A escolhida

Assassina. Eu ?


Estava achando que iria pegar no sono quando Dominic aparece no quarto.
— Ta na hora vamos....
Me levanto rapidamente levando um susto.
— Qual o problema de vocês? Se eu tenho um quarto com porta, é para vocês USAREM A PORTA...
Digo um pouco nervosa e com ânsia.
— Ta.. Me desculpe.
Ele some, então alguém começa a bater na porta. Respiro fundo e caminho até a mesma, quando não me sinto bem e vou correndo para o banheiro. Escuto a porta abrir Dominic vai até lá se apoiando no batente da porta.
— Tudo bem?
Limpo minha boca o olhando.
— To sim... Me dá só um minuto pra mim me arrumar.
— Claro.
Olho para minha roupa e fiquei feliz dele não perguntar aonde eu tinha ido.
Escovo os dentes, me arrumo e coloco uma roupa confortável.
Saio do quarto e vejo Dominic encostado na parede com as mãos no bolso.
— To pronta.
Ele me olha de cima a baixo e sorri.
— Ótimo... Vamos.
Ele começa a andar, então vou um pouco mais rápido para ficar ao seu lado.
— O que eu vou fazer hoje?
— Primeiro temos que fazer você e a marca virarem uma só.
— Como assim?
— A marca ainda não está ligada a você, precisamos acendê-la.
— E se por acaso ela não acender?
— É por que você não é digna dela.
— Ui.... Essa doeu.
— Mas tenho certeza de que isso não vai acontecer.
— Ahan... Então desculpa ai senhor das certezas.
Sorrio e o olho.
Chegamos em uma sala enorme que realmente parecia uma sala de treinamento.
— Nossa qual o tamanho do inferno?
Ele sorri.
— É imenso agora entre, eu quero que você escolha apenas um, okay?
— Um o que?
Ele entra em uma salinha onde tinha uma fileira de homens que pareciam piscopatas.
— Escolha.
Olho para ele e depois para os caras novamente. Penso em perguntar o por que de estar fazendo isso mas acho melhor ficar quieta e apenas escolher.
— Aquele ali.
Aponto para o segundo da esquerda, que me chamou atenção pelo fato de estar com a camiseta suja de sangue e uma cara de assassino.
— Tudo bem. Agora vem comigo.
Entramos em outra sala, onde havia três tipos de faca. Levanto meu olhar para olhar envolva e percebo que não havia nada além de uma sala branca e vazia. Dominic não estava mais ao meu lado, então escuto sua voz vindo de algum lugar na parede.
— Você pode achar que eles são de mentira, mas eles podem ti ferir o quanto quiserem então lute.
Olho para a parede e sorrio.
— Eles quem?
Olho para a frente novamente, quando me assusto vendo uns caras parados me olhando, não com um olhar comum, um olhar de raiva.
— Dominic eu não sei lutar.
Digo dando alguns passos para trás.
— Deixe a marca ti controlar.
— Claro... Quando você fala tudo fica mais fácil.
Pego uma faca, e olho para eles que corriam em minha direção.
No começo consigo me defender, mas depois começo a apanhar feio. Caio no chão e eles não paravam, até que Dominic começou a falar.
— Okay podem parar, Dara se levante.
Me levanto, e olho para eles que estavam parados me olhando, a faca que estava na minha mão, estava na barriga de um deles. Passo a mão no canto da boca vendo que estava sangrando, e meu abdômen estava doendo muito.
— Dara deixe a marca agir, aceite ela deixe-a fazer parte de você.
— Eu não consigo.
— Você consegue Dara, acredite.
Respiro fundo e pego outra faca.
— Pronta?
Balanço a cabeça, e então eles começam a correr novamente em minha direção, dessa vez estava mais fácil, girava o braço de um e chutava o outro, enfiando a faca na cabeça de um e cortando o pescoço do outro.
Quando achava que estava acabando, eles começam a me bater novamente, o pensamento de desistir não saia da minha cabeça, em quanto eles me espancavam. Mas então flash dos momentos em que passei sendo torturada começaram a fluir, uma raiva imensa tomou conta de mim, então segurei o pé de um e o joguei contra o outro, derrubei eles em segundos, não contente peguei a faca e arranquei as cabeças deles ficando toda suja de sangue.
Me levando e fico parada esperando Dominic falar alguma coisa.
Uma porta se abre e ele entra, olhando em volta.
— Isso foi incrível....
— Não.... foi estranho.
Ele se aproxima de mim, chutando uma cabeça perto dele.
— O que você sentiu?
— Raiva, medo e a necessidade de matar.
Ele coloca as mãos no bolso e me olha.
— Normalmente a marca demora para se desenvolver, mas com você foi completamente diferente.
Olho para a faca em minha mão que estava tremendo, a solto e olho para ele.
— E agora?
— Agora vocês já são uma só, você tem que saber a hora de deixa-la no comendo e a hora de você estar no comando.
— Ah que ótimo. Acabou?
Ele passa a mão no cabelo.
— Sim, só uma pergunta por que você arracou a cabeça deles?
— Por que eu quis.
Olho para ele e caminho até a porta. Ele vem logo atrás de mim resmungando para o cara que estava parado na porta.
— Arruma isso e coloca homens melhores da próxima vez.
Olho para ele.
— Posso ir para o meu quarto?
— Ainda não. Vem comigo.
Vou com ele até uma porta de cobre.
— Quando você entrar, você vai decidir quem deixar no comando.
Olho para ele confusa.
— Entre.
Coloco a mão na porta a abrindo, quando entrei não sabia realmente no que pensar. Aquele homem que havia escolhido estava com uma faca na mão com três corpos de mulheres caídos a sua volta. Ele me olhou meio assustado, aquela mesma raiva tomou conta de mim, vendo aquelas mulheres mortas.
Então comecei a andar em sua direção, com passos calmos mas com uma raiva imensa, quando chego bem perto dele grudo minha mão em seu pescoço o levantando do chão.
Não conseguia pensar em como estava fazendo aquilo, só conseguia pensar em mata-lo. Mas ele me olhava com medo, chorando.
Quando estava preste a socar sua cara, eu o soltei aquela vontade de vê-lo sangrar ainda não havia passado, mas eu sabia que ele não tinha feito aquilo.
Dominic entra na sala e fica a alguns metros longe de mim.
— Por que não o matou?
Olho para ele
— Por que ele é inocente e eu não sou assassina.
Ele sorri.
— Você me surpreende muito Dara.
Ele levanta sua mão e faz um movimento para o lado, o homem caí no chão de joelhos após ter o pescoço quebrado.
— Ninguém é inocente.
Olho para ele assustada, saindo da sala.
— Quero ir para o meu quarto agora.
Ele me acompanha sem dizer uma palavra.
Fomos até o meu quarto então eu entro batendo a porta na cara dele. Me deito na cama colocando uma almofada sobre o rosto soltando um grito logo em seguida.
Me levanto e vou tomar um banho, começo a passar a mão em meu corpo tirando todo aquele sangue, que parecia estar grudado em mim.
Termino e saio do quarto de toalha, quando vejo Alaster parado perto da porta, me assusto.
— Desculpe não queria ti assustar.
— Sério?
— Sim.
— Olha eu não to afim de conversar agora.
— Tudo bem Dominic só queria saber como vc estava.
— To bem.
— Ok.
Ele se vira e estava prestes a abrir a porta.
— Hey espera.
Me aproximo dele.
— Não quer ficar?
Ele me olha.
— Eu não sei se deveria.
— Tudo bem só relaxa.
Me aproximo e o beijo, ele coloca a mão em minha cintura quando a toalha cai.
Então paro o beijo e sorrio o olhando. Ele me olha de cima a baixo e sorri mordendo os lábios em seguida.
— Tem certeza de que quer ir embora?