A etnologia dos Broken-Shield

Markarth, a cidade mais segura de Skyrim.


Risthor conhecia a teimosia de sua filha, e sabia que ela sairia sozinha atrás de seu irmão, então ele decidiu esperar até ela aparecer afim de evitar futuros problemas. Ele acampou em uma das casas destruídas, e de manhã bem cedo, quando o sereno ainda tomava conta da região escutou passos, que a cada segundo se aproximava mais e mais.

– Bem - dizia Hanim enquanto olhava os papeis de trabalhos - um fala sobre ajudar o mago da corte Calcemos, outro temos que matar alguns Trolls e exterminar um grupo de lobos.

– Tomara que seja fácil! - disse Leena enquanto colocava um mochila de couro em suas costas.

– Eu vou tentar negociar com o dono da carroça - falou Hecar enquanto corria para a entrada de Winterhold.

– Obrigado por vocês que... - falou Reyaa antes de ser interrompida!

– Somos amigos, não precisamos de favores, nós fazemos um pelo outro - dizia Hanim enquanto sorria para ela.

– Venham eu consegui um acordo!- gritou Hecar acenando para seus amigos. Todos correram e subiram na carroça.

– Quanto vai ficar? - perguntou Leena.

– 100 septims, metade do preço, foi uma boa economia - dizia Hecar enquanto guardava o dinheiro.

Risthor observou tudo de longe, ao chegar um certo ponto em que não ouvia mais nada. Ele subiu em seu cavalo e vagarosamente seguiu os estudantes até Markarth

Eles viajaram durante cinco longos dias até chegar em Markarth. A cidade parecia segura, ouvia - se sobre canibais, renegados, bruxas, e grandes máquinas que guardavam as torres Dwemer. Durante a caminhada alguns guardas comentavam sobre eles; " Duvido que consigam conjurar uma cama quente! Será que conseguem encantar essa minha lâmina velha? ". Os magos simplesmente os ignoravam, alguns moradores olhavam para eles com respeito, outros diziam; " Magia é coisa de mulherzinha! "

Finalmente, depois de muitos insultos, e abusos, os magos chegaram no topo da cidade - a understone keep - lá dentro era muito interessante para eles, principalmente para Hanim que adorava os estudos da cultura dwemer. Alguns guardas tentaram barra-los. Mas Calcemos apareceu.

– Deixe-os entrarem, eu os chamei - os guardas foram obedientes - venham por aqui - Calcemos os levou para o museu dwemer, lá era vazio, e reservado para conversas particulares.

– Então... - Hecar parecia um pouco assustado com aquela locomoção repentina - oque viemos fazer aqui?

– Bem, eu vos trouxe aqui, pois é um lugar reservado, oque eu preciso que façam é segredo, apenas eu e alguns guardas sabem disso - Calcemos era misterioso, todos olhavam para ele atentamente - a alguns meses atrás foram registrados alguns ataques de... "lobos"! - a voz dele era irônica, pois ele sabia que não eram lobos de verdade - guardas, animais, renegados, até mamutes, mutilados, mastigados, decapitados, e... Provavelmente serviram de alimento para essa fera voraz.

– E oque você acha que faria uma coisa dessas? - perguntou Reyaa enquanto mordia suas unhas - uma bruxa harpia? - é claro que não, se ela perguntasse " um lobisomem? ", Calcemos saberia deles.

– Não.... - ele parecia preocupado - talvez, um lobisomem! Eu pesquisei muito sobre eles, a licantropia é a doença, alguns a consideravam uma bênção de Hircine, outros uma praga que se espalha igual a maldição, uns quando se transformam na primeira vez perdem o controle para a besta interior, outros simplesmente enlouquecem, mas esse é diferente eles não uivam sempre do mesmo lugar, ele é experto, se mistura com os lobos, alguns dizem ser um uivo de tristeza, mas... Ele simplesmente sumiu, um novo grupo de renegados se instalou, porem alguns não aparentam ser, eles usam armaduras normais, e não selvagens, não usam magia negra, ele usam armas prateadas, e por coincidência, a prata é mais efetiva contra criaturas das sombras, draugs, aranhas, lobisomens, vampiros - ao ouvir "vampiros" Hecar engoliu a seco, Hanim olhava para ele com preocupação - isso me fez perguntar, quem são eles? E é isso que vocês irão fazer?

Eles precisavam de tempo para refletir, se esse lobisomem realmente é Togrim, porque ele foi capturado? Quem são esses que usam prata? Porque se aliaram aos renegados?

– Nós iremos - Reyaa estava decidida.

– Ótimo - Calcemos sorria loucamente - é um trabalho longo que requer paciência, eu os pagarei uma grande quantia quando terminado, mas por favor, por enquanto, apenas os observe.

– Nós temos mais trabalhos a fazer aqui, iremos matar alguns trolls, e depois vamos... dar uma olhada nesses renegados - De onde foram os ataques, a localização dos acampamentos e em qual lugar se ouvia os uivos

Matar trolls foi fácil e a população de lobos fora drasticamente caida, alem de lhes renderem dinheiro, ajudou a ganhar o respeito da população, fazendeiros, moradores, mineiros, lobos e trolls atrapalhavam o trabalho, mas agora não os incomodariam mais. Eles não conseguiram se aproximar do acampamento, os arredores estavam sendo vigiados por alguns renegados, eles ouviram renegados conversando sobre " os mão de prata", eles não sabiam quem, porem deviam relatar a Calcemos, alem do trabalho ajuda-los, ajudaria ele em sua pesquisa.

Já era noite, dessa vez eles usavam o laboratório de Calcemos.

– Nós não encontramos muita coisa, os moradores que perguntávamos sobre os uivos diziam ser assustadores, e amedrontador, mas de certa forma, era um pedido de ajuda - Hanim explicou os resultados das perguntas para com os habitantes.

– E também ouvimos os renegados falarem sobre... - Leena se perdeu e não lembrava oque falaria.

– Os mão de prata - completou Hecar, a expressão de Calcemos fora enlouquecedora, como se tudo fizesse sentido.

– Mas é claro! - Calcemos pulou - os Mãos de prata fizeram um pacto com os renegados, eles caçam os lobisomens para eles, mas... Oque os renegados dão para os mão de prata?

Uma pergunta que silenciou a sala, aquele mistério devastador.