— O que aconteceu com você?- Vick perguntou com calma e olhou o homem a seu lado que mudou ao ver Mariano.

— Eu deveria dar um tiro dentro da sua cara seu desgraçado.- Apontou o dedo para ele

— Pai, não faça isso, não faça!- ela disse com o rosto cheio de medo.

— Vai defender esse cafajeste que te engravidou? Eu vou matar ele!!- Gritou e Victória entrou na frente para defender.

— Ninguém mata meu filho aqui dentro da minha casa não!- Falou já ficando vermelha.- Que história é essa de gravidez?

Mariano não conseguia nem falar. Frederico falou com calma indo mais perto do homem

— Meu filho vai sim cuidar dela e fazer o que um homem faz! Sua filha terá tudo que ela precisa para ser feliz. Não se preocupe... Agora, se quer deixar ela aqui, apenas vá para sua casa. - ele não queria a nora nervosa.

— Eu quero um casamento em no máximo um mês! - Segurou o braço da filha enquanto falava.- Ou você vai ter o seu merecido!

— Solta ela. - Mariano passou na frente da mãe e puxou Ana para ele.- Eu vou casar com ela, eu vou!- Falou com desespero para que ele não a machucasse.

Frederico avançou e disse com o rosto com raiva.

— Saia de minha casa! - ele disse com raiva.- Volte quando estiver bem para conversar! Eu não preciso dizer que é melhor para todos!

Os homens da fazenda estavam todos esperando para dar uma coça no pai da moça, mas Frederico não precisava de ajuda. Ele podia quebrar a cara dele sozinho.

— Vai fazer o que?- O homem o peitou.- Eu não tenho medo de você e nem de homem algum é minha filha e se tem alguém aqui que merece uns cascudos é seu filho que eu já tirei a bala da minha casa mais ele não aprende! Agora engravidou a minha filha! Eu poderia dar um tiro bem dentro da cara dele e você só o encontraria com a boca cheia de formjga. Mas eu estou aqui pra casar os dois ou a desgraça vai acontecer!!- Falou com os olhos negros de ódio.

— Ele é jovem e errou, mas ama a sua filha e vai assumir meu neto. - disse com calma e depois suspirou.- Saiba que se o senhor encostar no meu filho, não vai viver ninguém para contar a história.- ele não estava para brincadeira.- Sei o seu nervosismo, eu também tenho uma filha, mas vou dizer uma coisa, não entre na casa de um homem e ameace os filhos dele. Você ama sua menina? Está zangado, eu entendo, mas não nos ameace.- ele estava frio e duro olhando para ele.- Agora sai de minha fazenda.

— Vocês estão avisados!!!- Olhou bem pra Mariano ameaçando com os olhos e depois saiu estava com tanto ódio que era capaz de matar a todos ali se não fosse.

Frederico nem respirava, o filho dele era sagrado e mesmo que tivesse feito merda, era seu menino e ninguém ia ameaçar seu menino.

— Vamos entrar... vamos entrar e cuidar dessa moça.- O ar dele ficou mais cuidadoso.

Victória olhou Mariano no mesmo momento.

— Que merda é essa?- Gritou com ele e ele soltou Ana.

— Mãe, ela está grávida e nervosa!Não grita mais!

— Não gritar? Tenho que descobrir que vou ser avó por um homem que veio aqui louco pra te matar?

— Vamos entrar...- Frederico disse com o tom bem firme. Ele queria que Victória não entrasse em pânico. - Victória a menina está nervosa, o pai já fez mal a ela, vamos conversar a sós com nosso filho.

Ela respirou forte e olhou o filho.

— Mãe, a gente não programou isso não! Aconteceu.- Olhou Ana.- Você está bem?

— Eu preciso de água, eu estou nervosa. - ela começou a chorar estava cheia de medo pelo filho e tocou a barriga com todo amor. - Eu não vou tirar meu filho, eu quero ele, mesmo que Mariano não queira.

— Você ficou louca?- Ele falou logo.- Eu sou um safado não um assassino! Eu quero meu filho!

Victória o puxou pela orelha o levando pra sala.

— Você deveria levar uns tapa! O que eu disse pra você?

— Mãe, aconteceu...

— Frederico pegue água pra ela e de o que comer a ela.- Falou porque queria conversar com o filho sozinha.

Ele sentiu o coração cheio de amor.

— Vamos comer algo, vamos resolver nossa vida.

Quando eles se foram ela olhou o filho que respirou fundo a olhando.

— Agora você toma jeito ou vai continuar fazendo besteira? Ela é uma menina linda e você aí perdendo tempo com essas ninfetas de rua...- Respirou alto.

— O que quer da vida, Mariano? Esse homem poderia ter te matado.- Esperou que ele falasse algo.

— Pai... Você sabe muito bem como eu sou.- Frederico suspirou e olhou para ele..

— Vamos nos acalmar e conversar. -Estava bravo.

— Eu a quero,mamãe...- Mariano passou a mão pelos cabelos nervoso.-Eu quero que ela preste atenção no esforço que posso fazer de me amarrar.- Disse nervoso.

— Se é esforço para você estar ao lado dela, meu filho, eu acho que você deve ser só pai dessa criança. Ela merece mais que isso.- Falou com calma.

— Mãe, eu falo e você e meu pai só entendem o que querem! Eu estou dizendo que é me amarrar e eu só vou fazer isso gostando dela. Eu disse a meu pai que estava gostando dela.- Ele sentiu uma coisa e nem conseguiu controlar.- Tô com o coração na boca, mãe.

— Ela é linda e te ama.- Falou com calma e sentou o puxando para sentar.- Quero que seja feliz e que a faça feliz. O pai dela é um desgraçado mais tem toda a razão de vir aqui querendo te matar. Você engravidou a menina dele enquanto fodia outras. -Queria entender o filho e não brigar mais.

Mariano sentia que seu coração estava aos saltos. Ele nunca tinha pensando em ser pai. Estava cansado de pensar que era um irresponsável.

— E se der errado, mãe? E se eu não for o pai dele de verdade, assim como meu pai é o meu? Não der conta, sei lá!

— Você só vai saber se tentar, quando eu engravidei de você era somente uma menina e seu pai também tinha a fama de raparigueiro e eu era noiva de outro. Me encontrei em completo desespero porque eu não sabia como seria dali em diante e nem como seu pai ia raciocinar com a notícia de ser pai.- Falou com calma.- Foi uma loucura, mas hoje estamos aqui mais firme que nunca.

— Mãe, eu quero falar com ela...- disse amoroso e cheio de medo.- Eu quero conversar sozinho com a minha namorada.- Ele disse com o coração cheio de medo.- Eu quero resolver isso com ela.

— Deixa ela comer pelo menos e se acalmar um pouco, meu neto é a prioridade agora. Depois vocês conversam com calma.- Se aproximou mais dele e o abraçou toda amorosa, amava tanto seu menino mesmo tendo tanta diferença.- Eu te amo e quero somente seu bem.

— Eu te amo, mãe, você é lindona. Tô assustado nessa porra, to é em choque. Nossa, eu vou ser pai, aí, eu em...- Ele riu sentindo aquela notícia como boa pela primeira vez.

Ela riu do jeito dele.

— Sim, meu filho, você vai ser pai e espero que assim crie juízo.- O soltou.- Eu vou ver Ana.- Ficou de pé o olhando.

Ele suspirou e disse com calma.

— Vamos juntos, eu espero ela comer e depois falamos.- Mariano agarrou sua mãe e foi com ela para a cozinha.

Quando chegaram lá, Ana comia com calma e com lágrimas. Frederico se levantou da mesa e abraçou Victória. Ele queria que eles ficassem em paz, queria a vida doce e feliz para o filho, mesmo ele sendo um desajuizado, ele queria que o filho encontrasse o amor, como ele havia encontrado.

— Você senta aí, espera ela comer e depois diz as coisas com calma.

Mariano apenas sentou e nada falou apenas ficou olhando Ana comer, Victória segurou seu amor por um momento e deu um beijo nele. O soltou e foi até Ana.

— Você está bem, meu amor? Está sentindo alguma coisa?

— Eu estou com sono, Vick, eu quero descansar.- ela estava chorosa e olhou Mariano depois desviou o olhar.- Eu quero dormir um pouco.

Frederico olhou o filho e esperou a resposta dele.

— Vou te arrumar o quarto de visitas para dormir. - falou com calma.

— Vai dormir comigo. - ele disse certo do que queria.

— Come e vamos dormir.

Ela comeu um pedaço de bolo e suspirou.

— Eu vou querer dormir no outro quarto.- disse só para provocar Mariano.

Ana bebeu mais suco. Frederico quis rir do filho, ele sabia que mulheres com raiva são o diabo.

— Vai ser do modo como você quiser. - Vick falou compreensiva.

Ele sabia que Mariano teria que fazer as coisas de modo bem diferente.

— Vai dormir na minha cama, Ana.

Ana o olhou e disse:

— Vamos conversar, Mariano e vou dormir no outro quarto.- Estava sendo verdadeira.

Ele respirou fundo e passou a mão no cabelo.

— Tá bom, você que sabe.- Sabia que brigar não era o melhor caminho no momento.

— Quer mais bolo? - Vick falou com calma.

— Não quero...- Ana suspirou e se levantou.

— Vamos conversar. Eu acho que está na hora...

Ana abraçou Vick e Frederico e saiu andando, ela conhecia o caminho.

— Vamos conversar no seu quarto.

Ele levantou e olhou a mãe, Victória apenas fez sinal para que ele ficasse calmo e depois de beijar os dois, ele foi atrás dela. Victória olhou seu amor e disse:

— Ou ele aprende ou ela acaba com ele.- Riu por um momento.

— Eu sei que acaba... -Frederico disse sorrindo. - E você? Acaba comigo? -Frederico agarrou Victória e sorriu beijando a boca de seu amor.- Eu quero é um pouco de Viqueta, depois desse dia de boi flechado, quero paz.

Ela riu do jeito dele.

— Pra você todo amor do mundo.- O agarrou. - Eu amo você muito.

Frederico a apertou contra seu corpo e sorriu.

— Vamos parar de fazer filhos, os que temos dão muito trabalho.

Ela gargalhou.

— Meu amor, acho que é a genética de nos dois porque nunca fomos fáceis nessa vida.- Riu acariciando seu rosto.

Frederico a pegou no colo e carregou beijando.

— Acabar com esses dois no cinto e tudo fica bom de vez.- ele disse xucro. - Você sabe que não tenho paciência.

— Meu amor, até eu pego esses dois no cinto.Paloma cadê que não a vi em meio a esse tumulto todo?

— Ela deve estar por aí ... Junto com a safada da Lulu! -Frederico foi com Vick até o quarto e deitou aos beijos com ela na cama. - A gente estava em paz, aí foi querer esses miseráveis. -ele riu beijando sua esposa.

— Amor, você não cansa? Fizemos amor quase agora e você já quer de novo?- Ria se esfregando nele.

— E você acha que tenho o que no corpo? Com toda essa agitação, eu quero é mais trepa!- ele riu puxando a roupa dela e beijando o seio.- Se eles gritarem a gente corre pelado.

Ela gargalhou.

— Nem ferrando que vou deixar você se mostrar por aí.- O puxou para que ele ficasse ainda mais sobre ela e o beijo com amor. Ali era o único lugar onde estavam em paz.

Frederico sorriu apertando ela em seu corpo.

— Hum, com ciúmes, assim que eu gosto.- ele riu dela com aquela expressão de safado que ele sempre tinha.

— Eu morro de ciúmes de você, sempre morri. - sorriu apaixonada como sempre.

Frederico adorava tocar no rosto daquela mulher, beijar seu corpo, segurar o corpo junto ao dela e sentir que o amor deles era eterno.

— Você sempre foi a maior conquista desse peão aqui.- O olho brilhava de amor por ela.- Eu amo você como não amo nada nesse mundo, Viquetinha. Você me completa de um jeito que dá até medo! Medo de perder...

Estava preso nos olhos dela e no seu doce amor.

— Amor, depois de velhos não vamos mais se soltar. - falou com graça. - Não precisa de medo, vamos ficar juntos para sempre.- Se declarou toda amorosa.- Seremos pra sempre a Viquetinha e o Jabuticão.- Começou a rir.

Ele sorriu porque ela era a mulher mais linda do mundo e ele amava estar com ela. Sabia que ele era o único nos pensamentos de seu amor.

— Só nós, amor, só nós...- ele agarrou sorrindo e puxou para ele.- Vamos fazer logo um pouco de safadeza antes que alguém nos atente.- Ele disse rindo.

Ela o agarrou mais ainda e nada precisou ser dito apenas os beijos foram ouvidos e as respirações pesada.

NO OUTRO QUARTO...

Ana estava em pé perto da janela, o coração aos saltos. Mariano era seu amor e ela sempre tinha querido ele.

— Me perdoa.- Ele começou aquela conversa depois de um enlouquecedor silêncio.- Eu gosto de você e não deveria ter ido até aquele encontro...

Ana segurou as lágrimas.

— Você só pensa com esse pinto. Eu disse para você que queria algo sério e você não me deu importância!- ela não o olhava e estava com seu coração cheio de dor.

— Eu estava somente com você, Ana, mas...- Nem sabia o que dizer estava envergonhado depois dela o pegar no flagra. - Eu não tenho nem argumentos, mas quero mesmo que me perdoe e me deixe tentar consertar essa merda toda.

— Consertar pelo bebê? - ela disse andando e depois cuspiu fogo. - Eu fui escorraçada por meu pai, mas não vou ficar com você por causa do bebê. Eu tenho amor próprio, Mariano!

— Não é pelo bebê.- Ele foi até ela.- É por nós dois, mas vou entender se não me quiser. Eu te trai.- Falou decepcionado consigo mesmo.- Eu não presto mesmo pra nada.

Ela disse com calma.

— Você e eu vamos cuidar do nosso filho. Você sabe que isso quer dizer? Você sabe que isso quer dizer que eu e você não seremos mais dois jovens por aí bebendo.- Ela tocou a barriga. - Pelo menos isso você fez de bom, me deu um filho! Você não precisa ficar com ele se não quiser!

— Eu sei o que isso significa e quero mesmo cuidar do meu filho mesmo que você não me queira mais a seu lado. Caralho, Ana a gente vai ter um filho.- Falou com os olhos brilhando.- Eu nunca pensei em ser pai, mas você me deu uma alegria da porra!

Foi com a mão pra tocar a barriga dela e a olhou para ver se ela permitiria. Ela ergueu a blusa e mostrou.

— Ele é seu! - Disse com o rosto cheio de amor.- Fizemos naquele dia da briga no shopping. - Ana estava se lembrando e sorriu.

Ele riu acariciando a barriga dela todo emocionado.

— Foi a melhor transa depois que brigamos. Você estava tão gostosa.- Falou safado como sempre.

Ela riu e revirou os olhos.

— Safado. O que vamos fazer? Não vou morar na casa dos seus pais.- Ela estava sendo sincera com o que dizia. Não ia começar a vida com seu filho morando na casa dos pais dele.

— Você quer casar comigo?- Se aproximou queria era beijar a boca dela para comemorar aquele bebê.

Ana sentiu uma coisa. Queria negar e dizer coisas bem horríveis para se vingar de sua tristeza. Ao mesmo tempo que estava chateada ficou louca com o pedido dele. Os olhos brilharam enquanto ela perguntou:

— Casar? Você quer casar comigo?