A MELHOR VERSÃO DE MIM

Por Favor, Diga Que Aceita


Armando ainda estava dentro de Beatriz, e a acariciava e beijava com doçura, após terem feito amor apaixonadamente. Ele não queria se mexer e quebrar o encanto do momento, só queria continuar alí junto dela. Mas Betty, rompeu o silêncio.

— Armando, isso foi uma loucura. Perdemos totalmente o horizonte.

— Mas foi uma maravilhosa loucura, minha Betty. – Declarou a olhando apaixonadamente. – Beatriz, eu nunca me senti tão inteiro, completo e satisfeito assim... De verdade, você me desperta sentimentos que eu jamais experimentei. Por favor, seja minha. – Suplicou com paixão.

— Armando, eu sou sua. Sempre fui, desde o dia em que nos conhecemos. O ponto aqui é que eu não posso ser como mais uma de suas modelos. – Ela falava pesarosa. - Eu já aceitei me colocar antes em uma posição muito ruim, quando estava noivo da dona Marcela. Não posso mais fazer parte dessa história complicada com ela, você e todas as demais mulheres. – Afirmou, saindo do colo de Armando e ajeitando suas roupas.

— Beatriz, eu entendo que me comportei como um canalha contigo. De verdade, me sinto péssimo com tudo isso. Mas, por favor, me dê uma oportunidade de fazer as coisas certas. Eu nunca quis tanto alguém, como eu quero você. Isso é novo para mim. – Ele estava com a expressão suplicante. – Olha, eu não sei no que isso vai dar, mas eu só gostaria de poder ficar perto de você... Apreciar sua companhia... É tão errado assim? – Ponderou com sinceridade. - Eu sou um homem livre agora, não tenho mais compromisso com a Marcela e nem com mulher nenhuma. – Ele segurou seu queixo e a olhou sedutoramente. – Só você me interessa. Só você.

Betty considerou as palavras dele. Faziam sentido e, afinal, ambos eram adultos e obviamente sentiam atração um pelo outro. Era tão errado quererem estar juntos? Ela então se aproximou dele e o beijou.

— Armando, podemos sair, é claro, já que não está mais comprometido. Mas vamos com calma. Eu quero que possamos manter isso de maneira leve, sem o peso de cobranças. – Ela lhe dizia, com toda aquela ternura e suavidade que encantavam Armando. Então, ele a beijou ternamente.

— Agora, meu caro doutor Mendoza, creio que deveríamos ir a aquele coquetel logo. – Lembrou divertida, arrancando em resposta um sorriso grande de Armando. – Afinal, as negociações com os possíveis fornecedores não se darão sozinhas.

— Mas, Beatriz, estou descomposto depois de tudo o que aconteceu... – Ele disse lhe dando seu sorriso malicioso.

— Bom, para isso carrego escova de cabelo e maquiagem na minha bolsa. - Respondeu atrevida. – Basta que eu escove os cabelos e retoque a maquiagem que você borrou e estarei prontíssima. – Concluiu sorrindo travessa e destacando a parte em que ele havia lhe borrado a maquiagem.

— Ora, Beatriz, eu sinto muito prazer em borrar sua maquiagem e bagunçar seus cabelos. Aliás, conte comigo para isso sempre que desejar. – A olhou profundamente com o desejo transbordando e refletindo em seu sorriso cínico. – Mas e quanto a mim? Fiquei descomposto.

— Suponho que eu possa te emprestar minha escova de cabelo e tenho lenço para que possa tirar as marcas do meu batom. – Ela lhe deu um sorriso travesso, que o excitou. – Agora, vire para mim, vou acertar sua gravata.

Betty se pôs a ajeitar a gravata de Armando e lhe passou a escova de cabelo, enquanto limpava com um lenço as marcas de batom que ela havia deixado nele. Depois, passou a se arrumar.

— Mas, Betty, você não está sentindo falta de nada? – Ele a olhou provocativamente, enquanto tirava a calcinha dela do bolso do paletó, a segurando e balançando com o dedo mindinho.

Aquilo acendeu Betty. Ela sabia bem que estava sem sua calcinha e que ele havia a guardado no bolso como um troféu e não se importava. Mas se ele queria fazer aquele joguinho de sedução e provocação com ela, ela também poderia jogar com ele. Betty o olhou com sensualidade e cinismo e disse.

— Fique com essa calcinha, Armando Mendoza. É meu presente. E pense em mim, quando estiver solitário. Você pode querer cheirá-la. – Ela mordeu deliberadamente o lábio inferior para provocá-lo. – Eu não me importo em não usá-la, não estou com frio.

Armando quase a agarrou naquele momento. Aquela mulher o estava pondo completamente louco. Aquela combinação de inocência, doçura, travessura e sensualidade era simplesmente enlouquecedora.

Ao invés de agarrá-la, pegou com firmeza a calcinha e a cheirou profundamente, enquanto a encarava descaradamente. Depois, com uma expressão libidinosa, guardou a peça íntima novamente no bolso do paletó e deu a partida em direção ao coquetel da Color Inn.

Assim que chegaram ao local, foram cumprimentados pelo velho amigo de farras de Armando e Mário e presidente da Color Inn, Ricardo Mantilla.

Ricardo olhou Betty de cima a baixo, a cobiçando, o que deixou Armando de repente profundamente irritado.

— Olá, Armando, meu velho! Como vai? – Disse o abraçando com simpatia. – Não o vejo desde o último coquetel, que me coube salvá-lo da sua noiva. Conseguiu encontrar a moça que o aguardava naquele dia?

Beatriz ficou incomodada com aquele comentário, o que Armando percebeu. Ele também não gostou daquilo, assim como o incomodava a maneira como Ricardo praticamente comia Beatriz com os olhos.

— E vejo que está bem acompanhado. Muito prazer, senhorita... Me chamo Ricardo Mantilla, presidente da Color In. Como se chama? – Disse puxando a mão de Betty para beijá-la.

— O nome da senhorita é Beatriz Pinzón Solano. – Respondeu Armando, cortando o início daquele galanteio de Ricardo e trazendo Beatriz para junto de si, enlaçando sua cintura de maneira possessiva. – Ela é a MINHA nova Vice-presidente Financeira da Ecomoda e também é a moça que me aguardava naquele dia que me ajudou. – Ele falava destacando bem a palavra minha e deixando claro que ela era dele.

Ricardo compreendeu imediatamente a mensagem e se divertiu dos modos de Armando. Parecia enciumado e ele jamais teve ciúmes de mulher nenhuma. Resolveu provocá-lo, com um comentário.

— Ah, é um prazer conhecer a belíssima Vice-presidente Financeira da sua empresa, Armando. – Disse sorrindo ironicamente. – Mas e a Marcela? Sabe que está tão bem acompanhado hoje? Como conseguiu se livrar do radar dela? – Ele gargalhava irritando profundamente Armando.

— Acontece, Ricardo, que a Marcela e eu não temos mais nada. Rompemos. E quem me acompanha não é da conta dela e nem de mais ninguém. Basta que saibam, que a doutora Pinzón é minha acompanhante e a respeitem. – Armando deu um sorriso assassino.

Betty segurou o braço de Armando e lhe deu um amplo sorriso, enquanto ele mantinha ela segura, enlaçando sua cintura. Ela havia adorado a maneira como ele havia falado com Ricardo, se sentindo envaidecida.

Durante o coquetel, eles conversaram com possíveis parceiros e marcaram algumas reuniões para o decorrer dos próximos dias.

Após algum tempo, Armando veio em direção a Betty, que o esperava em um canto, trazendo um whisky para si e uma taça de vinho para ela.

— Beatriz, me desculpe, mas não tem suco aqui. Trouxe um vinho... Espero que não se incomode.

— Tudo bem, Armando. Não se preocupe, afinal, já está na hora de aprender a beber ao menos socialmente nessas ocasiões. – Ela gargalhou de seu jeito, que divertia Armando.

— Betty, acho que já deu por aqui. Estou faminto, quê me diz de sairmos para jantar? Vou te levar em um lugar que vai adorar. – Convidou galante.

— Também estou com fome. Mas preciso ligar para casa. Antes de sair da Ecomoda, eu liguei avisando aos meus pais sobre o coquetel e também sobre a promoção. Mas preciso ligar para avisar que vamos demorar um pouco mais, ou ficarão preocupados.

— Claro, Beatriz. Use meu celular.

— Ah, obrigada! Preciso resolver logo a questão do celular e também do carro. Não posso ficar abusando da sua generosidade o tempo todo. – Disse rindo.

— Olha, amanhã podemos ver um celular para você. Afinal, eu preciso estar o tempo todo em contato com a MINHA Vice-presidente Financeira. – Ele lhe sorriu ardilosamente. – Mas, quanto ao carro... Olha, eu até prefiro que não compre, assim, eu posso levá-la sempre e mantenho a senhorita atada a mim.

Betty gargalhou daquela declaração. Como era possível que Armando fosse tão descarado. Mas ela adorava seu jeito sedutor e divertido.

Ela discou o telefone de casa e dona Júlia logo atendeu aflita. Betty se preocupou com a urgência na voz de sua mãe.

— Ah, filhinha! Que bom que ligou. Estávamos aflitos aqui.

— Mas porquê, mamãe? Eu avisei que ia a um coquetel com fornecedores. E, além disso, ainda é cedo...

— Ai, filha, eu sei... É que houve um problema. O tio Lázaro teve um infarto e ligaram para cá pedindo que seu pai e eu viajemos por umas semanas para ficarmos e cuidarmos do tio. Temos que sair logo e estávamos preocupados, pois queríamos avisá-la.

Nesse momento seu Hermes pegou o telefone e se pôs a explicar a filha que precisavam ir urgente e que a viagem de carro era longa. Fez diversas recomendações de segurança para Betty.

— Não se preocupe, papai. Eu ficarei bem. Já fiquei sozinha em casa em outras ocasiões em que precisaram viajar. Cuidem do tio e deem um beijo nele por mim. Estarei colocando ele em minhas orações. – Ela tranquilizava seu pai de maneira carinhosa. – Façam uma boa viagem e me mantenham informada, por favor. Um beijo para o senhor e para a mamãe. – Ela fez uma pausa e disse com ternura. - Eu te amo, papai. Fique com seu coração em paz, o tio Lázaro é forte e ficará bem, principalmente recebendo os cuidados e carinho do senhor e da mamãe.

Armando escutava emocionado o diálogo de Beatriz com a família. Ela era tão doce e carinhosa. Ele estava cada vez mais perdido em sua sutileza e maneira de amar. Não queria apressar as coisas, mas a cada minuto a mais ele ia firmando uma certeza dentro de seu coração.

Beatriz desligou o telefone e entregou a Armando, que a observava com carinho e admiração. Tudo nela o seduzia.

— Muito obrigada por emprestar o seu telefone. Graças a Deus liguei logo.

— Não há de quê, Beatriz. Mas, me diga, aconteceu alguma coisa? Posso ajudar?

— O tio do meu pai, que ele considera como se fosse seu pai, teve um infarto. Foi leve, mas ele precisará de cuidados e é sozinho. Ele adora meu pai e ele e minha mãe estavam me aguardando chegar logo ou ligar para poderem me avisar e viajar. A viagem de carro até Medellín é longa.

— Ah, e você gostaria de uns dias para ir com eles, Beatriz? Afinal, é seu tio também. – Disse preocupado.

— Imagina, não é necessário! Eles estarão lá por ele e cuidarão melhor que ninguém.

— E você... Ficará sozinha? Fico preocupado, ainda mais com aqueles arruaceiros que vivem te importunando.

— Não se preocupe, o Nicolas mora próximo e...

— O Nicolas não é seu namorado, Beatriz. – Disse a interrompendo cheio de ciúmes.

— Olha aqui, doutor Mendoza, Nicolas Mora é como se fosse meu irmão. Nunca houve ou haverá nada entre nós, pois seria como um incesto. Nós nos amamos como você certamente ama sua irmã. Não admito que duvide de nós dois. – Ela mostrou firmeza ao falar. – Foi assim que essa história de plano começou, com sua falta de confiança. Já expliquei que só falei do Nicolas para o quartel, para que elas não desconfiassem que o homem que eu amava era você. Se quer ter alguma coisa comigo, precisará confiar em mim e aceitar que o Nicolas faz parte da minha família.

Armando escutou tudo e se sentiu péssimo por agir como um neurótico. Ela tinha razão, claro que tinha. E ele estava disposto até a ser amigo de Nicolas para agradar sua Betty.

— Beatriz, me perdoe. Eu me comporto assim, porque fico louco quando penso em outros homens perto de você... Perdi a calma até com o imbecil do Ricardo que é meu amigo a anos. Olha, talvez eu aja assim porque não conheço bem o Nicolas... Juro que não vou mais agir como um imbecil com relação a ele. Estou disposto até a me aproximar dele, para lhe fazer feliz. Eu faço tudo por você, meu amor.

Beatriz ficou louca com aquelas palavras. Mesmo sem ter dito que a ama, ele a chamou de meu amor pela primeira vez. Ela não calculou muito e, sem lembrar de onde estavam, se lançou nos braços de Armando o abraçando.

Armando ficou em êxtase com aquele gesto dela. Aquilo significava que ela o perdoou e, nem se importou pela demonstração de afeto pública. Ele não devia nada a ninguém e era livre para abraçar sua Betty onde e como quisesse. Ele se afastou apenas o suficiente para segurar seu rosto com carinho e lhe plantar um beijo doce nos lábios.

Todos ao redor cochichavam sobre como Armando estava com Beatriz. A fofoca sobre o rompimento com Marcela já estava na boca de todos alí. Ele mesmo havia feito questão de falar a todos que o indagaram sobre ela durante a noite.

— Beatriz, vamos jantar? Vou te levar ao Terraço de São José. A vista é divina, a comida é ótima... É muito aconchegante. Acho que você irá adorar, meu amor. – Disse sorrindo animado.

— É claro que quero ir, Armando. – Ela respondeu completamente derretida por ele a ter chamado de meu amor novamente e por querer se exibir com ela nos lugares exclusivos que frequentava.

Armando levou Betty até lá e pediu frutos do mar e vinho branco.

— Ai, Armando, não estou acostumada a beber desse jeito. – Sorria um pouquinho alta.

— Ah, Beatriz! Por favor, me acompanhe com o vinho. É uma noite especial e, além do mais, esse vinho é ótimo e fica perfeito com os frutos do mar. – Pedia ele jogando todo seu charme.

Eles comeram e beberam, enquanto desfrutavam da bela vista do lugar e da ótima música.

Depois, Armando a levou para casa e ao chegarem, ele desceu do carro e abriu a porta para Beatriz, indo a acompanhar até a porta de casa em seguida.

— Bom, está entregue, minha Betty. Espero que tenha apreciado a nossa noite e que possamos dividir muitas outras noites especiais como essa.

— Eu amei cada detalhe da nossa noite, meu amor. – Ela deu destaque ao meu amor e o olhou apaixonada.

Armando se sentiu absolutamente feliz com ela o chamando de meu amor. Ele plantou um beijo apaixonado em seus lábios e Betty, tonta com o gosto da boca de Armando, abriu a porta e o puxou para dentro de casa, enquanto ainda o beijava.

— Você gostaria de conhecer o meu quarto, doutor Mendoza? – Convidou enquanto ele distribuía beijos por seu pescoço. – É simples e não tem luxo, se você não se importar...

Armando a interrompeu a pegando repentinamente em seu colo e a carregando escada acima.

— Diga apenas onde fica seu quarto, meu amor. – Pediu, enquanto subia com ela em seus braços.

— É a última porta no fim do corredor. – Disse apontando para seu quarto, sem querer quebrar o contato visual com seu amado.

Armando entrou no quarto de Betty com ela ainda no colo e a beijando. A repousou sobre a cama e se deitou sobre ela, beijando-lhe com doçura.

Havia feito amor com ela em seu carro, com muita paixão e vigor. Agora queria desfrutar da sua doçura e se perder em seus braços.

Ele a despiu, reverenciando seus belos contornos. Tinha um corpo tão lindo e uma pele tão macia.

Betty tirava sua gravata e abria sua camisa, enquanto ele a despia habilmente.

Armando se levantou passou a se despir na frente de Betty, com uma expressão quente e intensa. Ela involuntariamente mordeu o lábio inferior ao vê-lo totalmente sem roupas e sua ereção evidente.

A expressão de Beatriz o incendiou. Estava tomado de desejo. Ela era a palha e ele o fogo e queria queimar junto com ela a noite inteira.

Ele se deitou sobre ela e distribuiu beijos por todo seu corpo, até chegar na flor de sua intimidade. Betty gemeu alto e lhe puxou o cabelo, o alucinando. Ela tinha um gosto tão doce, como Mel e ele poderia desfrutar para sempre de seu néctar.

Após Betty explodir em um delicioso orgasmo em sua boca, ele se encaixou nela e a tomou novamente como sua mulher. Era isso que ela era para ele: sua mulher.

Ele movia-se cada vez mais rápido, enlouquecendo junto com Beatriz. Ele acabou gozando violentamente dentro de sua Betty.

Adormeceu a acolhendo nos braços. Dormiram tranquilos e felizes, agarrados um no outro.

Ao amanhecer, o despertador de Betty tocou, fazendo que Armando despertasse com a visão dela dormindo serenamente em seu peito.

Aquela visão preencheu seu coração de felicidade e amor. Estava claro para ele agora que estava perdidamente apaixonado por Beatriz. Enfim, havia encontrado aquela que preencheria sua alma e coração do mais puro amor.

Armando acariciou Beatriz e beijou seu cabelo a fazendo despertar com um lindo sorriso, então Armando arrebatado pelos sentimentos disse.

— Eu te amo, Beatriz Aurora Pinzón Solano. E essa é a verdade do meu coração.

— E eu te amo, Armando Mendoza. De todo meu coração.

Eles trocaram beijos e carícias e foram tomar banho juntos, onde Armando teve a oportunidade de amá-la de uma maneira totalmente diferente.

Após terminarem o banho, Armando vestiu sua roupa e Betty escolheu uma calça de alfaiataria branca, uma blusa regata preta de tricô com gola alta e um blazer branco aberto. Fez uma maquiagem um pouco mais marcada, mas não exagerada e colocou uma argola grande e fina folhada a ouro. Escolheu um salto fino preto.

Saiu do banheiro e foi até o quarto, onde Armando já a aguardava pronto. Quando ele a viu, ficou sem palavras. Ele só conseguia sorrir como um bobo para aquela mulher. Era a mulher mais bonita que já havia visto e era dele.

— Beatriz, meu amor, você está belíssima. Parece um sonho de tão linda. – Ele a elogiou sorrindo, finalmente encontrando a própria voz.

— Obrigada, meu amor. Você está lindo, como sempre. – Disse lhe beijando delicadamente.

— Betty, estava pensando... Como seus pais ficarão fora, você poderia ir passar esses dias comigo no meu apartamento. Assim podemos ficar juntinhos e aproveitamos para namorar, sair, conversar... O que acha? – Propôs empolgado.

— É claro, meu amor. Eu vou amar passar esses dias contigo. Mas então preciso separar umas roupas.

— Vamos, eu te ajudo a separar suas coisas e levamos para o carro. Assim, mais tarde, quando sairmos da Ecomoda, podemos ir direto para o meu apartamento.

— Está bem, meu amor. Vou adorar ficar pertinho de você durante esses dias. Parece um sonho. – Ela fez uma pausa de repente alarmada. – Mas, como explicaremos que estamos indo e voltando juntos todos os dias? O que direi ao Quartel?

— Bom, é simples. Diga que estamos indo juntos porque você é minha namorada. – Respondeu calmamente sorrindo apaixonado.

— O que você disse? – Perguntou espantada.

— Beatriz Aurora Pinzón Solano, você gostaria de ser minha namorada? – Pediu ansioso pela resposta de Betty.

— Você tem certeza disso? Todos irão comentar e logo chegará aos ouvidos de dona Marcela e consequentemente da sua família.

— Beatriz, eu não pretendo escondê-la. Eu descobri que eu te amo. Te amo profundamente. E quando se descobre algo assim, você não esconde de todos. O que temos não pode ser clandestino, pois é o mais belo que já aconteceu comigo. - Disse segurando seu rosto com as mãos e a olhando profundamente. – Por favor, diga que aceita.

— Claro que sim, meu namorado. – Declarou lhe dando um sorriso arrebatador e com os olhos marejados, lhe plantando um beijo doce em seguida.