A Promessa

Consequências...


Pesado...
Muito pesado...
Extremamente pesado...!
Seu corpo parecia revestido em chumbo, não conseguia mover um dedo sequer, era como se toda sua força tivesse sido sugada, era difícil até mesmo respirar
e com todo esforço do mundo Mai conseguiu entre abrir os olhos e deu de cara com um teto de madeira, que estava na cara que tinha problemas de infiltração, o que queria dizer que ela não estava base, já que o teto de lá era branco...
Tentou virar cabeça mais logo viu que era impossivel fazer qualquer movimento, o pânico começou a se apoderar dela, ela estava completamente indefesa ali, e se alguém ou alguma coisa chegasse a ataca-la ela não teria como se defender, e se ela ja estivesse eminha alguma armadilha e se...
Mai sentiu alguém se mexendo ao seu lado era única coisa que faltava para ela entrar em pânico. completo, ela tinha que sair dali! Tinha que correr, tinha que se mexer! Mas seu corpo não se moveu um milímetro sequer...
Droga!
Ela tinha que fugir!
– se acalme - mandou uma voz com um tom neutro e calmamente familiar...
por mais que esteja mais rouca que o normal, parecia que tinha acabado de acordar, conhecia aquela voz...
– Mai se acalme... Ou vai acabar se machucando idiota
Naru!
Tentou dizer algo mas percebeu, muito tarde, que sua garganta estava terrivelmente seca, e tentou umidecer os lábios mas acabou se engasgando com a própria saliva e consequentemente teve uma crise de tosse... que não dava trégua nem parã respirar seus pulmões ardiam como o inferno, esmagados contra suas costelas que doíam como se estivessem quebradas, seus olhos começaram a se encher de lágrimas, Deus como doía!...
Ela sentiu Naru levantava seu corpo (sem nenhuma ajuda dela já que ela não conseguia mover um músculo) para que ela ficasse sentada, e colocou sua mão sobre suas costas e a esfregou gentilmente até que a tosse se acalmasse.
– eu te disse, idiota - disse Naru levando um copo de água até a boca de Mai.
Mai o bebeu a água como se tivesse passado três dias seguidos no deserto do Saara sen tomar um pingo de água sequer, depois que bebeu todo o conteúdo do copo, Naru a deitou de novo ela o olhou
–não sou idiota! - ainda com a voz meio rouca e depois olhou ao redor sem mover a cabeça - onde estamos? O que aconteceu? Não consigo me mexer, nem sequer um dedo
Naru suspirou
– estamos em uns dos quartos que nos cederam, quando chegamos na base você desmaiou sem mais nem menos e estava inconsciente até agora - respondeu Naru - e sim você é uma idiota por ter ficado tanto tempo em uma projeção astral, não sabe as consequências?
–lógico que sei! Eu fui obrigada, me forçaram a fazer um projeção, quando me dei conta já estava fora do meu corpo, Não foi culpa minha! E eu não sou uma idiota seu idiota! - bufou Mai indignada fulminando Naru com os olhos.- Não me compare com você!seu narcisista baka! Eu não...
Ao ver como os olhos de Naru a olhavam tão intensamente com um certo brilho perigoso neles, Mai ficou seu fôlego aquele olhar a perturbou a tal ponto que por um momento ela se esqueceu de como se falava...
– Naru...? - perguntou Mai enquanto ele se deitava ao seu lado e logo se colocava sobre ela afundando seu corpo vontra o colchão, ela podia sentir o calor emanando seu corpo, não havia nenhum espaço entre eles, estavam completamente colados,aquilo era tão íntimo e ao mesmo tempo reconfortante... ela adorou a sensação, mas algo estava errado...
– Naru... - suspirou Mai quando Naru enterrou seu rosto em seu pescoço e ela o ouviu respirar profundamente roçando seu nariz em toda extensão de seu pescoço - o que aconteceu...
E de repente ele passou os braços em sua volta e a abraçou tão forte que seus ossos reclamaram de dor mas ela não disse nada e nem reclamo, apenas deixou que ele a abraçasse.
–você não sabe... - sussurrou ele em seu ouvido - não são sabe o quanto eu fiquei preocupado... se você ficasse uns minutos a mais fora de seu corpo você entraria em coma e não acordaria nunca mais...
Mai arregalou os olhos como pratos, Deus Amado! Quanto tempo realmente se passaram desde que ela saiu de seu corpo!?
–N-Naru que horas são? Quanto tempo se passou desde que desmaiei?!
– são quase três da manhã, você ficou fora por dezessete horas - respondeu Naru
– Kami-Sama! - Exclamou Mai - eu vou matar o Ren! Ah! Mais eu vou ter um enorme prazer em esganar aquele lindo pescoçinho! Como ele se atreve!?! E se eu precisasse usar meus poderes?! E se acontecer algo e eu não poder me mexer e ser um estorvo para todos! ? Esta decidido! Eu vou mata-lo.
Naru se deitou ao lado dela apoiado em um cotovelo a olhando com uma sobrancelha arqueada...
– Ren...? - perguntou ele
Mai o olha assustada nem tinha se dado conta que tinha falado o nome dele, bom era o Naru afinal de contas, ela confiaria sua vida a ele, e aliais ele devia saber mais coisas sobre o assunto do que ela...
– Ren é o meu... - e empaco, por mais estúpido que seja aquilo era constrangedor! Como é que se diz para uma pessoa “Eu tenho Semi-Deus como meu familiar, conselheiro e servo! Há! Só para você saber eu estou sobre a proteção direta e interina de Kami-sama!” sem parecer presunçosa ou uma louca?!
– seu o que? Mai
– meu conselheiro divino - murmurou Mai constrangida.
Naru arregalou os olhos
– conselheiro divino...? - perguntou Naru sem acreditar - você tem conselheiro? ! Mas eles são Semi-Deuses! E você é uma...
– simples humana? - sugeriu Mai sorrindo divertida - foi exatamente a mesma coisa que eu disse! Mas ele ficou lá dizendo que ele estava designado para ser meu conselheiro desde sempre, mas que por teimosia de Kami Gene foi o substituto dele, até que eu tivesse passado no teste e poder reclama-lo como meu familiar então eu acho que Gene não vai mais ser meu guia astra por tanto eu acho que provavelmente eu não o verei mais então-
–Mai - a interrompeu Naru - respire e depois fale, devagar...
Mai respirou fundo e lhe contou tudo o que aconteceu no plano astral, exeto a última parte da conversa que ela teve com Ren, ele não precisava saber que restava muito pouco tempo para ela
–entendo, então é assim que as coisas são...- disse Naru pensativo - mas me conte oque você viu quando tocou as cinzas?
–ah sim, é sobre o passado do espírito que assombra a casa - disse Mai e vendo a expressão enterrogativa de Naru ela explicou - Antes de Andrognas chegar aqui, essa casa já era assombrada por um espírito e , creio eu, muito perigoso...
– você crê? - Naru arqueou uma sobrancelha
– sim - Mai franziu o cenho, pensou em pegar o papel do bolso, mas logo se lembrou de que não conseguia se mexer - Naru poderia pegar o papel que esta no meu bolso da calsa por favor?
Depoi de certo sacrifício ele conseguiu pegar o papel.
–o que é isso? - pergintou ele olhando a escrita do papel - Latim?
–sim é latim- respondeu Mai - eu o achei junto com as cinzas
– sabe latim? - questionou Naru
– não, eu não - disse Mais - mas sei de uma pessoa que sabe
–quem?
– sua sobrinha - disse Mais sorrindo orgulhosa
– o que?! -surpreendeu-se Naru
–podo não parecer, mas Yuki é especialista em muitas línguas e por sorte Latim éa preferida dela
–com aquela idade? - Naru a olhava intrigado
– essa garota aprendeu a falar aos dois anos e aprendeu a ler com três e desde então ela, não sei como, se fascinou por línguas diferentes - disse Mai fingindo exasperação - ela puxou tanto ao Pai quanto o Tio
Naru sorriu, sentia orgulho da sobrinha.
– mas voltando ao assunto, a casa era assombrada por um Barâo Inglês chamado Richard Claire, por causa de um passado perturbado, mais precisamente por causa do Pai dele, ele ficou psicologicamente desequilibrado, e acabou se tornando o maior serial killer da época, matando mais de 200 garotas, suas vítimas eram sempre garotas entre 15 a 18 anos de cabelos escuros e olhos claros, nunca foi preso pois não tinha provas concretas contra ele, e também ajudava muito o seu título e sem falar que ele era sobrinho de um Duque, então nunca ninguém teve coragem de enfrentar lo -disse Mai revoltada.
–naquela, época os títulos eram poder, a justiça quase nunca era feita, não muito diferente do que agora, só que agora dinheiro é poder...- disse Naru - e que o Pai dele fez para o transformar em um monstro?
Mai suspirou
– Matou a mulher que amava e sua querida mãe morreu por culpa dele também, seu Pai tirou dele tudo que ele mais amava e o torturou até a loucura, com uma.mente tão abalada Claire só conseguia colocar a culpa de tudo que se passava com ele em sua amada, que tinha cabelos negros e olhos claros....
–entendo - disse Naru - amanhã veremos isso com todos
– sim - concordou Mais
– ira contar para eles sobre o Ren e a História toda de anjos e demônios? - perguntou Naru meio sarcástico, mas Mai apenas riu cansada
– acha que eles acreditariam? - Mai arqueou uma sobrancelha , Naru sorriu
–acho que provavelmente... Não
Mai riu
e depois suspirou...
Só agora que ela tinha se dado conta que emquanto ela falava Naru a tinha mudado de posição, agora ela estava deitada ao seu lado com a cabeça sobre o peito dele, enquanto ele a rodeava com seus braços fazendo ela se sentir aquecida e segura, essa posição, decidiu Mai, era sua preferida ali ela podia ouvir perfeitamente seu coração...
– pois é, até eu ainda estou com dificuldades para acreditar no que aconteceu - sussurrou Mai repentiname sonolenta...
– Va durmir Mai, amanhã conversaremos - disse Naru percebendo sua sonolência, a ajeitando em seus braços - Oyasuminasai
– Ok... - murmurou Mai com os olhos fechados - Oyasumi Naru...
Assim Mai dormiu com as batida do coração de Naru, que batia suavemente mas persistente, era reconfortante e relaxante ouvir aquilo, talvez essa reação seja por causa da sua consciente mortalidade, pensou Mai, ela adorava o som das batidas do coração, aquele era o som de uma vida e ela amava a vida...a sua vida...uma vida que chegava a seu fim...