Adotada Pela Loucura

Capítulo 30 - Você de novo


Eu fiquei sentada em uma mesa de lanche, no meio de várias garotas. Eu tirei um pequeno caderno da mochila, e comecei a desenhar coisas aleatórias e que vinham em minha mente. Até eu cansar de fazer isso, e começar a observar os grupinhos das pessoas na escola, que pra mim eram ridículos.

Um deles eram garotos que provavelmente faziam esportes, e se gabavam por isso, todas as garotas que passavam na frente deles, eles assobiavam.

Outro, eram garotas da minha idade, discutindo NOVELA.

"Elas deveriam desaparecer desse mundo."

Mais um grupinho, olhando para os garotos. Aquilo me dava nojo, eu queria logo sair dessa prisão.

"Hurgh, estou ficando enojada dessas pessoas. Eu vou ir ao banheiro e lavar minha cara. Espero que tudo isso seja um sonho."

Eu caminhei até lá, e vi garotas passando maquiagem e colocando vestidos curtos.

"Ai meu deus, por favor me ajuda, eu não quero respirar o mesmo ar que elas."

Elas me olharam com caras de nojo, eu ignorei e fui lavar meu rosto. Até que uma delas puxou meu braço.

– É novata?

– Hum?

– É NOVATA? Parece mais surda!

Todas elas começaram a rir.

– Sim, sou nova na escola.

– Ah, que ótimo.- Ela disse passando a mão no cablo loiro cacheado.- Saiba que aqui, é exclusivo para nós, então vasa vai.

– Mas é um banheiro.

– Acho que não entendeu. Eu sou dona deste clube. Ou você sai, ou entra no clube. - Ela disse com cara de metida.

– Não vou sair, nem fazer parte desse clube ridículo. - Eu disse secando meu rosto.

– OQUE DISSE SUA MIMADINHA?!

– Isso mesmo que você ouviu. En-to-ja-da.

– MENINAS!

Logo todas elas me seguraram. Eu tentei gritar ou chutar, mas eram muitas.

– Eu vou te dar mais um aviso. SAI SUA ESTÚPIDA! - Ela bateu em meu rosto.

Eu senti meu sangue borbulhar de raiva. Até eu conseguir ver bem o rosto dela, e começar a achar familiar.

– Ah, acho que não entendeu ainda...

Ela retirou de sua bolsa rosa, e com babados, um caco de vidro pontiagudo e começou a olhar a ele bem feliz.

Eu me remexi com todas as minhas forças, mas elas eram muitas.

– Shhh, fica quieta sua gótica! - Uma delas disse chutando meu estômago.

– Ha-ha-ha... deixa eu te dar mais um aviso...

Ela passou a ponta da lâmina no meu braço, e percorreu ela levemente, até meu pulso.

" VOCÊ NÃO VAI FAZER ISSO!"

– Tsc... Tsc...- Ela deu um sorriso de canto.- Que garotinha MALVADA!

Ela encravou a lâmina em meu pulso e eu comecei a tentar me remexer.

– Não piore as COISAS!

Ela penetrou.

– Acho que agora ela entendeu.

Elas me largaram, e eu cai de joelhos. Vi meu braço sangrar e eu senti uma lágrima descer meu rosto.

– Oh... bebê vai chorar? - Ela disse e se aproximou de meu rosto.

Logo eu a reconheci. Era ela... A garota que eu mais odiei em toda a minha vida.

Ela mudou sua face rapidamente quando me notou.

– Não não... é ela... é ela! ELA! SOCORRO!

Ela caiu no chão e eu levantei a cabeça, com o cabelo em meu rosto, e sorri. Agora, era minha vez.

–Ha...ha...HAHAHAHAHHAHAHAHA- Eu comecei a rir psicoticamente.- Eu finalmente te encontrei... Depois de anos as pessoas me chamando de louca quando sentia sua presença... Mas não. Agora que sei que está aqui e posso... TE MATAR!

Eu levantei e puxei ela pelo pescoço, o apertando.

–Paa...ra...- Ela dizia tentando tirar minhas mãos.

– NÃO. NÃO. E NÃO! AGORA QUE EU TENHO ESSA CHANCE EU NÃO VOU A PERDER!

As garotas do grupo dela, tentaram abrir ela, mas não abria. É parece que o destino está comigo.

Quando ela estava quase desacordada, eu a larguei.

– Eu fiquei muito tempo sofrendo.

Eu chutei seu estômago. E ela caiu.

– E agora eu vou poder FINALMENTE, me vingar!

Chutei sua cabeça, e vi ela quase caindo.

– Por favor... para.

– Oque? Eu não ouvi... REPETE VADIA!

Eu chutei ela novamente no estômago, e vi as garotas de seu grupo começarem a rezar e até tentarem se matar. Acho que ela sabem o destino delas.

Ela vomitou igual a um porco.

– Isso é o seu destino. A MORTE!

Joguei ela contra a parede e ouvi as outra garotas gritarem.

Meus olhos ficaram negros. Eu senti meu sangue começar a ferver, e minha mente se revirar. A parte indefesa de Malennie Dhamer Woodh, foi embora. Agora a parte monstro minha, se revelou mais uma vez.

Eu a segurei pelas pernas, e a joguei contra a parede novamente. Vi a cabeça e corpo dela sangrar totalmente. Eu peguei o caco de vidro, e cortei seu rosto.

– Agora... SORRIA!

Gritei cortando parte da bochecha dela, até seu maxilar, formando um sorriso.

– A..ju...da.- Ela pedia um pouco desacordada.

– Ha-ha... como você é persistente...

Eu peguei a sua cabeça, e enfiei na privada ( MEU DEUS EU VOU COMEÇAR A RIR, DESCULPA CORTAR A TENÇÃO E TAL MAS EU VOU RIR MUITO!)

Vi ela ficar desacordada, e suspirei, me virando para trás.

As outras olhavam para seu corpo sem imaginar oque teria acontecido com ela. Eu me aproximei delas, e sorri.

– Acho que isso foi um aviso a vocês. Se vocês contarem oque ocorreu aqui, vou atrás de cada uma de vocês.

Uma garota ruiva de tiara vermelha começou a tremer e se direcionou a mim.

– Oque faremos com o corpo dela? - Ela disse assustada.

– Isso é problema de vocês. Ela não deve ter morrido, ( Muito forte u-u), Pois então, tomem conta do corpo dela façam qualquer coisa. MAS NÃO DIGAM QUE FUI EU. Me entenderam, ou vou ter que repetir?!- Disse olhando para cada uma.

– N-não.- Todas disseram em conjunto.

– Ótimo. Ajam naturalmente quando saírem daqui. Como se NADA, tivesse acontecido.

Eu tirei o sangue dela de meu rosto e braços, enxuguei-me, e peguei minha mochila. Eu sai de lá sorrindo.

15 minutos depois o sinal tocou.

A aula foi a mesma, coisa e vi o tempo passar na minha frente.

Quando deram 10:35, no liberaram. Eu fiquei feliz, e esperei por Jeff. Sentei em um banco, lendo um livro. Quando de repente, vi as garotas do banheiro passarem em minha frente, e me olharem assustadas. Eu sorri, e vi a Monitora me chamando para ir para casa.

Vi Jeff na porta com um sorriso, além daquele feito pro ele mesmo. As pessoas olhavam estranho a ele, como se fossem um monstro. Até que chegaram um grupo de garotas de por volta de 9 anos, e deram uma folha e caneta a ele. Eu parei por um instante e observei a cena.

– JEFF! MEU DEUS VOCÊ EXISTE, EU TE AMO!

– Que? - Ele olhou com uma cara assustada.

– SOMOS SUAS FÃS! ME DÁ UM AUTÓGRAFO!

–Ham... cla-claro...

Eu comecei a rir. Aquilo era patético, como elas saberiam que ele é um assassino em série?

– TCHAU JEFF-CHAN!

Elas saíram de lá cantando, felizes da vida e cochichando. Eu caminhei até ele, e entrei no carro.

– Oque foi aquilo? - Disse sorrindo.

– Fan girls. Elas me conhecem pela Internet, algo que até hoje odeio. Quero saber quem foi o imbecil que sabia de minha existência e colocou minha história.

Eu comecei a rir muito.

– Ignorando elas, como foi seu dia?

– Ótimo... posso dizer, - Eu olhei pra janela.- PERFEITO.

– Hum... eu em sua doida.

[...]