POV Sam

Estou sentado no banco do vestiário, vestindo minhas meias após o treino de futebol, quando o vejo se aproximando de mim: Blaine Anderson. Quase todos já saíram, e acabamos ficando só ele, eu, e alguns poucos que terminam de se vestir longe de nós. O interrompo antes mesmo que ele inicie a conversa.

"Não quero saber." - Digo, e ele revira os olhos.

"Qual é, cara, eu só quero conversar." - ele diz, já se sentando ao meu lado. Ergo meus olhos e o encaro, sem a menor paciência, enquanto ele claramente enrola até que estejamos sozinhos.

"Agora você pode falar?" - sou ríspido.

"Eu só queria me desculpar com você, por aquele dia." - ele diz.

"Você quer se desculpar ou o Kurt te disse pra vir se desculpar?" - ainda não entendi o que diabos está acontecendo.

"O Kurt e eu não… não estamos… juntos. Fui eu quem beijei ele. Mas ele não retribui nada disso, não se preocupe." - ele diz, com um misto de dor e vergonha nos olhos.

"Cara, o que você é? Gay? Bi? Pan?..."

Ele leva alguns segundos antes de admitir.

"Gay. Acho."

"Que bacana pra você." - me levanto, e estou guardando meu capacete no armário - "E como você pretende seguir agora, hein? Quer beijar o Kurt às escondidas, sem o consentimento dele, bater em todo mundo que acidentalmente ver isso acontecendo…"

"Eu já te pedi desculpas." - ele me interrompe. Me aproximo dele um pouco rápido demais.

"É, e eu não me importo. Já quebrei seu nariz uma vez, posso quebrar de novo. Entre você e eu, tá tudo esclarecido." - estou involuntariamente o prendendo na parede - "Mas o Kurt é um dos caras mais legais que eu já conheci, e ele merece muito mais do que ser um brinquedinho teu."

"Será que você pode me deixar falar?" - ele responde, com um pouco de agressividade na voz - "Eu quero ser uma pessoa melhor, caramba, ser mais do que o babaca do futebol!" - ele me afasta, e eu sigo sem a menor paciência com ele.

"Ótimo, já deu o primeiro passo, reconheceu que é um babaca."

Ele revira os olhos e dá uma risada irônica. Desiste de falar comigo, e vai guardar suas coisas em seu armário.

Apesar de não ser exatamente a pessoa mais pacífica do mundo, nunca fui do tipo violento, mas esse Blaine Anderson definitivamente me tira do sério. Kurt é um cara incrível, com um coração puro, e merece muito mais do que ser o brother sigiloso de um covarde.

Termino de me vestir, e antes de sair, me aproximo dele outra vez.

"Cara, eu só tô nessa escola a meses, e já não te suporto, todo mundo que eu gosto não te suporta também. Você quer ser uma pessoa melhor? Ótimo. Não é pro Kurt que você vai ter que provar isso, é pra mim. E se você machucar o Kurt ou a qualquer pessoa que eu amo de novo, eu.vou.quebrar.o.seu.nariz.outra.vez! Estamos entendidos?" - digo.

"Claro como água." - ele diz. E eu saio do vestiário antes que ele diga qualquer outra coisa.

POV Jesse

Estou apoiado no meu carro, mexendo distraidamente no celular e esperando Rachel chegar. Ainda a levo em casa antes de ir pro trabalho.

As coisas entre nós estão… normais. Ainda nos sentamos na mesma mesa, trocamos mensagens todos os dias, vamos e voltamos da escola juntos, mas temos procurado não nos abraçarmos ou nos tocarmos mais como antes. É estranho, anormal e incômodo, mas eu entendo o lado dela, entendo que é necessário. Eu ainda ruborizo como um garotinho quando me lembro de tudo o que já descobrimos juntos, e do quão incrível foi. Nunca senti uma conexão tão forte assim antes.

"Hey!" - Quinn aparece na minha frente, com um sorriso gigantesco no rosto.

"Hey, Quinn." - digo, e ela continua sorrindo.

"Beth." - diz, e pousa as mãos na barriga - "eu estava errada, como sempre."

"Ual, uma menina! Parabéns, Quinnie!" - digo, e lhe dou um abraço forte. Percebo que posso estar sendo eufórico demais, e a olho com preocupação.

"Eu não sou feita de manteiga, tio Jesse." - diz, e eu dou risada - "Você é o primeiro a saber depois da gente, descobrimos ontem depois da reunião do New Directions." - ela me conta que está amando o estágio com Shelby, e que tem procurado conciliar as consultas com os dias de ensaios do Glee Club, já que ele não tem estágio às quartas, e quer faltar o menos possível.

"Sei que você não é católico, e que ainda está muito cedo pra pedir, mas Noah e eu gostaríamos que você fosse o padrinho dela." - ela me diz, com o sorriso mais verdadeiro que já vi nela. Sou invadido pela sua felicidade.

"Claro que sim, Quinn! Mas tem certeza que o Puck concordou com isso?" - às vezes ainda é difícil pra mim acreditar que ele simplesmente não faz mais Bullying comigo, ou com qualquer outra pessoa da escola. Puck parece uma pessoa completamente nova agora, e está até mesmo fazendo trabalhos extras para recuperar as notas ruins do primeiro bimestre.

"Claro que concordou, mas ainda estamos discutindo sobre quem será a madrinha. A irmã dele é muito nova pra isso, ser madrinha de alguém é uma grande responsabilidade." - Quinn é bastante religiosa, e leva as instituições da igreja bem a sério - "O ideal é que ela fosse batizada por um casal, sabe? Mas quem mandou eu engravidar aos 18, né?" - ela diz.

"Se bem que eu tenho quase certeza de que, pela forma como estamos sendo observados agora, já posso considerar que a Beth terá um casal de padrinhos em breve…" - ela diz, e aponta para o outro lado do estacionamento. Kurt, Tina e Rachel estão conversando próximos ao carro de Kurt, e Rachel está olhando para nós. Quando nossos olhos se encontram, ela abaixa a cabeça, dá um sorrisinho e coloca uma mecha de cabelo atrás da orelha. Não posso evitar sorrir também.

"E então, alguma coisa pra me contar, senhor Jesse St. James?" - Quinn me olha com um olhar provocador.

"É, estamos descobrindo no que vai dar." - Digo, e é a minha vez de abrir um sorriso gigantesco. Ela sorri de volta pra mim, e olha para Rachel, que parece ter voltado a nos observar. Faz um sinalzinho com as mãos, a chamando, e Rachel se despede dos amigos e vem até nós.

"Oi." - ela diz, se aproximando de nós um pouco envergonhada

"Oi." - Quinn responde, e prende o riso como quem guarda um segredo - "Estava contando ao garotão aqui que é uma menina: Beth, Puck escolheu o nome." - ela diz, e Rachel dá um pulo, seguido de um gritinho de alegria, e dá um enorme abraço em Quinn.

"Parabeeeens! Já podemos contar ao pessoal?" - ela pergunta, e quando Quinn diz que sim, elas fazem sinal para Kurt e Tina se juntarem a nós.

—---

Estamos parados no estacionamento do prédio a uns 15 minutos, Rachel falando sem parar sobre o que já decidiram para o setlist das Regionais, que se aproximam. Shelby não está em casa, ela tem trabalhado muito na emissora, e ambos Rachel e eu concordamos que é melhor não ficarmos sozinhos na casa de nenhum dos dois até descobrirmos o que faremos com as nossas vidas.

O dueto será de Quinn e Sam, e Rachel parece inconformada com o fato de que Santana foi escolhida para fazer o solo, apesar de ela ter feito ambos o dueto e o solo na última apresentação. Estou dando risada dela, e ela me critica por estar rindo deste "momento tão sério e tão importante para o desenvolvimento da sua futura carreira como protagonista de musicais da Broadway", o que só me faz rir ainda mais. Eu deveria estar indo pro trabalho agora, mas estou aqui, preso em suas palavras e nesse momento tão normal entre nós dois e que não tem nada de romântico, mas que ainda assim é tudo o que eu quero ter.

"Você quer ir ao cinema comigo amanhã à noite?" - Pergunto, de repente - "Sei que não deveria estar te perguntando isso, e juro que não estou tentando influenciar sua decisão. Eu só quero passar mais tempo com você." - digo o que meu coração sente.

Ela, que estava serelepe e falante segundos atrás, parece ficar um pouco tímida.

"Está me convidando como amigo…" - ela abaixa a cabeça, e uma mecha de cabelo cai no seu rosto.

"Não." - digo, colocando a mecha atrás da orelha dela novamente - "Estou sendo totalmente inadequado e te chamando pro nosso primeiro encontro.".

"Eu ia adorar." - ela diz, e eu sou o homem mais feliz do mundo nesse momento.

POV Rachel

Meu primeiro encontro com Jesse. Ual.

Estou tão nervosa que é como se eu nunca tivesse tido um primeiro encontro na vida. Não sei o que vestir, não sei como arrumar o meu cabelo, e desde que ele me deixou em casa após a escola hoje, tudo o que eu consigo pensar é que quero que a noite chegue logo e ele venha me buscar. Ele vai sair do trabalho, tomar um banho e virá me buscar a tempo de pegarmos a sessão das 19:00h.

Começo a me arrumar quase 3 horas antes do necessário. Escolho um vestido branco que faz eu me sentir como se fosse uma fada, e prendo metade dos meus cabelos num penteado simples. Estou terminando de aplicar meu gloss labial quando vejo minha mãe pelo reflexo do espelho, ela está no jornal da madrugada hoje, e daqui a pouco precisa se arrumar para sair de casa, também. Eu comentei com ela que iria ao cinema hoje a noite.

"Hum… Quem é o rapaz sortudo? Vou finalmente conhecer o famoso Finn Hudson?" - ela me pergunta. Eu contei a ela que terminamos durante a viagem à casa da minha avó, e parece tão estranho ouvir o nome dele agora.

"Não, eu só vou ao cinema com o Jesse mesmo." - desconverso. Ainda não consigo sequer imaginar conversar com a minha mãe sobre o Jesse.

"Ah." - ela parece surpresa - "é que você tá toda arrumada, pensei que fosse sair com algum menino." - ela diz, e nem sequer passa pela cabeça dela que eu estou saindo com um menino. Jesse e eu fomos criados praticamente juntos, e sei que ela ainda nos vê como as duas crianças que espalhavam todos os brinquedos pela sala.

"Não posso ficar bonita pra mim mesma?" - digo, procurando não olhá-la nos olhos.

"Claro, você já é a minha mocinha, não é?" - ela me abraça, e dá um beijo na minha cabeça - "e vai que você encontra alguns gatinhos da escola na fila do cinema, não é? Mas não deixe o Jesse amedrontar todos eles, hein! A dica é levar uma amiga pra ele se distrair" - ela está brincando comigo, mas não faz a menor ideia de como isso faz eu me sentir, como a maior mentirosa que esse planeta já viu.

Enquanto a síndrome da mentirosa tenta me esmagar, a campainha toca. E eu disparo em direção à porta antes mesmo de entender o porquê.

"Oi."- abro a porta pra ele, e digo antes que ele se incline na minha direção - "a minha mãe está em casa hoje."

Ele parece ficar congelado no mesmo lugar.

"Estão atrasados, é?" - minha mãe já começou a arrumar o cabelo, e não está prestando muita atenção em nós. Jesse continua parado no mesmo lugar com cara de idiota.

"Oi Shelby." - ele praticamente sussurra.

"É, estamos atrasados!" - digo. É a desculpa perfeita pra justificar a minha corrida involuntária e o fato de que Jesse sequer se moveu desde que abri a porta. Pego minha bolsa que estava em cima do sofá, e apresso a nossa saída.

"Jesse, se for dormir aqui em casa tragam pão pro café da manhã, porque o que tem aí é pouco." - minha mãe diz, gritando de dentro do banheiro. Nós sempre fomos uma família, pra ela. Mas não faço ideia de como ela lidaria com a ideia de ter Jesse como genro, agora.

—---

Nós quase perdemos a sessão. Jesse viu o horário errado no site, e nós só descobrimos por acaso enquanto eu confirmava os filmes disponíveis pelo site no meu celular a caminho do shopping. Saímos correndo destrambelhadamente pelo shopping de mãos dadas, e como ele é absurdamente mais rápido do que eu, eu sou praticamente rebocada. Nos sentamos nas cadeiras do cinema bem no momento que os trailers se iniciam, e estamos dando risada e recuperando o fôlego: nós dois adoramos assistir aos trailers e descobrir as novidades, e já nos comprometemos a voltar e assistir pelo menos dois dos filmes anunciados.

Quando o filme está começando, eu o expulso da sessão para comprar a pipoca que não tivemos tempo de comprar, afinal de contas, foi ele quem viu o horário errado de qualquer maneira. Ele volta uns bons 10 minutos depois, reclamando que a fila estava enorme e equilibrando o pacote de pipoca e os dois refrigerantes na mão, enquanto o cara da fileira de trás reclama do "idiota passado na frente da tela". Nos concentramos no filme, damos risada das cenas de comédia, eu engasgo com a pipoca em dado momento e preciso do refrigerante dele pra desinstalar, já que já acabei com o meu, e eu me sinto tão, tão feliz de estar com ele agora, de poder ser eu mesma a cada segundo. E eu poderia deixar esse momento pairar no ar e se desfazer, eu não tenho desculpa nenhuma já que não há cenas românticas no filme, mas tudo o que eu quero agora é quebrar o meu próprio acordo e lhe dar um beijo. E quando me inclino em sua direção e coloco minhas mãos em seu pescoço, ele retribui ao beijo e eu poderia me perder nesse momento, porque é como se fosse o primeiro. É como se fosse o nosso primeiro beijo, o meu primeiro beijo, o primeiro beijo dado no mundo.

O universo se expande, e tudo tem uma nova cor. É um sentimento novo, único, e eu o recebo em meu coração com toda a certeza do mundo, como se sempre estivesse aqui. Quero envolvê-lo eternamente em meu abraço e nunca mais deixá-lo ir.

Nesse momento, eu acho e tenho certeza de que estou me apaixonando irrevogavelmente pelo meu melhor amigo.

E eu não poderia estar mais feliz.

POV Jesse

Nosso beijo só termina quando as luzes se acendem. Não penso no filme, no nosso acordo, não penso em nada a não ser nesse momento com ela, o beijo mais longo que já demos.

Quando a sessão acaba, saímos de mãos dadas do cinema e paramos para comer um hambúrguer vegano no restaurante favorito dela. Eu tento ganhar um ursinho pra ela numa daquelas máquinas do shopping, mas é ela quem acaba conseguindo pegar um pra mim, depois de eu ter gastado em moedas um valor que provavelmente daria pra comprar um urso numa loja. E quando começa a ficar tarde e nos lembramos que ainda temos que passar no supermercado, nós vamos embora de mãos dadas outra vez e eu penso que esse é o melhor encontro que eu já tive.

—--

Estamos na fila do supermercado, e de alguma forma, a cestinha de compras que só deveria ter um pacote de pão e uma manteiga tem umas 5 embalagens de shampoo e cremes pra cabelo diferentes. Rachel gastou vários minutos lendo rótulos e saiu jogando tudo o que gostou na cesta que eu agora equilibro. Ela pega mais um shampoo que estava largado numa das prateleiras próximas ao caixa e está distraída lendo o rótulo. O caixa ainda atende o cliente antes de nós, e começo a organizar as compras na esteira quando meus olhos esbarram no que está pendurado no caixa.

Camisinhas. Estou sem nenhuma.

Meu primeiro pensamento instantâneo é: preciso comprar camisinhas. Eu literalmente gastei todas as que eu tinha no meu quarto… da última vez que Rachel foi pra lá. Mas nós prometemos que não vamos fazer nada pelas próximas 3 semanas que ainda faltam até o término do nosso acordo, então se eu pegar um pacote agora, será que Rachel acharia que eu estou sugerindo alguma coisa? Ou pior, será que acharia que eu estou planejando usá-las com outra pessoa? Ela continua cismada com a história das aulas à Santana Lopez. Nunca pensei que comprar um pacote de camisinhas seria uma decisão tão complicada.

Seria muita burrice minha não ter camisinhas comigo. Principalmente porque talvez eu durma na casa dela hoje. O que não quer dizer que eu estou planejando fazer algo. Mas, de novo, seria muita burrice minha não ter camisinhas comigo. Eu poderia comprá-las amanhã, sem que Rachel as visse, mas uma voz no meio da minha calça...cabeça me diz para comprar elas hoje e dormir no quarto de Rachel.

Minha cabeça vence e eu tento aproveitar o fato de que ela está distraída lendo o rótulo do shampoo para pegar um pacote e o tacar na esteira sem que ela veja. Mas, lei de Murphy, ela ergue a cabeça bem na hora que eu as pego da prateleira. E eu paro com o pacote na mão em pleno ar.

Ela olha pro meu rosto, olha pro pacote de camisinhas na minha mão, e olha pro meu rosto outra vez. Como não faço ideia do que dizer, escolho não dizer nada. Como num filme, vou descendo o braço em câmera lenta e coloco o pacote na esteira.

Espero que ela diga ou faça algo, enquanto nos olhamos. Se ela me disser que não preciso comprá-las porque não vamos usá-las, vou devolvê-las à prateleira e fingir que isso nunca aconteceu. Se ela me acusar de querer usar isso com outra pessoa, estou pronto para contra argumentar.

E então ela pega mais um pacote de camisinhas da prateleira e o coloca na esteira, um sorrisinho tímido escapando do rosto.

Meus lábios tentam prender o meu riso enquanto pego outro pacote de camisinhas da prateleira e o coloco na esteira junto aos outros dois.

—---

"Foi uma ótima noite." - ela diz, quando a deixo na porta de casa. Estamos sussurrando, pois apesar de Shelby não estar mais em casa, meus pais estão na minha, e somos vizinhos. Já foi estranho ver Shelby hoje, não sei o que faria se meus pais ouvissem nossa voz e resolvessem sair por alguma razão.

"Foi uma ótima noite." - respondo, ainda sussurrando, e olhando em seus olhos. Nossas mãos estão entrelaçadas.

"Vimos um filme." - ela diz - "ou meio filme."

"Comemos hambúrguer." - eu completo.

"Você perdeu 10 dólares pra uma máquina de pegar bichinhos."

"8." - corrijo, com minha honra ferida e o ursinho que ela ganhou pra mim guardado no meu bolso.

"Compramos pão…" - ela diz.

"Compramos pão…" - repito.

"E camisinhas." - diz, e uma risada está escapando.

"E camisinhas." - também rio da situação.

"Podemos cortar os beijos oficialmente do nosso acordo, não podemos?" - ela me pede. E eu a beijo, em resposta.

"Podemos." - digo quando nosso beijo acaba, nossas testas coladas uma na outra.

"Jesse…" - Rachel sussurra ainda mais baixo, olhando nos meus olhos - "Seria muito inconveniente se eu te deixasse entrar na minha casa no nosso primeiro encontro?" - ela diz, abrindo a porta atrás de si.

E quando ela entra em casa e puxa minhas mãos para acompanhá-la, eu não posso evitar segui-la.