Airleen ficara meio receoso de entrar no prédio, e assim que o carregaram, se sentiu arrefecido. Mas o que ele poderia fazer? Só o arrastavam pro lado e pro outro e ele nem tinha chance de dizer nada. Assim que o depositaram numa maca, ele sentiu o quanto estava doendo. Estava tonto e parecia que tudo estava lento e dormente, só despertou quando viu o semblante da Dra. Mareu apareceu em sua frente.

— Vai ser difícil, muito difícil...

— Antes de você mexer no meu pé eu gostaria de obter respostas concretas, e gostaria muito de saber porque EU ESTAVA NUMA MESA DE CIRURGIA PRESTES A TER MEU CORPO FEITO DE COBAIA PRA QUEM SABE O QUÊ!!!

Sem perceber, Airleen já gritava, sua respiração descompassava e a dor parecia que estava do outro lado de um lago.

— Airleen, eu peço que se acalme – Mareu disse – a situação de seu pé é grave e-...

— EU NÃO DESEJO SABER!!! EU ESTOU TENTANDO ENTENDER O QUE ESTÁ ACONTECENDO, UMA HORA EU ESTOU VIVENDO NORMALMENTE E NA OUTRA ESTOU COM DOIS PÉS INUTILIZÁVEIS E CONVERSANDO COM GENTE QUE NEM CONHEÇO!

— Se acalme, Airleen – disse Atika, se aproximando – eu vou contar tudo que precisa saber...