A Melhor Amiga Da Noiva
A Ordinary day, but with a invite
Emma falou com um sorriso, se aproximando da morena.
- Bom dia.
As duas sorriram.
- Estou terminando esse quadro. O que você acha?
- Um cara com os testículos de fora. Muito excitante.
- Emma!
Elas riram.
- Eu trouxe seu café.
Emma estendeu o copo para Regina, que rapidamente o pegou.
- Obrigada.
- E como eu estou um pouco atrasada, fiz uma reserva para tomarmos o nosso “brunch”.
- Oba! Então vamos.
Regina desceu da escada em que estava e foi com Emma até o carro, para poderem ir para o restaurante.
- Então, que regra é essa?
A morena perguntou enquanto ela e Emma se sentavam à mesa.
- Sem segunda rodada.
- Mas essa não é a mesma coisa da regra de só uma vez por semana?
- Não, essa regra só vale de segunda à sexta.
- Quer dizer que se você sair com alguém no domingo, pode sair na segunda e ainda não quebrar a regra?
- Exatamente.
- Ai Emma, só você mesmo.
As duas riram.
Depois de um tempinho, uma garçonete apareceu com um carrinho repleto de opções. Emma que escolheu a comida e foram apenas coisas saudáveis, que a garçonete colocava aos poucos em cima da mesa.
- Obrigada! Você sabe que eu quero distância de fritura. Está cuidando de mim.
- Sempre.
Elas sorriram.
- Mas e aí, o que aconteceu com a garota dessa noite?
Regina perguntou enquanto começava a comer, sendo acompanhada por Emma.
- Ela ficou chateada, mas eu...
- Foi sincera né!?
A morena falou rindo.
- O quê? Eu fui. Eu sou.
- Eu sei que você é. Só que é horrível o jeito que você usa isso como escudo.
- Talvez eu devesse mentir e ser igual à Vanessa. O que você acha?
Emma questionou em um tom brincalhão.
- Não seja como a Vanessa, por favor.
- Ela só te cantou uma vez.
- Foi no enterro do meu pai.
- Ela não é do tipo sensível.
As duas riram e voltaram a comer.
- Enfim.
Regina suspirou.
- O quê?
- Nada.
- Eu conheço esse nada, sei que ele quer dizer alguma coisa.
Nesses dez anos, Emma e Regina tinham virado melhores amigas, daquele tipo que nunca se desgruda. Elas se conheciam tão bem e eram tão ligadas, que eram capazes de conversar apenas por olhar.
- Enfim, sabemos que não é preciso mentir para ganhar uma mulher.
Regina pegou o copo de café de Emma e mostrou para ela.
- Hum! Eu quero ficar com isso.
Emma retirou a luva de copo que continha o nome e o celular da garota que trombou no Starbucks e guardou no bolso de sua jaqueta.
- Ah e tem outra regra: Eu só posso ligar depois de vinte e quatro horas, se não vai parecer que eu estou desesperada.
- Ai meu Deus.
Elas riram.
- Mudando um pouco de assunto. Meu pai vai se casar amanhã. De novo.
- Emma, pode parar.
- Com o quê?
- Eu sei exatamente aonde você quer chegar.
- Por favor, vai ao casamento comigo.
Emma fez um olhar pidão.
- Nem vem com essa carinha.
Regina voltou sua atenção para a comida.
- Por que você não leva uma de suas ficantes?
- Eu não levo a eventos de família.
- Ah é, tinha esquecido essa regra.
- Por favor Gina, vamos ao casamento.
- Não.
- Olha, ele vai se casar e eu tenho que ir porque ele é meu pai e eu gosto muito dele. Todo mundo sabe que ele não está nem aí e elas não o amam. É de partir o coração. Eu nem sei o que dizer pra ele.
- Se alguém está cometendo um erro e não cabe a você interferir, basta dizer: Estou feliz que esteja feliz.
- Estou feliz que esteja feliz?
- Sim.
- Ok, eu vou dizer isso. E prometo pra você que é a última vez que estou te pedindo para ir. Na próxima, eu arranjo outra pessoa.
- Tá bom, tá bom. Eu vou, mas é a última vez mesmo.
- Combinado. Obrigada.
As duas sorriram e terminaram de comer. Dividiram a conta e decidiram ir comprar o presente de casamento do pai de Emma. Passaram bastante tempo andando pelas ruas e olhando várias lojas, mas no final, optaram por comprar um lindo conjunto de louça.
- Ei, o que acha de irmos comer um doce?
Emma sugeriu.
- Emma, nem faz muito tempo que comemos.
- Faz sim e eu estou pensando em ir naquela padaria que a gente adora.
- Então tudo bem.
- Sabia que você ia topar.
Elas sorriram, deixaram a louça no carro da loira e foram caminhando até a padaria, que ficava próxima dali.
- Ontem a Marina me ligou.
- Não acredito. Sobre o que vocês conversaram?
Emma perguntou emburrada.
- Ela me pediu para voltar e eu disse que não.
- Ainda bem, ela era uma mala.
- Emma, não fala assim.
Regina deu um soco de leve no ombro da loira.
- Mas é verdade, ela não tinha nenhum senso de humor.
- Nem todo mundo é como você.
Regina sorriu, fazendo Emma sorrir também.
Quando elas chegaram à padaria, entraram na fila, que estava grande, mas valia a pena, afinal, aquela era a melhor padaria de Nova York.
- Vai, adivinha o que eu quero pedir pra gente.
Emma falou em um tom divertido.
- Hum, deixa eu ver.
Regina começou a pensar em opções.
- Uma fatia de torta de maçã.
- Não, nós comemos isso da última vez.
- Bolinho de limão com creme.
- Não estou a fim de comer isso não.
- Muffin de laranja e amora.
- Ah Regina, qual é!? Está perdendo o jeito.
- Eu sei.
Regina colocou as mãos na cabeça.
- Está me decepcionando.
- Espera, agora eu já sei!
- Então me diz.
- Brownie com cream cheese.
- Isso aí!
As duas riram e depois de esperar mais um pouquinho, entraram na padaria e fizeram o pedido.
- O casamento amanhã é às 21:00, eu te pego às 20:30, pode ser?
- Claro. Indo para o assunto roupas, o que você acha melhor eu usar: Um vestido ou uma saia?
- Eu não sei, você fica linda com qualquer coisa e de qualquer jeito.
Regina sorriu diante do comentário.
Após um tempo mínimo, o garçom trouxe o brownie com cream cheese e elas começaram a comer, conversando sobre coisas diversas e se divertindo uma com a presença da outra, como sempre faziam.
Fale com o autor