A New Life in NY I

The party ends and the nightmare begins


"Good night, everyone from the Upper East Side,

And I wish a sad birthday to my dear L.

Estão se divertindo esta noite? Porque eu estou, mas nada pode ser tão bom que não possa melhorar ou... Piorar.

Eu disse que o pesadelo começaria esta noite e acho que eu, até mais do você L, estava ansiosa por esse momento. Então se preparem que o que eu vou revelar é algo que nenhum de vocês esperavam.

Sabem a nossa doce e inocente L? Se eu dissesse a todos vocês que ela não é tão inocente assim? Porque, acreditem, de inocente L não tem nada.

Ninguém sabia muito sobre a vida dela em L.A., então eu tratei de descobrir e quem procura sempre acha. L já se envolveu na morte de uma pessoa e, é claro que a família dela logo tratou de esconder isso, afinal ela é filha de um deputado e da dona de umas das mais respeitadas marcas de roupas.

Quem diria que a nossa doce Princesa faria algo assim.

Vocês sabem que os meus presentes nunca decepcionam.

Sad bithday... xoxo

Gossip Girl."

Eu não conseguia me mexer, nem ouvir nada, parecia que até a musica tinha parado de tocar. Olhei para todas aquelas pessoas que me encaram e eu senti algo me queimar por dentro, não de vergonha... Era raiva.

Philip não estava entendendo nada, ele pegou o celular da minha mão e leu. Ele me odiaria depois disso, é claro que ninguém mais andaria comigo.

Minha respiração estava ofegante, derrubei meu copo no chão que se quebrou em vários pedaços e a bebida escorreu.

Isso não ficaria assim.

Ele me olhou mais preocupado do que qualquer outra coisa, passou o braço em volta da minha cintura e me conduziu para a recepção do hotel:

— Está tudo bem, Liz, respire.

Ele disse enquanto pedia a chave de um quarto.

Pegamos o elevador e subimos até o decimo andar, saímos e caminhamos pelo corredor, ele abriu a porta do quarto e entramos.

— O que está acontecendo?- Philip me perguntou enquanto trancava a porta e se sentava na minha frente, uma poltrona enquanto eu estava na cama.

— Você vai terminar comigo - falei quase sussurrando.

Eu queria que aquilo tivesse suado como uma pergunta, mas foi uma afirmação para mim mesma, ele não iria me querer depois disso.

— Claro que não! Nada ou ninguém vai mudar o que eu sinto.

— Você não me conhece...

— Nós nos conhecemos desde sempre Liz, como você diz uma coisa dessas?

— Eu cometi erros... Quando eu ia para Washington eu tinha a oportunidade de ser outra garota... uma boa garota. Porque lá ninguém sabia como eu era em L.A.

— Liz... Não importa! Eu te amo.

Olhei em seus olhos:

—Você não sabe o que aconteceu.

—Então me conta.

Flashback On

3 anos antes, Los Angeles.

— Liz! Vem logo! A gente vai se atrasar!

— Já estou indo - acabei de passar meu batom e desci as escadas onde Megan me esperava.

Descemos do prédio e entramos no carro:

— Para Long Beach - ela disse para o motorista.

Nós amávamos ir para Long Beach, andar de iate e aproveitar a praia.

Tirei meu vestido que estava por cima do biquíni e coloquei meu shorts jeans.

— Hey, garotas- dois caras que nós não conhecíamos falaram.

— Estão sozinhas? - um deles nos perguntou.

— Estamos - Megan respondeu.

— Srtas. Redford? - um homem mais velho apareceu.

— Sim, somos nós.

— O iate já está pronto.

— Ótimo - respondi.

— Vocês não querem vir com a gente?

Olhei para Megan a repreendendo por convidar dois estranhos.

— Claro - o outro falou encarando a parte de cima do meu biquíni.

Revirei os olhos e fomos até o iate.

Entramos e eu fui direto me sentar em umas das cadeiras longas que haviam ali e aquele tarado me seguiu:

— Qual é o seu nome?

— Não te interessa - falei colocando meus óculos de sol.

— Ok... - ele olhou minhas pernas.

— Você é linda.

— Eu sei.

O garoto riu, ele parecia bem mais velho.

— Você parece nova demais para estar aqui com apenas uma amiga.

— E se eu for? Você tem algum problemas com isso?

— Nenhum.

Ele enfiou a mão no bolso e tirou um saquinho com pó branco e inalou um pouco.

— Quer?

— Não.

— O que vocês estão fazendo? - Megan veio até nós acompanhada do outro garoto.

— Nada. Por enquanto - ele olhou sugestivamente para as minhas pernas de novo.

Logo o outro começou a fumar maconha, ele estendeu a mão entregando um e Megan pegou.

Ficamos todos sentados perto e logo a fumaça começou a me deixar tonta, era como se eu nem estivesse ali, meu corpo estava pesado... Eu não estava bem.

Ele me olhou e passou a mão na minha coxa e a apertou tão forte que ficou vermelha. Tentei me esquivar, mas ele se aproximou e me beijou, tentei empurra-lo, só que ele insistia mesmo eu dizendo que não queria.

— Para!

— Por que? Eu sei você está gostando - ele ficou em cima de mim e passou a mão por cima do meu shorts.

— Sai de cima de mim.

Tentei me levantar, o que foi em vão.

— Fica quietinha...

Ele beijou o meu pescoço, depois meu colo, minha barriga e desabotoou o meu shorts:

— Não! - fechei minhas pernas.

— Ah, por favor.

— Eu disse para!

— Ela disse pra você parar! - Megan gritou.

— Eu não quero - ele a empurrou, o que a fez cair no chão.

— Por que você fez isso? - falei alto me levantando.

— Cara, se acalma - o amigo se pronunciou.

— Você fica na sua. Sabe, seria ótimo fazermos sexo com vocês duas, tão novinhas.

Eu não acreditava no que eu tinha acabado de ouvir. Esse garoto está achando que é quem? Então eu também vou entrar no jogo. Aproximei e passei as mãos pela barriga dele, ele se virou e me puxou. Sorri. Eu estava drogada, mas nem tanto a ponto de deixar que ele fizesse o que bem entendesse.

Olhei para Megan e ela me entendeu, se levantou e veio em nossa direção, o amigo dele bufou, aproveitou que o iate estava devagar e pulou para nadar até a praia que estava poucos metros de distância.

Ergui minha coxa com toda a força para atingir o meio das pernas dele. Ele gemeu de dor e Megan deu um soco bem em seu olho, ela sempre amou brigar. Dei outro chute no mesmo lugar o que o fez cair no chão. Eu podia até ser nova, mas eu não era indefesa, muito menos minha prima.

O garoto mal conseguia parar em pé, e tudo estava sendo piorado por causa da droga. Ele veio para cima de mim querendo me bater, mas eu o empurrei. O cara não era mais tão forte sentindo dor. Ele se desequilibrou e bateu nas grades que cercavam o iate, e caiu na água.

Nós corremos para ver assustadas, não era a intenção que chegasse a esse ponto, mas era tarde demais. Ele bateu a cabeça no barco e a gente conseguia ver o sangue se espalhando na água.

Flashback Off

Philip me olhava sem mostrar nenhuma reação enquanto me ouvia:

— Então meus pais cuidaram de tudo para que eu não sofresse nenhuma consequência... Eu só queria que tudo isso fosse um pesadelo e eu pudesse acordar- fechei meus olhos com força- Foi um erro... mas eu queria poder pedir desculpas á família dele... - Abri meus olhos tentando segurar minhas lagrimas- isso não vai mudar o que eu fiz, eu sei... mas era o mínimo que eu devia ter feito há três anos... Só que eu estava muito assustada e com medo para tomar qualquer atitude...

— Você não teve culpa, Liz. Se existe alguém que cometeu algum erro nessa história foi ele. Ele te deu droga e você tinha apenas 14 anos, e... - Philip não queria falar o resto da frase- você sabe... Se ele não estivesse drogado, nada teria acontecido. A culpa não é sua.

— Você não entende! Você não estava lá... A culpa foi minha, só minha... Se eu não tivesse o empurrado, só desviado dele...- eu mal conseguia falar- Há três anos isso tem me assombrado... eu me sinto tão culpada... não apenas por ter matado alguém, mas... mas, talvez ainda mais pela dor que eu causei a família dele...

— Liz...

— Philip, esse não foi o único erro que eu cometi, eu já fui muito irresponsável... Você era a única pessoa que não sabia de nada, era tão bom estar com alguém assim, então a gente não se viu mais e... Aconteceram coisas, eu não tinha mais ninguém... e minha mãe quis vir para Nova York, eu achei que eu poderia ser uma nova pessoa, começar uma nova vida, porque aqui ninguém me conhecia, mas agora... Agora tudo vai ser como antes... eu vou voltar a ficar sozinha...

Ele se aproximou de mim:

— Não, você não vai ficar sozinha. Porque eu vou estar aqui.

O olhei surpresa:

— Você não vai me deixar?

— Nunca.

Ele me abraçou.

— Jura? - sussurrei em seu ouvido.

— Juro.

Alguém bateu na porta e nos separamos:

— Quem é?

— Vou ver. Fique ai.

— Philip?... Onde está a Liz? .... A GENTE PRECISA VER ELA AGORA! Ela está aqui? - ouvi varias vozes falando ao mesmo tempo.

—Liz? - Blair virou o corredor e pude vê-lá.

—Ah Liz, você está aqui - Serena pareceu aliviada.

Elas se sentaram ao meu lado e então Megan, Nate, e Chuck apareceram.

— Como você esta? - Megan perguntou.

— Bem. Eu sou uma Redford, ninguém vai me derrubar... nem a GG.

— L o que ela falou é verdade?

Respirei fundo:

— Liz, talvez seja melhor você ir embora - Philip pegou o celular e ligou para alguém.

— Se você quiser, eu explico para eles.

— Pode ser, Megan.

— Já tem um carro te esperando lá embaixo.

Levantei-me:

— Não se preocupe, nós vamos ficar aqui e cuidar de qualquer coisa.

— Obrigada.

Meu novo namorado me acompanhou até a porta do carro.

— Philip?

— Sim?

— Se importa se a gente deixar para ir ao Per Se outro dia... é só que.. Eu quero ficar sozinha esse fim de semana.

— Como você quiser- dei um sorriso fraco para ele- qualquer coisa, absolutamente qualquer coisa, me liga

— Sim.

Levantei-me, não acreditava que já era segunda e eu não queria ir para a escola, eu não queria ver ou falar com ninguém. Mas eu sabia que seria pior não ir, então me arrumei. Coloquei meu shorts, meia calça vazada, uma blusa preta, casaco de couro, botas de cano curto e um lenço estampado que cobria quase toda a blusa.

Desci as escadas e Megan já estava tomando o café. Me sentei em sua frente:

— Vai para a escola hoje?

— Sim - respondi colocando suco no copo.

Ela me olhou desconfiada:

— O que você esta planejando?

— Eu? Nada. Por que?

— Por nada...você esta estranha...

— Estou apenas... apenas feliz, porque agora eu tenho o Philip.

— E o Chuck?

— O Chuck é passado. Somos apenas amigos agora.

— Srta. Liz, a Srta. Blair e a Srta. Serena estão no prédio.

— Ah, já estou descendo. Tchau, Megan, Anne.

Peguei minha bolsa Prada vermelha, vesti um sobretudo bege aberto e entrei no elevador.

Assim que sai vi as duas me esperando:

— Oi, meninas!

— Oi.

— Oi.

— Não vão dizer que nunca mais querem ver? - perguntei me aproximando.

— Claro que não! - S disse.

— Liz... Agora você é uma de nós, não importa o que você fez ou faz, nós estaremos aqui pra você. Todos nós já cometemos erros, um dos meus foi o Nate, mas isso não vem ao caso - B falou e Serena revirou os olhos e suspirou.

Sorri:

— Amigas?

— Sempre.

— Sempre.

— Ainda bem que você se reconciliaram.

Entramos na limo para irmos a Constance.

Chegamos, Chuck e Nate vieram em nossa direção:

— Por que todos os caras estão na Constance e não na St. Judes?- perguntei a eles.

— A St. Judes está em reforma. Então os alunos vão se juntar com vocês da Constance.

Revirei os olhos com Chuck me olhando.

Blair estava se segurando para não bater no Nate enquanto ele tentava falar com ela.

— DAAN!- S gritou.

Eles se abraçaram:

— O-M-G! PARA TUDO! Espera! Vocês dois? Juntos? Ah, eu consegui juntar vocês!- bati as mãos de alegria parecendo uma criança.

— É, depois que você foi embora sexta, ele veio me procurar e... e bem nós estamos juntos!

— Parabéns! Parabéns! Parabéns!

Abracei os dois.

"Hey, Upper East Siders!

Todo mundo sabe que não se pode escolher sua família, mas você pode escolher os seus amigos. E num mundo comandado por herança sanguínea e contas de banco, vale a pena ter um amigo. Mesmo que uma melhor amiga possa te levar a ficar irada, não há como negar que ficaríamos um pouco menos ricos sem elas. E Serena, Liz e Blair? Elas são melhores amigas melhor que qualquer um. Até mesmo o maior erro de todos não é forte o suficiente para acabar com a relação delas. Não, isso não é uma lágrima no meu olho. É só alergia. Sem vocês, não sou nada.

xoxo

Gossip Girl"