6 horas depois, a equipe já estava próxima da base dos Filhos da Serpente, mas como não tinham a localização precisa, ainda estavam tentando rastrear onde seria a base deles. Coulson estava extremamente preocupado, e sem ideia do que eles estão enfrentando:

— Eu sei que a May sabe se cuidar mas, só quero saber se ela está bem, a May não é de não se comunicar...

Todo mundo troca olhares sarcásticos entre si, mas sem dar muita bandeira, devido à situação delicada.

— Ok, ela é de não se comunicar, mas desde nossas últimas mortes e quase mortes, nós estamos tentando ser mais comunicativos...

— Pois é, tanto que o casamento tá demorando mais de 5 anos para sair. Esperem um filho daqui a 35 anos pessoal - comentou Daisy.

— Engraçadinha, mas isso é sério, algo está errado. - respondeu Coulson.

— Eu sei Coulson, desculpa. Vamos descobrir o que é isso tudo, salvar a May, e voltar pra casa, como sempre fazemos - respondeu Daisy.

— Ninguém aqui morre hoje! - disse Piper.

— Morrer? Nem fala nisso. Se tem alguém que a morte tá de saco cheio sou eu. Nós vamos entrar nesse lugar, pegar as garotas e meter o pé. Vamos? - disse Coulson.

Todos concordaram. A Daisy então depois de bastante tentativas conseguiu hackear um satélite da NSA, e usou para checar as imagens por diferentes camadas até descobrir um local com uma pequena entrada, mais uma profundidade maior que o normal, e um amplo salão.

Eles então foram checar, e viram soldados com um símbolo mais sutil de serpente nos uniformes, e perceberam que era o local. Então se preparam pra entrar na base com tudo, onde eles estão localizando a May.

Num ataque frontal arrasador, a Shield entra com tudo, com a Daisy jogando vários inimigos longe e todos na Shield lutando como uma verdadeira luta pessoal, Coulson mais que todos. Mesmo não estando 100% de saúde, o esforço de Coulson era notável. Ele não podia perder o amor de sua vida novamente.

São muitos inimigos, mas eles conseguem entrar, e agora estão nas instalações procurando por May e Robin, e também Polly, que ainda não foi encontrada.

Voltando à May e Robin, pouco antes da entrada da Shield na base dos Filhos da Serpente, elas estão dormindo e a May está tendo um belo sonho: Ela está sentada com um Coulson em alguma praia paradisíaca:

— Sabe, parte de mim sempre pensou que isso ia acontecer um dia... - disse Coulson.

— É... Parte de mim também. - disse May.

— Não é como se amizade não tivesse sido autêntica, mas parecia sempre que seria algo mais, mas nunca parecia o tempo certo.
— disse Coulson.

— Sim... - disse May.

— Aí teve o Andrew, a Audrey, a Rosalind. Todos eles nos geraram bons momentos, mas... Nunca pareceu completo. Não como eu sinto isso na gente... - disse Coulson.

— O Andrew se foi, a Rosalind se foi. Eu procurei saber da Audrey e ela se casou... Tem uma família linda, um marido, dois filhos. E é isso que eu penso para nós... Finalmente chegamos num ponto da vida em que isso parece certo... - complementou Coulson.

E falando isso Coulson vai para a água, e chama a May, que vai com um raro sorriso ao encontro dele.

Mas de repente, May vê uma garotinha correndo atrás dela e é como se a atmosfera tivesse mudado. Coulson parece começar a afundar lentamente, e o tempo fecha e fica mais escuro, começa a ter um vento, e a May começa a ficar preocupada:

— Coulson, COULSON! - gritava May.

— Vai ficar tudo bem! Vai ficar tudo bem! - repetia Coulson.

O Coulson continua repetindo isso e vai afundando até que a May entra completamente dentro da água para salvá-lo.

Ao submergir completamente na água, agora a May se encontra numa visão. Ainda mais clara que a anterior, a May se encontra novamente na mesma batalha da visão anterior, aparentemente pouco tempo depois, só que dessa vez ela vê a Robin junto. A May percebe então que essa visão está sendo causada pois a Robin dormiu encostada nela, e percebeu também que a garota no sonho era a Robin. A Robin dizia, numa alternância assustadora de humores:

— Vai ficar tudo bem! Mãe, nós perdemos ela! Vai ficar tudo bem! Mãe, nós perdemos ela!

A May então se encontra agora na frente do Coulson, que está desesperado para salvá-la. Ela se encontra agitada e aérea, completamente confusa, e por mais que tente fazer algo diferente não consegue sair do lugar e ouve o Coulson dizer:

— Vai ficar tudo bem!

Então ouve-se um barulho de tiro e sangue jorrando entre Coulson e May, quando a Robin começa a dizer:

— Mãe, acorda! Acorda! Acorda!

E agora ela ouve uma voz diferente, era o Coulson chamando:

— Acorda May, acorda!

Quando a May percebe, o Coulson e a Robin estão tentando acordá-la na vida real e ela acorda. A Shield havia conseguido entrar e resgatá-las a tempo, mas ainda haviam muitos inimigos.

May fica surpresa e Coulson a abraça:

— Melinda, finalmente! Eu não podia te perder... Ainda mais num momento como esse...

Só que a May ainda estava muito assustada pelo que viu, e ainda um pouco afetada pela poeira de terrígeno e não consegue dizer nada.

— May, você está bem? Você não parece bem. - perguntou Coulson.

May não responde nada, e Coulson vai levando ela e a Robin para fora da assustadora base.

A equipe vai mandando bem, Daisy liderando os nossos agentes intensamente contra os Filhos da Serpente, até ver os símbolos da Hydra e Watchdogs:

— Então esses caras são os Filhos da Serpente? Um nome bem imponente pra um bando de idiotas! - disse Daisy.

— Peraí, aqueles são Watchdogs? Não pode ser coisa boa. E espera aí? Hydra? Ninguém merece - continuou Daisy.

— Cortem uma cabe... - ia dizendo o cara da Hydra até ser interrompido.

—AH CALA A BOCA! - disse a Daisy, enquanto dava uma rajada de ondas no homem da Hydra.

Na corrida para fora da base, Coulson encontra com Blake:

— Vão! May e Robin! Eu cuido deste aqui.

May e Robin vão em busca da saída, acompanhados da agente Piper.

— Felix Blake... - disse Coulson.

— Phillip J. Coulson... - disse Blake.

— Acho que você não é um holograma dessa vez, não é? Usei esse truque outro dia, bem eficaz pra se livrar de inumanos milenares com cabeça de polvo... - disse Coulson.

— Não, mas você ainda tem uma mão robótica - disse Blake.

— É, acho que algumas coisas não mudam. Mas outras sim... Andando de novo? - disse Coulson.

— Você tem seus truques, e eu os meus - disse Blake.

— Pois é... E que coisa é essa de serpente, cachorro e polvo? Fecharam um zoológico agora? - disse Coulson.

— Brinque o quanto quiser, mas não vai vencer hoje. - disse Blake.

— Frase de todo supervilão contra mim. Não funcionou até hoje. E você nem super é. - disse Coulson.

— Só conversa...Você está me enrolando Coulson? Pois é exatamente o que um holograma fa... - ia dizendo Blake até ser interrompido por uma pancada com o escudo de energia do Coulson.

Blake cai nocauteado .

— Pensando do seu ponto de vista, era melhor termos ficado conversando. E holograma? Qual é? Você me conhece melhor que isso, o mesmo truque duas vezes não dá. Ainda mais um truque seu.

Voltando para May e Robin, elas estão correndo com a Piper, o que faz a May ficar mais nervosa ainda, ao lembrar da visão.

— Venham comigo! Vamos salvar todo mundo hoje - disse Piper

A Shield começou a tomar conta da situação, quase todos derrotados, quando o líder dos Filhos da Serpente aparece, chegando por trás da May e a agarrando, já trazendo também a Polly, e ameaçando com uma faca matar uma das duas:

— Parem todos. Ou a vida de uma delas acaba.

Todos ficam parados observando, e Coulson tenta negociar. O pó de terrígeno parece afetar seriamente a May, que parece estar perplexa e agitada, com o olho azulado. O homem da serpente fala:

— Parece que você está sentindo os efeitos colaterais nos humanos não é, isso não é terrígeno normal. Você vai preferir morrer a passar por isso.

— Você não precisa fazer isso, cara. - disse Coulson, tentando negociar.

May parece ficar alucinada, enquanto o homem da serpente continua a ameaçar:

— Andem, decidam ou eu decido por vocês... Já vi que não sairei dessa mesmo, essa escória inumana merece morrer! Se eu não posso fazer isso, vou ao menos destruir a vida de um deles!

Ele parte então para matar a Polly, e a Piper chega por trás com uma pancada na cabeça e o impede, o fazendo cair no chão. Ainda existem mais homens vindo e a Piper puxa a May pela mão a chamando, dizendo que eles tem que ir.

Mas assim como na visão, a May não quer ir, as visões se misturam com alucinações e medos, e ela não consegue se mover. A May demora demais e assim como a premonição, o homem da serpente se levanta um pouco e crava uma espada nas costas da Piper.

May entra em desespero, e começa a gritar:

— Eu quero morrer! EU QUERO MORRER!

Todos se preocupam com a May e com a Piper. Coulson e Polly tentam acalmar a May, e Fitz-Simmons e um dos novos agentes tentam salvar a Piper.

Muitos inimigos vão chegando, a Daisy e 2 dos novos agentes vão tentando combatê-los e todos estão com dificuldades de conciliar todas as situações.

A May então se vê em outra visão, de frente para o Coulson, transtornada. Coulson diz pra ela:

— Vai ficar tudo bem!

Enquanto a Robin grita:

— Mãe!

Ao mesmo tempo, os inimigos diminuem e a Daisy vai dizendo ao tentar ajudar no socorro da Piper, ao mesmo tempo que vê a situação da May:

— Nós perdemos ela! Não podemos perder as duas!

Em meio a todo o desespero, num último esforço, o homem da serpente pega a arma da Piper e atira.

Sangue é jorrado entre May e Coulson, a visão vai se concretizando.

Mas...

Não foi na May nem no Coulson. O homem da serpente acerta a Polly com um tiro fatal, a Piper num também último esforço mata o homem da serpente com a sua própria espada.

Robin corre para a mãe, e a abraça.

— Mãe, perdemos ela! - repetia a Robin chorando.

Nesse instante, em um momento igualmente épico e triste, vários outros inimigos chegam, e a Daisy destrói todos eles, em grande momento de raiva. Os novos agentes ajudam com alguns capangas e depois levam Piper para fora para a busca de levá-la para emergência, mas era tarde demais.

Robin então, fica repetindo para sua mãe:

— Mãe, acorda! Acorda! Acorda!

Foi então que Polly, abrindo os olhos com dificuldade, nos braços da filha, diz suas últimas palavras:

— Cuide da May, filha. Ela precisa de você, e você precisa dela. Está destinado a ser deste jeito, não importa a linha do tempo. Eu te amo filha, e mesmo não estando mais aqui, eu e seu pai sempre te amaremos e estaremos te assistindo, e orgulhosos de você. E se quiser se lembrar de nós, feche os olhos. Você está em todo o lugar do tempo, então você sempre pode achar uma forma de nos ver todos os dias... Vai ficar tudo bem!

A Robin, chorando bastante, se despede:

— Vai ficar tudo bem... Eu te amo, mãe.

Agora com a situação da May, tudo continua desesperador, a May parece colapsar e se debate, e o Coulson tenta acalmá-la.

— May, May, MAY! Não, não dessa vez, agora não! Melinda, eu só quero que saiba que eu te amo, não importa se demoramos a nos aceitar juntos, não importa se você não quer uma cerimônia ou algo oficial, mas é que eu fiquei tanto tempo aceitando que minha vida tinha acabado, e eu demorei pra perceber o fato de que você moveu céus e terra só pra viver comigo um pouco mais. Eu te amo, não posso te perder agora, NÃO! Fica comigo, Melinda! Por favor!

Mas a May começa a se debater mais e fica claro que ela não vai aguentar, todos estão chorando muito, principalmente Coulson e Daisy. Tudo parece perdido.

Então a Robin chega calmamente, senta no chão, coloca a cabeça da May no seu colo, coloca a mão em volta da cabeça da May e em pouco tempo ela acalma. Todos ficam surpresos, e não entendem nada.

— O que você fez? - sussurra Daisy.

— Mãe! Vai ficar tudo bem... - disse a Robin, que milagrosamente com seus novos poderes, a acalmou de alguma forma.