— Se você me perdoar, eu prometo ser o melhor marido e pai pro nosso filho. Ana, eu gosto de você, eu amo sua companhia e fui um desgraçado com você todo esse tempo, mas eu quero mudar e ser somente seu.- Tocou o rosto dela.- Eu quero de verdade.

Ela sentiu uma coisa linda no coração. Estava feliz e queria ser dele. O pai dela tinha sido horrível, mas ali todos a estavam acolhendo. Precisava de uma estrutura para cuidar de seu filho e que o bebê nascesse ao lado do pai. Mesmo que Mariano nunca tivesse sido um santo, ele era uma das melhores companhias na vida dela.

— Eu quero tentar... mas não vai me passar a perna.

— Eu prometo a você que serei somente seu e que não vou te decepcionar.- Se aproximou mais dela.- Não é por causa do bebê... Não é somente pelo bebê, mas sim por nós dois. Eu quero ser melhor e te compensar por tudo que fiz de errado.

Ela o segurou com amor. Era um homem lindo. Um homem que parecia ser um menino algumas vezes. Podia sofrer tanto ao lado dele se fosse traída de novo, mas poderia ser tão feliz! Ela o queria de um modo especial, como ela nunca tinha querido ninguém.

— Você não pode dar uma de doido depois! É sério isso!

— Eu prometo a você que não serei um doido.- A segurava pela cintura. - Eu quero fazer direito por nós dois. - Cheirou o pescoço dela. - Eu quero ser o melhor pra vocês dois. - Falou sorrindo.

Ela o beijou na boca.

— Agora você não pode falhar porque tem uma criança no meio disso tudo. Eu também não posso falhar porque você e esse bebê precisam de uma família. Mariano vamos ser pais.- Abraçou ele e chorou.

Mariano a agarrou todo carinhoso e beijou muito o ombro dela para que ela ficasse calma.

— Não chora, quero que fique bem. Vai tomar um banho para relaxar.

Ela suspirou e sorriu depois de beijar Mariano mais uma vez. Ela o queria de verdade.

— Precisamos conversar com meu pai. Quando ele se acalmar quero que fale com ele.

— Eu vou falar com ele sim, mas vamos esperar um tempo porque não posso morrer agora.- Falou rindo e beijou ela mais uma vez na boca.- Obrigada por me fazer pai.

Ela o tocou no rosto.

— Eu te amo. Vamos tomar um banho.- falou amorosa pegando a mão dele.

— Quer mesmo que eu vá com você?

Ela o olhou.

— Você não merece!- Disse com o rosto quente.- Você não merece, mas estou cansada de brigar. Vamos apenas tomar um banho.

Ele sorriu para o jeito dela.

— Vamos fazer tudo que você quiser.- A abraçou por trás caminhando enquanto segurava em sua barriga.- Quando vamos conseguir ver ele?

— Eu acho que só com quatro meses.- Ela falou toda feliz porque aquele filho era uma alegria imensa apesar de tudo que o pai tinha falado para ela.- Será que vai ser uma menina ou menino?- Disse caminhando.

— Eu não sei, mas poderia ser os dois, né.- Falou brincando e se afastou dentro do banheiro para tirar a roupa.

Ela riu e os dois ficaram ali juntos. O amor deles era para três agora. O amor que poderia ser eterno através daquele filho e mesmo que eles tivessem tantas coisas para pensar sobre o passado agora tudo teria que ficar para trás.

Mariano ia se tornar o homem mais feliz do mundo e pai e Ana ia se tornar a mulher mais feliz do mundo e mãe. Eles tomaram banho juntos enquanto conversavam sobre o bebê e deixavam que o momento fosse somente para isso, sem as manchas do passado e sem os medos que viriam para o futuro.

Ele tinha uma coisa certa em sua cabeça agora que iria ser pai. Ele não podia ser mais aquele moleque de antes, precisava dar orgulho a Ana e ao filho que chegaria em alguns meses. Era tão louco pensar que ali no ventre dela crescia a sua continuação que ele somente queria rir e beijar muito ela, sabia que tinha sido um desgraçado, mas dia a dia iria se redimir e mostrar a ela que poderia ser melhor.

ENQUANTO ISSO...

Paloma sorria correndo e comendo bala. Estava do lado de fora da casa e corria de camisola. Sabia que se seu pai a pegasse ali seria complicado demais.

— Vem, vem pegar o tomate!!!!- Falou rindo e correndo dele.

— Tomatinho, eu vou acabar com você.- Falava rindo e correndo atrás dela.

— Vai nada... não tem manguinha para você.

Paloma levantou a camisola e mostrou para ele seus belos seios os jovens.

— Não tem!

Ele parou no mesmo momento catatônico com o que ela tinha feito e naquele momento fingiu um desmaio para que ela parasse de correr. Ela correu a ele assustada.

— Ei, pára! Pára agora de morrer!

Douglas ainda ficou ali imóvel por alguns segundos somente para ver a reação dela. Amava ela e queria apenas que ela parasse de correr para que ele a pegasse.

— Doug? Doug?- Ela chamou nervosa com ele ali.- Você está morto de verdade? Acorda agora, por favor, que eu não vou ficar sem você.- Ela falou nervosa.

Douglas começou a rir e a segurou em seus braços a virando com rapidez ficando por cima dela.

— Quem disse que não vou ter minhas manguinhas?- Ria segurando os braços dela.

— Seu safado das hortaliças.- Ela gritou rindo dele.- Você me enganou, seu safadão!

Ele riu mais ainda e a beijou.

— Estava cansado de correr e você mostrou as minhas manguinhas e eu morri.- Falou rindo, eram tão puros de amor.

Paloma virou por cima e montou ele. Os dois riam com todo amor. Era bom demais ficar juntos.

— Meu pai disse que você só quer ficar na minha violeta.- Riu para ele.

— E você quer só comer minha mandioca.- Ele gargalhou.- Não está errado não!- Acariciava a cintura dela.- Eu amo muito você tomatinho!

Paloma sorriu segurando aquele amor nos braços e pensando em tudo que queria viver com ele. Douglas era um menino cheio de vida, ela se sentia em paz e amava cada momento com ele. Era mais que um namorado, era um amigo.

— Você gosta de estar assim comigo?- disse toda amorosa.- Gosta de ser meu amigo? Ou você só gosta quando eu estou deixando você brincar na minha violeta?

Ela começou a rir e ele riu também.

— Somos amigos, eu gosto de tudo em você, meu tomatinho, gosto de cada detalhe de nossa vida. Eu quero ser o seu maior amigo até a gente casar.- ele disse beijando sua pequena.

— E depois? Meu pai disse que não podemos fazer nada porque somos crianças. Eu disse que te amo! Ele disse que eu nem sei o que é o amor.

Douglas segurou a mão dela com o riso solto e disse:

— Seu pai pensa que nós dois somos bobos, mas não somos. Pensa que somos pessoas que não sabem das coisas, mas sabemos de tudo e ele nem imagina que somos um o amor do outro.

— Eu contei a ele tudo, mas ele ficou bem nervoso, acho que ele tem medo de você não ser assim tão meu amigo.- ela suspirou e depois disse com calma.- Se ele e mamãe disserem que não podemos mais fazer as nossas coisas, vamos fugir para o fim do mundo. Eu e você. Só vou levar meu urso. O que você acha de levarmos meu urso?

Douglas sorriu e beijou de novo sua namorada, ela era tudo que ele sempre sonhou. Tanto Paloma quanto ele não tinham a menor noção de como seria a vida juntos, mas os dois se amavam.

— Não se preocupe com isso que eu vou conversar com seu pai e tudo vai ficar bem. Nós dois não temos motivos para ter medo do futuro.

Os olhos dela sempre brilhavam quando estava com o seu amor. Victoria tinha dito uma vez que as pessoas que se amam sempre fazem a outra sorrir. Paloma podia entender o que isso significava porque ela olhava para Douglas e só via alegria.

— Tomara que você esteja certo e que o nosso casamento seja igual ao de mamãe e papai. Eu quero passar os meus dias correndo pelo mato com você. Eu sou a pessoa mais feliz do mundo quando fica aqui no seu lado.

E outro beijo foi trocado por eles dois porque namorar ali deitado na grama era melhor coisa do mundo. Cada dia eles descobriam que podiam ser mais felizes. Era um amor puro e safado de dois adolescentes que descobriam o mundo e o melhor: Juntos.

AMANHECEU

Todos estavam a mesa tomando café, estavam em silêncio e com caras de quem pouco tinha dormido e muito "trabalhado" naquela noite. Os talheres batendo e Frederico olhou a todos eles com estranheza querendo saber o porquê de tanto silêncio, ele sabia que a situação não estava fácil para o filho, mas Paloma que sempre soltava das suas aquela manhã estava bem calada.

— Que raios se passa aqui hoje? - largou a colher que comia sua fruta. - O que aprontou, Paloma?

Ela o olhou de imediato negando com a cabeça.

— Só estou com sono, papai!!! - bebeu suco e olhou a mãe como se ela fosse a defender.

— Se eu desconfiar que você está de safadeza por aí com aquele moleque, eu vou dar uma surra em vocês dois!!! - ameaçou.

— Papai, ele é meu namorado!!!

Ele bufou.

— Você não tem tamanho para isso e muito menos idade!!! - retrucou bravo.

— Essa aí come quieto!!! - Mariano provocou e ela o olhou.

— Eu como mesmo, ainda mais se estiver com fome!!!

Victória começou a rir pela resposta dela assim como Ana.

— Está vendo só? - Mariano seguiu.

— Não mexe com quem está quieto!!! - Victória o encarou. - Ana, você quer ir até sua casa buscar algumas coisas suas?

— Sim, meu pai não vai me aceitar lá... - falou com tristeza e Mariano segurou a mão dela.

— Você não precisa ficar lá... - ela o olhou. - Aqui é sua casa agora!!!

Ela deu um meio sorriso para ele.

— Eu vou pra escola!!! - Paloma se levantou e foi beijar os pais e Frederico a segurou.

— Você toma juízo!!!

— Eu também te amo, pai!!! - o agarrou beijando muito e Frederico amolesceu.

Frederico amava os filhos mais que tudo e tinha um ciúmes sem igual, principalmente de Paloma que era a sua menina, ele não a queria perdida por aí ou fazendo algo que fosse se arrepender depois. Ele a beijou e a agarrou bem forte em seus braços e logo a deixou ir, Victória também logo levantou para levar Ana na casa dela, mas Mariano não permitiu que a mãe fosse e ele mesmo foi com sua mulher.

Frederico como tinha coisas para fazer na cidade decidiu levar seu amor para o trabalho e assim passaria mais um tempinho com ela, Victória adorou e eles seguiram para a cidade conversando sobre como seria aquele dia. Quando Mariano parou frente a casa de seu sogro, percebeu o quanto Ana estava nervosa e a segurou na mão caminhando para a entrada e ele apareceu com uma cara nada boa, mas era a hora de resolver aquela pendência e eles se encararam...