A etnologia dos Broken-Shield

O Massacre dos Renegados.


Hecar bebeu aquela tigela de sangue como se fosse a sua ultima refeição, ele mostrava fome , a tomou com a fúria de setenta ursos pardos famintos. Ao terminar ele se abraçou, a expressão de seu rosto era melancólica, obvio que havia adorado a refeição, lentamente se deitou no chão. Então ele disse com uma voz sonolenta.

– É como se... Eu estivesse sendo abraçado - bocejou - pelas sombras... - dito isso ele dormiu.

– Oque? - disse Reyaa com uma expressão confusa.

– E agora? -perguntou Hanim.

– Agora nós esperamos pela evolução corporal dele - respondeu Leena.

– E quanto tempo isso vai levar? - perguntou Vilkas.

– Não sei ao certo, talvez horas, um, ou dois dias.

– Ótimo - disse Risthor ironicamente - e oque faremos até lá?

– Nos prepararemos para batalha - respondeu Eafrea.

Já se passou dois dias e eles ainda não voltaram, eu tinha certeza que eles conseguiriam... Mas e agora, perdi quatro estudantes do colégio, investi meu dinheiro neles, temo gastarei minhas ecomimias para resgata-los, ouvi boatos de que alguns renegados foram massacrados em seu acampamento, mas a bruxa harpia ainda esta lá... - trecho do diário de Calcemos

Calcemos estava preocupado, não sabia oque fazer, quem chamar, quem contratar, como lidar com isso, e se os magos do colégio viessem atras dele procurando por respostas? Seu nervosismo era notável, sua investigação dwemer já não avançava a meses, ele focou sua pesquisa em seres criados por Hircine, as variadas espécies de homens-animais o intrigava...

Ele finalmente decidiu, ele iria contratar três... homens, guerreiros, mulheres, elfos. Ele estava disposto a pagar, seu medo do colégio era maior que o medo dos centurion dos dwemer. Ele requisitou aos guardas que falassem com todos os estranhos que aparentavam ter habilidades em luta ( magica ou batalha corpo a corpo )

Depois de quatro horas Calcemos finalmente recebeu noticias de seus mercenários....

– Você tem visitas - disse o guarda chamando por Calcemos - eles estão te esperando no museu dwemer.

Calcemos correu até lá.

Havia apenas três pessoas, uma mulher que vestia uma roupa preta toda encapuzada, só dava para ver o brilho dos olhos daquela mulher misteriosa, ela vasculhava a sala com aqueles olhos curiosos, ela deixava suas mão atras de suas costa, era magra, mas de seios robustos, isso a deixava atraente a todos.

Ao lado dela, um khaijiit, o seu pelo acinzentado era normal para sua espécie, porem ele era um pouco mais escuro e com listras brancas em seu rosto. De braços cruzados ele encarava Calcemos, oque você quer? Dizia a expressão dele, sua armadura de escamas era intrigante, na cintura dele, havia uma longa cimitarra que destacava o felino.

Atras deles caminhava um dumner agitado que olhava a sala com curiosidade, ele usava um túnica reluzente, encantada, presumiu Calcemos, até que o dunmer olhou abruptamente para o Calcemos e disparou em sua direção.

– Oh - a voz do dunmer era alegre e empolgante, e tinha um toque de loucura - então é você deseja nossos serviços?

– Creio que ele deseja muito mais - disse o khaijiit, o sotaque dos khaijiits era impressionante, o jeito que eles enrolam a linguá fascinava Calcemos, a voz rouca de khaijiit era intimidadora. - meu nome é Grum-lai.

– O meu é Iilah - apresentou-se a moça encapuzada - é uma honra poder lhe ajudar...

– Eu não me lembro do meu nome - disse o dumner - eu falei ele muitas vezes, então eu me chamo de " Mr.elf "- dito isso Mr começou a rir loucamente.

– Não esperava um louco conosco - disse Grum-lai.

– E-eu preciso de ajuda - disse Calcemos chamando a atenção de todos, e fazendo Mr. elf parar de rir - eu quero uma missão de resgate o mais rápido possível. Eu tenho dinheiro eu posso pagar, contanto que seja rápido, eles provavelmente estão aqui - dito isso ele deu uma mapa marcado para eles.

– Num acampamento dos renegados? - disse Iilah enquanto olhava o mapa - não é nessa região que mora o lobisomem?

– O-que? - disse Calcemos

– Eu vi.

– E-e... Justamente, ele esta lá dentro, com outros, quatro magos, por favor, tire-os de lá!

– Nós iremos - disse Grum-lai enquanto fazia um sinal para que seguirem, Iilah foi logo atras calmamente.

– Espera - gritou Mr.elf - e as coisas que a moça pegou? - dito isso todos olhavam para Iilah, ela poderia sim demonstrar alguma expressão, mas seu rosto era coberto - ela pegou, eu vi.

– Louco, miserável! - disse Iilah - eu não peguei nada, pare de mentir!

– I-isso não importa, apenas vá salva-los... - disse Calcemos enquanto empurrava todos para fora.

Já se passou um dia desde que Hecar estava dormindo, sua mudança era notável, ele era mais forte e mais pálido, seus muculos agora estavam definidos, e rangia enquanto dormia. A demora incomodava a todos, Togrim dormia o dia todo, ele parou de rosnar para Hecar, e olhar para ele como se fosse destroça-lo quando sair de lá. A noite chegou, eles deitaram e dormiram, a noite foi longa e agitada.

– Então - dizia Iilah - eu vou passar entre eles matando-os, vocês viram logo atras de mim, furtivamente é claro.

– Isso não sera difícil para você senhorita escuridão? - perguntou Mr.elf

– Ironico você "sr.mocinha". Não.

– Nós iremos te dar suporte, eu vou ficar logo atras com o arco. - disse Grum-lai.

– Ótimo - falou Mr.elf enquanto pulava de alegria - eu posso jogar bolar de fogo em todos? - sem exitar os outros dois assentiram com a cabeça.

O entardecer chegou, e eles estavam prontos para a ação.

Iilah abaixou-se e desapareceu, o guardas renegados morriam rapidamente, uns sangravam pela barriga até a morte, enquanto outros desabavam no chão como frutas maduras, os outros foram alertados pelo barulho dos corpos, caminharam para o rastro de corpos, alguns morriam pelas flechas de Grum-lai, e outros eram queimados por Mr.elf, ele era gracioso e ao mesmo tempo estérico, suas risadas enlouquecidas eram amedrontadoras.

Quando finalmente metade dos renegados haviam morrido, eles avançaram em direção a caverna de Zorga. Já estava noite e Ivall guardava a entrada, Mr.elf ficou encantado, então comentou.

– Quem é essa linda mulher? Nós realmente temos que mata-lá?

– Infelizmente, sim - respondeu Iilah enquanto saia das sombras.

– Por favor, permita-me eu mesmo farei isso - Iilah assentiu com a cabeça, Mr.elf levantou.

Ivall franziu o cenho e olhou para a figura desconhecida, ele de fato não era feio, nem atraente, ela avançou em sua direção como se fosse falar algo, mas Mr.elf a surpreendeu com uma lança de gelo em seu ombro, foi tão forte que ecoou na caverna inteira, chegando aos ouvidos dos prisioneiros.

– O-que? - disse Hecar enquanto acordava.

– Não sabemos oque... - respondeu Hanim - espera, você acordou!

– Acordei?

– Não, agora quebra essa merda de jaula, tem alguém atacando a caverna, temos que sair - respondeu Leena, com uma voz sonolenta.

Hecar estava cambaleando, mas logo se recompôs, todos haviam acordado e olhavam para ele com estranheza, ele voo na jaula forçando-a para entorta-la, sua mão queimava mas ele era mais forte, então ele arrombou a jaula de um modo que todos poderiam passar calmamente. Aquilo surpreendeu a todos, e fez Togrim soltar um barulho parecido com um latido alegre, porem o lobisomem ainda estava preso.

– Sera que ele pode se controlar? - perguntou Eafrea.

– Bom... Desde que chegamos aqui ele só mostro um sinal de agressividade, creio que ele pode se controlar! - respondeu Farkas animado.

– É isso que veremos - disse Hecar enquanto caminhava na direção da jaula de Togrim, ele não mostrou agitação alguma na presença de Hecar. Então Hecar forçou as barras e estourou as grades da jaula, assim abrindo passagem para Togrim.

Togrim atravessou a jaula calmamente, ele olhava para os outros com calma, ele já não os assustava mais, eles já superaram o medo.

Ivall estava morta, presa na parede de pedra, por gigantescas lanças de gelo. Zorga apareceu em meio a vegetação que escondia uma passagem, ela urrou de ódio.

– Quem são vocês? OQUE QUEREM AQUI?

– Nós? - Mr.elf disparou a rir e caiu no chão na gargalhada, só enfurecendo Zorga mais ainda.

O estalo dentro da caverna chamou a atenção dos renegados. Um renegado coração de espinhos saiu da mesma entrada que Zorga, ele segurava duas espadas feitas com espinhos, ele urrou chamando seus companheiros, homens e mulheres, a caverna lotou de renegados.

O grupo de fugitivos seguiu o barulho de marcha, o caminho era escuro, mas Togrim tomou o comando e os guiou para a entrada.

– MAS OQUE É ISSO? - gritou Zorga - invadem minha caverna, matam meus renegados, e libertam meus prisioneiros?

– Opa - disse Grum-lai enquanto apontava sua cimitarra para Zorga - isso nós não fizemos.

– Mas vão sofrer por estarem no lugar errado, e na hora errada!

– Hoje não! - Grum-lai disparou como um raio na direção de Zorga, ela não teve tempo de reagir, o felino já estava atras dela com sua cimitarra cortando a garganta da bruxa.

Uma guerra começou, o movimento dos renegados eram rápidos, os três se acharam perdidos e mortos, até que a sala se preencheu com grande destruição. Uma grande besta saiu jogando seus inimigos contra a parede, os impacto quebrava cada osso de suas colunas, o grande lobo se alimentava da carcaça dos cadáveres, enquanto um Hecar era graciosamente brutal nos campos de batalha, ele flutuava lindamente contra seus inimigos, ele sugava seu sangue pelo seus pescoços e arrancava suas cabeças, um momento que farto de brutalidade ele resolveu explodir seus inimigos com faíscas.

Guerreiros, magos, loucos, lobisomens, vampiros e renegados, a luta era confusa e brutal, eles podiam não se conhecer mas lutaram um ao lado do outro.

– Quem são vocês? - disse Leena enquanto corria na direção de Grum-lai, Iilah, e Mr.elf - nós conseguimos fugir, estou aqui para ajudar - disse ela enquanto os curava.

– Calcemos nos mandou - respondeu Iilah enquanto enfiava sua lamina no coração de um renegado - presumo que vocês todos são prisioneiros.

– Sim, mas isso não hora de conversar. Atras de você!

Iilah foi apunhalada por uma maça de aço, ela cambaleou e olhou para traz furiosa.

– EU SOU UM NIGHTINGALE - berrou Iilah - E NADA PODE ME PARAR! - dito isso ela cortou a mão que segurava a maça, o renegado horrorizado começou a chorar e gritar, então ela o decapitou e o chutou contra a parede.

– Oque guerreiros estão fazendo aqui? - perguntou Mr.elf.

– Viemos buscar nosso amigos - respondeu Farkas enquanto salvava Mr.elf de um renegado que tentava mata-lo - mais atenção!

Reyaa desmembrava seus inimigos com seu gelo cortante, a cada flecha de gelo atirada, mais um renegado era morto, ou congelado. Hanim era ótimo com ilusões mas isso era inútil agora, ele usava sua telecinesia se para erguer seus inimigos e os partir ao meio com o simples balançar de suas mãos, Eafrea cobria as seus companheiros, suas flechas certeiras diminui a população de renegados facilmente.

Havia apenas um renegado, aquele que antes chamou seus companheiros, agora era o ultimo, seu rosto era coberto com pele de veado, os cifres o deixava intimidador. Cercado não havia oque fazer, ele largou suas armas, e aceitou a morte como uma velha amiga.

Granidos de dor viam da passagem escondida pela vegetação, eles não sabiam oque era. Togrim, Hecar, Hanim e os três guerreiros permaneceram ali na caverna descansando, estavam feridos, Leena os curava. Reyaa e Risthor se olhavam com muito compaixão um para com o outro, mas isso devia esperar, os dois avançaram para a passagem, uma mulher estava amarrada a um poste feito com ossos de animais mortos, era uma nórdica com beleza corporal estonteante, seus cabelos castanhos cobriam seu rosto, estava ferida e sangrava por corte profundo em seu braço, de mãos atadas ela mordia os lábios, e surpresa ela gritou.

– Q-quem são vocês? Vocês vão me machucar? - ela olhou para eles com uma expressão de medo, mesmo amedrontada era linda.

– Estamos aqui para ajudar - respondeu Reyaa enquanto andava até o poste para desamarrá-la.

– Obrigada....

– Venha conosco - disse Risthor enquanto guiava para fora da sala ritualística.

O tormento passou, aquela longa batalha durou cerca 40 minutos, eles já estavam curados e loucos para sair de lá, mas como todo bom aventureiro... Eles deviam saquear os renegados: armas, ingredientes, comida, couro, materiais, uma grande variedade que surpreendera a todos. Izalith foi a que menos saqueou, ela estava fraca e cansada, mas nem por isso ela deixou de pegar alguma coisa. Agora ela vestia seu armamento leve, em suas costa uma espada do ébano, era diferente, havia marcas e brilhava em vermelho ( Ebony Blade ) sua armadura era desconhecida a todos, era como uma armadura etérea - porem mais larga, e feita de couro.

O grande lobisomem era o problema, os três guerreiros se ajoelharam em volta dele e colocaram a sua frente um tipo de totem, ele cantavam e rogavam por Hircine, eles pediam e se humilhavam diante dele, logo Togrim se ajoelhou e começou a voltar em sua forma humana, era muito doloroso para ele, e humilhante , aquelas pessoas que ele mal conhecia o viram, em forma de lobo, em transformação, em luta, e agora nu. Eles deram a ele uma roupa de seda verde.

Todos se dirigiram para o museu dwemer, exaustos, não sabiam oque dizer, Izalith só estava lá pois não havia onde passar a noite.

– Mas... - Calcemos estava enlouquecido - como? eu mandei quatro, depois três, e me voltam quatorze pessoas?

– Me desculpe e-eu não tenho onde passar a noite - explicou Izalith - eu fui capturada e ele - disse ela apontando para Togrim, mas todos olhavam para ela como se pedissem para não dizer: ele é o lobisomem - por favor... eu só quero, descansar...

– Vocês podem dormir na estalagem, é por minha conta. vão todos, eu e eles temos uma divida, nada será cobrado - isso tranquilizou a todos, e todos tiveram uma longa noite de sono.

Tudo voltava ao normal, os magos foram para Winterhold felizes, Risthor e Togrim os acompanhou até lá, disse eles que compraram uma casa, e que estava preste a ser reformada.

Izalith, Iilah, Grum-lai, e Mr.elf foram nomeados Thanes de Markarth por ajudarem o mago da corte. Decidiram então viajar juntos, seria mais econômico e seguro.

Os três guerreiros voltaram para Whiterun em forma de glória, eles tinham uma boa história a contar para seus irmãos-escudo.

Reyaa era feliz novamente, ela via seu pai todos os dias em sua nova casa em Winterhold, Togrim voltou para os guerreiros, ele disse que devia voltar, Hecar que agora frequentava a casa dos Bronken-Shield, respeitava e era respeitado por Risthor. Todos no colégio sabiam de sua grande aventura que envolvia os magos veteranos.

A fama dos Bronken-Shield voltou, um clã pequeno que ressurgiu das cinzas, e depois se reergueu no gelo, Risthor era respeitado até mesmo pelos guardas de Winterhold, Reyaa e Hecar eram vistos como símbolos de grandiosidade dos magos, Togrim voltara a ser conhecido dentre Whiterun a Falkreath, e assim os Bronken-Shield eram novamente exemplo em toda Skyrim....

FIM

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.