Adotada Pela Loucura

Capítulo 29 -Batidas estranhas


Eu dormi, e acordei com o despertador. Eram 05:30 da manhã, e eu com as olheiras expostas. Eu tomei banho, coloquei a farda, fiz uma trança meio desengonçada,e desci.

– Jeff? - Eu disse cerrando os olhos.

A sala estava escura, e eu não encontrava o interruptor de luz. Eu cambaleei por toda a sala, batendo em quase,todos os móveis. Depois de apalpar a parede acabei o encontrando.

– Meus olhos tão queimando! AHHH!

Eu os esfreguei com força, e ouvi um riso de criança. Abri eles espantada. "Eles adotaram mais alguém?! Não quero ter uma irmã, mais alguém pra encher meu saco!"

Eu virei minha cabeça para todo o lado, e não encontrei nada, oque me deixou mais calma. Alguns tipos de criança me assustam.

–Hum... droga, aquele palhaço não acordou. Deixa eu ir lá e...

Eu ouvi batidas fortes na janela, e aquela risada de novo. Um frio imenso passou pela minha espinha.

Virei lentamente para trás, e vi que a janela, estava com uma marca de mão, mas com sangue. Ela batia com força, pois estava aberta e ventava.

"Seja lá quem for, eu mato.Se for um ladrão por exemplo, é só pular em cima dele... Calma Annie, não é uma criança..."

Eu vi logo o Jeff descendo as escadas, e fiquei feliz em saber que não ia mais ter que passar por ouvir crianças rindo.

– Você já acordou... Hum...

– Bom Dia pra você também... Ham... Zumbi.

– Ah, se eu sou zumbi, posso comer seu cérebro!

– NEM VEM BICHO FEIO! - Eu disse me afastando.

–Tá, foi mal. Eu vou fazer seu café...

– Jeff.

– Que? - Ele disse com a coluna curvada, e com as olheiras, que na verdade eram suas pálpebras queimadas.

– Eu estive pensando sobre a Jane durante a Noite... Não acha que deveria tirar ela de lá?

– É a Jane, ela sempre sobrevive. SEMPRE. - Ele disse irritado, como se estivesse se lembrando de algo.

– Hum tá bom... Mas, ela não iria precisar de alimento... água?

– Ela deixa estocado lá. Afinal, é um porão.- Ele pegou o leite, e mais algumas coisas da geladeira e armário, pegou o copo, e colocou suco.

– Tá, tá...- Eu suspirei, e arrumei minha mochila.- Sabe, eu ouvi pancadas na janela e risadas de crianças.

Ele fez cara de surpreso e começou a olhar para o suco no copo.

–O que ouve? - Eu disse.

– Na-nada, apenas se arrume pra escola, eu levo você até lá.

Depois de comer , e me arrumar, ele me levou até a Escola, que por sinal parecia ser uma prisão.

– Bem, as 10:55 eu venho te buscar.

– Ok...- Por dentro eu estava desesperada para ele não me deixar naquela cadeia.

Eu entrei pelo portão, e uma professora, ou monitora da escola me disse onde ficar.

Logo no começo, as pessoas ficaram me encarando, e fofocando. Eu ouvi uma das meninas dizer a outra " Ela deve ser aquelas góticas mimadas." Eu parei por um instante, suspirei, e voltei a caminhar. Se essa garota, fosse da mesma sala que eu, eu a matava.

[...]