A escolhida

Um anjo que de anjo não tinha nada !


Quando voltamos ao inferno, Dominic estava nos esperando em um corredor sério.
— Por que essa cara?
Lilith pergunta cruzando os braços o olhando.
— Onde vocês estavam?
— Dando uma volta, e ela me contou tudo.
Digo o olhando.
— Tudo o que?
— Relaxa que eu não contei dos seus casinhos com os demônios daqui..... OPS....
Lilith sorri, também não aguento e começo a rir mas me recomponho vendo que ele ficou sem graça.
— Sobre a marca.
— Okay, tenho que falar com você. Venha comigo.
Olho para lilith e depois para ele novamente.
— Okay...
Vou com ele até sua sala, ele se senta em sua poltrona e me olha.
— Bom quero falar sobre um anjo em especial.
— E quem seria?
— Gabriel, ele não aceitou o fato dos escolhidos não terem julgamentos.
— Uai o que isso tem haver comigo ?
— Sua alma veio direto para o inferno, o certo séria o julgamento mas você foi marcada então não precisou. Mas Gabriel parece uma criança querendo chamar a atenção do pai.
— O que ele vai fazer?
— Primeiro, tenho certeza que ele vai querer falar com você, e segundo, ele vai tentar ti convencer a ir para o céu com ele.
— E se eu aceitar?
— Ele pode conseguir o julgamento e tirar a marca de você.
— Ta....
Respiro fundo e passo a mão no cabelo.
— Dara você pode pensar que somos monstros... Mas não é verdade. Matamos por diversão...
Ele mexe o ombro.
— Às vezes, mas na maioria da vezes, fazemos nosso trabalho e mantemos a ordem. E quanto as perdições, vai me dizer que você não gosta de festas e bebidas?
— Euuu.... Sou santa cara.
Ele sorri.
— Atah... Lembrando que temos o seu histórico aqui... Vamos ver...
Ele mexe em alguns papéis e sorri quando encontra o que estava procurando.
— Coxinha é fofinha?
Olho pra ele assustada e tiro o papel de sua mão.
— Cara isso não é meu não...
— Ahan... Quer mais exemplos?
— Nãoo.. Tudo bem...
— Agora acho melhor você ir descansar, amanhã começa o seu treinamento. Também vou pedir pra Lilith providenciar algumas roupas pra você.
— Obrigada to precisando mesmo.
Ele se levanta e sorri.
— Alaster vai ti acompanhar até o seu quarto.
— Alaster aquele cara sem emoção que fica rindo da desgraça dos outros?
Dominic aponta para a porta onde Alaster estava parado esperando.
— Ou o Alaster mais fofo do mundo que foi me buscar com uma gentileza que me da vontade de abraça-lo?
Alaster sorri.
— Ela ti ama...
Dominic brinca.
— Seii... Vamos?
— Claro.. Alá...
Sorrio e saio, ele caminha ao meu lado, andamos por alguns minutos até chegarmos em um corredor iluminado... O mais iluminado até agora.
— Esse corredor é o que?
— Os quartos.
Ele abre uma porta e entra, entro logo em seguida de boca aberta.
O quarto tinha um lustre em formato de âncora, o tapete preto, a cama enorme com lençóis preto e branco, uma escrivaninha e um guarda roupa gigante.
— Fique a vontade e se precisar é só chamar.
— Pode deixar ...
Digo me jogando na cama respirando fundo.
Alaster fecha a porta sorrindo. Então começo a fuçar.
Por incrível que pareça no guarda roupa já havia um pouco de roupa. Vejo uma porta perto da escrivaninha, quando abro começo a rir, era uma suíte, tava amando tudo isso.
Como eu estava em outro corpo, não sabia se eu dormia ou não. Fiquei deitada na cama um bom tempo, quando Lilith aparece no meu quarto assim sem usar a porta.
— Que droga Lilith, existe uma coisa chamada porta sabia?
Digo me sentando na cama me recuperando do susto.
— Nossa o que é uma porta?
Ela sorri.
— Para dereclama e se arruma que a gente vai sair.
— Sair pra onde?
— Surpresa...
— Dominic sabe?
— Dominic não tem que saber de nada.
Ela sorri e coloca uma caixa em cima da minha cama.
— Passo aqui em uma hora.
Então ela desaparece. Me aproximo da caixa a abrindo de vagar. Sorrio ao ver a roupa que ela havia escolhido pra mim. Um short jeans preto lindo, uma blusa linda cinza de caveira e uma bota de cano alto.
Vou para o banheiro, tomo um banho rápido e me visto em seguida. A roupa ficou linda no meu corpo, então começo a arrumar o cabelo e a maquiagem quando alguém bate na porta. Fiquei com um pouco de medo de que fosse Dominic, abro a porta e vejo Lilith.
— Feliz?
— Aliviada...
Olho para Lilith que estava com uma saia de couro, uma blusa preta e uma bota curta. Seu cabelo estava solto jogado para o lado.
— A roupa ficou perfeita em você....
— Obrigada.
— Pronta?
— Sim... Mas pera ai você vai fazê aquele negócio de colocar a mão no meu ombro.... ?
Ela sorri.
— Não dessa vez vamos de carro.
— Bem melhor...
Termino de arrumar o cabelo e saio do quarto com ela. Estavamos indo até a entrada do inferno segundo Lilith.
— Não grite e nem o deixe nervoso.
— Quem? .
Assim que viramos a direta de um corredor largo damos de cara com um enorme cachorro de três cabeças sentado.
— Cerberus?
Digo um pouco assustada.
— Ele mesmo. Ele é o guardião da porta do inferno, e uma gracinha também não é meu amor?
Ela se aproxima dele passando a mão em sua cabeça do meio.
— É sim lindo.
Ele então me olha e caminha em minha direção.
— Passe a mão nele.
Faço o que Lilith diz e passo a mão em sua cabeça da direita, então ele fecha os olhos.
— Ele gostou de você, se não já tinha arrancado sua mão fora.
Ela sorri quando a olho com um olhar de pânico, cerberus então se afasta se sentando novamente no mesmo lugar que antes, lilith abre a porta e sai vou logo atrás.
Ela entra em um carro vermelho que parecia uma Ferrari.
— Onde conseguiu esse carro.
— Peguei emprestado... Agora vamos.
Entro no carro e ela acelera, estávamos em um rua movimentada onde todos olhavam para nós, lilith adorava mas eu não estava acostumada. Ela para em frente a um barracão.
— É aqui?
— Ainda não.
Ela desce do carro, tiro meu cinto e vou atrás dela, que coloca a mão em meu ombro sem parar de andar, quando me dei conta estávamos no que parecia uma ilha.
Sorrio ao ver as luzes que saiam de um lugar não muito longe dali.
— Bem vinda a uma das melhores festas da sua vida.
Olho pra ela, que me puxa pelo braço. Quando chegamos a festa fiquei parada por alguns segundos. Olhava as milhares de luzes coloridas, o DJ com um telão enorme atrás dele, as melhores músicas tocando em um som alto e com o grave perfeito.
Ela me puxa para o bar onde as bebidas saiam com gelo seco ou néon.
— Esse lugar é perfeito.
— Eu sei disso.
Pegamos as bebidas e fomos para a pista de dança, lilith gritava, pulava e sorria muito, ela realmente não era quem eu imaginava, era bem melhor.
Dançamos por um longo tempo, então lilith foi cumprimentar algumas pessoas, não sabia se eram demônios ou não. Vou até o bar me sentando em um banco pedindo uma bebida, quando um garoto se senta ao meu lado.
Ele era loiro, seus olhos um azul maravilhoso, e um pouco forte, estava de calça jeans bege uma camiseta branca e uma jaqueta de couro preta.
— Oi.
Ele sorri, seu sorriso era tão lindo que quase me esqueci de responder.
— Oi...
— Se divertindo?
— Muito...
Sorrio pegando minha bebida, ele pede uma igual.
— Não estou acostumado com festas assim.
— Eu também não.
* digo bebendo *
— Poderia perguntar o seu nome?
Ele sorri pegando sua bebida, olhando para mim.
— Sou Dara.
— Sou Gabriel.
Olho pra ele só conseguindo pensar em uma coisa " mais que merda ". Fico com cara de idiota e balanço a cabeça olhando para a minha bebida.
— Você está aqui sozinha?
— Na verdade não...... To com uma amiga e ela deve ta bêbada dando trabalho por ai... Vou procura-la.
Sorrio me levantando.
— Quer ajuda?
— Não...... Tudo bem obrigada. Prazer em conhece-lo.

— O prazer foi meu.
Saio quase correndo no meio daquela multidão procurando lilith.
Olho em volta e nada, fecho meus olhos e fico pensando nela, quem sabe isso não ajudaria. Respiro fundo quando sinto alguém puxar meu braço.
— Sou eu......
Lilith parecia estar com medo de alguma coisa.
— Gabriel está aqui.
— Eu sei, e ele não é o único. Vamos sair daqui.
Ela estrala os dedos e de repente tudo ficou quieto. Estávamos no barracão.
— Lilith espera.
Ela estava saindo quando olha para trás.
— Eu falei com ele.
— Você o que? ...... Dara o que ele ti falou?
— Ai é que ta, ele parecia não saber quem eu era. Conversou comigo como se eu fosse uma garota qualquer.
— Pera..... Se ele não sabe quem é você, ele estava atrás de mim. Ele quer saber quem é a escolhida.
Fico olhando pra ela, enquanto ela caminhava de um lado para o outro.
— Ele é bem bonito né.
Digo a olhando, quando ela para e me olha.
— Ele se interessou por você.
— Que?
— Gabriel é um pilantra, quando ele se interessa por uma garota ele puxa papo.
— Mais..... Como você sabe disso?
Ela sorri.
— Você e ele.....
— Nós tivemos um passado. Agora vamos.
Vou com ela até o carro, chocada com o que acabei de ouvir. Quando chegamos no inferno lilith me levou até meu quarto.
— Lembre-se, nenhuma palavra sobre essa noite.
— Okay.....
— Mais uma coisa.
Ela tira uma pulseira de ouro de sua bolsa onde a letra D estava pendurada na mesma.
— Que linda...
Digo a olhando. Lilith coloca em meu pulso, quando percebo que ela tinha uma igual só que com a letra L.
— Eles dão de presente na festa. Boa noite.
— Obrigada.... Boa noite.
Fecho a porta e me deito na cama exausta.