A New Life in NY I

The bad girl is back


— Não! Chuck, você não vai se sentar aqui! - falei tentando impedi-lo.

A St. Judes que é uma escola apenas ara garotos estava em reformas e os alunos se juntaram a Costance Billard, onde estudam apenas garotas. Só Serena estava gostando disso por ficar mais próxima de Dan, já que eu ficava fugindo de Chuck e Blair ignorando Nate.

A professora de Francês entrou na sala enquanto eu discutia com ele:

— Chuck, senta com outra pessoa! Eu não quero você aqui!

— Liz! - ele se sentou mesmo assim.

Revirei os olhos.

As mesas eram longas, de madeira bem escura e em cada uma ficavam duas pessoas, o N tinha essa mesma aula com nós, por que não se sentavam juntos? Por que C não podia se sentar com qualquer outra pessoa, só comigo?

— Tudo bem?- virei meu rosto já estressada.

— Não! Eu não estou bem, com você me perturbando logo de manhã! E fique quieto, a professora já está na sala.

— Liz, nós estamos sentados na última carteira, ninguém vai nos ouvir.

O olhei como se isso pudesse ser capaz de cortar sua cabeça fora.

— Desisto! Chuck Bass, você é insuportável. Sabia?- ele riu. - E..

Iria falar algo, entretanto esqueci o que queria dizer me lembrando de algo que havia acontecido no primeiro dia de aula naquela mesma sala, quando ele veio conversar comigo e a gente mal se conhecia, antes de toda essa bagunça:

— E o quê? –ele me pergunta.

— E que você me prometeu um favor quando me viu pela primeira vez... - ele pareceu interessado. - Eu falei que ia me lembrar disso... E, bem, aqui estamos nós.

— Então... O que você quer?

— Não sei... Mas eu vou te cobrar, Bass.

— Quando?

Fingi não ouvir e me votei para a frente.

O sinal tocou avisando o término da terceira aula e desde o fim da primeira eu não havia mais visto aquele ser vivo irritante e pretendia continuar desse jeito, já que a cada aula nós trocávamos de sala e nesse dia tínhamos apenas uma delas juntos. Levantei rapidamente pegando meu material, casaco e bolsa e saí em direção ao meu armário. Guardei os livros que estava segurando e peguei os de Literatura que seria a minha próxima aula. Assim que fechei o armário, acabei trombando com alguém que me segurou antes de eu cair de cara no chão e derrubar tudo. Era Chuck.

O corredor enorme, repleto de armários estava vazio; no intervalo todos iam para o pátio, refeitório ou para as escadas, a escola havia se transformado em uma verdadeira bagunça depois que a Constance se juntou com a St. Judes. Agora entendo a necessidade de terem que separarem os garotos das meninas.

Nossos rostos estavam próximos o suficiente para que eu pudesse sentir sua respiração, ele estava com os braços envoltos em minha cintura, seu coração dava batidas fortes e pesadas que eu podia sentir, eu estava ofegante e nos encaramos por algum tempo, não sabia o quanto, mas naquele momento só existiam eu e ele, ninguém mais, nada mais, era apenas isso que importava. Chuck se aproximou lentamente, dividindo sua atenção entre meus olhos e minha boca. Nossos lábios se tocaram, ele apertou um de seus braços contra mim para me deixar o mais perto possível, passou seus dedos em meu cabelo enquanto o eu me envolvia mais naquele beijo.

Aquilo era errado, entretanto eu não ligava, quer dizer, eu ligava, mas se quer conseguia pensar em algo naquele instante. Eu me arrependeria, só que tudo o que importava era Chuck.

Separamo-nos, eu estava um pouco atordoada, ainda assim me afastei:

— Isso não devia ter acontecido - falei abaixando a cabeça, tentando me recompor.

— Como se você não tivesse gostado.

Ele continuava o mesmo idiota, revirei os olhos:

— Eu estou com Philip, você não tem o direito de me beijar como se eu fosse só mais uma. Eu não sou só mais uma, Chuck!

— Eu sei que você não é! - a esse ponto já estávamos gritando um com o outro.

Olhei para ele derrotada, eu não era capaz de entendê-lo por mais que eu tentasse.

— Por que você está brincando comigo desse jeito?- perguntei.

— O que você quer dizer com isso? - ele se fez de desentendido.

Eu odiava quando faziam isso comigo.

— Para, ok? Eu odeio quando as pessoas se fazem de desentendidas. Você sabe do que eu estou falando; você brinca comigo e me beija e no segundo depois você está sendo um canalha. Eu te odeio, Chuck Bass! Eu te odeio!

Eu estava fora de controle, nós estávamos. Por que ele causava isso em mim? Por que ele despertava o pior de mim?

— Que pena, pois eu não sinto o mesmo.

— Você não me odeia? – bufei. - Porque parece o contrario.

— E você poderia me dizer o por que de achar isso?

Revirei os olhos:

— Se você gostasse de mim, você não estaria me agarrando. Sendo que você sabe que eu estou com o Philip.

— Se eu não gostasse de você, eu te deixaria em paz... - ele parou de falar, parecendo arrependido do que acabara de sair de sua boca.

— Chuck... Você gosta de mim?

— De-defina gostar- ele gaguejou.

O encarei:

— Sério? - revirei os olhos. - Quer saber? Chega.

Passei por C e caminhei de volta para a sala de aula. Abri a porta e algumas pessoas já estavam sentadas conversando sobre coisas inúteis. Atravessei um dos corredores formados pelas fileiras e me sentei na última, como sempre. Meu celular vibrou, era o alarme avisando que havia um novo post no blog da Gossip Girl:

"Como vocês estão hoje, Upper East Siders?

Espero que bem, porque algo me diz que esta semana promete muitas fofocas e posts. E o primeiro é sobre nossa linda L. Estão sabendo? Ela está de namorado novo! E não, meus amores, não é C. Nossa princesa arrumou um namoraoa a altura, ninguém menos que um dos solteiros mais cobiçados do país (repito: não é o C), Philip Collins, filho do senador Collins, vindo de uma das famílias mais ricas e conhecidas dentro da política, junto aos Redford e aos Archibald. E quem se importa que ele é alguns anos mais velho do que ela? Eles não formam um casal lindo?

Mas eu, particularmente, prefiro C e L. E eu acabei de receber um email sobre nosso "casal": os dois foram flagrados discutindo no corredor e o que causou os gritos? Talvez o beijo que ele a deu. Coitadinho do Philip, mas como resistir aos encantos de um Bass? A mãe da S que os diga! Parece que a it girl será irmã do nosso bad boy.

And who am I? That's one secret I'll never tell.

You know you love me.

xoxo

Gossip Girl"

Ok, o que foi isso? A mãe da Serena com o pai do Chuck? O mundo de repente não fazia tanto sentido, suspirei me levantando da mesa para sair da sala, quando passei pela porta o professor chegou:

— Aonde a Srta. está indo, Redford? - ele sempre chamava os alunos pelo sobrenome.

— Am... não estou me sentindo bem Sr. Larry, preciso ir a infernaria - disse enquanto arrumava os livros em minhas mãos.

Ele tinha os cabelos completamente brancos, era baixo e odiava dar aula. O Sr. Larry revirou os olhos e entrou na sala sem se preocupar comigo.

É claro que eu não estava passando mal, mas eu precisava de uma desculpa para sair da aula e tomar uma atitude. Respirei fundo e saí andando pelo corredor.

Quem eu estava tentando ser? Uma boa Liz? Eu não era assim em Los Angeles, eu não poderia ser em Nova York. Eu sou uma Redford: eu não deixo as pessoas brincarem comigo, eu brinco com elas. Sempre foi desse jeito e não iria mudar. Uma nova vida? Dei um leve sorriso com essa ideia. Porque, por mais que eu tentasse, eu não conseguiria. Nova cidade, nova casa, novas pessoas, velhos hábitos.

Estava à procura da sala onde C estaria e depois de passar por várias o encontrei. Aproveitei que a porta estava fechada e ele havia sentado na primeira carteira e passei em frente à porta e me encostei-me à parede, onde o professor não pudesse me ver. Encarei C até que ele me notasse:

— O que está fazendo? - li em seus lábios.

— Eu. Quero. Você. Agora! - falei pausadamente com os lábios.

— O que? - ele fez um sinal com a mão para que o esperasse.

C levantou a mão:

— Sr. Jay? Eu posso ir ao banheiro?

— Sim, Bass - ouvi uma voz rouca responder.

— Nate, pegue meu material caso eu não volte. Acho que ela quer me bater- o ouvi e ri.

Ele saiu da sala e eu me virei indo em direção contrária:

— Liz!? - fingi não ouvir e virei o corredor.

Ele correu e agarrou o meu braço:

— Hey! O que está acontecendo? - o olhei - Se você está brava pelo o que aconteceu... Eu... Eu sinto muito. Não vai querer me matar, vai?

— Não. Talvez só judiar um pouco de você.

— O quê?

— Chuck, você não me entendeu? Eu quero você. Agora!

Ele pareceu confuso:

— Liz, você está bem?

— Sim - respondi.

Peguei as duas pontas do seu cachecol e o puxei para perto de mim:

— O que você vai fazer? - me perguntou com um sorriso no rosto.

— O que você acha? - sussurrei.

C ergueu uma das sobrancelhas enquanto eu passava meus dedos pela sua boca. Ele não aguentou e me beijou agarrando a minha cintura, me afastei.

— Vêm.

O puxei até o banheiro feminino, tranquei a porta e joguei minha bolsa no chão junto com o meu casaco; ele tirou o cachecol, o blazer e a gravata; o empurrei contra a parede e comecei o desabotoar sua camiseta branca; percorri minhas mãos pelo seu peitoral; ele me virou de costas para começar a beijar a minha nuca e abrir a minha blusa; a esse ponto já haviam roupas jogadas por todo o chão; ele puxou o zíper da minha saia o que a fez deslizar pelas minhas pernas; tirei meu sapatos e Chuck me pegou no colo me colocando em cima de uma das várias pias. Ele me beijou desesperadamente, eu amava a sensação dele tão perto de mim, poder sentir aquele perfume que eu nunca consegui decifrar e que nunca sumia de seu corpo, aquele cheiro era provavelmente o melhor que podia existir em alguém, era como se eu não conseguisse respirar o suficiente para poder sentir aquele aroma.

Chuck POV's

O perfume dela é o mesmo desde o primeiro dia de aula. Era tão forte que exalava qualquer lugar que ela chegasse e suave ao mesmo tempo. Era embriagante.

Não fazia o mínimo sentido a Liz ter me arrastado até o banheiro, ela deu um ataque minutos atrás por eu tê-la beijado, mas não precisava fazer sentido. Eu estava com ela, eu podia sentir aquele cheiro e tocar em sua pele.

A peguei no colo e coloquei um cima da pia, a beijei passando a mão pelo seu cabelo. Ela era tão linda, eu ainda não havia conseguido me acostumar com seus olhos que não conseguiam mentir, sua boca perfeita, sua voz que nunca conseguia ser irritante. Como podia alguém ser tão doce e me levar à loucura, como a Redford fazia?

—x-

Liz POV's

Cheguei em casa, subi as escadas e ia me jogar em cima da cama, mas doze buquês de flores me impediram. Passei meus dedos por elas e sorri, peguei o cartão:

"Eu não sabia se as suas flores preferidas ainda eram peônias, então eu escolhi um buquê delas e outros onze diferentes... Espero que isso te faça sorrir, nem que seja apenas por 3 segundos.

Philip"

Eu estava com o sorriso mais idiota do mundo que ia de orelha a orelha estampado no meu rosto. Abri minha bolsa procurando o meu celular para ligar para ele:

— Liz?

— Philip, obrigada pelas flores! Eu adorei.

— Eu estou perto da sua casa, por que não vamos tomar um café?

— Claro.

Fui tomar banho e colocar outra roupa, já que eu ainda estava de uniforme. Saí do banheiro, sequei meus cabelos e escolhi uma blusa branca larga, um shorts preto e branco das laterais, um open boot de couro e um blazer creme.

Desci até o térreo pegando minha bolsa Prada preferida:

— Oi - o beijei.

— Oi - ele me abraçou e retribuiu o beijo.

Entramos em seu carro:

— Saiu mais cedo da escola? - ele perguntou despreocupado.

— Sim - respondi torcendo em mente que ele não perguntasse o porque.

— Por quê?

Droga!

O que eu iria falar? Sendo que, na verdade, eu estava matando aula com Chuck e acabei ficando sem coragem de voltar para a aula.

— O professor faltou e... Bom, não tinha ninguém para substitui-lo, então nos liberaram mais cedo.

Philip pareceu aceitar essa desculpa.

Eu sei, o que eu fiz com ele não tem perdão, não sou alguém com coração de pedra, ele não merece isso e hoje foi a primeira e última vez que eu o trairia.

Ele estacionou e abriu a porta para mim. Entramos no café que eu não conhecia, parecia mais um restaurante cinco estrelas. Sentamo-nos e fizemos nossos pedidos:

— Sabe, eu ainda não conheço o seu apartamento.

Ele me encarou:

— Gostaria de conhecer?

— Por que não?

Philip sorriu:

— Hoje?

— Hoje parece ótimo - concordei.

Comemos e ele pagou a conta:

— Posso conhecer seu apartamento agora?

— Claro.

Ficamos no carro cerca de meia hora até chegarmos, entramos no prédio e ele apertou o vigésimo quinto andar.

Entramos e comecei a beija-lo:

— Onde fica o quarto?

Ele me guiou até lá.

Joguei-me na cama coberta por um lençol branco, Philip ficou em cima de mim e começou a desabotoar minha blusa delicadamente, botão por botão:

—Você não sabe o quanto eu esperei por isso - ele falou em meu ouvido.

—x-

Acabei adormecendo e meu celular tocou me fazendo acordar:

"Hey Upper East Side,

Parece que o príncipe encantado, assim como nos contos de fadas, terá que subir em seu cavalo branco e lutar por sua princesa. Mas, na vida real, o mal vence o bem e a princesa faz a escolha errada. Será que com L será assim? Bom, ontem ela e C foram vistos saindo do banheiro, o que aconteceu lá dentro? E uma fonte a viu entrando em um prédio com o filho do senador. Dois caras no mesmo dia? Até eu estou surpresa, nunca esperaria isso da ex-novata. Pelo visto não importa por quanto tempo você tente ser boa, você não pode manter uma garota má escondida.

And who am I? That's onde secret I'll never tell.

You know you love me.

xoxo

Gossip Girl."

— Liz?

— Philip... Bom dia.

Virei-me para ele jogando meu celular dentro da bolsa:

— Está tudo bem?

— Sim, está. Era só a Blair me mandando uma mensagem – menti sobre o post da Gossip Girl.

— Vamos tomar café?

— Am... eu adoraria, mas tenho que ir embora.

— As aula só começam daqui duas horas, ainda é muito cedo.

— Eu sei, mas a B disse que precisava me encontrar.

— Ok, eu te dou uma carona.

— Não precisa, eu pego um táxi – me levantei, recolhi as roupas espalhadas pelo chão e as vesti enquanto ele me encarava.

— O que foi? - perguntei envergonhada.

— Nada – ele riu. - Você é linda, sabia?

Sorri e fui em sua direção:

— Sabe onde está meu outro sapato? – falei apontando para o meu pé esquerdo.

—Ali – ele apontou para perto da porta do banheiro.

— Obrigada.

Corri até lá, calcei-o, peguei minha bolsa e entrei no banheiro. Parei em frente ao espelho:

— Ah, meu Deus! Eu estou horrível! - pensei.

Abri minha bolsa para pegar uma escova de cabelo e tentar domar aquela tragédia em minha cabeça. Lavei meu rosto, enxaguei minha boca, mas meu cabelo ainda não estava bom o suficiente, então fiz um rabo cavalo e sai:

— Philip?

— Aqui na cozinha.

Fui até o corredor que levava até a cozinha. A decoração era toda em cores claras, haviam janelas enormes em todos os comados, tinham flores tanto na mesa da sala, quanto na do jantar:

— Gosta tanto assim de flores? - perguntei me apoiando no balcão enquanto ele mexia na geladeira.

— Na verdade, minha irmã veio aqui uma semana atrás e ela encheu esse lugar de rosas de todos os tipos.

— A Hilary? Como ela está? - disse me lembrando dela.

— Ótima. Eu falei de você.

— Ah, ela deve ter crescido tanto! Queria poder vê-la.

— Hilary disse que estava com saudades. Quem sabe vocês não se veem em breve. Ela sempre vem para NY quando pode - sorri.

— Agora eu realmente tenho que ir - o beijei.

Saí do prédio e chamei um taxi para poder ir para casa, tomar banho e ir para a escola. Eu não ligava para o que as pessoas falariam de mim quando entrasse na Constance, porque eu sabia, não importava o que eu fizesse, eles falariam de mim de um jeito ou de outro:

— Para o Upper East Side – disse para o motorista enquanto entrava no carro.

— O caminho inteiro pareceu uma tortura, meu celular não parava de tocar, já haviam vinte e uma ligações perdidas, divididas entre Blair, Serena, Megan e Chuck. Confesso que quando vi o nome dele no visor eu quis atender, mas não o fiz.

O táxi estacionou, abri minha bolsa procurando minha carteira:

— Aqui está – estendi cem dólares - Pode ficar com o troco.

— Obrigada – ele sorriu e eu desci entrando no prédio.

Peguei o elevador e apertei meu andar. A porta se abriu e me deparei com três garotas de braços cruzados me encarando:

— Oi... – falei.

— Por que você não nos atendeu? - Blair quis saber.

— Desculpa, eu não vi – menti.

— Eu não acredito que você dormiu com o Bass –Serena disse.

— Ah, vamos lá, Serena. Você sabe que não foi a primeira vez – B disse revirando os olhos.

— Mas você não está namorando o Philip? Ele não merece ser enganado dessa maneira. – foi a vez de Megan falar.

— Olha, eu não quero falar sobre isso – revirei os olhos. - Desculpa, eu tenho que ir tomar banho. Amo vocês! – joguei um beijo por cima do ombro e subi as escadas.

Após o banho, fiz o de sempre: sequei o cabelo, me maquiei, me vesti, calcei meus sapatos, peguei minha bolsa e desci para tomar o café da manhã.

— Hey! - disse para B, S e Megan que estavam sentadas na mesa onde o café estava servido.

Sentei-me em uma das cadeiras vazias:

— O que está acontecendo? – S me pergunta séria.

— Nada, Serena. Nada – respondo e minha cabeça lateja.

— Você gosta dele! – B me acusa.

— Gosto de quem, Blair? – tento me fazer de mal entendida.

— Do Chuck!

— Não! Claro que não!!! – grito.

Elas continuam falando, mas eu ignorá-las.

—x-

A limo estacionou em frente à Constance e James abriu a porta para que eu, B e S pudéssemos descer.

— Oi, Chuck – falei me aproximando de onde ele estava, encostado na parede perto da entrada com as mãos nos bolsos.

— Oi. Por que você não me atendeu?

— Sobre o que você queria falar comigo?

Ele bufou, eu sabia o quanto C odiava que eu não o respondesse.

— Sobre ontem. Você foi embora muito rápido.

— E?

— Vamos – ele suspirou e me puxou para perto das garotas para entrarmos na escola.

— Nate! Como você está? – falei vendo-o se aproximar.

— Estou ótimo – sorri para ele.

— Chuck nos olhou estreitando os olhos e Blair também.

— N, podemos conversar?

— Am... claro.

— Agora?

Ele assentiu.

— Nos vemos depois – me despedi dos outros.

Saímos da escola e caminhamos até onde poderíamos ficar sozinhos:

— Nate, é sobre a B.

— Aconteceu alguma coisa com ela?

— Nãa... Eu devia pedir para você ir lá e implorar o perdão dela, mas eu não vou. Só seja sincero comigo, você gosta dela?

— É claro que eu gosto.

— E da Serena?

Ele encarou o chão:

— Nós sempre fomos amigos.

— Não foi isso o que eu perguntei.

— Gosto.

— Você a ama?

— O quê?

— Por que você traiu a Blair? E com a Serena!

— Eu... Não sei, Liz. Não que você seja um exemplo...

— Eu sei, mas descubra. Porque eu não aguento mais ver você desse jeito. Eu não aguento mais ver a Blair desse jeito!

— Eu queria que ela me perdoasse. Eu a amo.

— Então diga isso a ela.

—Não é tão fácil.

— Eu sei, mas eu não quero mais ver a B triste desse jeito.

Ouvimos o sinal bater e voltamos para a escola.

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— Professor? – alguém falou abrindo a porta, mas eu nem me dei ao trabalho de ver quem era.

— Sim?

— A diretora gostaria de falar com a Srta. Redford.

O QUÊ? EU? COMO ASSIM? O que eu fiz de errado agora? Levantei minha cabeça:

— Ah, claro! Só podia ser ele – pensei.

— Srta. pegue seu material – o professor falou e eu obedeci.

Coloquei meus livros um em cima do outro e caminhei até a saída da sala de aula, fechei a porta e o encarei:

— Bass, você não pode me tirar da aula sempre que quiser.

— Redford, você prefere ficar rabiscando seu livro de matemática em vez de ficar comigo?

— Talvez eu prefira.

— Não, você não prefere.

— Você não pode dar a desculpa de que a diretora quer falar comigo todo dia, então trate de arranjar outras – ele deu o sorriso torto que eu amava tanto.

— Pode deixar.

— Eu te odeio, Bass.

— Eu também te odeio, Redford – ele diz rindo.

Chuck se aproximou e me beijou, foi tão rápido que não tive tempo de pensar em nada.

— Aqui não – me afastei dele e ri.

— O que foi? – perguntou confuso.

— Você está todo vermelho por causa do meu batom.

Ele revirou os olhos e ia me beijar novamente, mas virei o rosto:

— Já disse, aqui não, Chuck.

— Então onde?

Olhei o chão pensando um pouco e ele limpou a boca:

— Na minha casa? – pergunto.

— Não tem ninguém lá?

— Minha mãe está no trabalho, Megan foi fazer compras e a gente pode confiar na Anne.

Peguei em sua mão e o puxei para a portaria da escola. Estávamos quase saindo do colégio:

— Espera! – falei e ele me encarou confuso – O porteiro não vai deixar nós sairmos.

— Isso eu resolvo – continuamos andando.

C parou em frente ao porteiro e o encarou:

— Podem ir.

Fiquei boquiaberta, aquilo foi muito estranho:

— Ok, o que foi isso? – quis saber quando já estávamos entrando em sua limo estacionada em frente à escola:

— Digamos que eu saiba que ele seja casado com duas mulheres...

— Casado? O que? Isso é crime, sabia?

Mas era quase a mesma coisa que eu estava fazendo, ou não?

— Por isso mesmo ele não quer que ninguém descubra.

— Você é pior do que eu imaginava.

— Você ainda não viu nada – Chuck olhou sugestivamente para minha saia.

— Será que você pode esperar até chegarmos?

— Poder eu posso, mas eu não quero.

— Nem sempre a gente pode ter tudo o que quer.

Ele riu:

— Mas eu sou Chuck Bass e o seu argumento é inválido.

Foi a minha vez de rir:

— Convencido.

C passou os dedos pela minha perna lentamente escorregando até o meio de minhas coxas e entrando a mão por baixo da minha saia:

— Eu disse ainda não – puxei seu braço. – Espera ou você não vai ter nada hoje.

Ele bufou.

Dez longos minutos se passaram até chegarmos em casa. A limo parou, o motorista desceu e abriu a porta para nós dois. Entramos no prédio pegando o elevador para irmos até meu andar.

Assim que chegamos, Chuck me puxou para mais perto e eu joguei minha bolsa e meus materiais no chão da sala. O arrastei até as escadas para irmos ao meu quarto.

Ele me jogou em cima da cama coberta por um grosso edredom branco e alguns travesseiros azuis com detalhes em dourado. C veio para cima de mim e começou a me beijar, dobrei uma de minhas pernas enquanto Chuck percorria sua mão por ela que ainda estava com meia-calça. Ele se levantou e tirou os sapatos, o casaco, a gravata e a camisa que faziam parte do uniforme da St. Judes.

— Meu Deus! – falei em um tom tão baixo que nem eu mesma consegui ouvir direito ao vê-lo vestido apenas com uma calça preta social.

C voltou para cima de mim e começou a tirar minhas roupas, ele começou abrindo o zíper de minha saia, depois a blusa e por ultimo minhas sandálias e a meia-calça:

— LIZ? – ouvi uma voz ao fundo gritar meu nome. – LIZ!?

— Ah, meu DEUS!!! – falei me levantando da cama.

— O que foi? Quem é?

— É o Philip!

— Merda! – ele disse se sentando na cama com o rosto de quem está decepcionado.

— Merda, digo eu!

Eu estava apenas de roupa intima e não dava tempo de me vestir novamente:

— LIZ, VOCÊ ESTÁ AÍ? – meu desespero aumentou um pouco mais.

— Merda, merda, merda! – repeti enquanto vestia meu robe de seda. – Fique aí Chuck! Não faça barulho, não se mexa, sequer respire!

Ele me olhou indignado.

Saí do quarto, fechei a porta indo até as escadas:

— Philip! O que você está fazendo aqui?

— Am... eu vim deixar um presente para você, mas eu não sabia que você estava em casa, mas eu vi suas coisas jogadas pelo chão.

— É que eu fui para a escola, mas eu me atrasei e não pude entrar... – parei em sua frente – Então eu voltei para casa.

Ele sorriu:

— Então quem sabe nós podíamos ir para o seu quarto – ele diz e dei um sorriso falso.

DROGA!

— É que eu não estou me sentindo muito bem, desculpa.

— Tudo bem. É algo grave?

— Não, apenas um mal estar passageiro.

Eu estava mentindo demais.

— Aqui está seu presente – ele me estendeu uma caixa.

— O que é?

— Abra e veja. – o fiz.

Era uma pulseira Stephen Dweck:

— É linda, eu amei! – Philip me beijou.

Ela era toda de ouro branco e haviam dois pingente de coração, um deles era de ouro em um tom rosado e cravejado de minúsculos diamantes, fiquei os observando por algum tempo:

— Esse – ele apontou para o pingente mais bonito – é o seu coração, bom e mais valioso que o meu, que é este aqui – apontou para o pingente sem diamantes.

Eu senti um aperto em meu peito, engoli em seco, uma lágrima quis escorrer de meus olhos e de repente minha garganta ficou extremamente seca:

— Philip... – respirei fundo – Não tenho certeza de que o meu coração seja tudo isso.

— Claro que é – ele me beijou novamente.

Chuck’s POV

— LIZ, VOCÊ ESTÁ AÍ? – aquele idiota do namorado dela gritou.

— Merda, merda, merda! – Liz falou enquanto vestia seu robe

Que corpo que ela tinha. “Calma, Charles!” falei para mim mesmo em pensamento e ela continuou:

— Fique ai Chuck! Não faça barulho, não se mexa, sequer respire! – a olhei indignado com o que tinha acabado de ouvir.

Elizabeth saiu do quarto fechando a porta.

Esperei até ela sair e me levantei para segui-la, me encostei na parede que ficava ao lado da grade que cercava o corredor que dava para as escadas, onde eu pudesse ouvi-los e vê-los, mas eles não pudessem me perceber ali.

— Philip! O que você está fazendo aqui?

— Am... eu vim deixar um presente para você, mas eu não sabia que você estava em casa, mas eu vi suas coisas jogadas pelo chão.

— É que eu fui para a escola, mas eu atrasei e não pude entrar. Então eu voltei para casa.

— Então quem sabe nós podíamos ir para o seu quarto.

Ele não falou isso.

— É que eu não estou me sentindo muito bem, desculpa – dei um riso.

Eu tinha certeza que eu era muito melhor do que aquele cara.

— Tudo bem. É algo grave?

— Não, apenas um mal estar passageiro.

— Aqui está seu presente.

— O que é?

— Abra e veja.

— É linda, eu amei! – ele a beijou.

Isso era nojento, desviei o olhar:

— Esse – ele apontou para o pingente mais brilhante da pulseira – é o seu coração, bom e mais valioso que o meu, que é este aqui. – apontou para o outro.

— Philip... Não tenho certeza de que o meu coração seja tudo isso.

— Claro que é – ele a beijou novamente

Revirei os olhos com aquela besteira. Eu havia dado à ela o colar com diamante amarelo que Audrey Hepburn havia usado.

Não dava para acreditar que minutos atrás ela estava comigo e naquele momento estava se agarrando como esse riquinho mimado, quer dizer, o Nate também é. Mas a diferença era que o Nate era meu melhor amigo e não estava beijando L.