Subi para meu quarto, sentindo que cada dia me aproximava mais das respostas que procurava. O futuro ainda era incerto, mas eu estava pronta para enfrentar cada desafio com coragem e fé. Deitei na minha cama por alguns minutos, refletindo sobre a conversa com Padre Miguel e o apoio de Sophia. A tranquilidade do meu quarto me envolveu, proporcionando um breve momento de paz.

De repente, ouvi a voz da minha mãe vindo do andar de baixo.

— Ana, o almoço está pronto! — chamou ela, com um tom caloroso e familiar.

Levantei-me lentamente, ainda um pouco cansada, e fui até o banheiro. Liguei a torneira e deixei a água fria correr, lavando meu rosto para afastar o cansaço. Olhei no espelho, vendo meu reflexo com uma expressão determinada. Sequei meu rosto com uma toalha macia, prendendo o cabelo em um rabo de cavalo para me sentir mais arrumada.

Desci as escadas sentindo o aroma delicioso que vinha da cozinha. Minha mãe estava terminando de colocar os pratos na mesa, e meu pai já estava sentado, esperando por mim.

— Olá, querida! — disse meu pai, com um sorriso caloroso. — Como foi a escola hoje?

— Foi interessante, pai. Muita coisa para pensar — respondi, sentando-me à mesa.

Minha mãe colocou uma travessa de arroz e feijão, acompanhada de uma suculenta carne assada e uma salada colorida. O cheiro era irresistível, e meu estômago roncou de fome.

— Espero que você goste, fiz sua comida favorita hoje — disse minha mãe, piscando para mim.

— Está com uma cara ótima, mãe. Obrigada! — respondi, começando a me servir.

O almoço foi agradável, com conversas leves sobre o dia de todos. Meus pais estavam curiosos sobre como eu estava lidando com os desafios recentes, mas respeitaram meu espaço, esperando que eu compartilhasse no meu tempo.

— E aquele desenho que você fez na aula de artes, Ana? — perguntou meu pai, curioso. — Parecia bem impressionante.

— Ainda estou tentando entender o que ele significa, mas estou trabalhando nisso — respondi, tentando soar confiante.

Terminamos o almoço e eu ajudei minha mãe a limpar a mesa e lavar a louça. O ato simples de estar junto com meus pais me dava uma sensação de normalidade em meio a tantas incertezas.

Depois de tudo arrumado, voltei para meu quarto, sentindo-me mais leve. Sentei à minha escrivaninha, olhando para o diário onde tinha anotado minhas reflexões. Peguei uma caneta e comecei a escrever, tentando organizar meus pensamentos e sentimentos sobre o desenho, a conversa com Padre Miguel e a mudança de Sophia. A tarde passou tranquilamente, com um misto de estudo e reflexão. Cada momento me fazia perceber que, apesar das dificuldades, eu estava cercada de amor e apoio. Isso me dava força para continuar, enfrentando cada desafio com coragem e fé.

A tarde passou tranquilamente, com um misto de estudo e reflexão. Cada momento me fazia perceber que, apesar das dificuldades, eu estava cercada de amor e apoio. Isso me dava força para continuar, enfrentando cada desafio com coragem e fé.

Ao lembrar do desenho, resolvi que era hora de buscar ajuda para tentar desvendar o que ele poderia significar. Abri meu laptop e conectei à internet, buscando alguns fóruns e grupos no Facebook que poderiam me ajudar. Encontrei alguns grupos sobre interpretação de sonhos e simbolismo, além de comunidades dedicadas a discussões espirituais e artísticas.

Primeiro, tirei uma foto nítida do desenho com meu celular. A imagem capturava cada detalhe — a garota sem cabelos, os cavalos selvagens ao fundo, e a expressão enigmática no rosto da menina.

Com a foto pronta, comecei a compor uma mensagem para os fóruns. Escrevi:

"Oi, pessoal. Fiz esse desenho recentemente e sinto que ele carrega um significado profundo que ainda não consegui entender. A menina sem cabelos e os cavalos selvagens me intrigam. Alguém aqui poderia me ajudar a interpretar isso? Agradeço qualquer insight!"

Anexei a foto do desenho e cliquei em "postar". Repeti o processo nos grupos do Facebook, explicando minha situação e pedindo ajuda para entender o simbolismo.

Enquanto esperava respostas, continuei estudando e refletindo. A cada pouco, eu dava uma olhada nos comentários e notificações. Aos poucos, começaram a surgir algumas respostas. Algumas pessoas mencionaram que a garota sem cabelos poderia simbolizar vulnerabilidade ou uma batalha contra uma doença, como o câncer. Os cavalos selvagens eram frequentemente associados à liberdade, força e um espírito indomável. Outras respostas eram mais místicas, sugerindo que os cavalos poderiam ser guias espirituais ou símbolos de uma jornada interior. Cada interpretação adicionava uma peça ao quebra-cabeça, mas ainda faltava algo que conectasse tudo de maneira clara.

À medida que a tarde avançava, decidi responder a alguns comentários, agradecendo pelas ideias e compartilhando mais detalhes sobre minhas experiências recentes e os sentimentos que tive ao fazer o desenho. Algumas pessoas sugeriram que eu procurasse alguém especializado em análise de sonhos ou mesmo um terapeuta que trabalhasse com arte.

Por fim, uma resposta chamou minha atenção. Uma mulher chamada Clara, que parecia ter bastante conhecimento sobre simbolismo e espiritualidade, escreveu:

"Oi, Ana. Seu desenho é muito poderoso. A garota sem cabelos pode representar alguém que está passando por uma transformação profunda, talvez enfrentando grandes desafios. Os cavalos selvagens, ao fundo, podem simbolizar a força e a liberdade que essa pessoa precisa encontrar dentro de si. Talvez seja um chamado para você ajudar alguém que está em uma situação difícil. A sua conexão com os cavalos pode ser um guia para entender melhor essa missão. Se precisar conversar mais sobre isso, estou à disposição."

As palavras de Clara ressoaram profundamente em mim. Senti que ela havia captado algo essencial sobre o desenho. Respondi agradecendo e pedindo mais detalhes sobre suas impressões. Enquanto esperava sua resposta, senti uma nova onda de esperança e determinação. Talvez, finalmente, eu estivesse no caminho certo para entender o significado do meu desenho e descobrir o próximo passo na minha jornada.

Enquanto esperava sua resposta, senti uma nova onda de esperança e determinação. Talvez, finalmente, eu estivesse no caminho certo para entender o significado do meu desenho e descobrir o próximo passo na minha jornada. A tarde caiu rapidamente, e decidi descansar um pouco. Fechei meu laptop e me sentei na cama, com o desenho nas mãos.

Olhando atentamente para cada detalhe, minha mente fervilhava de perguntas. Quem era a garota? O que ela tinha? A expressão dela era serena, mas os olhos pareciam carregar um mistério profundo. Os cavalos selvagens ao fundo pareciam quase em movimento, como se estivessem prontos para saltar para fora do papel.

Deitei na cama, segurando o desenho sobre o peito, e fechei os olhos. Minha mente voltou aos momentos mais recentes. Lembrei-me de Angélica e sua paixão por cavalos. Lembrei-me da menina do desenho, sem cabelos, e da sensação de urgência que acompanhava a criação daquela imagem.

Enquanto refletia, imagens e pensamentos se misturavam. Imaginei a garota enfrentando uma grande luta, possivelmente contra uma doença grave. Sua vulnerabilidade era evidente, mas os cavalos sugeriam que havia uma força interior esperando para ser liberada. Talvez a mensagem fosse sobre encontrar força e liberdade mesmo nas circunstâncias mais desafiadoras.

A resposta de Clara ainda não tinha chegado, mas a breve conversa com ela havia aberto novos caminhos de interpretação. Continuei olhando para o desenho, tentando sentir a energia e a mensagem que ele transmitia. A tarde se transformou em noite, e a casa começou a ficar mais silenciosa. Levantei-me e guardei o desenho cuidadosamente na minha mesa. Precisava de um momento para processar tudo e decidir os próximos passos.

Decidi escrever no meu diário, registrando meus pensamentos e as novas percepções sobre o desenho. As palavras fluíram facilmente, como se minha mente estivesse finalmente encontrando clareza. Anotei tudo o que Clara havia sugerido, as reações dos outros nos fóruns e grupos, e as minhas próprias reflexões. Após escrever, fechei o diário e me deitei novamente. O cansaço da semana e das intensas emoções finalmente pesaram sobre mim. Fechei os olhos, tentando acalmar minha mente. A garota do desenho ainda estava lá, em meus pensamentos, mas agora eu sentia que estava mais próxima de entender sua história e o que ela representava.

Adormeci com a esperança de que, com o tempo e a orientação certa, eu conseguiria desvendar o mistério do desenho e descobrir a verdade que ele continha. Amanhã seria um novo dia, e eu estava pronta para enfrentá-lo com renovada coragem e determinação.

Adormeci com a esperança de que, com o tempo e a orientação certa, eu conseguiria desvendar o mistério do desenho e descobrir a verdade que ele continha. Amanhã seria um novo dia, e eu estava pronta para enfrentá-lo com renovada coragem e determinação.

Por volta das 20:45, ainda sonolenta mas já acordada, ouvi a campainha tocar lá embaixo. O som das vozes de minha mãe e de alguém desconhecido chegou até mim. Logo depois, minha mãe me chamou, indicando que alguém queria me ver.

— Ana, alguém está aqui para te ver — disse ela, sua voz curiosa e um pouco ansiosa.

Levantei-me da cama, sentindo uma mistura de curiosidade e nervosismo. Desci as escadas rapidamente e, ao chegar à sala, vi uma mulher jovem, com uma aura serena e olhos penetrantes. Ela estava vestida de maneira casual, mas havia algo especial em sua presença.

— Olá, Ana. Eu sou Clara — disse ela, estendendo a mão com um sorriso amigável. — Eu sou sensitiva e tenho um canal no YouTube onde compartilho minhas experiências e ajudo pessoas a entenderem suas próprias jornadas espirituais. Li seu relato no fórum e fiquei muito intrigada com seu desenho. Gostaria de saber mais sobre você e sobre o que você desenhou.

Cumprimentei-a com um aperto de mão, tentando esconder minha excitação e curiosidade.

— Oi, Clara. É um prazer conhecê-la. Por favor, entre e fique à vontade — disse eu, conduzindo-a até o sofá.

Minha mãe trouxe chá para nós, observando a conversa com um olhar de preocupação e interesse.

— Então, Ana, você pode me contar mais sobre o desenho e o que você sentiu ao fazê-lo? — Clara perguntou, seus olhos fixos nos meus, como se estivesse tentando ler minha alma.

Respirei fundo e comecei a explicar.

— Bem, o desenho surgiu de repente. Eu sentia como se minhas mãos fossem guiadas. Desenhei uma menina sem cabelos e cavalos selvagens ao fundo. A menina parecia triste, mas ao mesmo tempo havia algo forte nela. Eu não sei exatamente o que significa, mas sinto que é importante.

Clara assentiu, ouvindo atentamente.

— Isso é muito interessante, Ana. Às vezes, nossas mãos são guiadas por algo maior do que nós mesmos. Os cavalos selvagens podem simbolizar liberdade, força e espírito indomável. E a menina... pode ser alguém que você ainda vai conhecer ou alguém que precisa de sua ajuda. Gostaria de fazer uma leitura mais profunda, se você permitir.

Concordei com a cabeça, sentindo um misto de ansiedade e esperança.

— Claro, por favor, faça isso.

Clara fechou os olhos por um momento, respirando profundamente, e depois abriu os olhos, fixando-os no desenho que eu havia trazido para a sala.

— Ana, sinto uma energia muito forte vindo deste desenho. A menina está passando por uma grande luta, mas os cavalos indicam que há uma força dentro dela esperando para ser despertada. Você pode ser a chave para ajudá-la a encontrar essa força.

Minha mãe, que estava em pé ao lado, colocou a mão no meu ombro, oferecendo apoio silencioso.

— Você acha que eu vou conhecer essa menina? — perguntei, minha voz tremendo um pouco.

— Sim, acho que você está destinada a encontrar essa pessoa. Continue seguindo seus instintos e prestando atenção aos sinais. Eles guiarão você.

Clara ficou por mais algum tempo, discutindo as possíveis interpretações do desenho e me encorajando a manter a fé e a coragem. Quando ela finalmente se despediu, senti uma nova onda de determinação. Ao subir de volta para o meu quarto, segurei o desenho com mais firmeza, sabendo que, com Clara ao meu lado e a orientação do Padre Miguel, eu estava um passo mais perto de descobrir a verdade e cumprir minha missão.

Ao subir de volta para o meu quarto, segurei o desenho com mais firmeza, sabendo que, com Clara ao meu lado e a orientação do Padre Miguel, eu estava um passo mais perto de descobrir a verdade e cumprir minha missão.

Antes de ir embora, Clara teve uma ideia que parecia promissora.

— Ana, eu gostaria de fazer um vídeo falando sobre você, seus milagres recorrentes e a perda do seu dom. Acho que isso pode ajudar a trazer clareza e talvez encontrar respostas. — sugeriu Clara, olhando para mim com um sorriso encorajador.

Concordei, sentindo que essa poderia ser uma oportunidade para alcançar mais pessoas e talvez obter mais ajuda na compreensão do desenho e da situação que eu estava enfrentando. Nos sentamos no sofá da sala, minha mãe ainda nos acompanhando com atenção. Clara preparou seu equipamento, posicionando a câmera de modo que capturasse bem nosso rosto e o desenho.

— Olá, amigos do canal. Hoje tenho uma história especial para compartilhar com vocês — começou Clara, falando diretamente para a câmera. — Estou aqui com Ana, uma jovem incrível que passou por experiências extraordinárias. Ela tem sido conhecida por seus milagres, mas recentemente perdeu seu dom. Hoje, vamos falar sobre sua jornada, as dificuldades que enfrentou e o mistério em torno de um desenho que parece ter um significado profundo.

Clara me fez algumas perguntas sobre minha vida, os milagres que eu tinha realizado e como tudo mudou depois que perdi meu dom. Eu respondi com sinceridade, sentindo uma mistura de alívio e emoção ao compartilhar minha história com um público mais amplo.

— Ana também fez um desenho muito especial, que parece mais uma foto. No desenho, há uma menina sem cabelos e cavalos selvagens ao fundo. Vamos mostrar a vocês agora — disse Clara, aproximando a câmera do desenho.

Enquanto a câmera focava no desenho, Clara continuou.

— Este desenho surgiu de repente, como se suas mãos fossem guiadas. A menina parece estar passando por uma grande luta, mas os cavalos indicam força e liberdade. Acreditamos que há um significado profundo aqui, e talvez alguém que veja este vídeo possa ajudar a desvendar esse mistério.

Terminamos a gravação, e Clara desligou a câmera, guardando seu equipamento.

— Vou editar e postar o vídeo amanhã de manhã. Acho que pode ajudar bastante, Ana — disse ela, sorrindo.

Agradeci a Clara, sentindo uma nova onda de esperança.

— Muito obrigada, Clara. Eu realmente espero que isso possa trazer respostas.

Clara se despediu de nós, prometendo manter contato e me atualizando sobre o vídeo. Após ela sair, subi de volta para meu quarto, sentindo-me exausta, mas também renovada.

Deitei na cama, segurando o desenho com mais firmeza, sabendo que, com Clara ao meu lado e a orientação do Padre Miguel, eu estava um passo mais perto de descobrir a verdade e cumprir minha missão. O futuro ainda era incerto, mas agora eu tinha mais uma aliada na minha jornada.

Deitei na cama, segurando o desenho com mais firmeza, sabendo que, com Clara ao meu lado e a orientação do Padre Miguel, eu estava um passo mais perto de descobrir a verdade e cumprir minha missão. O futuro ainda era incerto, mas agora eu tinha mais uma aliada na minha jornada.

Após alguns minutos deitada, perdida em pensamentos, ouvi minha mãe me chamando do andar de baixo.

— Ana, vem jantar! Já está tarde, mas precisamos comer — a voz dela soava suave e carinhosa.

Levantei-me lentamente, guardando o desenho com cuidado em minha gaveta. Desci as escadas sentindo o cheiro agradável da comida que vinha da cozinha. Ao entrar na sala de jantar, encontrei minha mãe já servindo as refeições. Vitor e meu pai já estavam sentados à mesa, conversando baixinho sobre o dia.

— Desculpe pela demora, Ana — disse minha mãe, colocando um prato na minha frente. — A visita de Clara atrasou tudo, mas espero que a conversa com ela tenha sido boa.

— Foi sim, mãe. Clara vai postar um vídeo sobre mim e o desenho amanhã. Talvez isso traga alguma resposta — respondi, sentando-me e começando a comer.

O jantar foi simples, mas reconfortante. Comida caseira sempre tinha um jeito de acalmar meus nervos. Enquanto comíamos, a conversa girava em torno de assuntos triviais, mas eu sentia o peso das últimas horas ainda sobre mim.

— Você está bem, filha? — perguntou meu pai, olhando para mim com preocupação.

— Estou, só um pouco cansada. Foi um dia longo — respondi, tentando sorrir.

— Lembre-se de que estamos aqui para você, Ana. Sempre — disse ele, me dando um sorriso encorajador.

Terminei de comer, ajudei a limpar a mesa e depois voltei para meu quarto. O cansaço do dia me atingiu de repente, e eu sabia que precisava de uma boa noite de sono para encarar o que viria no dia seguinte.

Enquanto me deitava novamente, peguei o desenho mais uma vez, observando cada detalhe. A menina sem cabelos, os cavalos selvagens ao fundo, a sensação de que isso significava algo muito importante. Fechei os olhos, mantendo a imagem na minha mente, e sussurrei uma pequena oração pedindo orientação e força. O futuro ainda era um mistério, mas com Clara, o Padre Miguel, e minha família ao meu lado, eu sentia que podia enfrentar qualquer desafio. E assim, adormeci, pronta para descobrir o que o amanhã traria.