A etnologia dos Broken-Shield

O encontro de Gifudun Silver-Tape


Aquele final de noite deixou todos pensativos. Eles especulavam sobre tudo: será que as bruxas harpia fazem rituais com os lobos? Mas isso já não era importante, se aquele lobisomem realmente for Togrim, como vão traze-lo de volta? Afinal ele é um lobisomem selvagem, e nada pode o deter.

Todos voltaram para a estalagem - menos Calcemos que morava no palácio do Jarl - Reyaa e Hecar ficavam no quarto de casal, enquanto Leena e Hanim dormiam em um quarto com duas camas de solteiro, as camas eram feitas de pedra e forradas com panos grossos laranja, Hecar e Reyaa já haviam dormido pois estavam exaustos. Já Leena e Hanim eram ansiosos e não dormiam, eles andavam de um lado para o outro, leram, cantavam, e dançavam, mas na hora da exaustão o quarto ficou em silencio, até que Hanim disse algo interessante.

– Oque você acha que Hecar faz com Reyaa?

– O-oque? - os dois estavam deitados, Leena por sua vez apenas franziu o cenho.

– É que... - Ele se sentou - eu acho que Hecar é um vampiro!

– Espera - Leena calmamente sentou-se - Como assim? Você acha que o nosso amigo é um vampiro?

– Bem, ele é pálido, e tem seus dentes incisivos e caninos são mais afiados do que o normal, e ele diz que odeia mexer com pó de vampiro.

– Mas isso não justifica nada, e se isso for normal?

– Mas não é! Sei lá, sabe eu não o odiaria mas... Ele mentiu, ele mente, eu só queria saber a verdade...

– Ta bom, mas como ele anda no sol? Será que aquele anel que ele nunca tira?

– Pode ser... - Hanim assumiu uma posição pensativa - amanhã tentaremos tirar o anel dele.

Leena assentiu com a cabeça, depois disso o silencio voltou, já não havia nada a fazer, apenas dormir. Hanim não sentia vergonha de nada, ele tirou sua túnica - de costas para Leena - ela não ficou envergonhada, mas sentiu outra coisa. ela devia ou não reagir? Hanim estava bem na sua frente, e nu, ela não sabia oque fazer ou como começar, ela apenas o chamou quando ele se virou ela perdeu o ar e não sabia oque falar, ele apenas sentou ao lado dela e começou a acariciar os seus seios. Aquela noite foi intensa para os dois, intensa e calorosa...

De manhã Reyaa e Hecar foram direto ao salão para tomarem café, não havia muita variedade, apenas carne, leite, frutas, e queijo de cabra, quando terminaram ficaram incomodados pelo atraso de seus amigos. Eles foram até o quarto deles para procura-los, Reyaa bateu na porta duas vezes, e foi correspondida com silencio, Hecar bateu mais forte, Reyaa já tinha sua paciência esgotada então forçou a porta e a abriu. Seus amigos estavam nus, e entrelaçados na cama a direita - de Leena - aquilo foi horrível para ela, mas engraçado para Hecar, ela sentia vontade de vomitar e ao mesmo tempo de gargalhar, então os dois começaram a rir alto e fecharam, logo se ouvia barulhos de movimentos e pancadas.

Em menos de dois minutos todos estavam prontos para ir até o acampamento dos renegados.

Eles estavam chegando na ponta da montanha que usará antes para observar os renegados, porem, já havia três pessoas lá que estavam fazendo o mesmo. Eles correram até eles, então Leena exclamou.

– E-eh!- ela gaguejava, mas isso já foi o suficiente para chamar a atenção dos guerreiros - Oque vocês fazem aqui?

– Nós temos um certo interesse nesse acampamento - Farkas levantou - e vocês?

– Eu tenho um grande interesse também - Reyaa saiu de traz de seus amigos e tomou a palavra de seu grupo - e pelo visto é o mesmo.

– Oque você quer dizer com isso?

– Meu irmão está la dentro, e acredito que vocês também estão atras de um lobisomem selvagem... - dito isso, os outros dois olhavam para ela com curiosidade. Até que os dois levantaram e Eafrea disse.

– Creio que você seja a irmã de Togrim, estou certa?

– Esta certa, essa moça vivia nos arredores de Whiterun com o resto dos Broken-Shield - dizia Vilkas.

– Isso não nos impede de trabalhar juntos, certo? - dizia Hecar enquanto se posicionava ao lado de Reyaa.

– Oque é isso? o Colégio de Winterhold aceita vampiros? - Farkas franzia a testa, enquanto cheirava o ambiente - meu faro não mente! - dito isso todos se surpreenderam, menos Hanim que olhava para Leena com uma expressão de " viu eu estava certo!".

– É bem... - Hecar ficou sem graça, ele repousou sua mão na cintura e esfregava a cabeça - é verdade sim.

– E porque não nos contou? - Reyaa estava brava e se afastava dele - é por isso que não tira seu anel nem na hora de trepar? E... E... É POR ISSO QUE ACORDO COM FUROS NO PESCOÇO? - Reyaa ficou irada e todos os outros chocados.

– Eu nunca pensei que ouviria isso de minha filha... - uma voz surgiu atras de todos, logo todos o identificaram. era Risthor - saibam que eu só vim ajudar, quero meu filho de volta tanto quanto quero não brigar com vocês.

– Mais um, ótimo - dizia Eafrea - agora podemos montar uma guilda! Que tal os caçadores de renegados?

– Eu acho um ótima ideia! - retrucou Hanim, ironicamente.

– Sem mais conversas, estou farto disso, era apenas nós três e agora... - Farkas parou de falar e começou a contar um por um com seu dedo indicador - E agora somos sete!

– Oito... - corrigiu Leena.

– Se vamos todos nós atras de Togrim, se preparem, no crepúsculo eles trocaram de turnos - dizia Vilkas - nós invadiremos e entraremos naquela caverna - então ele pegou um papel enrolado que estava em seu bolso - e não vai ser fácil...

Horas de explicações e treinamento de formações para a batalha, eles finalmente estavam prontos. O entardecer chegou, o sol se punha, e os renegados se dispersavam...

Risthor, Vilkas e Farkas, corriam na frente com sua armas em punho, Vilkas usava uma espada de prata da skyforge e um escudo do ébano, já Farkas com sua armadura pesada, ele empunhava somente uma espada enorme, que de tão pesada massacrava os seus inimigos com seu peso, Risthor usava seu escudo com muita beleza, todos ataques que eram defendidos pelo seu escudo inquebrável , e eram rebatido na mesma moeda, sua espada mesmo em punho não era muito usada, as vezes os inimigos ficavam hipnotizados pelo escudo, seu reflexo era encaixado no rosto de prata do escudo e os deixava babando.

Leena e Eafrea ficaram no meio, Leena curava seus companheiros, e Eafrea massacrava seus inimigos com seu arco orc, não havia uma flecha sendo desperdiçada, todas as flechas chegavam em seus alvos de uma maneira graciosa e brutal.

Reyaa, Hecar e Hanim, ficaram atras, por serem magos eles deviam ser de certa forma defensivos, Hanim lançava ilusões impressionantes que deixava os renegados admirados, abrindo brecha para as invocações de Hecar, que eram devastadoras, os atronach eram fortes e imprevisíveis, eles recebiam o comando de Hecar, e eram excelentes em batalha, o de fogo ficou ao lado deles, seus feitiços eram destruidores e destroçava seus inimigos, já o de gelo era amedrontados, ele seguia na frente de todos, derrubava seus inimigos com um simples chute, os mais fortes era necessário usar suas garras de gelo, em momento os dois desapareceram. Hecar fez um grande esforço, mas consegui invocar um atronach da tempestade que eletrocutava seus inimigos facilmente.

Reyaa fazia seu máximo, feitiços que explodiam seus inimigos eram efetivos, mas ela gostava mesmo era de congela-los, ela lançava névoas de gelo em direção a eles. No final da batalha todos estavam exausto, e mais renegados vieram, Reyaa ainda tinha poder de sobra, mas aquilo não era o suficiente, ela correu a frente de todos, assim quebrando a formação, ela deu um grito forte e alto que espantou seus inimigos, mas logo em seguida, seu pai também gritou, sua voz não era irada, ou irritada, era um linguá que Reyaa não conhecia, mas ela fora tão poderosa que congelou todos os renegados a sua sua frente.

Mas isso não era o suficiente, mais cinco inimigos apareceram, mas não eram renegados, eram mãos de prata. Um deles comandava o grupo, ele era alto e forte, em sua mão direita ele segurava um machado de batalha enorme, que para pessoas normais eram muito pesado para um mão só, no seu braço direito havia um fita prateada amarrado, até que então, ele gritou.

– Olha só quem encontramos aqui! Filhotinhos!

– Não se engane Silver-tape, nos temos amigos - disse Vilkas enquanto apontava para seus companheiros.

– Como se isso fosse muito! Eu sou Gifudun Silver-Tape, e eu irei massacrar os lideres restantes dos guerreiros - dito isso Gifudun avançou gritando.

Seu grito estremeceu a todos, Farkas saiu corrende e trombou em Gifudun fazendo com que o Silver-tape perdesse o controle, rapidamente Farkas atacou as penas dele fazendo com que caísse no chão. Os outros quatro mão de prata avançaram, mas foram mortos pelos feitiços exuberantes dos magos. Restava apenas Gifudun que estava ajoelhado no chão, derre pente ele se levantou e atacou Farkas atingindo seu ombro, a grande fita de prata que estava amarrada em Gifudun era destaque, ela brilhava, então ele disse.

– Essa fita prateada me da poder - ele pegou seu machado - ela me permite ser mais forte - Farkas estava jogado no chão, Vilkas correu em direção a Gifudun jogando-o no chão, Eafrea estava perto e começou a perfurar o corpo de Gifudun com flechas. E morreu.

– Foi difícil mas - Farkas franziu o rosto de dor, Leena correu até ele e o curou.

– Estamos perdendo tempo! - alertou Vilkas - vamos logo para dentro da caverna, lá deve ter menos renegados, ou apenas bruxas harpia.

A caverna era muito bem iluminada, e grande, o chão era coberto por folhas e plantas bem crescidas. Logo depois do caminho estreito que os fez andar em fila, havia uma mesa de sacríficos. Em cima dela havia um alce morto, ao lado esquerdo um laboratório de alquimia que estava sendo usado por uma moça que usava uma túnica preta, ela não percebeu a chegada deles. Até Eafrea pisou num galho, quebrando-o e alertando a bruxa.

– Quem esta ai? - a mulher saiu do laboratório e assumiu a posição de batalha - Zorga! Temos intrusos!

Uma bruxa harpia apareceu na frente deles, assustando-os. Ela estendeu sua mão, a mão dela brilhou num tom verde claro que os paralisou.

– Muito bem Ivall - A voz da Zorga era horrenda, rouca e assustadora - mais uma vez você provou sua lealdade. Coloque-os na jaula perto do lobinho - ela andou em direção a Reyaa e passou a mão em seu rosto - essa será uma ótima bruxa, Hircine ficará muito feliz!

Reyaa não podia se mexer, mas chorou, sua lagrima fez com que Zorga risse. A bruxa ajudante: Ivall. Usou um feitiços para teleporta-los para a jaula, depois de tranca-los lá ela desfez o feitiços de Zorga, libertando-os da paralisia.

– Sua puta imunda - Leena gritou - como pode alguém... Ajudar, alguém servir um monstro daqueles?

– Não se preocupe - Ivall encostou-se na grade - sua amiga ali não sera a unica a morrer - disse ela apontando para Reyaa - nós transformamos as puras, se não der para ser transformada, ela se torna um sacrifício!

– Eu nunca vou me tornar uma de vocês - exclamou Reyaa.

Dito isso Ivall apenas riu e os deixou naquela parte desconhecida da caverna. Ao lado deles havia uma outra jaula, que por sua vez era quieta, e muito escura, mas dava para ver dois olhos vermelhos vindo de lá, eles eram ferozes e amedrontadores. Até Reyaa decidiu direcionar a atenção de seus companheiros.

– Será que vocês podem... - ela engoliu a seco - vocês podem olhar. Olhar aquilo - ela apontou para a jaula, os olhos amedrontadores tomou forma, o focinho de um lobisomem surgiu, e eles finalmente encontraram Togrim.