A horrenda criatura que se formara na jaula ao lado assustou a todos, não era um lobisomem normal. A fera era imensa, escura como a noite, seus olhos de lobo-alfa destacavam-se, fazendo aquela besta violenta, linda...

– E-esse? - Reyaa queria gritar de horror, ela estava espantada - esse é meu irmão? Esse é o... - ela tampou sua boca e caiu aos prantos no chão.

– Ele é diferente - disse Farkas - nunca vi um selvagem assim. Ele misturou-se com os lobos, temo que não ha salvação.

– Olhem esses olhos, se parecem com os de um lobo-alfa, são lindos, amedrontadores - disse Vilkas enquanto chegava perto, até que Togrim urrou, fazendo Vilkas retroceder.

– Onde estão as... - Eafrea começou a vasculhar seu corpo - nossas armas...

– Reyaa eu pos... - quando Hecar começou aproximar-se de Reyaa. Togrim rugiu para que Hecar se afastasse dela - Mas... oque é isso?

– Ele não gosta de você! - exclamou Farkas - É de natureza os lobisomens não gostarem de vampiros, ou de mortos vivos...

Hecar fez um teste, ele aproximava dela e Togrim rosnava, se afastava ele parava. O dia todo foi um tédio, eles andavam pela sela, resmungavam, choramingavam, e batiam na grades com raiva. Não dava pra se ouvir muita coisa alem de: sussurros, trovoadas, e alguns gritos de Zorga e Ivall; " Tem certeza de quem o campo anti-magia esta funcionando? ".

Com o passar do tempo o amanhecer chegou, a caverna ficou mais clara e a jaula de Togrim estava mais visível, ele dormia durante o dia, como uma criatura noturna ele deveria guardar suas forças para a caçada.

Ivall apareceu, a maior iluminação ,mostrou seu lindo rosto, ela era uma mulher sedutora, seus cabelos longos iam até a cintura, e seu caminhar era estontante como o sue rebolar. E logo ela anunciou.

– Eu vos trouxe o café - suas mãos que estavam atras estavam segurando dois sacos - este é para vocês - ela jogou dentro da sela compartilhada um saco cheio de queijo e frutas- e esse pedaço de carne é para você lobinho - ela jogou o saco para dentro da sela de Togrim, fazendo com que ele abrisse os olhos, porem ignorou e voltou a dormir.

– Tenha um bom descanso Rey... - Ivall foi interrompida por Hecar!

– Não! - Hecar que estava sentado, já não se alimentava durante horas, ele avançou na grade tentando quebra-la, mas ela foi abençoada - Desgraçadas! - os olhos vermelhos de Hecar se enfurecerão e ficaram mais intensos que antes - Como diabos criaturas imundas como vocês podem abençoar esse ferro?

– Nós? Imundas? - Ivall falava com ironia - Não mais do que sua espécie... - dito isso ela virou-se e caminhou até a saída.

– Sua vadia! - Ele avançou mais uma vez, o ferro sagrado machucava sua pele, fazia a queimar, mesmo com tanta dor ele esforçou-se e entortou duas grades da sela - Vai fazer mais de um dia que estou sem sangue. Sinto fome, se eu não me alimentar durante uma semana... As coisas vão piorar...

– Nós temos sangue! - disse Leena - e sei como podemos sair daqui!

– Como? Qual a sua brilhante ideia agora? - perguntou Eafrea.

– O sangue de Togrim - falou ela enquanto apontava para o lobisomem adormecido - ele é um licantropo diferente, ele é um alfa, os sangue dos verdadeiros lobos correm em suas veias, e não só alimentariam Hecar, mas o deixaria mais - ela repousou sua mão na cintura - o deixaria mais forte, quem sabe não o curaria? Ou poderia explodir essa jaula?

– Não! - Respondeu Risthor - O sangue do meu filho não!

– Acalme-se Risthor - Hanim desencostou da parede e foi até Risthor, suas mãos brilhavam num tom verde-água, ele passou sua mão levemente no ombro de Risthor - Ele não vai se machucar, vai ficar tudo bem... - Risthor assentiu com a cabeça e voltou ao seu assento no chão.

– Bem... - Hanim entrou no meio da roda - cada tipo de sangue teria uma propriedade diferente, os dos Dunmer o deixaria mais forte, com mais estoque de magica, os dos Nórdicos o deixaria mais resistente ao frio, talvez o de Togrim nessa forma... Aumentaria sua força, agilidade, velocidade, e talvez, mais tudo.

– Eu não vou discordar de nada, mas como vamos pegar o sangue do lobão ali - disse Vilkas enquanto apontava para Togrim.

Hecar estava agitados, andava de um lado para o outro, ele resmungava, e quase gritava estéricamente. Era difícil se controlar, ele só pensava; em sangue, sangue, e mais sangue.

– E se misturassemos tudo? - perguntou Eafrea.

– Então precisamos de um prato para ele beber tudo! - respondeu Hanim.

– Eu consigo pegar um. - disse Leena enquanto se dirigia até o outro canto da sela - Ali - ela apontou para um laboratório de alquimia - eu poderia fazer uma mistura para ele beber. Eu posso usar minha telocinese para trazer tudo para cá, mas esse campo anti-magia me enfraquece. Eu vou precisar de ajuda, muita ajuda.

– Nós juntos conseguimos? - perguntou Hanim ironicamente.

– Se você fazer do jeito certo... - o clima passou de uma prisão para uma conversa cheia de insinuações sexuais entre Leena e Hanim.

– Por Talos, Por Shor, Por Mara, Pela Puta que Pariu! - gritou Hecar - Façam logo!

– Esta bem... - Leena e Hanim deram as mãos e indicaram as mãos livres ( direita ) em direção ao laboratório, aquilo funcionou como um imã, as ferramente, poções pequenas e ingredientes levitaram até o eles - Agora eu posso fazer a mistura...

Leena sentou-se no chão, ela pediu um pouco de sangue de cada um, usando um pedaço de uma espada ferro quebrada que estava no chão, todos cortaram a palma da mão e deixaram escorrer o sangue, as poções desconhecidas também fora despejada no prato de madeira. E agora a parte mais difícil, pegar o sangue de Togrim, a besta adormecida já estava acordada, ele comia e não se importava com o dialogo ao redor, Farkas se aproximou e furou suas costa fazendo o lobo apenas olhar para traz, e depois ignorar, o sangue escorreu aos poucos, então a sopa de sangue estava pronta, e Hecar estava louco para experimenta-la.

Hecar tomou o prato em suas mão, ele olhava como se aquilo fosse as ultimas gotas de sangue de Tamiriel...