Na casa da Robin, ela passou algum tempo sem fazer muitos desenhos, mas agora ela voltou à ativa intensamente e está no momento desenhando um desenho de uma mulher. Aparentemente tem outras pessoas próximas dela, um homem e outra mulher, e há o que parece ser sangue no desenho.

Seus desenhos estão ficando cada vez melhores, conforme ela vai crescendo, mas ainda assim são muito enigmáticos. Polly a observa a uma determinada distância.

— Venha comer, filha. Preparei o seu jantar.

Sem nenhuma resposta.

Nos últimos meses, com menos desenhos, via-se uma Robin um pouco mais interativa, conversando de vez em quando, mas isso estava se perdendo de novo.

Após insistir algumas vezes e perceber o silêncio, Polly pergunta:

— Você está bem querida?

Robin mostra o desenho da mulher para a mãe e diz:

— Mãe, nós perdemos ela.

Polly não entende.

— Não, querida. Eu vou sempre estar aqui pra você. Eu não estou entendendo.

Mas Robin repetiu a mesma coisa.

Nesse instante, alguém chama na porta.

Era a May, vindo visitar a Robin, para saber informações. Ela tinha ordens de levar a Robin, caso fossem obtidas informações suficientes para detectar um risco para ela, por ser inumana. May costumava sempre vir toda semana, mas como dito anteriormente, já tinha algum tempo que não vinha.

Apesar de confusa pela situação anterior, Polly estava feliz em receber a May.

— Olá Melinda, bom te ver novamente! Vem Robin! Vem ver quem está aqui!

May então vê a Robin de longe e vai se aproximando.

— Olá querida, é a tia May, quanto tempo, como você está?

Mas Robin permanece mais distante e quieta, mesmo quando a May vem abraçá-la.

— Está chegando. Mãe, nós perdemos ela.

E então a Robin sai para o seu quarto.

May está meio confusa, mas acredita que seja a respeito de sua provável saída da Shield, ou mesmo de seu tempo fora sem visitá-la.

Polly percebe a tristeza de May.

— Não liga pra ela, ela só está estranha esses dias. Voltou com os desenhos e tudo mais.

May então responde:

— Mas achei que ela tinha parado com isso. Depois que consertamos o futuro, ela diminuiu com esse lance de previsões, o que você acha que está acontecendo?

Polly responde:

— Eu não sei. Mas ela está dizendo que algo "está chegando", e que a mãe dela vai embora. Mas eu estou aqui, e não pretendo ir a lugar algum. Espera... você acha que ela pode estar falando de você?

May responde:

— Não sei, nós com certeza temos uma conexão sim, mas... Você já está com ela há tanto tempo... Se bem que tempo nunca foi algo tão simples para ela...

Polly concorda, e May acrescenta:

— Mas, infelizmente eu não vim aqui só por uma mera visita. Estamos precisando dela pra uma pesquisa de um grupo chamado de Filhos da Serpente. Ela tem desenhado mais alguma coisa?

Polly responde:

— Só uns animais. Achei até bonito, como se ela quisesse desenhar algo por conta própria. Primeiro uma serpente, depois um cachorro. Acho que depois foi um polvo ou uma lula, sei lá. E depois um com os três juntos.

— Você disse serpente? - perguntou May.

— Sim, sim. E alguns outros animais. Você quer vê-los? - perguntou Polly.

— Sim, é claro. Pode ter alguma serventia... - respondeu May.

Então ela analisou os desenhos, disse que levaria pra Fitzsimmons e alguns dos novos agentes da divisão de Ciência e Tecnologia, da qual a Simmons é chefe, para ver se eles conseguiriam extrair algo de concreto a partir dos desenhos.

May conversa um pouco com Polly contando sobre a pretensão de aposentadoria e da situação do casamento com Coulson, o que embora deixe Polly feliz em ver que realmente eles irão descansar, a traz algumas lembranças que a fazem dar alguns conselhos:

— Casamento realmente pode ser difícil, mas apesar dos problemas, eu faria qualquer coisa pra ter o Charles de volta. Você pode não gostar dessa convenção de um casamento tradicional a essa idade, mas... Se isso é importante pra ele e você realmente o ama, acho que talvez valha a pena o esforço. Você fez isso uma vez e não terminou bem, mas você pode dar um novo significado pra um relacionamento desse tipo, com alguém que sempre esteve ali pra você, e que te ame de verdade. Façam do jeito de vocês, sem seguir necessariamente o que todos fazem, mas encontrem um jeito que funcione para os dois. Eu te garanto que valerá a pena. Não perca a oportunidade de estar com aqueles que você ama, enquanto você ainda pode. Não deixe detalhes e caprichos impedirem que você viva a sua vida em sua forma mais plena.

— Obrigado por isso. Isso ainda é confuso pra mim, mas vou tentar conversar com o Coulson quando isso acabar. Odiaria que algo acontecesse e nós estivéssemos brigados. Obrigado por isso. - disse May.

Após isso, as duas refletem a respeito dos desenhos e da situação da May para ver se isso poderia ter alguma coisa a ver com a fala da Robin, e vão conversando mais um pouco, e May prepara-se pra se despedir, anunciando que investigaria os desenhos e que essa poderia ser sua última missão na Shield.

Ela então se aproxima de Robin no quarto dela pra se despedir. Robin, que estava na cama, de repente levanta correndo e diz:

— É tarde demais! Está chegando! - enquanto entrega o desenho da mulher e dos animais para a May.

May não entende, e de repente eles ouvem barulhos e a porta da frente é arrombada, May no reflexo vai ver o que é e Polly já está no chão. Homens mascarados entraram e partem para cima de May.

Todos estão usando apenas facas, e tem um símbolo de serpente no ombro em suas roupas. Eles são bem treinados e atacam a May, que derruba a faca dos dois primeiros, dando uma cotovelada em um e um soco na cara do outro. Ela se defende de um terceiro e com dificuldade o derruba. Mas tem mais dois homens deste aparente grupo misterioso, e um deles está com a faca no pescoço de Robin. May se rende. Um dos homens dá uma pancada bem forte na cabeça dela, e ela fica desacordada. May, Robin e Polly são levadas.