Adotada Pela Loucura

Capítulo 47- Helena?


Quando o fim chega, todos se decepcionam, mas nunca notam que bem no começo, eu já estava em ruínas. Porque vocês nunca notam? Estou quase me cegando. É um Adeus... ou em breve?

[...]

" Jeff não vai me achar aqui... Ou talvez me ache, porque está meio óbvio tudo isso."

Eu vi o chão chegar, e comecei a caminhar com um sorriso. O portão abriu, e eu continuei a caminhar, com os braços pra trás.

Vi algumas Creppypastas, chegarem e acenarem.

– Você, por aqui?

Parei por um instante. Reconhecia a voz...

Me virei e vi Philip, e Katy. Os dois quase se agarrando. Revirei os olhos.

– Oi, babaca.

– Não fala isso dele.- Katy disse.

– Ah, que nojo.- Eu disse.- Esperava mais de você, Katy.

– Acabou a sua vez, e eu encontrei ela.- Ele disse sorrindo.

– Acho que... a sua, vez acabou. Porque, sabe como é, eu não sou burra o bastante pra não entender que você é um mimado de merda.

– PARA COM ISSO!- Katy disse avançando pra cima de mim.

– Não aguenta a realidade, querida? Quer que eu mostre ela pra você?- Eu disse sorrindo.

Ela tentou pegar meu braço e eu empurrei ela. Balancei a cabeça, vendo ela se levantar.

– Que coisa mais ridícula. Não precisa desse show todo, casalzinho. Não vim gastar meu tempo fora, porque ele é curto. Abraço, pra vocês.- Disse me afastando.- Nojentos...

Continuei caminhando e encontrei a casa de Zalgo. Ou mansão, porque dentro era enorme, e por fora nem tanto.

Os guardas olharam pra mim assustados.

– Se..senhorita Malennie?- Um deles disse.

– Sim, porquê?

– Não... queremos confusão.- Um deles disse apertando a mão, que segurava um enorme machado.

– Confusão? Bem, isso é ótimo. Nunca trago confusões. Fiquem calmos... Talvez só traga um pouco de...tragédia.- Eu falei.- Mas, apenas vim falar com Zalgo. Podem abrir a porta?

– Está bem...- Ele abriu a porta que rangeu e eu suspirei.

Caminhei um pouco e ouvi barulhos parecidos com passos. Vi Zalgo descer as escadas e me olhar.

– Malennie! Que surpresa! Achei que nunca iria me visitar depois da briga entre seus pais...

– Só vim falar com você. Na verdade me esconder...

– De novo?- Ele disse ironizando.

– Sim, de novo.- Falei.- Também queria te fazer um pedido.

– Qual?

– Queria me tornar uma Creppypasta.

Ele começou a rir.

– Minha querida, para se tornar creppypasta, não é só pedir. Se não humanos estariam pedindo a mim a cada instante. Não é tão fácil...

– Então como isso acontece?- Disse seca.

– O dia, acontecerá de repente. Você não saberá momento, hora. Apenas acontecerá.

– Entendo.

Ele olhou maldosamente pra mim.

– Mas existe um jeito mais rápido...

" Você não me engana..." Disse mentalmente.

Arqueei minha cabeça e olhei pra ele.

– E qual, seria?

Ela retirou um colar, de algum lugar. Era o mesmo da primeira vez que o conheci.

– Olhe fixamente pra esse medalhão...- Ele disse sorrindo.

Eu comecei a olhar, mas sabia onde isso iria me levar, então comecei a minha cena.

– Eu sinto algo estranho...

– Isso é normal, é seu corpo se modificando... vamos se concentre.

Continuei um pouco.

– Eu sinto... algo... estranho...

– Oque?- Ele disse abrindo mais o sorriso.

– Que não sou estúpida o suficiente, pra cair na mesma coisa duas vezes, babaca.- Disse tirando o medalhão da minha cara.

Ele parou de sorrir.

– É, tenho que admitir, fui tolo, em tentar enganar minha invenção.- Ele falou pegando o colar de novo.

– Então, vou ter que ficar mais um pouco aqui. Pode fazer algo, para eu não me entediar?

– Se quiser...- Ele fez um pausa olhando pra mim.- Pode ir na sala onde guardo algumas pessoas que são de minha posse.

– Como assim?

– Do tipo, espíritos, Demônios, pessoas mortas...

– PESSOAS MORTAS?!- Eu disse empolgada.

– Ah, sim.- Ele disse abrindo um sorriso pequeno.

– Onde fica a sala?!

Ele apontou pra uma porta gigante com uma placa de madeira escrito " Não entre, muito pessoal."

" Super pessoal. Pessoas mortas..."

Ele retirou uma chave de um pote, e destrancou a porta, a sala era escura, e quando acendeu a luz, senti meus olhos queimarem.

Os esfreguei, e pisquei um pouco. Olhei pra frente.

– Uau...

P.O.V Jeff

Entramos no portal e ficamos um bom tempo esperando.

Acabei caindo com força no chão, e olhei pra Jane que caiu em pé.

– Obrigado, Zalgo.

– Preferência a grávidas.- Ela disse.

– Faz todo sentido.- Eu disse me levantando.- Tá, como eu sei, provavelmente tá rolando uma treta entre a Malennie e o Zalgo, e a gente vai chegar no meio.

Jane olhou pra mim assustada.

– Medo. Como você sabe disso?

– Sinto cheiro de treta. Sabe como é.- Eu disse (N/a: EU RI')- Então, podemos acelerar o passo, se não ela vai morrer.

– Eu não me importaria...-Disse Jane baixo.

Eu comecei a caminhar a deixando pra trás.

– Você não precisa aceitar ela na família, apenas saber que ela é boa. E ela gosta de você, tente ser legal... ou eu te mato.

Ela ficou quieta e eu continuei.

– Não precisa acreditar, apenas ver o mundo, da forma que as pessoas vêm.

Ela bufou e ficou do meu lado.

– Só sinto falta, de quando eramos menores e tudo era mais divertido. Vai cansando tanta coisa repetida.

– Como assim repetida? Você já teve filhos? Olha se já teve, isso é novo pra mim, e não quero ser considerado pior pai da terra por causa disso. Então, colabore.

– Tá.

Ficamos caminhando sem falar nada, Jane diminuindo o passo as vezes.

Acabamos chegando perto de Alice, que olhou pra gente e focou em Jane.

– Você tá gorda.- Ela disse.

– Não tô não.- Jane retrucou.

– Tá. E obesa, pra falar a verdade.

– Já deu pra notar?- Ela disse tocando a barriga.

– Já. Acho que Scary toda já notou.

– Bando de fofoqueiros...- Eu disse baixo.- Mas enfim, a Malennie veio aqui, viu ela?

Alice apertou os olhos e os reabriu, sorrindo.

– Sim, ela passou aqui não faz muito tempo. Eu estava caminhando por Scary quando a vi sair correndo daqui. Não sei vocês, mas poderia ser uma das crianças.

– Tá, ela tinha cabelo curto?

– Sim.

– Estava com uma regata e shorts?- Eu perguntei.

– Sim...

– Corria igual uma idiota?

– Sim!- Alicia disse.

Eu olhei pra Jane.

– É ela mesmo. Valeu Alice.

– De nada...

Eu e Jane voltamos a caminhar, espero que ela possa se virar por alguns minutos.

P.O.V Malennie

Guarda essas coisas a quanto tempo?- Eu disse.

– Hum...- Ele começou a contar nos dedos.- Uns... 5 milhões de anos?

Eu olhei ele de cima abaixo.

– Tu é muito velho senhor. Usa a mesma macumba que a Avril Lavigne?

– Você vai querer entrar ou não?

– Você vai deixar eu respirar?- Eu disse irônica.

– Entre logo, só consuma quatro por cento do meu ar... Mundana.

– Claro... Demônio.

Eu entrei e fiquei olhando cada vidro. Tinham corpos de tudo. Vítimas de canibalismo, Ataques, experimentos etc. Bonecas, Caixas de música, espelhos e tudo mais.

Uma boneca me chamou atenção. Fiquei parada na frente dela.

– Não encare ela.- Ele disse seco.

– Porquê?

– Ela faz suas vítimas assim, você olha os olhos dela, tem uma visão de como vai morrer e em três dias tudo acaba.

Eu olhei a boneca, mas não nos olhos.

– Do mal.- Falei.- Têm algo como a... Annabelle?

– Porque diabos você quer ver a Annabelle?!

– Sei lá. Provavelmente ela está presa então não corro riscos.

– Você quem sabe...

Ela se direcionou a uma porta com correntes e cadeados.

" A coisa deve ser muito séria." Disse pra mim mesma.

Depois de um tempo, ele abriu tudo. Entrei na sala escura, e vi a Boneca, com a cabeça encostada no ombro, sorriso costurado e com o vestido sujo e surrado.

– É estranho, ela parece estar...viva.

– Mas ela está. O medo dos Mortais e Mundanos por essa boneca, fez ela cada vez mais forte. O medo dela os atacar, aniquilar e de estar viva. Quanto mais medo você têm, mais forte ela fica... Ele.

– Annabelle não é... Garota?

– Não. A "Alma",- Ele disse fazendo aspas com os dedos.- é de um garoto, só possuiu o corpo materializado de Annabelle, porque estava no estágio um, de possessão demoníaca.

– E quais são os outros estágios?- (N/a: Aulas de demonologia com a Tia Lena :D )

– Primeiro estágio, possessão de materiais. Podendo mudar de lugar, se mover, e até correr. O Segundo pode escrever, falar, e danificar objetos por "telepatia". O terceiro, já pode possuir uma pessoa.

– Uau...- Disse.- Zalgo.

– Sim?

– Você sabe qual a categoria eu vou ser?

– Não sei... depende da sua história, convivência e várias coisas.

– Ah... Obrigada. Ninguém queria me responder.

– Você deve sempre me questionar as coisas.

– Tá... então, porque você disse pra eu ter cuidado na nossa segunda ou sei lá que conversa?

– Ah, porque o Jeff é meio estranho e Jane meio... Doida mesmo.

– Olha, te garanto que nem tanto quanto o bugado do Jeff.

– É, eu não duvido. Soube que Jane te feriu.

– Nah, tudo bem.- Disse mexendo as mãos.- Tô ficando com tédio...

– Hum... AH!

Me assustei com o grito dele, e acabei me encolhendo um pouco.

– Tenho um presente pra você! Espera aqui.

– O.k, não vou sair daqui.

Vi ele se afastar e saí da sala de Annabelle, trancando e acorrentando.

Bati minhas mãos que ficaram sujas por um pó preto.

– Você precisa sair daqui agora!

–...

– Eu tô falando com você Malennie, me responde merda!

– Phillip?

– E por acaso eu tenho voz de viado?

Me virei devagar e vi uma garota. Cabelo médio preto com roxo, olhos que pareciam mudar de cor, um com um tapa-olho quase não visível por causa de uma grande mecha de cabelo. Calça jeans preta, casaco moletom azul, e o mesmo tênis que eu.

– O que é...

– OLÁ!- Ela gritou.- Am oque eu tava falando mesmo? Ah sim, sai daqui, vai rolar uma treta maligna.

– Vo-você...

Ela revirou os olhos e esticou o braço.

– Prazer, Helena. Me chame de Lena.- Ela fez uma pausa e sorriu.- Ou de Subconsciente.

Eu comecei a sugar ar desesperadamente... essa era meu subconsciente.

– JESUS ACHEI QUE VOCÊ ERA UM HOMEM PORQUE NO MEU SONHO VOCÊ TINHA UMA VOZ CHATA PRA...- Ela tapou minha boca com mão e balançou a cabeça.

– Primeiramente, sou apenas sua parte do consciente.

– Como você está em forma de...Humana?

– Simples, sou humana. Sou meio que seu espírito. Seu cérebro tem várias partes... Eu sou a Maluca,Psicótica e irônica e engraçada. Eu que te dou aquela transformação linda.

– Ah obrigada.- Eu disse.- Mas, porque você está aqui? Que parte era aquela no meu sonho? Que parte era aquela no hotel?!

– Bem, no sonho era a sua parte culpada. A que vai mudar cada parte da sua vida... Odeio aquela parte.

" Finalmente alguém que me entende."

" Eu leio mentes." Ela disse eu pulei em desespero.

– Voltando, a do sonho era rua mãe. Ela te ajudará em partes difíceis, onde escolher a felicidade... Mas pra falar a verdade nem uma das partes é muito legal. Só eu mesmo.- Ela disse passando a mão na nuca.

– É, enfim... Então, Lena. O que eu tenho que fazer?

– Sair daqui antes que Zalgo volte. O presente dele não é legal... Te garanto.

– Sinceramente, estou tão acostumada com coisas malucas que tudo bem uma ou outra coisa maluca. Mas... então, você vai ser meio que uma sombra pra mim? As pessoas te vêm?

– Vêem. Mas só os que te conhecem. Jane e Jeff me vêm. Pra falar a real, o Jeff uma vez tomou um susto quando viu eu atrás de você e bateu a cabeça na porta.- Ela disse.- Sombra é feio... Sua... Metade? É, pode ser.

– Porque você não me contou isso?! Porque não apareceu mais cedo?!

– Simples, ver as pessoas confusas como você está agora é fantástico.- Ela disse abrindo o sorriso de novo. Percebi que em um dos lados tinha um corte de sorriso, mas foi costurado.

– Oque é isso no seu rosto?- Eu disse tentando tirar a mecha.

– NÃO TOCA EM MIM!- Ela gritou puxando emu braço e me colocando no chão.- Éh... Desculpa. Foi, reflexo. Não toque em mim, beleza?

– Tá...- Ela me largou e eu me soltei.

Ela suspirou e levantou a mecha. O Sorriso ia até uma parte com mais bochecha, a linha era preta, e extensa.

– Você me lembra o Jeff.- Eu disse.

– Não sou tão feia assim, certo?- Ela disse.- Peraí, deixa eu tentar imitar ele.

Ela colocou a toca e ficou vesga.

– Assim tá melhor.- Eu disse batendo palmas e rindo.- Zalgo tá demorando.

– É, ele é lerdo. Tá com preguiça?

– Yep.- Eu disse.

– Sou seu lado com mais definições.- Ela disse.- Ai ai... Quer ver meu olho?

Ela apontou pro tapa-olho com os dois dedo indicadores.

– Pode ser.- Eu disse dando de ombros.

Ela levantou e o olho estava esverdeado, e o outro sem tapa-olho, estava marrom, mas logo estaria vermelho. Ela tapou novamente e colocou o dedo polegar metade na boca o mordendo e começou a enrolar uma mecha.

– Meus olhos mudam de cor com o tempo. Uma vez quando pequena achei que estava morrendo, por estar com o olhos todo branco e sangrando.-Disse.

– Você tem vida?- Eu disse.

– Pra falar a verdade sou tipo você de outro universo, que é uma bosta. Eu cresço no mesmo ritmo que você. Isso é legal, tenho uma irmã...

– Eu tenho... Dois irmãos então?- Eu disse, estava completamente confusa. Ela era eu? Mas era tão diferente...

– Um tá pra nascer... Mas bem, sou um pouco mais adiantada que você, e não tive nem um irmão...

– Então...

– Talvez eu seja sua única irmã mesmo.- Ela disse tirando o dedo da boca.- Meu deus Zalgo é tão lerdo assim?!

– Acho que é...

– Então vamos dar uma volta pela casa.- Ela disse puxando meu braço.

– Ei! Ele disse pra eu esperar aqui, e outra ele sabe quem é você?

– Pfff, Zalgo me criou. Ele era tipo meu amigo imaginário.- Ela olhou triste.- Jeff também...

– Como vocês e conheceram se ele é bem mais velho?

– Existe um espelho que separa a realidade dos humanos com Creppypastas. É como uma camada, só 10 pessoas de 100 conseguem a ultrapassar... Ele sempre me encontrava na frente do espelho, todo dia. De noite o rosto dele mudava para o que ele está agora, mas de manhã era tudo normal. Ele me contava sobre as coisas dele, e eu sobre as minhas. Eu prometi que um dia iria para o universo dele, mas no dia em que eu fui pro espelho... Ele não estava lá. Apenas uma carta e um medalhão.

– Vou chorar... Na moral para.- Eu disse.

– Desculpa esse tom depressão, só sinto falta de coisas... Coisas que mudaram a minha vida.

– TÁ BOM, CHEGA TÔ DEPRESSIVA AGORA!- Eu disse. Lena deu um sorriso e puxou de novo meu braço.

– Vamos pra cozinha, têm cookies lá!

–Tá bem...

Ela me puxou até lá, quando estávamos passando pela sala pra ir para lá, ouvi Zalgo.

– Malennie, finalmente encontrei!

Lena parou e firmou as pernas no chão, e serrou os olhos.

Zalgo olhou pra ela e sorriu.

– Helena, a quanto tempo.

– Oi, Zalgo...- Ela disse seca.

" Eu tô sentindo que vai rolar guerra."

" Malennie, desculpa mas... o que eu vou fazer talvez pode doer."

" O que você..."

" Apenas espere o momento."

– Ah, então Malennie, este, era um medalhão que queria te dar. Ele te dá acesso a Scary, sem precisar abrir o portal.

– Ele é bonito.- Oque eu estava dizendo? O medalhão não era o mesmo mais tinha um forte poder sobre minha mente.

– Porque não coloca no seu pescoço?- Zalgo disse sorrindo com os olhos.

– Está bem.

– AGORA!- Lena gritou e entrou dentro de mim eu senti uma dor enorme.

– Lena sua estúpida precisava fazer eu sentir tanta dor?

" Você que precisa engordar, não tem espaço aqui dentro."

– Helena! Quantas vezes te disse pra não atrapalhar as minhas coisas?!

– Eu te disse quantas vezes pra não machucar as pessoas!- Ela tinha respondido por mim... Eu realmente estava me sentindo apenas um objeto.

– CHEGA! Estou cansada de você atrás de minhas coisas, vamos acabar com isso.

Zalgo começou a sangrar e tentou me jogar contra a parede, mas meu tênis raspou no chão.

– Inútil como sempre não?- Eu disse.

" Não exagera." Lena disse.

" Foi mal, me empolguei."

Zalgo me pegou com uma das mão e começou a me jogar cada vez mais contra a parede, tentando me desacordar.

Eu tirei a faca do bolso e corri até ele, esfaqueando as costas.

– Você precisa realmente aprender a como matar um demônio!

– Porque me atacas?! Oque quer de mim?!

– ORA, OQUE! Fiz a maior burrada te dar meus poderes, e agora os quero de volta!

Ele me jogou contra a parede e senti algo entrar em mim. Olhei pra baixo, e vi minha camiseta começar a ficar vermelha, olhei pra trás de mim, e vi que uma espada que estava pendurada tinha me perfurado.

Me levantei cambaleando, e retirei a espada e a joguei no chão.

– É só isso que você têm?!

– Te garanto que não.- Ela sorriu e me pegou pelos pés me arrastando até para perto da sala de suas coisas, eu arranhei seu braço com força.

Ele olhou pro sangue escorrendo e olhou bravo pra mim. Eu tentava me levantar, ele pegou uma faca eme empurrou com força de novo pra parede e a cravou no meu olho.

Eu caí no chão com dor, e a retirei, vi o sangue escorrer sem parar de meu olho, ele estava preto quando olhei para a lâmina da faca.

– Pare logo com esse melo-drama! LEVANTE! Você me envergonha por a ter escolhido como a escolhida.- (N/a: QUEEE?!)

Eu me levantei peguei a faca e corri para a sala, procurei um crucifixo.

– Na sala da Annabelle!

Corri de novo pra porta, peguei uma espada, e a tranquei, coloquei várias estantes na frente da porta.

Peguei a chave e comecei a destrancar ouvindo Zalgo chegando.

– Abra, ABRA!

– Malennie...- Zalgo dizia.

Tirei a última corrente e vi a porta quase se abrir, Zalgo ainda cantarolando meu nome.

Abri a porta e acendi a luz da sala de Annabelle, peguei alguns crucifixos e um punhado de sal.

– Acho que isso já funciona.

Zalgo abriu a porta e eu mostrei um crucifixo pra ele.

– Uau, isso queima tanto. Não seja tola. Pequena idiota...

– PEQUENA?!

Peguei a espada e cravei no estômago dele.

– Sua...- Ele tirou ela e bufou de dor.

Ele me puxou pelo braço e me jogou de uma distância enorme, senti minha cabeça girar e vi a sombra dele se aproximar. Estava no chão, ensanguentada, desordenada e sem saber o que fazer. Helena me chamando para aguentar, mas eu não iria.

Acabei desmaiando. Senti algo sendo cortado em meu rosto. Ele estava cortando minha face.

P.O.V Jeff

Abri as portas e vi Malennie desacordada e Zalgo segurando uma katana, quase a cravando em Malennie.

Eu corria até ela, a abracei e a rolei pro outro lado.

– MAIS VÍTIMAS, GRAÇAS. ESTAVA PRECISANDO DE UM POUCO DE EMOÇÃO.

– Não toca nela!- Eu gritei peguei a katana dele e a cravei em suas costas.

Ele caiu, e me segurou pelo pescoço.

– Maldito seja o dia, em que permiti você em Scary.

– Maldito seja o dia que você foi criado.- Eu chutei o peito dele e ele caiu pra trás em soltando.

– Não me importo com vocês e sim com ela!

Zalgo a pegou de novo, eu tentei o puxar mas ele me jogou pra longe me deixando desnorteado. Jane estava parada apenas olhando.

– Ja-jane... faz algo!- Eu gritei.

Jane suspirou e apertou os olhos.

– Zalgo, não é o poder. Você não é santificado. Você não pode fugir, deixe ela em paz, volte de onde veio.

Ele caiu duro e tapou a cabeça com as mãos.

– Maldita estática!- Ele gritou.

– Volte, encare a realidade, você não é bem-vindo. Não roube a felicidade que você não teve, não faça isso.

Zalgo começou a ficar mais fraco e Jane pegou a katana e o perfurou, ele caiu duro.

Jane foi do lado de Malennie e a pegou no colo, e a colocou do meu lado.

Eu tentei me levantar, e cambaleando a levei pra fora da casa.

Vi algumas das Creppys do lado de fora, eu fiquei do lado de Masky.

– Deixe ele desacordado, depois a gente conversa com ele.

– Com prazer.

Eu me afastei e continuei andando, precisávamos cuidar dos ferimentos de Malennie, ela podia estar tendo uma hemorragia. Vou a levar para o hospital.

Algum tempo depois...

Malennie teve que fincar internada, ela fez uma cirurgia de estética, para corrigir o corte no rosto, e costurar seu corte profundo no estômago e o olho.

A cara dela estava enfaixada também, quase igual a minha depois do acidente. Cobria seu olho e seu tórax estava enfaixado. Uma enfermeira ficava o tempo todo com ela. Creppypastas e amigos dela também estavam na fila de espera para a ver.

Estava sentada do lado dela, Jane do outro lendo.

– Jane.

– Sim?- Ela fechou o livro.

– Obrigado por salvar a Malennie, mesmo não sendo da sua vontade.

– De nada.- Ela disse abrindo ele de novo.

A médica entrou e olhou pra mim triste, me levantei e fui para perto dela.

– Tenho uma péssima notícia. Na verdade duas.

– Quais?- Disse triste.

– Ela pode ficar com a cor do olho diferente, como se tivesse B.E.K. O sorriso, pode ficar maior e se abrir um pouco mais que o normal.

– Está bem.- Eu disse e a médica ficou meio confusa com minha cara normal.- Qual é a outra?

– O fígado dela foi perfurado, ela também teve uma pancada muito forte. Então ela pode ficar aqui internada e têm índices de ficar em coma.

Senti meu coração apertar.

Depois de falar com a médica, decidi ficar com ela essa noite. Não consegui dormir.

Sentei na cama dela e abri o máximo que pude meu sorriso.

– Fique logo bem, eu sinto sua falta.- Eu beijei a testa dela.

[...]