POV Justin

Já faz quase quarenta minutos que estou acordado, mas meu corpo se recusa a se levantar, estava fraco, não tinha nem saído do meu quarto para jantar na noite anterior me viro com dificuldade para ver o despertador mostrar que são ainda 05h46min da manhã...

Eu começo novamente a tentar a me levantar, sinto pequenas pontadas de dor em alguns cantos do meu corpo como se agulhas tivessem me perfurado.

"É hoje o dia vai ser... muito bom" falo sarcástico, não tenho aula e provavelmente vou ter que trabalhar quase o dia inteiro, só que não estou nem um pouco animado para isso.

Já estou de pé e dou passos pequenos e lentos até a porta a abro e saio me deparando com o corredor com um clima deprimente o silencio que em alguns momentos e cortados pelos roncos do meu pai que está em seu quarto.

Caminho até as escadas e as desço chegando a sala de estar e cozinha e me direciono para geladeira, a abro procuro por qualquer coisa que tenha sobrado da noite anterior acho um pote contendo salada o pego e procuro e logo encontro o que parece ser algum tipo de carne abro o recipiente revelando estar certo é bife de frango retiro os dois coloco sobre o balcão.

"Vamos lá onde está" digo procurando agora pelo pão de forma, depois de alguns minutos o acho e ponho junto dos outros dos ingredientes e começo a preparar e em poucos minutos finalizar um sanduiche.

"Sanduiche L-Justin" comento com sorriso fraco caminhando em direção ao sofá, pego o controle e me sento ligando a TV vou zapeando pelos canais.

"Já parou para pensar como as roupas estragam fácil..." a anunciante verbalizar fazendo essa parada propositalmente.

"Quer ter roupas de grande durabilidade a e ainda ter estilo..." pergunta ela tentando convencer o publico e eu troco de canal estava se paciência pra ver isso.

"A arte sofreu muitas mudanças desde a Idade Medieval" afirmava um senhor que parecia entender do assunto.

"Realmente" concordo indiferente como se o senhor me ouviu-se.

Mais uma vez eu aperto o botão.

"A lei de desarmamento não diminui o índice de armas ilegais ou da utilização das mesmas em crimes" critica, um jovem que usa uns óculos de armação quadrada, o modo como essa lei funciona.

"Na verdade o desarmamento ocorre para as pessoas de bem, um marginal que é ativo no submundo jamais entregaria sua arma ou armas" explica ele, ta isso conseguiu prender minha atenção.

Fico por mais tempo focado naquilo.

"É por isso que essa lei não deve existir" Aconselha ainda ele e continua "Um exemplo onde essa lei notoriamente não surtiu efeito positivo foi o Brasil onde a criminalidade tem uma taxa altíssima" termina seu argumento.

"Bom dia filho" Tereza se pronuncia entrando na sala, me viro para observa - lá.

"Bom dia, mãe, dormiu bem?" retribuo e indago a fitando, devo não espera ela.

"Muito parece até que eu estava numa nuvem" Responde ela deixando escapar um singelo sorriso de seu rosto.

"Mas e o ronco do meu pai" pergunto impressionado, meu pai ronca que nem um porco.

"... Digamos que arrumei uma maneira de não ouvir os seus roncos" Explica dando uma pequena risada.

POV Alex

Dream on

Caminho pelo que parecia ser uma floresta havia muitas arvores que pareciam estar mortas pelo trajeto que eu estava fazendo quando chego a pé de uma montanha vejo o que parece ser uma cabana feita de madeira me aproximo até sua entrada abro a porta e entro.

"Está vazia" indago confusa.

"Tão vazia quanto suas brincadeiras infames, Alex" ouço alguém dizer me viro assustada para me deparar com uma figura do lado de fora a 20 metros da porta, mas sua voz saiu tão nítida como se estivesse aqui perto de mim.

"O que você quer dizer com isso" Saio e fito a figura que parece ter a forma de um homem.

"Já parou pra pelo menos pensar em todas suas brincadeiras e o quanto mal ela podem fazer aos outros, principalmente a seu irmão" me pergunta, não posso dizer que nunca pensei, mas eu não faço por mal, as vezes, esse é meu jeito de ser.

"Sim, mas as pessoas devem entender que eu sou assim" respondo e me justifico

"Ninguém é obrigado a ter que te aturar, sabia, nem mesmo seus pais" me informa debochadamente, quem ele pensa que é para dizer isso.

"Você não tem o direito de falar isso e as coisas não funcionam assim, não é porque eu brinco as vezes que quer dizer que as pessoas não me aturem, eu tenho certeza que não sou tão odiada" retruco com convicção.

"Alex, Alex, Alex... você nem ao menos sabe como os outros se sentem em relação a isso, um dia vai pagar bem caro, sabia" diz o homem antes de se transformar em um borrão negro que foi engolindo tudo ao redor até chegar perto de mim eu tentei correr e falhei miseravelmente, gritei, mas minha voz não saia.

"Um dia você vai pagar..." foi a ultima coisa que ouvi.

Dream off

Acordo de sobressalto horrorizada que sonho mais estranho foi esse.

Passo alguns minutos meditando, não sou de ter pesadelos assim.

"Maldita culpa... É vou pedir desculpas ao Justin hoje" culpa consegue nos corroer por dentro as vezes.

Me levanto da cama e vou ao banheiro para fazer minha higiene matinal em longos minutos acabo, saio do banheiro e examino meu quarto meu olhar para no armário, não vou trocar de roupa agora não, ainda estou usando minha roupa de dormir mesmo tendo tomado banho, e neste mesmo instante meu estomago ronca pedindo por alimento e eu concordo.

"Vamos comer" comento animada saindo do quarto caminho em direção as escadas.

"O que será que hoje o dia me reserva" me questiono pensando no que tenho que fazer... aula claro mas sei lá acho que vou chegar um pouco mais tarde hoje, ando fazendo isso algumas vezes nesses últimos meses, vai acabar virando marca registrada, se é que já não é.

Agora já estou na sala vejo minha mãe terminando de preparar o café e Justin entretido vendo algum programa na televisão e Jerry em pé ao lado da mesa beliscando um bolinho.

"Bom dia" me pronuncio alertando minha presença fazendo olhares se focarem em mim por alguns instantes.

"Bom dia" retribui meu pai voltando a atacar mais um bolinho.

"Bom..." diz meu irmão aparentando certa indiferença voltando a prestar atenção na tv.

"Oi, minha querida dormiu, bem" pergunta minha mãe com um sorriso convidativo no rosto.

"digamos que dormi..." respondo vagamente, eu não ia falar com ela sobre isso.

"Hmm... já está pronto, venham logo" afirma e pede ela colocando mais bolinhos salgados e panquecas na mesa todos inclusive Max, que eu não tinha a visto até agora aparece de repente descendo as escadas e se senta na mesa assim como os outros e eu logico.

Comemos em um silencio quase mortal até que ouvimos na televisão uma reportagem.

"Já faz mais de 4 dias que a quadrilha de criminosos praticou um assalto, digno de um filme, há um carro forte que viajava de Albany até a cidade de Nova Iorque carregando pacotes com uma quantia avaliada em mais de 4 milhões de dólares, o ataque e o roubo foram muito bem planejados os peritos policiais dizem que os marginais fizeram uma emboscada simulando um acidente na estrada e quando os agentes saíram para tentar ajudar, foram surpreendidos, tentaram reagir, mas foram mortos" noticia uma repórter morena de cabelos ondulados "Não houve sobreviventes, as famílias se encontram muito abaladas e tentam da forma mais rápida enterrar seus parentes ao passo que também cobram por justiça" acrescenta ela.

"Meu Deus a cada semana que passa a criminalidade só vem aumentando, esses bandidos estão cada vez mais ousados" comenta minha mãe chocada ao ver a matéria.

"E cruéis" se pronuncia também o pai, sinceramente acho que as coisas ultimamente andam loucas as pessoas fazem de tudo por dinheiro e para conseguir se dar bem.

Max foi o primeiro a acabar e saiu rapidamente já subindo talvez para pegar sua mochila, afinal ele também tem aula, eu sou a segunda me levanto do um olhar rápido em direção do justin que ainda saboreia um bolinho.

Subo e vou até meu quarto para colocar uma roupa típica abro o armário e procuro por algo que me deixe bem hoje... pronto achei coloco uma calça jeans um pouco surrada, uma camisa branca manga longa com um símbolo hippie da paz em preto, um cachecol de cores neutras e um all-stars, uso um perfume pego uma bolsa para carregar minhas coisas e saio do meu quarto e me locomovo novamente até sala de estar.

"Vá para escola logo, senão vai se atrasar" aconselha a mãe, e quem disse que eu vou chegar e quero chegar cedo lá.

"Tá..." respondo, realmente chegar atrasada para mim não faz nenhuma diferença, o importante e você ir.

[...]

POV Geral

O conselho de feiticeiros estava reunido desde a manhã na sala de reunião da Feitiço Tech lá dentro todos pareciam estar num empasse ninguém concordava com nada e todos discutiam uns em tons mais altos e irritados do que outros.

"Isso não tem cabimento, é incoerente" racionaliza um dos homens na sala que está muito alterado, ele recebe sinais de concordância de outros três.

"Você diz ser uma incoerência, mas eu digo que é uma realidade, está acontecendo" responde outro homem de meia idade, de cabelos ruivos e olhos verdes que usava uma roupa social e tinha um broche em sua roupa na região do peitoral direito com o brasão de alguma corporação, e se encontrava de pé na frente de uma grande mesa que tinha o formato de uma linha curvada formando um meio círculo, tinha 10 lugares todos ocupados por feiticeiros conhecidos e de grande renome no mundo magico.

"O que propõem simplesmente não tem cabimento" fala firme uma mulher que até o devido momento não tinha se expressado.

"Mas é a verdade" explica o homem ruivo, e começa uma nova discussão que dura poucos minutos até que ser interrompida por uma fala forte do diretor da Feitiço tech.

"Todos contenham se e acalmem se, por que assim não chegaremos a lugar nenhum" fala o professor Migalhovisk fazendo todos se calarem.

"Quero que explique isso direito, de provas que fundamente a sua hipótese" pediu ele e alguns concordaram enquanto outros relutaram demostrando insatisfação.

"Está bem" movimentou a cabeça positivamente em resposta.

"A 3 anos atrás uma equipe de agentes especiais da polícia bruxa sobe meu comando interrogaram uma famosa vidente, conhecida por nunca falhar em suas previsões, que pronunciou na imprensa dizendo que uma grande força viria a ressurgir para abalar os alicerces do equilíbrio dos mundos, destruir a linha tão fraca e fina que mantem a ordem nas coisas" afirma ele e prossegue "Nós tentamos pressiona-lá a falar mas não adiantou nada pois ela se manteve quieta e a única coisa que disse foi que a gente não poderia evitar por mais que tentássemos".

"Mas que relação isso tem haver com que aconteceu, o incidente, Ellay" indaga um dos homens ao investigador.

"Bom, senhores a exatamente dois dias, sensores de energia foram disparados nos dois mundos" revela explicando.

"Sim nos soubemos foi repassado a todos" comenta rude um deles, deixando Ellay com um pouco de raiva.

"Houve uma series de surtos em determinados indivíduos de espécies magicas consideradas sensíveis a energia" puxa o ar com dificuldade racionalizando como deveria prosseguir, todos estavam um tanto impressionados os que eram contra estavam atentos a suas palavras, caso ele vacila-se.

"Eu investiguei e interroguei 1 dos seres atingidos de cada espécie..." fala sério passando a mão no cabelo para se acalmar.

"E todos tinham os mesmos sintomas, delírio, palavras desconexas e sem sentido, atitudes agressivas" suspira "Mas todos tiveram uma coisa em comum, em algum momento disseram a mesma frase, vira para abalar os alicerces dos mundos, deviam ter ouvido em algum lugar, foi como os outros policiais e investigadores justificaram, porem até o devido momento se encontra mal explicado" todos continuam a prestar atenção, ainda havendo alguns contra "Já que depois do surto nenhum deles se lembram do que ocorreu durante seu momento de descontrole, além de 95% deles disseram nunca ter ouvido essa frase especifica antes" finaliza ele que observa a todos do conselho.

Continua...