A minha família... O meu clã... Tudo foi perdido, agora só resta eu, só resta minha espada, e meu escudo... Gostaria que isso fosse apenas um sonho, mas sinto, mas sei... Isso é uma premonição. ~Risthor

O sonho que Risthor teve fora tão real que pra ele era uma premonição, uma aviso, era um sinal de que seu tempo de paz esta acabando, ele não deixava seus sonhos de lado, todos os dias ao acordar, ele pegava na comoda ao lado de sua cama, um diário, onde ele anotava seus sonhos, e oque sentia em relação a eles, anotações sobre o seu dia e sobre oque ele fez e viu, tudo isso era uma influencia para o seu destino.

Risthor fez como sempre, sentou, registrou seu sonho, quando olhou para o outro lado de sua cama ele não viu sua amada, ele olhou bruscamente ao redor procurando por ela, logo deu ombros. Ela deve ter ido buscar água. pensou ele, como de costume foi até o balde de água em seu quarto - que estava pela metade - e então apreciou sua afeição no reflexo da água, seu longo cabelo loiro que ia até os ombros, sua pele grossa que o protegia do frio era cheia de cicatrizes, seus olhos castanhos eram destaque em seu rosto, sua cicatriz cobria uma parte de seu rosto, que ia até o peito, seu nariz levemente achatado era oque o diferenciava - alem de seus "lindos olhos" - Risthor era robusto, as simples roupas de camponês não eram o suficiente para aquecer seu corpo e cobrir seus músculos. Logo depois de lavar seu rosto e vestir sua armadura de couro - ele é um caçador - ele foi até a cozinha, estava vazia, a lareira apagada, a com pratos vazios, e sobre uma estante, panelas vazias, logo ele ouviu passos, uma sombra feminina apareceu na porta, era sua filha, Reyaa, uma linda mulher - ou adolescente "robusta" se preferir - seus cabelos castanhos eram curtos, e seus lindos olhos verdes eram quase retumbantes, como se aqueles olhos atraíssem toda atenção para ela, seu nariz era fino e pontudo, as maças de seu rosto eram finas e seu corpo era esplêndido, mostrava o quanto saudável ela era, porem seu interesse e curiosidade em tudo irritava Risthor, ela queria conhecer outras especies, elfos, khaijiits, argonias, alem disso ela queria viajar, queria conhecer os grandes bosques de valenwood, queria sentir o calor das areias de elsweyr, ela... Ela queria conhecer o mundo, ela queria conhecer os grandes magos, ela queria ser um deles.

- Pai? Eu fui buscar frutas para o café da manhã! - anunciou Reyaa enquanto segurava uma cesta cheia de frutas, sua voz suave e delicada preencheu o espaço e tranquilizou Risthor - maçã, amoras, cenoura... cenoura é fruta? acho que não, mas... é oque eu trouxe!

- Não... cenoura não é uma fruta - disse Risthor em voz alta, sorrindo pegou uma maçã e a mordeu brutalmente, e de boca cheia ele disse - frutas nascem em arvores, em arbustos, já cenoura... Ela cresce do chão, nos arrancamos de la e fazemos um belo ensopado com ela. - logo depois de responder sua filha, ela fez uma cara de deboche, ele afagou sua cabeça e deixou a casa, embaixo da estante havia um arco de caça, ele o pegou e saiu em busca de sua esposa.

No caminho ele encontrou seu filho Togrim, ele foi aceito nos guerreiros a 1 ano, ele visitava sua família regularmente a cada semana, porem ele estava diferente, maior, mais forte, mais serio, e com um olhar diferente, um olhar voraz, um olhar de uma fera faminta. sedenta por sangue, sedento... por destruição. Togrim estava olhando o horizonte, ele não reparou em seu pai, logo Risthor o saudou como um companheiro de bebida.

- Olá guerreiro, espero que esteja tudo em ordem, ou veio aqui para beber hidromel com seu pai? - Disse Risthor alegremente, quando Togrim ouviu a voz de seu pai, a sua expressão horrível foi embora, então Risthor reconheceu seu filho, ele era novamente uma criança - porem uma criança cinco vezes maior e mais forte - um longo abraço era o simbolo da saudade, e da necessidade de um filho que precisa de seu pai.

- Pai, quanto tempo? - Togrim estava quase chorando, ele engoliu o choro e sorriu - Uma semana? Todo esse tempo... Eu estive trabalhando, eu estou aqui para... Te dar isso... - Togrim tirou de um seus bolsos da armadura de lobo, uma garra de dragão, ela era feita de ébano, essa garra contia símbolos antigos que indicavam a resposta para algum mistério - E-eu me lembro, eu lembrei do quanto você falava da cripta dos escudos, eu consegui a chave, eu recuperei. PAI AGORA NOS PODEMOS REERGUER A HONRA DE NOSSO CLÃ!

Risthor ficou sem ar, aquela garra em suas mãos significava tanto, não só para ele, mas para seu pai, seu avô, e o pai de seu avô, todos de seu clã tentaram reencontrar essa garra, e seu "unico" filho, sozinho, ele conseguiu, Risthor deu outro longo abraço nele.

- V-vamos, vamos agora, vou até o lago procurar por sua mãe, vá até em casa e prepare sua irmã, nó vamos para a cripta!