A Ultima Princesa

Capitulo 9: Triste dia das Mães.


POV ALICE
Hoje é um dia em que quando eu tinha 11 anos, adorava.
Já faz 5 anos que o dia das mães, não é mais nada para mim. Ao inves de feliz, é triste.
Era tão prazeroso acordar cedo e levar café para ela, dar-lhe vários abraços e presentes. Hoje, eu faria de tudo para um simples abraço. Mais o tempo é o nosso maior inimigo.
–Lice? Porque esta chorando?- disse Gui.
–Nada de mais, sabe que dia é hoje?
–Sei...
Ele chega perto de mim e abraça-me.
–Eu estou aqui ta?
–Tambem estou aqui.
–Lice?
–Oi.
–Hoje não é um dia triste só para você! Pra mim tambem, mais acho, que o meu é bem mais triste...
–Porque Gui?
–Eu tambem não tenho mãe, mais, sua mãe amava você! Ela se foi por vontade de Deus. Minha mãe me abandonou, ela não queria saber de mim, e ela, não me amava...Mais mesmo assim, eu a amo.
Vi os olhos dele se encherem de lagrimas. Realmente, minha mãe amava-me.
–Mais eu estou aqui, e eu te amo!- eu disse.
–Eu tambem te amo pequena.
–Vai começar a brincar com o meu tamanho?- eu disse brincando.
E o nosso "dia das mães" foi assim, triste e chuvoso. Apenas um com a companhia do outro. Ouvimos um latido de cachorro, ou um choro.
–Gui? Escutou isso?
–Escutei sim!
Descemos correndo para ver o que era. Era um cachorro. Uma femea!
Estava na porta da igreja, na chuva, chorando.
–Vem aqui menina- eu a chamei.
Ela veio, com medo...
Quando se aproximou de mim, acariciei sua cabeça, e ela retribuiu o carinho.
–Que lindinha né Lice?
–Sim Gui! Vamos ficar com ela?
–Ah Lice...Você sabe que tudo esta dificil.
Olhei para ele com um olhar de "cachorro que caiu da mudança".
–Alice isso é golpe baixo.
–Por favor meu Gui?
–Tá!
Eu comemorei, e ela, pelo visto tambem.
–Qual vai ser o nome?
–Mel?
–Perfeito!
Ela era grande, preta e marron, com um rabinho cotoco. Foi "amor" a primeira vista!
–Vem cá menina.- chamei ela pro banheira.
–Vamos dar banho nela! Eu ajudo!- ele disse.
Entramos na banheira e levamos ela, ligamos a agua quente, pelo menos o banheiro da igreja era bem conservado, ela pelo visto adorava banho.
Depois de cheirosa, secamos ela com um toalha, depois colocamos ela em um continho com cobertas, demos comida, e ela adormeceu.
–Lice?
–O que?
–Feliz dia das mães, pelo visto você arrumou uma "filha" né?
–Sim- eu disse rindo e abraçando ele.
–Como sera que a Anna e o Raphael estão?
–Espero que bem, mais, não podemos ir la ainda!
–Eu sei Lice.
Deitamos juntos na cama da igreja e ficamos ali o resto do dia.

POV RAVENNA
Hoje era um dia de trevas para mim, não sei ao certo se era bom, ou ruim.
–Augusto?
–Estou aqui irmã.
–Meu banho esta pronto?
–Sim, leite bem aquecido com petalas de rosa, para sua pele ficar fofa.
–Obrigada.
Retiro minha roupa e vou para o meu banho de leite.
Era satisfatório ser rainha, afinal, banho de leite era maravilhoso para a pele! E eu precisava me cuidar, ou, não conseguiria dominar o mundo sem minha beleza.
–SERVOS? TRAGAM-ME O PRATO DO DIA.
Eu ficava entre uma hora ou duas dentro da banheira. E estava com fome.
–Aqui estão Rainha, pardais assados, como pedido.
–SAIA!
Imprestaveis, pelo menos, faziam bem a comida.
Sobre esse tal dia das mães, eu não estou nem ai! Minha mae foi só mais uma vadia, que só queria um homem para banca-la, e quando conseguiu isso, engravidou e depois me abandonou! Desgraçada. Que morra.

POV GUILHERME
Minha Alice tinha adormecido, como sempre...A cachorrinha, Mel, não parava um minuto, sentei ao lado dela e brinquei o restante da tarde com ela. Sai para procurar por comida, para nós e a pequena.

No caminho, avistei alguns guardar. Desviei deles e fui por dentro da floresta. Avistei uma mulher, ela tinha cabelos longos e pretos, descuidado, magra e alta, e tinha um olhar de desespero.
Ela se vira e me avista, levanta correndo e vem em minha direção.
–Me ajude, por favor, me ajude, por favor!!!
–Senhora por favor me solte.
–Eu procuro pela minha filha! Por favor, você sabe dela? Por favor.
–Calma! Como se chama sua filha?
–Alice.
–ALICE? A PRINCESA ALICE?
–Sim, sim, sim, você a conhece? Chamo-me Elizabeth, por favor.
–Mais, a senhora não estava morta?
–ESTAVA!!! MAIS NÃO MAIS, FORJEI UMA MORTE, OU MORRERIA. ME LEVE A MINHA FILHA, POR FAVOR, POR FAVOR MOÇO.
–Não posso, me desculpe.
Ela retira uma faca da cintura e me olha com um olhar de odio.
–Me leve a minha filha, ou eu te mato desgraçado!
O medo invadiu meu corpo.
–Ah, nao posso leva-la até ela, posso traze-la aqui!
–Ta bom, por favor, por favor.
Ela parecia louca...Repetia várias vezes a mesma coisa...Credo.
Como eu iria dizer isso? "Oi Lice, encontrei sua mãe, ela forjou uma morte, esta viva e parece louca, quer ir ve-la?"
Não daria, não sei se conseguiria.
Corro da mulher, esquecendo até mesmo da comida.

Chegando na igreja, Alice ja estava acordada.
–Aonde esteve? O que houve? Esta palido.
–Nada de mais, e você? Esta bem?
–Estou sim, Mel estava fazendo-me companhia!
–Que bom.
Quando olho pela janela, la estava a mulher. Merda, ela me seguiu.
Sinceramente, ela me dava medo, ela tinha uma aparencia morta, e de doida...Aquelas bem problemas sérios...
Ela acena para mim com a faca na mão.
–Gui? O que esta olhando?
–Nada! Vem- puxo ela para a cozinha.
–Preciso falar com você.
Mais eu escuto um grito, quando vou ver, a mulher tentava passar pela igreja, mais não conseguia...Porque ela não adentrava a igreja?
Caramba!!! "O demonio não consegue entrar na igreja, é solo sagrado"
Será mesmo?