Dominic saiu da sala e deu sinal para os homens de preto irem. Então saio logo atrás sorrindo vendo os caras irem para o outro lado.
— Para onde vamos?
Ele me olha e sorri.
— Vamos para um lugar mais confortável.
Balanço a cabeça já imaginando o lugar. Entramos em uma sala grande e bonita, os tapetes eram vermelhos, os lustres grandes e brilhantes, uma lareira e a estátua de um cão enorme e assustador de três cabeças.
— Quem é ele?
Dominic se senta na poltrona, e olha para o cão.
— Esse é cerberus.
— Hum.
Me sento na cadeira, quando lilith entra na sala com um vestido vermelho e o cabelo preso dessa vez.
— Olá.
— Oi.
Dominic parecia concentrado nos papéis que estavam sobre a mesa.
— Oi.
Digo respirando fundo.
— O que são esses papéis? ... Contratos de almas...
Sorrio debochando.
— Sim.
Fico sem graça e olho para o lado. Ele então sorri e deixa os papéis de lado.
— Okay... Você deve estar querendo saber sobre isso ai.
Olho para trás onde a estátua estava.
— Não tudo bem.
Lilith sorri.
— Ele está falando da marca.
— Ah... Okay.... sabe eu nunca tinha visto essa marca em mim antes.
Dominic respira fundo.
— Bom vamos se dizer que......
— Deixa que eu explico tudo a ela, você está ocupado e eu precisando sair daqui.
Lilith cruza os braços olhando para o irmão.
— Okay lilith se faz tanta questão.
— Não... Não faço mas como disse preciso sair daqui. Vem vamos logo.
Ela bate em meu ombro e sai pela porta, olho para Dominic que olhava novamente para os papéis. Então saio indo atrás de lilith.
— Coloca isso.
Ela me estende uma jaqueta.
— Não tá frio aqui.
— Coloca logo e cala a boca.
— Nossa grossa.
Ela sorri daquele jeito mejera e continua caminhando. Então ela coloca a mão em meu ombro e do nada estávamos em um beco onde estava um pouco frio.
— Onde estamos?
— Londres.
— Oi??
Ela me olha confusa.
— Você é surda?
— Cara você é chata em... poha.
— Ta acabou?
Olho para ela e depois para o lado cruzando os braços.
— Já... Mas tenho uma pergunta.
Ela fica me olhando.
— Eai vai falar ou ficar me olhando?
Respiro fundo.
— Se eu estou morta como é que eu estou sentindo frio?
Ela sorri.
— Querida você precisa de um corpo pra andar entre os humanos então se o corpo sente você também sente.
Olha para o meu corpo que não era o meu corpo.
— Mais que merda é essa?
— É você.
— Não.... Não é.
— Mais agora é.
Ela começa a caminhar e então não tenho escolha a não ser acompanha-lá.
— Então como é seu nome?
Olho para ela andando ao seu lado.
— Você não sabe meu nome, é um demônio e não sabe meu nome.
— Sou um demônio não uma adivinhadora de nomes.
— Nossa cara para de ser tão grossa.
— Calma deixa eu pensar...... Não.
Respiro fundo.
— Meu nome é Dara.
Ela começa a rir.
— O que foi?
— Nada, além do fato que você tem o nome de um anjo, e está sendo treinada para ser um demônio.
— Eu tenho o nome de um anjo?
Ela revira os olhos e suspira.
— Sim.
— Que legal.
Lilith faz uma cara de " sério mesmo que isso ta acontecendo "
— Ta agora me fala sobre essa marca.
— Bom, Lúcifer sabia que se deixasse a marca a mostra nos humanos escolhidos seria arriscado, então ele fez um feitiço para que a marca surgisse assim que o escolhido morresse, assim como foi com você.
— Mas como é essa marca.
— Bom é parecida com um pentagrama. Quando a marca saber que você está pronta, vai poder fazer coisas incríveis.
— Quando eu estiver pronta?
— Sim você vai ter que merecer seus poderes, e ela vai saber a hora.
Passo a mão em minha nuca mas não sentia nada.
— Mas é só uma marca.
— Pra você pode ser só uma marca. Quem a criou foi Caim. Ele criou os cavalheiros mas depois de uma briga com Lúcifer, sobre a traição de seus filhos Caim foi obrigado a matar todos eles.
— Mas por que criar mais cavalheiros?
— Os cavalheiros tinha uma tarefa muito importante no inferno, eles além da força extraordinária, são ótimos em torturas sem falar nas formas de matar os merecedores. Os cavalheiros mantinham a ordem. Eles adoravam torturar os pecadores.
— Mas não são vocês que criam os pecadores?
— Sim, mas alguns deles pedem para serem punidos por suas graças. Bom Lúcifer percebeu que sem os cavalheiros estava tudo um caos, então quando lembrou da marca que Caim havia usado, ele teve a grande ideia de criar uma nova geração de cavalheiros.
— Mas não foi Caim que treinou os primeiros cavalheiros?
— Antes de criar os cavalheiros Caim me treinou, fui a primeira. Então eu vou treinar vocês.
— Ah que ótimo. Caim foi o escolhido por Lúcifer?
— Não, Abel declarou seu " amor " por Lúcifer, então quando Caim descobriu que a oferenda que o irmão fazia não era para Deus, ele fez um acordo com Lúcifer. Se ele matasse seu irmão a alma dele iria para o céu. E então ele fez, matou o próprio irmão para não vê-lo sofrer.
Lilith parecia não se conformar com a escolha de Caim.
— Foi quando ele ganhou a primeira marca?
— Isso.
Continuamos andando, em Londres não estava nevando só estava frio, nos sentamos em uma praça.
— Aquilo que seu irmão disse era verdade, que eu fui a primeira a ser escolhida?
Ela sorri cruzando as pernas.
— Quando Lúcifer estava escolhendo os novos cavalheiros, você foi a primeira sem hesitar. Perguntamos se ele tinha certeza, e ele disse que nunca teve tanta certeza na vida. Então você deve ser especial pra ele.
— Ual....
Olho para as pessoas caminhando na praça sorrindo e conversando.
— Quando vou poder vê-lo?
— Quando ele quiser.
Lilith olha para o nada como se tivesse algo importantes.
— Quando vamos começar?
— Ta empolgada?
— Não to nervosa....
Ela então sorri.
— Você é esquisita.
Olho para lilith que do nada solta o cabelo, fiquei pensando se ela gostava de vários nadas, mas quando olho para onde o nada estava, vejo um homem bem bonito parado ali conversando no celular então eu começo a rir.
— Você ta querendo chamar a atenção dele?
— Ahan....
Olho para o cara novamente, e depois para ela.
— Bom a ligação parece mais importante que você.
Ela levanta a mão, e vai abaixando um dedo de cada vez. Quando ela abaixa o último dedo ela balança a cabeça em direção ao cara que caminhava em nossa direção.
Então ela sorri e se levanta.
— É........ Lilith onde vc vai..... Lilith...
Digo quase me levantando, mas respiro fundo e me sento novamente. Ela vai até ele e os dois começam a conversar, ele parecia bem interessado. Ela volta e se senta novamente.
— Vamos sair amanhã.
Olho para ela confusa.
— Mas..... Mas você é um demônio.
— E qual o problema?.... Também temos direito de nos divertir.
Ela sorri prendendo o cabelo novamente.
— Ah claro.
— Bom vamos voltar, antes que Dominic solte fogo pelos olhos.
Olho para ela assustada.
— Sério?
— Sim.
Fico com uma expressão assustada, quando ela puxa meu braço e sorri.

— Estava brincando.

Caminhamos mais um pouco antes de voltar.