A Vida em Tons de Cinza
Dor, Sofrimento e Ira
O homem correu, mas o maior puxou outra arma e atirou em seu tornozelo. Parte do calcanhar do fugitivo explodiu e ele caiu, agonizando. Ele foi até o homem e pisou no que restava de seu pé, o agressor desmaiou.
— Ah, não. Você não vai escapar de minha ira!
Ele puxou uma seringa do bolso interno do sobretudo, e enfiou na coxa do indivíduo. Passado alguns segundos, o homem acordou com as pupilas dilatadas e os olhos dançando. Então o outro o cobriu de golpes como uma mortalha cobre um cadáver. Uma moça se aproximou dele, tocando em seu ombro.
— Atika… Ele já está morto, pare… Temos de ir.
Ele olhou pra ela, e então abandonou o corpo e foi se aproximando de Airleen.
— Seria melhor deixar esse bisturi aí até chegarmos, mas eu não quero nada daqui dentro do QG, portanto, respire, pois vai doer.
Ele arrancou o bisturi em uma só vez, e o grito que saiu de sua garganta pareceu rasgar sua alma. Levantaram-no logo em seguida.
Estavam prestes a pular a janela, quando a moça gritou por eles, rastejando, metade do jaleco rubro de sangue.
— Por favor, por favor, me levem…!!
Eles se entreolharam. E agora?
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