A menina dos Milagres

Entre Sombra e Redenção


Eu despertei na manhã seguinte com uma determinação renovada. Eu tinha decidido que precisava de um momento de paz e reflexão para equilibrar as turbulências que me rodeavam.

Eu vesti uma simples roupa, calcei os sapatos e dirigi-me ao lago, um refúgio sereno em meio ao cenário rural do Contado de Notre Dame. Era o meu lugar favorito para pensar e relaxar. Caminhando pelas trilhas conhecidas, eu sentia a terra sob meus pés e ouvia os pássaros entoando uma sinfonia suave. A natureza, sempre minha confidente, parecia acolher-me com braços abertos, proporcionando um alívio para minha alma sobrecarregada.

Ao chegar às margens do lago, eu encontrei um banco de madeira que se tornara meu lugar favorito. Sentei-me ali, observando a dança tranquila das águas. Inspirando profundamente o ar fresco e exalando as tensões acumuladas.

Era como se o lago agisse como um espelho, refletindo a serenidade que eu ansiava. Enquanto mergulhava em meus pensamentos, eu percebi a beleza tranquila da manhã. Os raios de sol começavam a pintar o céu de tons suaves, e a brisa acariciava delicadamente meu rosto. Em meio à natureza, eu senti-me conectada não apenas à terra e aos elementos, mas também à divindade que me inspirava.

Eu fechei os olhos e fiz uma breve oração, em um gesto de devoção. Eu buscava orientação e força para enfrentar os desafios que se apresentavam. O lago, com suas águas calmas, era um santuário pessoal onde eu, como jovem mensageira, podia renovar minha fé e buscar a clareza necessária.

Depois de um momento de contemplação, eu me levantei do banco. Eu decidi explorar as margens do lago, admirando as flores silvestres que floresciam e a fauna que vivia na região. O canto dos pássaros e o som suave das folhas se movendo com o vento eram como uma sinfonia divina, envolvendo-me em tranquilidade e inspiração. Eu decidi explorar as margens do lago, apreciando as flores silvestres que desabrochavam e a fauna que habitava a região. O cantar dos pássaros e o som suave das folhas se movendo com o vento eram como uma sinfonia divina, envolvendo-me em tranquilidade e inspiração.

O lago, testemunha silenciosa da minha jornada, tornou-se um símbolo de renovação e esperança. Enquanto eu, como jovem mensageira, explorava meus arredores, eu sentia-me revigorada para enfrentar o dia que se estendia diante de mim. Com passos leves e coração tranquilo, eu deixei o lago para trás, carregando comigo a serenidade recém-encontrada.

A minha jornada continuava, e eu enfrentaria os desafios com a mesma determinação que me guiava desde o início. O lago, embora apenas um ponto em meu caminho, havia me proporcionado um momento de pausa e rejuvenescimento, fortalecendo a luz interior que me tornava única no Contado de Notre Dame. O sol refletia suas últimas luzes douradas na superfície do lago, criando um espetáculo de cores que dançavam na água tranquila. Eu, decidida a passar um momento de reflexão e paz, dirigi-me ao local que sempre me trouxera conforto. O lago, com sua serenidade, era um refúgio em meio ao cenário rural do Contado de Notre Dame.

Eu tinha 12 anos, quase 13, e adorava nadar no lago. Era o meu passatempo favorito, especialmente nas manhãs de verão. Eu me sentia livre e feliz na água, como se fosse uma sereia. Eu sempre ia sozinha, pois meus pais estavam ocupados com o trabalho na fazenda. Eles confiavam em mim, e sabiam que eu era cuidadosa. Eu mergulhei na água, nadando com braçadas suaves. Eu sentia o lago me abraçar, como se fosse um amigo. Eu fechei os olhos, deixando-me levar pela correnteza.

Eu não percebi que alguém me observava com más intenções. Era um homem sujo e mal-encarado, com cabelos grisalhos e olhos escuros. Ele usava roupas rasgadas e uma faca na cintura. Ele se escondia atrás de um arbusto, esperando o momento certo para atacar. Ele queria me pegar, me roubar, me ferir.

Ele viu que eu me afastava da margem, indo para o meio do lago. Ele aproveitou a oportunidade e saiu de seu esconderijo. Ele correu até a água, entrando nela com um salto. Ele nadou rápido, em direção a mim. Ele estava quase me alcançando, quando eu abri os olhos e o vi. Eu me assustei, e tentei fugir. Mas ele era mais rápido e mais forte. Ele me agarrou pelo cabelo, me puxando para ele. Ele riu, mostrando seus dentes podres. Ele disse, com uma voz grossa:

— Olá, minha bonitinha. Você é minha agora.

Eu gritei, tentando me soltar. Eu senti o medo tomar conta de mim. Eu pensei que ia morrer. Eu pedi ajuda, mas ninguém me ouvia. Eu estava sozinha, à mercê daquele monstro. Mas, para minha surpresa, alguém apareceu. Era um homem bondoso, que eu conhecia de vista. Ele era o médico da cidade auxiliar do Dr. Ricardo, e eu sempre o via quando ia ao consultório da cidade. Ele era um homem gentil e educado, com cabelos loiros e olhos castanhos. Ele usava um jaleco branco e um estetoscópio. Ele tinha uma expressão de preocupação no rosto. Ele viu o que estava acontecendo, e não hesitou em me ajudar.

Ele pulou na água, nadando até nós. Ele chegou por trás do homem mau, e o acertou na nuca com o seu estetoscópio. O homem mau soltou um grito, e me largou. Ele caiu na água, desacordado. O homem bondoso me pegou nos braços, e me levou para a margem. Ele me envolveu em minha toalha, e me abraçou. Ele disse, com uma voz suave:

— Não se preocupe, minha querida. Você está a salvo agora.

Eu chorei, aliviada e agradecida. Eu o abracei de volta, sentindo seu calor e sua proteção. Ele me salvou, ele foi o meu anjo. Ele me olhou nos olhos, e sorriu. Ele disse, com uma voz doce:

— Eu te conheço, você é a Ana, a filha do Sr. Pedro. Eu sempre te admirei, pela sua alegria e inocência. Você é uma garota especial, e merece ser feliz.

Eu sorri, surpresa e lisonjeada. Eu o conhecia, ele era o Dr. Paulo, um dos médico da cidade. Eu sempre o achei simpático e atencioso, pela sua gentileza e sabedoria.

Ele me pegou no colo, e me levou para o seu carro. Ele disse que ia me levar para casa, até meus pais. Ele disse que ia cuidar de mim, e que tudo ia ficar bem. Ele me beijou na testa, e me aconchegou em seu peito. Eu me senti segura, e adormeci. Ele me levou para casa, ele foi o meu protetor.

Ele me levou para casa, ele foi o meu protetor. Ele tocou a campainha, e meus pais vieram correndo. Eles ficaram assustados ao me ver nos braços dele, toda molhada e tremendo. Eles perguntaram o que tinha acontecido, e ele contou tudo. Eles agradeceram a ele, e me abraçaram. Eles disseram que estavam aliviados por eu estar bem, e que eu tinha sido muito corajosa. Eles me levaram para dentro, e me deram roupas secas e uma xícara de chocolate quente. Eles me fizeram perguntas, e eu respondi. Eles me consolaram, e eu me acalmei.

Ele ficou na porta, observando tudo. Ele sorriu, e disse que precisava ir. Ele disse que voltaria mais tarde, para ver como eu estava. Ele disse que se preocupava comigo, e que queria me ver de novo.