando nossos pratos. Ele está deitado em minha cama, mexendo distraidamente em seu celular. Sua camisa está um pouco levantada, e consigo ver os poucos pelos que ele tem na barriga. Seu cinto está em cima da minha cômoda, e como sua calça está larga, eu consigo ver o cós da sua cueca aparecendo. Seu cabelo está molhado e caído na direção do travesseiro, já que está bem grande atualmente, exatamente como eu gosto. Seus olhos azuis estão concentrados no celular, e seu peito desce e sobe enquanto ele respira. Eu o admiro por alguns minutos, e sinto que meu coração pode explodir a qualquer momento.

Ele é lindo, de todas as formas possíveis e imagináveis. E é só meu, todo meu.

“Jess…” - digo, colocando nossos lanches na cômoda - “vamos pro chuveiro…?” - eu sussurro o meu pedido, um pouco envergonhada. Meu corpo inteiro sente falta dele, tanta que chega a doer.

Ele me olha nos olhos, e joga o celular pro lado. Levanta da cama imediatamente, e me puxa em direção ao banheiro.

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Jesse me penetra no exato momento em que desce minha calcinha. Estou pronta, estou mais do que pronta, e o recebo confortavelmente. É doce, delicado, feroz, é tudo o que eu poderia querer. Já me acostumei a tê-lo em meus braços, entre minhas pernas, e esse sentimento mexe com todo o meu corpo enquanto ele me leva pra debaixo do chuveiro e deixa a água cair sobre nós. Eu ainda estou de sutiã, que está todo molhado agora, e ele se mexe dentro de mim enquanto termina de me despir. É a melhor coisa que eu já senti, ser dele, ser namorada dele, e saber que ele é meu. Sinto que todos os passos da nossa vida convergiram até esse momento, até sermos um.

Ele se movimenta bem lentamente dentro de mim, e nos beijamos, curtindo cada segundo.

“Rach, cheguei!” - Escuto minha mãe gritando.

Nós dois congelamos imediatamente.

“Rach?” - Minha mãe pergunta, e eu a ouço bater na porta do meu quarto. A porta do banheiro está aberta.

Meu Deus do céu, que eu tenha trancado a porta do quarto!

“Tá tomando banho?” - ela pergunta. Me esqueci que o chuveiro está ligado, não faço ideia se tranquei ou não a porta do quarto antes de entrarmos aqui. Tudo o que eu consigo pensar é no fato de que JESSE.ESTÁ.DENTRO.DE.MIM.NESSE.MOMENTO. E ele continua rígido, aliás.

“Uhum!” - Eu grito, o mais alto que consigo.

“Diz que eu mandei um oi…” - Jesse sussurra, seu rosto prendendo um sorriso. Eu dou um tapa em seu peito.

“O Jess tá aí no quarto!” - Grito, tentando garantir que minha voz saia o mais normal que eu possa. O filho da mãe volta a se mexer dentro de mim!!! Eu vou matá-lo quando terminarmos!

Mas não quero que ele pare.

“Oi Jesse!” - minha mãe grita.

“Oi Shelby.” - Jesse grita, com a voz perfeitamente normal e o pênis perfeitamente rígido. Como raios ele ainda tá assim?

“Vou tomar banho também, depois venham cá pra gente escolher o que comer.”

“UHUM!” - Eu grito, enquanto o safado do meu namorado pré-morto beija meu pescoço e acelera seus movimentos dentro de mim.

Eu vou te matar!” - Sussurro no ouvido dele.

“E eu vou fazer a minha namorada gozar. Agora. Só pra mim.” - ele diz, olhando nos meus olhos.

E eu desmancho no mesmo momento.

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Toda a coragem do ‘Jesse aventureiro destemido’ desaparece no exato momento em que ele chega ao ápice e se desencaixa de mim.

“Puta que pariu!” - ele diz, quando a ficha começa a cair.

“Seca.bem.esse.cabelo!” - o intimido, enquanto corro pro quarto e me enfio nas minhas roupas íntimas. Coloco o primeiro pijama que encontro. Ligo meu secador, e viro imediatamente na direção de Jesse, que ainda está colocando a calça jeans

“ANDA.LOGO!” - Passo o secador pra ele, que o coloca na direção dos cabelos desajeitadamente.

É bem nessa hora que a porta do meu quarto se abre. Eu não tinha trancado.

Puta.que.pariu!

“Vou pedir logo a pizza pra dar tempo de chegar enquanto tomo banho, estou morrendo de fome.” - Minha mãe entra no quarto olhando pro celular, provavelmente digitando o pedido. Ela ergue o rosto, e nos vê.

“O JESSE TOMOU BANHO EM SEGUNDOS, MÃE!” - É a primeira coisa que eu consigo pensar. Principalmente porque O ZÍPER DA CALÇA DELE CONTINUA ABERTO!!!

“Tá bem…” - minha mãe diz. Percebo que seus olhos percorrem o quarto em segundos, e vão de mim para Jesse, e de Jesse para mim.

“Tá na hora de cortar esse cabelo, Jesse.” - Minha mãe diz. Eu tenho CERTEZA que ela viu o zíper.

“Eu vou querer de mussarela!” - digo. Minha mãe olha pra mim.

“Você só come mussarela, Rachel.” - ela diz - “E cogumelos. Tá tudo bem por aqui?”

“O zíper da minha calça quebrou.” - Jesse diz. Não sei em que momento ele arrancou o zíper sem que nenhuma das duas visse, mas o fecho está em suas mãos nesse momento. Eu sei que não estava quebrado, porque fui eu quem abri essa calça minutos atrás!

“Vou ver se algum short velho meu cabe em você.” - ela diz, e sai do quarto após dar mais uma olhada pra nós.

Minha mãe não toca mais no assunto, e comemos a pizza olhando pro jornal na tv, Jesse vestindo shorts extremamente curtos, apertados, e cor de rosa.