A garganta do mundo era perigosa,a jornada de sete mil passos era cansativa mas não para Risthor, ele caminhou até Ivarstead, era normal alguns andarilhos irem até lá, mas ele tinha um objetivo, chegar até o Monte Hrothgar. A caminhada não foi fácil, lobos, espectros de gelo - os quais agora ele odiava - e alguns trolls de gelo, durante o caminho ele leu todas as escrituras que permaneciam em altares, elas contavam a história sobre o caminho da voz. Quando chegou no topo, era tudo muito calmo, apenas o sopro do vento preenchia o espaço, a grande construção era oque barrava o frio, era como uma casa, era um templo, então ele leu a escritura da ultima pedra

A voz é adoração

Siga o caminho interior

Fale somente se necessário

Então ele percebeu o primeiro sinal de vida, nas escadas apareceu um ancião, que o saudou com uma reverencia, e com um gesto ele o chamou para dentro. O templo era imenso e silencioso, só se ouvia passos, e o pequeno ruido de fogo queimando, as vezes gritos de dragões, os mestre - como Risthor passou a chamar os anciões - Arngeir - o único que podia falar, mesmo sendo pouco - Borri, Einarth, e Wulfgar.

Durante o resto do ano Risthor permaneceu lá, seguindo o caminho da iluminação eterna, o caminho da voz, lá ele não falava nada, ele apenas refletia, meditava, e lia sobre a linguá dos dragões, os poderosos gritos que o incrível dragonborn pronunciou, aquele incrível caminho que ele percorria era difícil para muitos, mas não para ele, que já não tinha mais nada a perder. Depois de mais um longo mês meditando ele conseguiu, Arngeir passou seus conhecimentos, e agora ele conhecia um dos gritos mais temidos - forma de gelo - os longos dias formaram uma grande amizade entre eles, Risthor respeitava os Greybeards como eles o respeitava. Eles não sabiam oque ele faria com o seu novo conhecimento, Risthor sentia-se mal por deixa-los, mas ele precisava reunir sua família.

Já se passou um ano desde que Reyaa estava no colégio, agora ela era um mago essencial, já completou diversas cursos, destruição, conjuração, alteração, e restauração, seu conhecimento já não era tão amplo quanto antes, mas ela adorava praticar, já que ela não podia ficar na escola sem fazer nada, ela estava cursando encantamento, arranjar armas era fácil, mas colocar um grande pode nelas era difícil, um grande esforço era feito, porem ela não conseguia um encantamento muito forte, seu namorado pelo contrario era ótimo nisso, Hecar tentava ensinar, mas não era o bastante.

Reyaa estava exausta, ela queria dormir, porem seus amigos haviam marcado de estudar no Arcanaeum. Com o tempo os alunos trocavam de túnica para indicar seu grau de conhecimento, os alunos iniciantes usavam azul claro, os aprendizes azul, peritos cinza, intermediários azul escuro, e os professores, vermelho, laranja, e preto se preferir - apenas Phinis Gestor e Brelyna Maryon adotaram o preto.

Chegando no Arcanaeum o seu grupo de amigos - Hecar, Hanim, e Leena, um breton que conhecera na aula de restauração - do outro lado estava Onmund, J'zargo, Brelyna, Mirabelle, Nyria, Tolfdir, Urag gro-Shub, e o mago supremo Grimord - os demais faziam parte do conselho do colégio - eles estavam falando algo a respeito de Labyrinthian.

– Chegou quem estava faltando - disse Leena ao perceber a chegada de Reyaa - já estamos cansados de espera, e com fome.

– Principalmente eu - disse Hecar

– Não vou comentar sobre do que você sente fome - disse Hanim franzindo a testa.

– É sério que vão começar novamente? - disse Reyaa enquanto sentava.

– Ah não, já estou cansada de esperar!

– Então vamos começar logo! - gritou Hanim

– Sem gritaria na biblioteca! - berrou Urag da outra mesa, fazendo com que o grupo se acalmasse

– Oh, Urag - o mago-supremo era um nórdico com cabelos longos e grisalhos, ele era forte como um tipico nórdico - você é tão fofo quando esta bravo - logo Grimord apertou a bochecha de Urag carinhosamente, fazendo com que todos rissem, menos Urag.

– Ok vamos logo começar, oque vocês estão lendo? - perguntou Reyaa enquanto apoiava os dois cotovelos na mesa.

– É alguma coisa sobre colocar dois encantamentos no mesmo objeto, é sobre como um mestre em encantamento conseguiu fazer isso, aqui conta que ele só consegui depois de usar um amuleto de Julianos - Hanim exitou - é estranho, o amuleto de Julianos não faz muita coisa, mas...

– Que confuso. - Disse Leena enquanto se apoiava em sua mão esquerda.

– Ainda bem que eu já terminei meu curso de encantamento - falo Hecar enquanto colocava seu rosto na mesa.

– Mas não dev... - Reyaa foi interrompida por Faralda

– Reyaa, seu pai veio te visitar

– Meu pai? O meu pai? - ao ouvir isso Faralda assentiu com a cabeça e levou Reyaa até a entrada do colégio.

E lá estava ele, Risthor Bronken-shield, o escudo inquebrável estava em suas costas, e sua espada de ferro embainhada. Ao ver sua filha ele sentiu orgulho, ele nunca teve interesse nesses magos mas algo a deixou diferente, seu cabelo estava maior e ela estava mais parecida com sua mãe, a sua túnica azul escuro a diferenciava dos outros alunos.

– P-pai?

– Minha filha... - Risthor abriu os braços esperando um abraço de sua filha, e como um raio, Reyaa estava em seus braços.

– Pai oque esta fazendo aqui? Togrim disse que me visitaria mas faz meses que não o vejo - Reyaa alterou sua voz ao perceber a armadura de Togrim em seu pai - Você se juntou aos guerreiros?

– Não... Filha - a expressão de Risthor era triste- já faz mais de um ano - então ele disse tudo para ela.

A morte de praticamente toda sua família, a loucura de seu irmão, e o desaparecimento de sua avó, a deixou muito abalada, ela caiu aos prantos no chão, ela colocou seu rosto em sua próprias mãos, seu desespero, agonia, nada poderia mudar oque ela sentia, sua mãe já fora cremada, e seu irmão desaparecido a mais de um ano.

– E porque? Porque não me falou? - Reyaa passou de tristeza para esteria - você poderia ter vindo aqui! E me falado, mas não... Você decidiu subir SETE MIL PASSOS.

– Eu não sabia oque fazer - ao tentar se aproximar ela o afastou

– Não me toque - ela gritava.

– E-eu, estarei na estalagem se precisar de mim - ele andou em direção a ponte, depois voltou - seu irmão foi visto pela ultima vez indo em direção a Markarth... - com isso ele se retirou.

Reyaa se jogou no chão e chorava, os alunos que andavam pelo pátio apenas olhavam com pena, até que ela se levantou e foi em direção ao salão dos elementos, na frente da porta jazia seus amigos.

– Reyaa, nos vimos tudo - Hecar se aproximou e deu um abraço, seus amigos também a abraçava.

– Amanhã - falou Reyaa soluçando - Amanhã de manhã no iremos para Markarth.

– Mas porque? - perguntou Leena

– Meu irmão esta lá, provavelmente...

– Esta bem, mas se sairmos daqui sem permissão, ou apenas para explorar, não poderemos voltar - Hanim falava serio - vou falar com alguns professores, faremos alguns trabalhos por lá, e depois iremos procurar por seu irmão.

– Está bem... - Reyaa se sentia aliviada, e ao mesmo tempo triste.