POV Justin

Respirei fundo engolindo a sensação estranha que rondava minha boca e meu corpo, o livro estava fechado novamente estava um pouco surpreso e atordoado, melhor eu terminar a arrumação primeiro.

Continuei de onde parei e finalizei, depois de uns 10 minutos, com as estantes e os livros e só um artefato para colocar no baú.

"Acabei agora é só trancar" falo soltando o ar dos meus pulmões aliviado, recito o feitiço um pequeno brilho surge na tranca significando que estava feito, ótimo.

Olho agora para o livro, me fazendo sentir aquela sensação aparecer de novo, peguei mão hesitante.

"É só um livro" tento me convencer em voz alta, mas algo lá no fundo de meu ser dizia que é muito mais que isso.

Agora eu estava o segurando com uma mão saindo da toca passei pela lanchonete, meu pai me olha e eu respondo.

"Já acabei eu vou subir e depois eu volto" avisei e ele me respondeu com um sinal positivo usando o polegar.

Eu segui meu caminho subindo as escadas e me dirigindo para meu quarto, abro, entro e fecho a porta e me sento na cama. Era conflitante se eu deveria ou não continuar e ler esse livro, aquela sentimento estranho lá de baixo parecia me instruir a continuar, decido num impulso de coragem abrir ele novamente e olhar a primeira pagina me fazendo fitar aquele titulo por longos e demorados segundos um calafrio passa por mim fazendo-me tremer levemente.

"Javier Russo..." deixo escapar em um tom baixo e abafado, por um breve momento penso sobre o que Sheol havia me dito, será que era verdade... balancei minha cabeça bruscamente, não, não é e seu quiser provar que é mentira vou ter prosseguir, só dessa forma poderei... tirar qualquer resquícios dá incerteza.

"É vamos lá..." determino um tanto hesitante passei para a próxima pagina e iniciei minha leitura.

POV Geral

Já era quase 17:25 da tarde o céu dá seu últimos raios de sol do dia, na Itália a tranquilidade paradoxal ao movimentação de pessoas que estão indo para algum lugar.

Ellay encontra-se encostado na batente da porta observando uma senhora se sentar com sua xícara de café numa poltrona de sua sala de estar.

"Então o que gostaria de saber sobre meu marido" ela pergunta tentando ficar tranquila antes de tomar um gole de seu café quente.

"Por acaso ele tinha algum tipo de inimizade" indaga sério.

"Bom pelo que eu sei e vi, não, ele não era do tipo a arrumar problemas ou de ter inimigos, perseguição de alguém contra de forma nenhuma, a não ser que ele tenha me escondido isso" responde pausadamente pensativa.

O investigador apenas acenou levemente a cabeça antes de prosseguir.

"Faz dois dias que ele desapareceu, estou certo" comenta incerto "Ele disse algo que indicava para onde poderia estar indo" pergunta e espera pacientemente uma resposta.

"Pouco comentou sobre isso, mas me lembro de que ele havia me dito sobre estar indo talvez para a Russia, mas não confirmou que ia e nem falou para que" responde ela fitando o nada ao pensar mais sobre suas ultimas conversas com seu querido, estava abalada, mas evitava demonstrar isso aos outros.

Ellay processou a informação e as anotou numa pequena caderneta que ele mantinha sobre sua posse.

"Notou alguém de diferente que entrou em contato com ele ultimamente" questiona ele notara como a linguagem corporal demonstrava certo desconforto com esse interrogatório, mas era necessário, não havia nada que ele pudesse fazer para evitar.

A senhora parou por um instante antes de responder.

"Sim, homens que apareciam pelo menos duas vezes na semana nesse ultimo mês, usavam sempre ternos em tons cinzas mas nunca eram as mesmas pessoas, mas pelas roupas quase idênticas eu acho que eram da mesma empresa" termina e reflete sobre isso.

Ellay acena compreendendo e anota na caderneta novamente desta vez fazendo observações próprias desse depoimento.

"Havia algum brasão, logo ou nome que identifica-se de que empresa poderiam ser, ou para que pessoas trabalhavam" pergunta, ele sabia que o termo empresa fora usado por mera formalidade até o momento não podia confirmar que era isso mesmo, podia outra coisa, quem sabe, mas ele vai descobrir, determina em pensamento.

A mulher da terceira idade assinala negativamente e ele entende.

"Bom a partir de agora eu vou pedir para que a coloquem no programa de proteção a testemunhas, depois eu voltarei para fazer mais perguntas" finaliza o investigador indo até a senhora e apertando sua mão.

"E talvez quem sabe da próxima vez não fique tanto tempo em pé e aceite um pouco do meu café" comentou ela fazendo o investigador soltar um sorriso sem graça reconhecendo a sua atitude um tanto antissocial.

"Pode deixar, de próxima..." comenta ele fazendo a senhora sorrir fracamente por um breve momento.

"E nós descobriremos o que aconteceu e onde está seu esposo, fique tranquila" afirma o investigador tomando uma respiração profunda ele se retira da sala, anda rápido até sair do prédio.

Faz um sinal para que os policiais bruxos que estavam guardando o perímetro se agruparem e todos se dirigem ao veiculo estacionado.

"Ways, você fica, quero que observe e vigie a entrada, qualquer movimentação estranha de entrada ou saída, me avise, e mais tarde chamarei alguém para vir com uma viatura para ficar aqui te dando apoio" ordena e o policial bruxo acena se afastando e parando em um ponto estratégico, sem levantar suspeitas, na calçada, os outros dois entram no carro.

"O que conseguiu" pergunta o policial que tinha sentado do banco do motorista.

"Muito pouco, mas é um começo" responde vagamente Ellay.

O outro que estava no banco do passageiro observa por uns instantes antes de seu colega do lado dar partida na ignição fazendo um barulho e o carro sai numa velocidade considerável.

"Mas digo uma coisa, ainda tem muito a ser descoberto" pensa alto o investigador

Continua...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.