— O que foi, amor?- Disse com o coração se agitando com ela ali com aquele rosto lindo.

— Amor, Lalinho esteve na empresa hoje e me confrontou quando o trai com você eu o deixei para estar com você.- Falou com calma para que ele não ficasse nervoso.

Frederico ferveu como uma chaleira, aquele maldito tinha ido desafiar Victória? Ele bufou e disse com a voz tensa e baixa.

— Ele fez isso? Ele teve a audácia de te afrontar?- Estava com sangue nos olhos, ele ia pagar, aquele almofadinha do inferno.

— Sim, me disse que se tivesse me pegado no mato seria diferente. Se assim fosse eu estaria com ele ainda...

Frederico sentou na cama no mesmo momento.

— O que? Aquele imundo te ofendeu?- ele disse com ódio.

— Amor, eu não te contei pra que estrague nosso momento, mas pra que outras pessoas não viessem com fofoca de que estava com meu ex e você não sabia. Ele me chamou para trabalhar com ele.

— Nunca! É o caralho do boi que você fica perto daquele boiola de capim!- Ele bufou, mas ficou na cama sentado.- Ele vai saber certinho o que é um desfile de moda, porque vou deixar ele todo furado e ele vai ser modelo de cemitério. Sabe, até depois da morte estará de terno.

Victória o beijou no ombro toda amorosa sabendo como ele era e suspirou com suas declarações.

— Amor, não fale assim. Eu neguei porque tenho muito trabalho durante esses seis meses e também temos o nosso bebê que vai vir a qualquer momento. Eu não posso trabalhar com ele nem se eu quisesse porque eu não quero problemas contigo.

Frederico deitou e puxou ela.

— Ele acha que vai vir com aquele piru seco dizendo que se fosse no mato você estava com ele? Eu em, no mato você só foi comigo! Minha mulher não gosta de galho seco, gosta de tronco de árvore.

Ela riu alto.

— Meu amor, se ele se quer me tocou imagina como seria com os galhos enroscando na gente e ele todo fresco.

Não era pra imaginar nada era apenas um comentário de como possivelmente seria. Frederico deu uma gargalhada forte.

— Você é uma égua de raça vai ser montada por um burro, por um asno? Ele nunca entendeu que você não ia com ele nunca.

Ela alisou o peito de seu amor.

— Eu não me vejo em outra vida que não seja a seu lado. Eu não consigo me imaginar casada com ele ou melhor, eu seria uma pessoa que eu não sou...- Constatou naquele momento se lembrando da conversa que teve com ele.

— Meu amor, você é livre, esse Lalete é doido! Ele sempre foi meio estranho, não gosto dele e odeio ele e detesto ele demais.- Falou adjetivando tudo.

Ela gargalhou.

— Vamos para a nossa banheira? Não quero falar desse homem aqui no nosso quarto. Eu só te contei porque não quero coisa errada.

— Eu vou te responder com toda sinceridade, Victória.Ele não tem medo da morte, ele não tem! Maldito animal, ele é isso.

— Amor, ele só está ressentido é por isso que ele está assim. Eu não quero mais problemas do que já temos. Eu estou até com fome.- Começou a rir.

Frederico riu e pegou a mão dela beijando.

— Eu pego algo para você comer.- disse amoroso.

— Pega bastante que eu quase não comi hoje.- Levantou pra tomar um pouco de água.

Ele sorriu e foi buscar, quando voltou minutos depois estava com uma bandeja . Frederico colocou na cama e nela tinha frutas, suco, queijo, leite e café, sanduíche e bolacha.

— Tudo aqui, Victória...- ele disse amoroso e sorrindo para ela.

Ela sentou com seu robe posto e olhou a bandeja.

— Que delícia, amor, parece que não como a um ano só de olhar para essa bandeja.- O fez sentar e sentou em seu colo amava ficar grudada nele. Pegou a fruta e começou a comer dando a ele.

Ele comeu feliz e por momentos pensou só nos dois.

— Acho estou cansado, apenas isso e você também.

— Estamos exaustos dessa confusão toda e fazer amor me deixou ainda mais cansada.- Beijou a boca dele e pegou mais comida para os dois.- Vamos comer e tomar um banho e podemos descansar.

Frederico sorriu, tudo que mais queria era isso, estar nos braços de seu amor.

— Eu quero que você seja meu amor para sempre.- Frederico disse todo cheio de orgulho para que ela sentisse.- Eu quero comer assim com você sempre!

— Amor, a gente só se separa morto.- Falou logo.

Ele sorriu com todo amor.

— Vamos nos cuidar, meu amor... Vamos comer sempre assim, amor, sempre porque eu amo estar assim nos seus braços.- Falou toda linda.

— Vamos ser apenas um do outro, quero que nossa vida seja sempre linda.- Frederico a beijou e sorriu desejo de mais amor.- Você é a minha viquetinha, meu amor, minha princesa. Eu te amo, minha Viqueta!

— Eu te amo muito jabuticão.- Beijou a boca dele e logo deu mais comida a seu amor e ouviram a porta.

— Pai, tá aí?- A voz de Mariano foi ouvida.

Frederico soltou seu amor. Foi a porta e abriu.

— Podemos conversar? Está ocupado com mamãe...- Mariano falou com calma.- Deixa pra amanhã.

Ele segurou o ombro do filho e sorriu, o filho parecia preocupado.

— Meu filho, vem aqui, estamos comendo. Sua mãe pode ouvir? Ou não? É algo que só eu posso ouvir?

Mariano só negou com a cabeça para não chatear a mãe. Não queria que ela ouvisse.

— Deixa pra outra hora...- Respirou fundo

— Amor, vou com fomfom.- Frederico disse amoroso depois de voltar a cama e beijar a boca dela.

— Já venho e não coma tudo.- os olhos brilhando.

Victória sorriu.

— Amor, não garanto que não vá comer.- Beijou a boca dele mais uma vez.- Atenda o fomfom depois eu pego mais comida pra gente!

Frederico pegou uma fruta e saiu com o filho pensando em como ele estava tenso. Era seu amor, seu menino, seu tudo. Segurou no ombro de Mariano e segurou. Sorriu e o olhou com amor.

— Filho, você está em problemas?

— Pai, eu acho que encaçapei um filho na Ana...- Falou preocupado com o que tinha feito.

Frederico engoliu seco, sentiu uma coisa no ar e depois sorriu.

— Pai...- Mariano estava mesmo preocupado e nem sabia como conversar estava nervoso.

— Filho...- ele segurou o ombro dele com firmeza.- O que sente por essa menina?- se segurou por alguns segundos.

— Pai, a gente fica... Ela queria algo sério e eu disse que ia ficar só com ela, mas não foi assim você sabe.

— Meu filho, me diz o que sente por ela. Você não gosta dela? Meu neto vai ser filho de um casal que não se ama?

— Ela me pegou com a loirinha lá e sentou porrada nela e gritou que não quer mais saber de mim, nem ela e nem meu filho... Ela é muito nervosa. Acabou com a loirinha e ainda me deu uns tapa.- Mostrou o peito que tinha um arranhão.

Frederico deu um tapa nele rindo e fez o filho sentar.

— Você sabia que ela estava grávida e foi ficar com outra?- ele disse sério.

— Eu não sabia...Ela só jogou no ar que estava com medo. O pai dela vai me dar uns tiro.- Nem parecia o filho afrontoso que peitava tudo.- Eu gosto dela, eu gosto de ficar com ela e se ela não me deixar mais ver meu filho?

— Ué, Fomfom Rivero? Cadê a macheza?- Frederico riu na cara dele sabia que a menina amava ele. - Não é corajoso e cheio de amor. Cheio de vontade e abusado comigo e sua mãe.- ele sorriu e olhou o filho, queria tripudiar ali, mas estava tão tenso.

— Pai, tiro na bunda dói e ele me deu um a um tempo atrás quando me pegou lá. Sai pelado com a bunda marcada!!! - contou ao pai.

— Meu filho, ninguém vai te dar tiro porque você vai ligar para ela e se acertar, ou melhor, vai lá, vai levar ela no médico e ver se há um neto nosso lá e se tiver, você vai tomar vergonha nessa sua cara. Você entendeu?- Frederico não ia deixar que ele fizesse qualquer coisa com ela.- É sua mulher, você a furou, com toda certeza era virgem e você fez de tudo até ela se entregar. Ela, é sua mulher.

Mariano sorriu.

— Quem não foi minha mulher nessas matas, mais ela tem certeza que tem filho lá.- Tirou o papel do bolso.- Ela me deu isso mais eu não entendo nada. Pai, eu sou um bundão, né? Ela me ama e eu queria comer priquito.

Frederico abriu e viu o teste. Suspirou e depois chorou, ele estava emocionado e cheio de amor, ia ser avô.

— Meu filho, vai lá e pede perdão e ela, meu neto vai nascer num lar feliz.- ele disse com todo amor que podia e calmo.- Eu vou contar isso a sua mãe e ela vai te odiar por isso.

— Pai, por isso não quis que ela ouvisse, ela já não tem orgulho de mim. Imagina agora? Ana, me odeia todo mundo me odeia! Meu filho vai me odiar.- Começou a chorar.

— Mariano...- ele abraçou o filho puxando para ele com todo amor e disse com o rosto cheio de verdade.- Você pode ser um pai incrível, um homem maravilhoso. Sua mãe te ama assim como eu. Você tem que saber que as coisas que você faz, tudo tem consequência. Meu filho, eu quero que resolva isso, mas eu estou aqui e sua mãe também. Eu vou ser avô e tô feliz!- disse emocionado.

— Meu Deus, eu só queria furar!

— Furou com tanta força que chegou onde não queria.- Frederico gargalhou e olhou o filho beijando seu rosto.- Isso não é o fim do mundo.

— Aprendi com você.- Abraçou o pai.- Eu vou ter um filho.- Falou sem acreditar ainda.

— Vai sim, meu filho e vai ter uma família. Agora vá falar com ela e resolva isso porque eu quero meu neto aqui.- ele disse firme.- Pare de chorar e vá resolver isso! Tome um banho primeiro, está fedendo a pomba, Mariano!

— Pai, era rosinha...- Suspirou.- Uma delícia! Uma delícia e eu estava quase gozando.

Frederico começou a rir.

— Meu filho e de sua futura esposa? É ruim? Eu quero saber se você tem motivos para isso.- Frederico sorriu esperando que o filho falasse com ele e contasse algo que o deixasse calmo.

— Pai, ela é maravilhosa também, mas quando eu vejo já fui... entende?- Suspirou.- Eu fico enlouquecido quando eu sinto o cheiro delas. Mas eu não quero perder nem ela e nem meu filho.Eu posso comer só uma, né? Você conseguiu!!!

Ele riu e olhou o filho.

— Eu nunca me arrependo de escolher sua mãe. Ela é mais deliciosa e apaixonante a cada dia, ame sua futura esposa, meu filho. Ela merece seu amor.

Mariano ficou de pé.

— Ela não vai querer me ver hoje. Estava muito nervosa e não quero que passe mal. Agora tem que ter cuidado.

— Você quer que eu faça isso ou sua mãe? Quer que a gente ligue para ela e peça para dormir aqui? Nós a conhecemos, filho, podemos fazer isso. Ou você prefere esperar?

— Eu não sei... pela primeira vez eu me sinto um idiota.- Olhou o celular querendo ligar mais sabia que ela era tinhosa e não atenderia.

— Você é um idiota e devia tentar, meu filho!

— Eu preciso de um banho antes.- Tirou a camisa pra tomar banho e olhou o pai.- Eu preciso da sua ajuda.

— Vai ser igual ao pai assim lá na China! Adora uma rachada!

Frederico sabia que o filho estava nervoso e ele iria ajudar no que precisasse.

— O que você precisa, meu filho? Eu posso te ajudar sim, posso fazer o que você precisar para ficar bem.

— Eu não sei o que vou dizer. Eu não sei!Ela vai me matar dessa vez.- Começou a rir ao lembrar de como ela atacou ele.- Pai, ela é pequena, mas é uma fera.- Respirou fundo.

— Meu filho, peça desculpas, seja gentil fale com ela com amor.- Ele disse com todo amor do mundo porque o filho era um bom garoto, mas safado, estava tentando aproveitar a juventude.- Ela tem razão em estar chateada, você apenas precisa ser gentil e pedir perdão, tudo que ela disser, diga que ela está certa. Se ela te chamar de qualquer coisa, concorde. Você foi um idiota!

Mariano apenas assentiu e foi para o banheiro tomar seu banho, mas pediu que o pai esperasse por ele e Frederico ali sentado pode ouvir as buzinas que vieram do lado de fora de casa e levantou indo a janela para ver o que era.

Ele se levantou e parou na porta. Estava aguardando quando viu a jovem sair do carro toda arisca. Ele suspirou e olhou a cena enquanto iam para perto dele. A coisa parecia que ia ficar ainda melhor.

Mariano saiu correndo do banheiro sabendo que viria treta e se vestiu correndo. Victória também saiu do quarto vestida e desceu para o andar debaixo e parou na porta os vendo.

— O que se passa aqui? - cruzou os braços os olhando. A jovem olhou Mariano e seus olhos ficaram tristes.

— Posso ficar aqui, tia Vick?- ela falou quase engasgada de medo e dor. Ela não queria falar com Mariano.

— O que aconteceu com você?- Vick perguntou com calma e olhou o homem a seu lado que mudou ao ver Mariano.

— Eu deveria dar um tiro dentro da sua cara seu desgraçado.- Apontou o dedo para ele

— Pai, não faça isso, não faça!- ela disse com o rosto cheio de medo.

— Vai defender esse cafajeste que te engravidou? Eu vou matar ele!!- Gritou e Victória entrou na frente para defender.

— Ninguém mata meu filho aqui dentro da minha casa não!- Falou já ficando vermelha.- Que história é essa de gravidez?