Capítulo 10

POV Justin

[...]

Hoje realmente o pessoal decidiu vir aqui para lanchar... não se passa nem 25 minutos e algum cliente aparece querendo desde um sanduiche a um hambúrguer acompanhado de uma lata de refri.

"Estava muito bom" se pronuncia satisfeito um homem, um pouco gordo, se retirando do ambiente.

"Que bom que gostou, espero que volte mais vezes" sugiro com uma simpatia de quem quer ou pretende fazer ele voltar aqui de novo mais vezes.

"Pode deixar" diz ele dando um positivo com o polegar e saindo pelas portas da lanchonete.

"Justin" chama Jerry sinalizando para eu me aproximar dele e eu o faço.

"Que foi pai” pergunto, o que será que ele quer.

"Você sabe a alguns dias atrás eu pedi para você e sua irmã dar uma organizada na toca" ele comenta, provavelmente ele deve querer que faça isso sozinho.

"Sei sim... " digo já com plena convicção do que ele vai pedir

"Bom, e já que você está aqui, pode fazer isso para mim" pede ele, sabia e mais uma vez a Alex vai se safar de ter que fazer alguma coisa.

"Eu faço, sem problemas" respondo simplesmente, não faz mal ajudar.

"Obrigado filho" agradece pela compreensão.

"Não precisa colocar tudo certinho apenas deixar mais apresentável, depois que ajeitar lá descansa um pouco pra depois voltar pra cá" aconselha, devo admitir que já espera por isso, aceno em resposta.

Vou até a entrada da toca, que para os mortais seria a entrada para o freezer, abro a porta e entro, está precisando mesmo de uma arrumação, e tudo devido ao Max e sua ideia de um mini tornada aqui faz duas semanas.

Começo tirando alguns dos papeis do chão e da mesa...

[...]

POV Geral

"O que me dizem" pede ao conselho, Ellay.

"Sim, nós entendemos a situação" se pronuncia um que se convenceu.

"E pelos seus argumentos que expos" continua outro.

"A uma chance de que essa ameaça seja real" termina a mulher do grupo.

"Então estamos de acordo que devemos tomar atitudes para impedir, caso tenha risco de acontecer, o pior" comenta esperando confirmação o homem ruivo.

"Sim" confirma o Professor Migalhovisk.

"Daremos todo o suporte que acharmos necessário para suas investigações" avisa e continua "Mas acredito que para evitar alvoroços e escândalos acho melhor deixar isso, essa iniciativa, em sigilo, não queremos o caos estamos corretos" finaliza sugerindo.

"Claro, pode deixar" concorda.

"Ainda acho que isso é apenas precipitação, mas já que a maioria concordou" murmura um dos dez que desde o início se mostrou cético.

"Mas é melhor prevenir do que remediar" argumenta o professor tranquilo e o homem se cala já que não tinha mais nada a dizer.

[...]

Em um restaurante de classe em Londres

O grupo estava reunido, sentados numa mesa com apenas quatro lugares todos ocupados, precisavam saber qual eram os progressos sobre seus planos, o que deveriam fazer para agilizar o processo.

"Encontrou o que procurávamos" pergunta Tony sereno tomando uma xícara de chá de ervas orientais.

"Não" respondeu seco Marcus fazendo um movimento que faz estralar sua mão.

"Como assim" indaga o fitando, Joseph não entendendo.

"Eu fui lá, passei o que tive que passar, perdi um dos nossos homens, e descobri que não estava lá" responde relembrando a perda do rapaz durante o confronto com aquelas criaturas e prossegue "E o que guardava não aparentava saber da remoção do item" explica ele.

"E o que você fez com ele" observando curioso Rafhael pergunta.

"Você acha que deixaria pontas, então já sabe" responde de forma que Rafa entenda o que ele quis dizer, o mesmo entende e tira sua atenção da conversa ao ver uma bela jovem passar a alguns metros da mesa em que os quatro estavam.

"E tem ideia de onde pode estar" continua Tony com sua segunda pergunta, que passa as mãos pelos cabelos curtos, numa tentativa de aliviar a tensão, desfazendo também o topete formado com o uso de gel.

"Não o sujeito, Cristian, como disse não sabia, mas eu devo supor que quem levou o amuleto sabia da existência da câmara e de como entrar nela, além de talvez também saber do poder do amuleto" responde e supõe o mesmo que tinha dado a ordem de matar o senhor citado.

"Então vamos focar no próximo alvo, por enquanto" muda de tema Joseph "Temos que saber quem é o herdeiro"

"Tranquilo, já mandei subordinados para investigar" afirma o que havia terminado de tomar seu chá alguns segundos atrás.

[...]

POV Justin

Demorou mais do que eu esperava, estava quase finalizando a tarefa de arrumar a toca, estava agora colocando os livros nas estantes era penúltima coisa a ser feita, sendo a última colocar alguns artefatos no baú que tem uma tranca magica, aberta apenas com um feitiço, Habeas Guardian.

"Olha só" pego um livro que me chamou bastante atenção estava em baixo da estante, capa dura, branco com partes parecendo ser banhadas a prata havia um título meio apagado feito com tinta que pela caligrafia aparentava ser bem antigo.

"Nunca tinha reparado você" comento, realmente tantas vezes aqui, nunca tinha visto ou ouvido falar desse livro.

Tentei abrir mas tinha uma tranca de metálica reluzente a fechadura não tinha nenhum tipo de entrada para chaves, estranho...

"Que coisa não tem abertura para destrancar, deve ser aberto por algum mecanismo" suponho que deva ser isso.

"Você acertou... " ouço uma voz sussurrar em meu ouvido me assusto deixando o livro cair no chão.

"Cuidado, é valioso garoto" ouço mas uma vez, recuo um pouco da minha posição atual em relação ao livro.

"Quem está ai" pergunto receoso, claro que uma pessoa normal se apavoraria e correria, mas sou um ser magico ouvir vozes é até certo ponto pode ser normal...

"Não precisará saber meu nome, apenas quero que me responda você quer ler esse livro, quer saber o que ele contém" indaga a voz firme.

Prefiro não forçar, penso e repenso, será que devo... os minutos se passam.

"Responda de uma vez" exigi a voz não identificada.

Sabe de uma coisa o que tenho a perder é um livro nada de mais.

"Sim, eu quero" sai minha resposta com a voz tremula mostrando pouca confiança.

"Ótimo... " parece pensar "Que seja feito" ouço algo estalar, o livro é claro, clico na minha mente.

"Aconselho que faça um bom uso..." comenta antes de aparentar sumir... assim como surgiu, mas eu nem tive a oportunidade de saber o porquê do comentário... enfim.

Me aproximo do livro o pego novamente a tranca agora se encontrava partida perfeitamente ao meio, simplesmente incrível.

Começo abrindo a primeira página e... Uau... Caramba...

Continua...