A Ultima Princesa

Capitulo 10: Dando adeus.


POV ALICE
–Guilherme o que deu em você?- eu perguntei assustada.
–Nada, vem ver isso- ele disse puxando meu braço.
Mel corria a traz de nos pensando que estávamos brincando.
–Para!- eu puxo meu braço-Vou voltar para cima!
–Alice por favor
–Não discuta comigo!
Subi as escadas em silencio e entrei no quarto, Mel pulou no meu colo. Coloquei ela nos meus braços e fiz carinho nela.
Mas, aquela pequena discussão com ele, mudou meu dia, de repente, percebi que não amava apenas como um amigo, era mais que isso, era mais que amizade. Eu estava confusa, mais ao mesmo tempo, determinada. As vezes, nos apegamos a algo que nao sabiamos se existia mesmo. Ou se era fantasia ou apenas pensamentos. Nos damos por inteiro, pensar que um dia pode acontecer. Afinal, quem nunca se apaixonou pelo melhor amigo?
Ele não apareceu pelas próximas duas horas, cansada de esperar, eu dormi.

Eu estava na floresta, anoite, com Guilherme, estávamos correndo pois o lobo estavam a traz de nos. Não daria tempo de fugir, alguma coisa teria de distrair o lobo, então, Guilherme se deu como isca.
Acordei soando frio, olhei para o relógio, 5:03, Guilherme estava ao meu lado babando. Sentei na cama, refleti e vi que eu era um peso nas costas dele, pois, eu estava atrapalhando a vida dele, eu estava fazendo ele correr grande perigo, toda a Inglaterra corria perigo por minha culpa. Levantei da cama, coloquei roupas quentes, coloquei Mel nos braços e fui a cozinha, peguei algumas frutas e enfiei em uma bolsinha, assim, selei Holliver e montei.
Pensei em todos os meus momentos inesquecíveis com Guilherme na igreja, pensei no meu irmão também, e desejei que tudo isso, fosse apenas lembranças, que passem como o tempo, assim como as de minha mãe, que hoje, não posso decifrar quais são reais e quais são fantasias...
Dei o sinal e Holliver correu, primeiramente eu iria no porto, ver algum navio que vá com destino o Canadá, eu prometi fazer isso com Guilherme, mais agora, ele não podia ser mais nada para mim, agora ele tinha um alguém, ele tinha uma namorada, ele tinha outra pessoa além de mim, quem iria escolher uma princesinha mimada e fresca quando se tem uma cantora linda e esbelta? Isso mesmo, ninguém.
Holliver estava cansado, parei um pouco e respeitei o tempo dele.
–Alice?- uma voz disse a traz de mim.
Me virei e quase desmaiei.
–MÃE?
–Filha, quando tempo- a mulher, minha mãe, rainha Elizabeth, se aproximou de mim e me deu um abraço muito forte- Como você cresceu.
–Espera, não é possível, eu estou sonhando, não é possível- eu montei depressa em Holliver e sai correndo, ouvi a moça gritar, alto, mais não parei.
–Vamos Holliver, para o porto.

Depois de algumas horinhas de cavalo, chegamos no porto.
–Oi senhor- eu disse para um homem- Quando é a próxima embarcação para o Canadá?
–Hoje, em 3 horas. Custa 200 dólares.
–Posso pagar em joias?- eu disse tirando um bracelete de ouro.
Os olhos do homem brilharam, e ele logo retirou o bracelete da minha mão e fez que “sim” com a cabeça.
–A buzina soa 3 vezes, depois disso não tem volta!- ele disse.
–Ok, obrigada.
Agora só faltava esperar.


Duas horas depois.
A buzina soo 1 vez, era hora de partir, deixar a minha cidade natal, deixar todas as minhas lembranças la, tanto boas, como ruins.
Quando entro no navio, avisto Erika, a mocinha da igreja.
–Oi
–Oi, como vai?- ela disse.
–Bem- eu respondi sorrindo.
Vou até as bordas do navio, e vejo nada mais que o meu irmão, Guilherme.
–ALICE? O QUE VOCE ESTA FAZENDO?
–Deixando você viver!
–DESÇA JÁ DAÍ!
–Não posso, eu te amo- eu disse.
–DESÇA AGORA.
–Adeus Guilherme- e então o navio parti. E junto com ele, meu coração.
Minhas pernas pareceram perder todas as forças, desabei no chão do navio e comecei a chorar descontroladamente.
–O que houve princesa?- perguntou Erika chegando perto de mim.
Eu me joguei em cima dela, a abraçando, percebi a surpresa rapidamente nela. Eu precisa de um ombro amigo, precisa de carinho, era muita pressão pra mim, minha mãe estava viva, ou parecia estar, eu estava apaixonada pelo meu melhor amigo, e agora, estava com saudades de Anna Julia e Raphael, eu só queria poder fazer apenas um pedido, queria poder voltar no tempo, e ter matado aquela vadia antes que ela acabasse com a minha vida, mais ela vai pagar, e muito caro, digamos que com juros!
–Erika, vem comigo? Vamos para o Canada comigo?- eu pedi.
–Princesa, eu...
–É UMA ORDEM- as palavras pularam da minha boca, afinal, eu ainda era uma princesa, eu ainda podia mandar e desmandar algo- Me desculpe...Esta tudo tão difícil, uma amiga ajudaria muito, mais se você disser não eu entendo completamente...Afinal...-antes que eu pudesse terminar ela interrompeu.
–Eu vou!
–Mesmo?- se estivéssemos em um desenho animado, poderíamos dizer que brotaram estrelas nos meus olhos.
–Sim princesa.
–Alice.
–OK então, Alice- ela pareceu brincar.
Minha cachorra se aproximou de mim e fez carinho, ela parecia sentir falta “dele”.
–Porque a cadelinha chora?- ela perguntou.
–Deve estar sentindo saudades.
–De quem?
–Alguém que mudou minha vida.
Ela pareceu entender, e então, não disse mais nada.
Eu estava aflita para chegar no palácio da minha família materna, abraçar os meus avos, tios e primas, e assim, ter a esperança de reencontrar minha irmã...Mesmo sendo “má” comigo, ela era minha irmã.
–Erika, o que você é?
–Como assim?
–Um, dois, três...
–Cinco.
No meu mundo, erramos separados em números, eu era uma um, e assim seguia, os dois e três eram ricos, o restante pobres, os cinco em diante eram miseráveis, tipo, super pobres...
–Mais porque princesa?- ela perguntou.
–Porque quando chegarmos no reino de meus avos, quero te dar tudo o que você nunca teve!
Nos olhos dela, brotaram lagrimas, e elas rolaram o rosto lindo e cheio de sardinhas dela.
–Não tenho como agradecer Alice.
–Lice
–Como você quer que eu te chame?- ela disse rindo.
–Lice!
–Eu não tenho como agradecer mesmo Lice.
–Apenas seja minha amiga, juro que estará ajudando mais do que qualquer um.
–Mais e seu amigo? O principie?
Eu já havia esquecido dele, mais, as lembranças voltaram a tona, as melhores possível, quando dormíamos juntos, quando ele esperava eu dormir para ele poder dormir, como eu nunca percebi que eu amava?
–Ele vai ficar no passado, na Inglaterra.
Eu estava chorando, sem perceber.
–Porque esta chorando de novo Lice?
–Até os palhaços choram, certo?- eu disse brincando e abraçando ela.