Escuridão, era a única coisa que via, não conseguia emcherga a própria mão a sua frente, Mai se levantou e começou a andar cautelosamente, não sabia onde estava, aquele lugar não era um sonho qual sempre costumava ter em casos, sonhos que revivia o passados do espírito e concerteza não era o plano astral onde costumava se encontrar com Gene, apurando os ouvidos Mai tentou escutar algo já que seria inútil tentar emchergar algo naquela escuridão, mas não escutou nada.
– Tem alguém aí? - perguntou ouvindo sua própria voz ecoar.
Franziu o cenho, abrindo e fechando a mão, mechendo os pés de um lado para outro, como se quisesse confirmar que seu corpo correspondia aos seus comando, bom estavam se mechendo normalmente, mas aquele não era seu corpo físico, alguém a forçou a fazer uma projeção astral, mas a questão era quem? E por que?
Bom não adiantaria nada ficar ali parada sem fazer nada apenas pensando, então começou a andar mais a fundo naquela escuridão, não era como se aquilo a desse medo tinha vivênciado coisa bem pior.
Tinha se passado uns bons cinco minutos, que mais pareciam horas, não havia coisa mais irritante e estressante do que andar no meio do nada e como se fosse cega! Quando já estava desistindo viu, bem lá na frente, uma pequena luz e correu até o local.
Qua do chegou perto viu que aquela luz vinha de um velho abajur que, parecia de porcelana das finas, reparou Mai, estava em cima de uma pequena escrivaninha, a luz iluminava o suficiente para as duas poltronas, uma de frente para outra, e uma mesinha de centro.
Mai esperou uns minutos para ver se acontecia algo interessante, mais nada aconteceu, ela levantou uma sobrancelha questionativa, o que diachos se supunha que era para acontecer ali?!
Mas antes que ela expressasse sua frustração em palavras nada educadas, como sempre fazia quando estava sozinha, o abajur começou a piscar e os móveis começaram a tremer violentamente, até que a mesinha de centro voou em sua direção,ela se esquivou, por um milésimo de segundo não acertou sua cabeça em cheio, umas das poltronas caiu para trás e esbarrou na escrivaninha, que por consequência fez com que o abajur se espatifasse no chão, logo depois tudo de acalmou, mas estranhamente, reparou Mai, a luz do abajur não se apagou, mas o que chamou mesmo sua atenção foi o pó escuro esparramado no chão e um pedaço de papel que estavam entre os estilhaços do abajur
Quando Mai se agachou e pegou o papel, era um bilhete, e estava escrito em outro língua e... Santo Deus! Era latim e ainda por cima um latim arcaico! E por experiência própria sabia que quando uma língua tão antiga como latim estava envolvida era problema na certa, pois quanto mais antigo a lingua mais antigo era o problema, e quanto mais antigo era o problema mais antigo é o espírito, e quanto mais antigo era o espírito mais... Poderoso ele é...
Mai gemeu, como se já não bastasse Andrognas, ainda tinha que lidar com um espírito potencialmente perigoso, é eles estavam ferrados.
Ela suspirou não adiantaria nada fica se lamentando pelo leite derramado, ela guardou o bilhete no bolso da calça ela sabia a quem exatamente entregar para traduzir aquilo, e se virou para as cinzas esparramado no chão, meio esitante ela colocou a mão sobre aquilo então tudo veio em sua mente... A vida,o amor verdadeiro, a tortura, a dor insuportável, a agonia, a loucura, a morte...
Como suspeitava e aquilo era realmente as cinzas de uma pessoa, mais especificamente as cinzas do espírito que assombrava aquela casa, eram cinzas de um Barão inglês, eram cinzas de um serial killer, eram cinzas de Richard Claire...
E então ela soube
Era por isso!, pensou Mai, então era por isso que Andrognas estava nessa casa! E se eu estiver certa, Deus! Ainda temos chances de sair daqui com vida!
E antes que a luz se apagasse Mai pegou o vislumbre de alguem parado a olhando, mas não teve tempo de olhar direito porque logo seguinte estava em volta da escuridão novamente, então ela resolveu retroceder para sabe se la onde ela estava no começo de tudo isso.
Depois de uns três minutos caminhando ela se irritou, ela sabia que tinha alguém a seguindo, mesmo que não tinha realmente visto, sabia que não era uma ameaça, mas isso ja a estava irritando!
–quem esta ai?! - gritou ela irritada, e então ameaçou - se não se mostrar eu botarei esse lugar a baixo em cinco segundos!... E acredite eu não estou brincando...
– opa! Por favor sem estresse! - disse um rapaz saindo da escuridão e para sua surpresa ela conseguia ver lo, mas ainda não conseguia ver sua própria mão o que era estranho. .. Estranho de mais.
E o mais estranho era que se ela não tivesse controle de suas emoções, ela provavelmente estaria corando agora, Deus! Como ele era lindo! Tinha os cabelos negros até a altura do queixo, o que ressaltava sua cútis branca como a neve e seus olhos Pai do Céu! Nunca tinha visto olhos assim em toda sua vida! Eram magníficamente lindos, eram uma mescla de prata e um verde-azulado eram hipnóticos, e seu porte físico era de tirar o fôlego mesmo estando em um sobretudo negro e era alto provavelmente media uns quase seus 1,90m
– quem é você? - perguntou recuperando a voz e o olhando desconfiada, ela sabia que ele não estava vivo mas mesmo assim perguntou ele tinha uma aura muito parecida com a de Gene.
– por em quanto um substituto - disse ele sorrindo com todos aqueles dentes lindamentes brancos, esse sorriso mataria de amores muitas garotas por ai, pensou Mai
–substituto de Gene? Por que?!- Mai estava pra lá de confusa e sem falar que bateu um certo desespero, o que tinha acontecido com Gene?!
–não se preocupe! ele está bem - respondeu ele como se tivesse lido sua mente, e fazendo um gesto como se aquilo fosse o de menos e depois sorriu - digamos que ele tirou umas férias e eu vou o subtitui-lo por um tempo! Mas pensando bem eu estou apenas no meu lugar por direito, e ele é que estava me substituindo esse tempo todo... Eu dizia para aquela pessoa que você precisava de um conselheiro para ajuda-la com seus poderes mas ele nunca me ouvia... Sabe divindades podem ser muito teimosos quando querem...
Mai arregalou os olhos.
– aquela pessoa... Divindades...Q-Quem é você...? - perguntou Mai sem acreditar, será que ele era um... Isso é impossível! Eles não existem! Não é...? E se existir, por que ela?! Ela não passava de uma mísera humana...
– bom como você já deve ter descoberto sou um expírito divino, uma divindade, muitos me chaman de Semi- Deus, mas eu gosto de ser chamado do que eu realmente sou um conselheiro de divindades- explicou ele e olhou para Mai - fui mandado para ser unicamente seu conselheiro e seu guia astral, mas principalmente para ser seu Familiar, mas por motivos maiores eu fui empedido de encontra-la e fui substitudo por Eugene.
Em choque, não descrevia o que Mai estava sentindo naquele momento, era impossível, simplesmente impossível! Como logo alguém como ela ia ter um Familiar?! Só podia ser brincadeira!
–por que...? - perguntou não conseguindo completar a frase sua cabeça estava a mil -eu sou apenas... Eu... Não. ...
Mai o olhou atônita, e viu que seu olhar alegre e descontraído ficou sério.
– muito bem, vou explicar-lhe a vossa situação, sente-se - disse ele apontando para uma cadeira que a segundos não existia e ele se sentou no chão a sua frente com as pernas crusadas e as mãos em seus joelhos, Mai apenas se sentou e olhou.
– como você já deve ter ouvido falar, conselheiros são espíritos divinos, criados por Kami, para serem familiares de um Deus, mas principalmente para ser seus conselheiros, somos criados especificamente e somente para Deuses - explicou ele é Mai apenas assentiu, ela sabia daquilo, mas sempre supôs que aquilo tudo não passava de lendas para entreter pessoas.
– Deuses e anjos não podem exercer nenhuma influência sobre os humanos é proibido qualquer relação entre os dois, Céu e a Terra nunca podem se encontrar caso contrário uma destruição eminente chegará, mas há uma exceção.
Mai levantou uma sobrancelha questionativa, exceções?.
– sim ouve uma exceção - disse ele como se lendo os pensamentos de Mai - essa regra de não interagir com os humanos era para os dois lados, tanto Deuses como Demônios, mas o outro lado não reagiu muito bem a essa regra, como ja se esperava - disse ele revirando os olhos - mas não havia nada que eles pudessem fazer a não ser aceitareme obedecerem.
– A sim! Eles a obedecem ao pé da letra! Rigidamente! Segue ela tâo bem quanto Naru quando o mandei parar de tomar chá! - disse Mai com o sarcasmo escorrendo pelos cantos da boca.
– e ele paro?!- perguntou ele um tanto perplexo.
– três minutos depois ele estava tomando outra xícara de chá - disse Mai com escárnio e um amargo sorriso de canto
E ele riu...
– as vezes penso se tomar muito chá faz a pessoa narcisista... Já que Yuki é outra viciada...- disse Mais pensativa.
– não esse problema tá no sangue - disse ele resoluto,com uma expressão séria, mas seus olhos estavam sorrindo divertido. É claro que ele sabia sobre Yuki ele é um Semi-Deus afinal!Pensou ela.
Mai suspirou drasticamente
– foi o que pensei...
E ele riu...
De novo...
– bom chega! - disse ele com lagrimas nos olhos de tanto rir, respirou fundo e voltou para sua expressão seria.
– pode não acreditar, mas desde o tratado, que foi a zilhões de anos atrás, eles, os demônios não quebrarão o tratado...
– pera! O que?!- pergunto Mai indignada mas sem elevar a voz - como assim eles não quebrarão o tratado?! eles vivem atormentando humanos! a milhões de casos assim!
– eu sei, mas em algum desses casos foi teve alguma repercussão em grande ou média escala? Alguns desse caso foi em massa? Alguns desses casos chamou atenção de alguma cidade além a do local ocorrido? Alguns desses casos apareceu em algum jornal ou radio? Alguns desses casos fez com que as pessoas acreditassem em Demônios? A resposta é: Não - disse ele calmamente - não Existe provas concretas que eles fizeram alguma desordem na Terra.
–como “Não”?! Quer prova maior do que o estrago, a chacina que Androgna fez no interior da Índia!?! - Mai elevou a voz, aquilo era inacreditável!
– sim, aquilo aconteceu mas tem provas que aquilo tudo foi feito por um demônio? -perguntou ele com seu rosto passivo.
–o que?! Qualquer pesquisador paranormal veria isso assim que botasse o pé naquela cidade - Mai começou a tamborilar o dedo indicador no braço da poltrona.
– exatamente por isso! Mai que policial ou qual pessoa comum acreditaria nas provas que um pesquisador paranormal mostraria? Mesmo que mostrassem para eles uma câmera com imagens daquela noite eles iriam refutar a idéia de algo paranormal na mesma hora e diriam que era efeito de alguma montagem.
Ele suspirou e sorriu fracamente vendo o rosto empurrado de Mai
– Mai... Humanos apenas vêem o que querem ver e Quando algo intimidador como a idéia de existem Demônios por exemplo, eles simplesmente aignoram e se recusam a ver as provas que estão a sua frente, suas vidas é muito mais simples assim...
– eu sei... Ok entendi! Esses demônios são mais esquivos que o Yasu e seu aluguel - suspiro Mai - agora continue com a explicação, estou ficando depressiva em saber o quão patéticos nós humanos somos.
–bom! Continuando, como eles “nunca quebrarão” o tratado, mas Kami via tudo o que eles faziam então ele também foi obrigado a achar uma brecha no tratado, então ordenou que cada um de seus Guardas pessoais abrigasse um humano, de sua escolha, sob suas asas, essas pessoas contam com o poder e a proteção de um arcanjo Real...
–entendo... Mas por que você esta aqui...?
Ela não estava entendendo nada! Pelo que ele disse todos os 4 arcanjos escolheram seus humanos, então porque ele estava bem na sua frente como se fosse a coisa mais normal do mundo!? Sendo que até olhar para ele era proibido!
– Deus fez uma exceção a regra - explicou ele - que o humano que passasse pela prova seria o protegido de Kami-sama.
– prova...? Que prova?
– sim, a pessoa que viajasse pelas mais profundas e escuras trevas e pela mais agoniante tortuosa experiência que a vida pode dar e ainda permanecer com o coração intacto sem nenhuma mancha de escuridão, receberia a proteção divina e um Familiar Real- disse ele com uma expressão suave no rosto...
–por que esta me dizendo isso?...Q-Quem é essa pessoa..? Não me diga que...- perguntou Mai receosa ela sabia a resposta, mas... Céus! Como diachos ela acreditaria numa coisa dessas!
Ele ficou em pé em todos seu maravilhoso 1,90 de altura, parecia um gigante, pensou Mai, um gigante bonito pelo menos, ele estava com as costas ereta e rigido parecia a postura de um sargento colocando em prova seu poder sobre seus soldados, ela se levantou rigida e quase levou a mão a cabeça em sinal de sentido por puro instinto e depois pensou na idiotice que ia fazer e quase riu, der repente ele se ajoelhou sob uma perna(a esquerda) a sua frente, com um punho esquerdo no chão e o braço direito, em punho, dobrado sobre o joelho direito e a cabeça baixa.
oh Deus! Pensou Mai sua postura, seu jeito mostravam sua total e absoluta submissão a ela! Isso era surreal! Um Semi-Deus estava se curvando diante ela! Aquilo era um sonho só podia ser! Não tem como na vida real isso acontecer! Mas quando ele levantou a cabeça e a olhou nos olhos Mai soube que era real, não tinha como ser um sonho, não quando aqueles olhos a olhavam com tanta determinação e lealdade e também havia orgulho ali, orgulho dele mesmo...orgulho de fazer o que mandaram, era orgulho por estar servindo a ela...
– Eu um concelheiro divino fui mandado diretamente pelo O Deus dos Deuses, para servir lá, aconcelha-lá e protege-lá com minha vida, estarei ao seu lado até seu último suspiro - disse ele orgulhosamente - Taniyama Mai, você me daria a honra de me aceitar como seu legítimo Familiar? E me dar o nome merecido?
Ela podia negar, ela podia negar e voltar para os outros e fingir que nada tivesse acontecido, e tudo voltaria ao normal! Era para isso que ela voltou afinal, era para ser tudo como era antigamente! Sem Deuses, sem anjos, sem demônios, sem Zero, sem Dark, sem Demetrios, sem... Nada! Era para ser somente ela e sua família! Queria ser só ELA novamente! Ela com um sorriso que vinha do coração, Ela que era uma boba apaixonada pelo chefe narcisista, Ela que era sempre alvo de fantasmas psicodélicos, Ela que fazia chá, Ela que era horrível em matemática, Ela que adorava cozinhar, Ela que era...Ela
Mai suspirou, sabia que nunca mais poderia ser a antiga Mai a antiga Ela, sabia que esses tempo nunca voltariam, ele estava enganado... Kami-sama estava enganado, seu coração estava completamente mergulhado nas trevas e em uma agonia tortuosa, na sede ela só não caiu na loucura por que tem um objetivo em sua mente e uma promessa tatuada na única parte pura de seu coração... Sua promessa! Não, ela não pode se dar ao luxo de ser o que era antigamente, não podia se dar o luxo de pensar em seus desejos, ela tinha que concluir aquela promessa, esse objetivo foi a única coisa que a manteve sã, fora da loucura que sempre a ameaçava naquele lugar, foi a única coisa que a manteve viva...
Ele franziu levemente o cenho, uma expreção de dor em seu rosto, ela soube que naquele instate ele podia ver e centir toda dor, tristeza e a agonia em seu olhos.
Mai sorriu quase dolorosamente para ele
– Eu o aceito como meu familiar - disse Mai sem cortar o contato visual com ele - Eu sua dona Taniyama Mai, vos nomeio como Ren meu legítimo e único Familiar.
Ren a olhou com olhos arregalados
– por que apenas eu... - foi a unica coisa que conseguiu dizer.
– por que? - perguntou Mai
– você poderia ter quantos quisesse! Você é poderosa! Pode ser que eu seja poderoso mas não conseguirá derrotar Andrognas apenas comigo! é loucura!- pobre Ren estava exasperado e tinha razão pensou Mai.
– Ren tanto eu como você, sabemos que sou poderosa, mas também sabemos que para manter um familiar é necessário uma vitalidade saudável e longa e a minha vitalidade já.... - Mai sorriu para ele - digamos que você não tera que me aturar por muito tempo...
– não me diga que... - Ren perdeu a voz não conseguindo terminar a frase.
Mai sorriu, um sorriso que não chegou aos olhos.
– bom! Já está na hora de eu voltar! Naru ficara uma fera se eu não voltar rápido e com respostas- disse Mai sutilmente mudando de assunto.
– mas... - começou Ren, mas Mai o interrompeu.
– sem “mas” Ren- disse Mai séria - Não lhe contarei nada e acho que nem precisarei, você provavelmente descobrirá a verdade antes que eu precise de contar.
Ren fez uma careta de revoltado
– Não adianta ficar com essa cara, esqueça isso Ren - Mai riu entre dentes.
– bom eu acho que não consiguirei arrancar nada de você, não é? - perguntou Ren já sabendo a resposta
– nadinha - disse Mai sem titubear.
Ren suspirou dramaticamente em derrota, Mai achou graça.
– Agora eu realmente tenho que ir, Ren até mais!- disse Mai sorrindo.
–até mais Mai! - disse ele acenando animadamente, segundos antes dela desaparecer na escuridão...