1 hora antes...

Após 1 hora de um transporte nada confortável, May acorda acorrentada, dentro de uma cela, em um ambiente razoavelmente escuro, mas também com um canto com algumas luzes, uma cama de hospital e alguns equipamentos que pareciam científicos. Ela estava com um corte feio na cabeça. Ela mal consegue abrir os olhos, mas vê que estão levando a Robin para algum lugar à força. Parecem cientistas, mas também pode-se ver os mesmos soldados com suas máscaras e símbolos de serpente, além de vários símbolos e itens decorativos, a maioria remetendo à cobras. Um lugar que notavelmente não podia ser bom. Uma atmosfera mística e uma iluminação bem limitada, concedia ao lugar uma aura realmente sombria. May tenta se soltar, mas é em vão.
No meio de tudo, May consegue avistar que na mesa haviam aparentes cristais de terrígeno, e todos na sala estão com uma roupa protetora, com exceção dela e da Robin. Nenhum sinal da Polly no local. Por um tempo uma poeira do aparente terrígeno começa a pairar no local, e a May dorme. Os supostos cientistas começam a fazer algo com a Robin.

Após 1 hora alternada de gritos, silêncio, agonia e solidão, May estava um pouco aérea após toda a poeira. Não parecia ser uma poeira de terrígeno comum. Ela de repente ouve uma voz grave e imponente e percebe um homem chegando lentamente...

— Melinda May... Hmm. Mais decadente do que as histórias contam...

— Chegue mais perto, e eu te mostro a decadência. - responde May.

— Não será necessário. Posso ver no seu rosto, que a alma da cavalaria se foi há muito tempo. — replicou o homem.

— Eu não tenho tempo pra isso, CADÊ A ROBIN? QUE RAIO DE LUGAR É ESSE? - replicou May.

— Pelo seu estado de saúde e aparentemente idade, dá pra ver que tempo você não tem muito mesmo. - disse o homem, no tom mais arrogante que se pode ter.

— Vá pro inferno! - replicou May.

— Você já está nele. E eu sou a serpente da qual você não pode escapar. - disse o homem.

— Ah, ninguém merece! Pensou nessa sozinho homem cobra? — replicou May.

De repente, May ouve uma voz familiar...

— Na verdade, tudo aqui foi feito a partir de ajuda mútua. Você faz piada, mas definitivamente, quem deveria mais se preocupar aqui é você, agente May. Não é como se você não tivesse um futuro a perder...

Nesse momento vemos uma figura conhecida, o ex-agente Felix Blake, andando tranquilamente. A julgar pelo símbolo do uniforme, ele parece ainda estar com os Watchdogs.

— Blake... Seu filho da mãe. Desceu ao ponto de sequestrar e machucar garotinhas agora? Você devia ter morrido com o Deathlok aquela vez - disse May.

— Machucar? Eu estou ajudando esta jovem garota. Você não faz ideia do que está acontecendo aqui... - respondeu Blake.

— Ajudar? Como? E honestamente, eu não dou a mínima, pois não vai ter nada rolando aqui quando eu acabar com você! - disse May

— May, May, May. A boa e velha agente May. Ultimamente, mais velha do que boa. Sempre arrogante, sempre confiante demais. Mas se alguém aqui tem experiência em largar corpos de garotinhas mortas por aí, não é ninguém deste lado da sala. Ou você acha ninguém sabe sobre o Bahrein? Qualquer um com nível de acesso suficiente na Shield pode perceber o que aconteceu com uma criança morta no meio de tantos outros corpos deixados pela mesma pessoa. A única de pé no final - respondeu Blake.

May esboça uma reação nervosa e um terceiro homem dá um chute nela.

Depois de um momento de silêncio, May tristemente pergunta:

— Quem são vocês? O que vocês querem? Podem ficar comigo, mas deixem ela ir...

O homem com símbolo da serpente replicou:

— E por que faríamos isso? É justamente ela que queremos. Somos os Filhos da Serpente, e por mais que odiemos o que esse país se tornou, principalmente com a escória inumana, e nós os odiemos quase tanto quanto os Watchdogs, nós percebemos uma coisa, um detalhe que eles poucas vezes viram: A utilidade deles para nosso próprio benefício. E assim que ouvimos sobre uma inumana que pode prever o futuro, e que rumores diziam que ela até ajudou a salvar o mundo, tínhamos que conferir. E por mais que nós 3 odiemos trabalhar em equipe, vimos que poderíamos alcançar mais coisas desta forma.

May então, percebeu que o terceiro homem tinha um símbolo de polvo no uniforme. Logo, foi associando com o desenho da Robin e então percebeu o que se tratava.

— Então temos a Serpente, com os filhos da serpente, o cachorro sendo os Watchdogs, e o polvo, ah é... sempre o polvo. Hydra - disse May

— Cortem uma cabe... - ia dizendo o homem da Hydra.

— AH NEM COMEÇA! - interrompeu a May, já revoltada.

— Mas o que foi aquilo com a Robin? Pareciam cristais de terrígeno? Mas por quê? Ela já passou pela terrigênese - continuou May.

— Não tenho muitos motivos para compartilhar isso com você, mas como hoje será seu último dia de vida, vou matar sua curiosidade. Ouvimos rumores de um terrígeno modificado, feito misturado ao DNA de um Kree muito poderoso, que concedia um aumento nos poderes inumanos. Demorou para encontrarmos, assim como a Robin. Parabéns pra vocês por isso... mas, enfim temos tudo o que precisamos - respondeu Blake.

— VOCÊS NUNCA VÃO USAR ISSO NELA! NUNCA ENQUANTO EU ESTIVER RESPIRANDO! - gritou May.

— Aí é que está, nós já usamos... E está na hora de testar.

Nesse momento a Robin entra, trazida à força e é jogada em cima da May.

Quando elas se encostam, a May começa a ver uma visão. Não como era com os poderes do pai da Robin, era ainda mais vívido. Ela estava em um lugar e ela via e sentia tudo, mas ninguém a via, com a exceção da Robin. Era a equipe. Lutando aparentemente contra os Filhos da Serpente. A equipe inteira chamando a May, e a May parada no meio. A equipe se desesperava, e May aérea nada fazia. É então que a Piper tenta puxar a May pela mão, mas é tão real que ela pode sentir. É como se a sala tivesse desaparecido e ela tivesse sido transportada para esse lugar. A demora da May, permite que um homem dos Filhos da Serpente matasse a Piper por trás. Ela cai nos braços da May.

Nesse momento a May se vê na sala de volta, extremamente assustada, com a Robin em seus braços.

Blake pergunta:

— O que você viu?

May, atônita, não responde.

Blake, percebendo que tinha dado certo, só sorri e diz:

— Conseguimos... E agora?

O homem da serpente diz:

— Daqui a pouco começamos. Temos que preparar algumas coisas para os testes adicionais para a Robin, o que sugere que façamos com a May?

— Podemos precisar dela como motivação por um tempo. Ao menos até o fim dos próximos testes. Mas não precisamos da May e da mãe, acho que devemos manter só uma das duas - respondeu Blake.

— Faça sua escolha, e será desta forma - disse o homem da serpente.

Já estava tarde e Blake decidiu esperar o fim desses próximos testes, para decidir no dia seguinte se iria eliminar uma das duas ou as duas. Então ele saiu, deixando May e Robin na cela.

May estava perplexa no chão, ainda confusa pela situação e pela poeira, onde ficou refletindo:

— O que aconteceu? Por que eu não me movia? Foi tudo tão real... Eu vou causar a morte da Piper? Oh meu Deus, o que está acontecendo?

A Robin, se aproximou, sem encostar, sentou-se ao lado e disse:

— Vai tudo ficar bem.

— Eu realmente gostaria de acreditar nisso, Robin... Como você está? - May perguntou.

Robin ficou em silêncio. Como já era tarde, com o tempo, as duas caíram no sono.

Apesar de todas as tristezas, eles conseguiram salvar a May e a Robin, que agora teve seus poderes aumentados.