My lover's got humour,

She's the giggle at a funeral.

–Hozier, Take Me To Church

*JOHN *

"Suas incríveis curvas, o cheiro doce que exalava de seus cabelos, seu sorriso, seu olhar alegre, e sua alma apaixonante. Idolatrar-te é o que me mantem de pé, ter a certeza de que você um dia retornará pra mim, e quando esse dia chegar nunca mais vou deixar você ir embora, minh'alma é completamente dependente de você." – Uma batida na porta e sou tirado de meus pensamentos.

"Chefe?! Preciso falar com o senhor, algo saiu do controle" – Diz um bastardo, que teve a ousadia de atrapalhar meus pensamentos.

"O que foi dessa vez? Não viu que estava ocupado?"

"Desculpe, mas é que o assunto lhe interessa."

"Desembucha de uma vez, bastardo".

"Diana, ela fugiu!"

"OQUE? MAS COMO ELA CONSEGUIU FUGUIR? EU NÃO AMNDEI KATE FICAR DE OLHO NELA, AQUELA GAROTA IDIOTA NÃO FAZ NADA CERTO, PUTAQUE PARIU, SE NÃO FOR EU O NEGÓCIO NÃO ANDA!" - Digo levantando da cadeira e batendo minhas mãos com força sobre a mesa.

"Vá atrás dela, e a traga de volta! Mais uma coisa, não ouse sequer tocar em um fio de cabelo dela, ou você será um bastardo morto, estamos entendidos?"

"Sim senhor!"

*DIANA*

"Meu Deus, isso não tem fim, já não aguento mais andar, minhas pernas estão doendo, não sinto meus pés, está tão frio, que estúpida, que garota burra e estúpida, agora irei morrer aqui, no meio da floresta, sozinha e com frio." Penso, enquanto estou correndo e procurando desesperadamente um lugar onde possa me abrigar e me esquentar, se soubesse que minha morte seria essa não teria deixado a cabana, ao menos lá era quente e tinha Kate, para me fazer companhia, mas que porra, depois de tudo, ainda penso nela.

*JOHN*

"Onde ela está? sua garota estúpida e burra!" Digo derrubando a porta da cabana com um chute.

"John? Me desculpe, eu não consegui segurá-la, eu não consegui" Diz Kate, chorando.

Suspiro, respiro fundo e vou em direção a ela, me ponho em sua frente, seguro sua cabeça com minhas mãos, e lhe dou um beijo na testa.

"Não tem problema pequena, eu te perdoo, eu sei que você é fraca e não conseguiria segurar Diana, ela é bem forte, sempre foi." – Digo olhando profundamente em seus olhos, seus olhos marejados, Kate sorri e me agradece.

"Obrigada John, obrigada...".

"Eu lhe perdoo, mas isso não significa que seu erro passará em vão" – puxo um canivete que carrego na cintura, e o enfio no meio das costas de Kate, junto com um abraço. Um abraço de irmãos.

"Por quê? Por - - que?"

Kate cai em meus braços, eu a braço forte e uma lágrima escorre. E a ponho para dormir, Kate está em paz e serena. Adeus Kate.

*FLORESTA*

O pior de sonhar é viver seu pesadelo!

Está frio meus pés estão congelando, minhas pernas doem, estou cansada de tanto andar, não há mais caminhos. No meio da floresta, depois de andar o que parecia ter sido séculos, encontro o que pode ser minha salvação, ao menos por hoje, já está anoitecendo e não é uma boa ideia você ficar sozinha no meio de uma floresta, e ainda nevando. Uma arvore podre, oca e aberta, formando um círculo imperfeito, grande o suficiente para abrigar um corpo, e quente o suficiente para me esquentar durante a noite.

Ali dentro de um tronco oco, estava eu, sozinha, triste, abandonada, como sempre, não posso culpar as pessoas por me abandonarem, não sou e nunca fui uma pessoa "boa o suficiente" e sempre que podia afastava de mim pessoas maravilhosas, quando elas sem iam por vontade própria, eu as perdia da forma mais intensa e dolorosa que se possa perder uma pessoa. Eduardo, eu nunca o quis por perto, e acabou morrendo por minha culpa. Kate eu a quis por perto e acabou enlouquecendo. John, eu sempre o quis por perto, sempre o quis ter comigo, e a vida se encarregou de tirá-lo de mim.

Nessas horas difíceis é que você realmente para pra pensar se sua vida, na sua caminhada, o que você fez no decorrer de todo o seu percurso na terra serviu para alguma coisa, se você fez algo de bom e o que fez de errado também, tudo, todas as decisões tomadas certas ou erradas. Quando você acha que vai morrer a primeira coisa que pensa é "Deus, eu não posso morrer, não vivi o que tinha para viver e blá, blá, blá". Bem, o meu caso é diferente, não iria querer consertar os erros, iria fazê-los novamente e de novo e de novo, com meus erros aprendi o certo.

A noite cai, o vento que vem de fora toca meu rosto e me arrepia a pele, o ruído do vento é o único som que se consegue ouvir por ali. Então adormeço, estou cansada demais para passar a noite de vigia, não me importaria se alguém me achasse e me matasse aqui e agora.

*JOHN*

We might kiss when we are alone
When nobody's watching
We might take it home
We might make out when nobody's there
It's not that we're scared
It's just that it's delicate

–Delicate, Damien Rice

O que me restou de você foram apenas lembranças, fotografias e nossa musica, daria o mundo para ter você novamente aqui, comigo, te abraçar, te sentir, poder ter aquela sensação de estar em um jardim perfumado quando lhe cheirava, mataria para ter tudo isso novamente.

"BASTARDO!" Grito

"Sim senhor, chamou!" Diz Zé.

"Não, estava penas testando sua audição, é claro que eu chamei, ô imbecil."

"Desculpe senhor" Diz ele baixando a cabeça, em sinal de vergonha.

"Tanto faz! Quero saber como andam as buscas, já a encontraram? E se não, tão esperando o que? Eu pago vocês pra que?"

"Senhor, estamos procurando, mas a floresta é densa, e escura, e além do mais, está nevando, creio eu que ela não resistirá passar a noite na floresta, certamente voltará para a cabana, e se ela voltar estaremos lá a esperando."

"E se ela não voltar? Eu não mandei você ficarem na cabana fazendo porra nenhuma, eu quero uma patrulha pronta pra já, revirem essa floresta de cabeça para baixo, e se precisar cortar arvores, corte! Não me permitirei perder Diana novamente, de novo não! Passei tempo demais sem ela." Digo, enquanto Zé sai.

~ Nota da autora ~

Olá queridos leitores, você não sabe o quão feliz fico em saber que alguém ler o que eu escrevo, e ainda por cima realmente gosta. Mas vamos ao que importa.

Percebam que a história está cheia de paralelos, bem, eles vão ser bastante constantes. Sei que ainda à pontas soltas, como já havia falado, elas vão ser amarradas.

Não sei se estão lembrados da pequena advertência do capitulo um, bem, alguns de vocês devem estar se perguntando: "ela não disse que não teria romance?"

E disse mesmo, não vimos romances, principalmente da parte do personagem principal.

Isso clareará melhor a mente de vocês, a advertência, foi a Diana quem fez, eu apenas escrevi.

Beijos :*

~ Fim da nota ao leitor ~