Nathan me abraçou e eu senti as batidas do seu coração. Estávamos em frente a minha casa, a neve começava a cair bem fina e o frio era reconfortante.
– Não fala isso pra mim, Jessica. Eu sei que está chateada, mas não fala isso. - eu estava chorando.
– Mas eu quero. Não do jeito que está pensando. Quero que fique comigo, não quero um amante, quero um amigo. - ele me apertou mais contra seu peito.
– Isso é fácil, isso posso fazer.
Eu permiti me perder dentro do seu casaco, seu braço apertava minhas costas e eu o molhava com as minhas lágrimas mais uma vez, era quase um dejá vu.
Assim que eu me virei, o vi. Ele estava dentro do carro e me encarava com completa decepção, seu rosto endureceu no ato. Will estava parado do outro lado da rua e olhava diretamente dentro dos meus olhos.
– Aquele é... - começou Nathan, mas o interrompi.
– Ele mesmo.
– Acho que ele quer conversar com você.
– Não acho que queira conversar.
Will saiu do carro e começou a vir na minha direção, mas antes que chegasse perto, olhou dentro dos meu olhos e parou. Ele apertava os lábios com força, sua raiva era tão nítida que me afastei do Nathan devagar.
– Eu vacilei, eu sei. Mas você não tinha o direito de cair nos braços dele. - a voz do Will estava embargada.
– Eu não fui procurá-lo, ele só estava aqui.
– E você achou que ficar agarrada a ele era uma ótima ideia. - eu me afastei do Nathan e caminhei para ficar de frente para o Will.
– Eu não estava agarrada a ele, não do jeito que está falando.
– Ah não? Jessica não insulte a minha inteligência. Qual era o próximo passo? Sem querer ele ia te beijar? - eu o encarei com raiva.
– Isso é um passo bem pequeno já que assim que você terminou com a Megan, foi transar com a Chelsea. - ele me encarou surpreso e eu fechei a boca arrependida. Dessa vez foi ele que levou o tapa.
– Então foi isso? Vingança? Estranho, porque eu não sabia que a gente tinha terminado.
– Não, nós não...
– Eu entendi, Jessica. Tudo bem, se é isso que você quer. - ele começou a se afastar.
– Não, não é. Eu juro que não é isso, eu não queria vingança.
– Então o que foi, Jessica? Você conseguiu ser bem sincera comigo na cafeteria.
– Eu estava chateada e o Nathan me viu saindo do táxi. Ele ofereceu um ombro amigo e eu aceitei. Eu não queria ficar com ele desse jeito. Acredita em mim. - Will se virou e olhou pro carro.
– Amanhã. Nos falamos amanhã.
E entrou no carro. Will jogou as minhas palavras contra mim e foi embora, eu me sentia um lixo. Um pacote descartável jogada no lixão.
– Jessica, eu sinto muito mesmo. - falou Nathan do meu lado.
– Não tem que se desculpar, não fez nada de errado.
– Mas mesmo assim estraguei tudo. - eu olhei pra ele.
– Não foi culpa sua. - suspirei. - Só estou cansada.
– Vocês vão ficar bem.
– Como pode ter certeza?
– Porque ele não terminou com você. Acredite em mim, se ele quisesse tinha terminado, mas não fez. Não é o que ele quer.
– E o que eu faço?
– Agora você vai para sua casa, vai tomar um banho quente, depois vai dormir. Amanhã vai ligar para a Charlotte e vai passar o dia com ela, depois vai se arrumar e vai para o jantar de Ação de Graças que eu sei que vai ser na casa dele.
– Como você sabe? - ele sorriu.
– Porque eu sei que sua mãe não cozinha. - eu dei um sorriso fraco.
– Acho que é um bom plano.
– Sim, é sim. Agora vai.
– Obrigada. - mas antes de ir embora, ele beijou a minha testa devagar.
– Boa noite, Jessica.
– Boa noite, Nathan.
Entrei em casa e procurei minha mãe, ela devia estar no quarto, melhor assim. Eu não estava querendo dar explicações, apenas fui para o meu quarto e segui a ideia de Nathan. Tomei um bom banho quente e me arrumei para dormir, antes de deitar fui fechar a janela. Nathan me encarava sorrindo, ele perguntou se eu estava bem e eu disse que sim.
Deitei na cama e fiquei olhando para o teto, eu não conseguia acreditar em como meu dia tinha terminado de um jeito horrível e até surpreendente. Eu não queria nem ver o Nathan de novo e de repente me vi abraçando ele como se nada tivesse acontecido, nada tivesse mudado. Mas era o oposto, tudo tinha mudado.
Fiquei pensando se depois de hoje o Will ia voltar a ser o que era antes comigo, ou pior, se eu ia voltar a ser o que era antes com ele. A minha imaginação era muito fértil, eu conseguia ver nitidamente ele dormindo com a Megan mesmo que eu tentasse evitar.
Eu não ia conseguir dormir, não assim, eu só conseguia pensar no que poderia acontecer e se eu ia acabar sem um namorado depois do feriado. Levantei e peguei um livro, resolvi distrair a minha mente com um belo romance policial, nada muito pesado nem muito meloso. E depois de meia hora, eu estava dormindo.

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Acordei com o meu celular tocando, demorei um pouco para assimilar, mas no fim acabei desistindo de ignorá-lo e resolvi atender. Era a Charlotte.
– Me conte o que aconteceu. - falou antes mesmo de eu falar alô.
– Como sabe que tem algo acontecendo?
– Nathan me ligou hoje assim que acordei para minha grande surpresa, e falou que você precisava de mim. Mas a questão é como ele poderia saber esse tipo de coisa, se você não estava falando com ele?
– É uma longa história, Charlie.
– Eu sei, chego aí em 10 minutos.– eu sorri e desliguei o telefone.
Charlotte era o tipo de amiga que você quer levar pra vida toda, ela está sempre pronta para aparecer na sua casa caso você esteja passando por problemas. Sei que posso contar com ela para mover o mundo, se for preciso.
Levantei e fui tomar café da manhã, minha mãe ainda dormia o que era estranho, mas como acordava cedo todo dia, ela aproveitava o feriado para dormir até mais tarde.
Comi cereal e depois uma maçã, não estava com vontade de fazer nada. Estava totalmente arrependida de ter discutido com o Will, mesmo que tenha sido necessário porque uma hora ou outra isso ia acabar me sufocando. Pelo menos naquele momento eu ia estar feliz.
Uma campainha me acordou do meu torpor, eu fui me arrastar até a porta e abri com uma cara nada feliz. Charlie me encarou com a sobrancelha levantada e me entregou uma sacola.
– O que é isso? - perguntei.
– A gente pode conversar aí dentro? Está congelando aqui fora.
– Claro. - eu dei espaço pra ela entrar e fechei a porta.
– Agora me conta o que está acontecendo.
– E o que tem na sacola?
– Sorvete, achei que pudesse estar mal já que foi o Nathan que me ligou. - eu sorri abrindo a sacola.
– Está certíssima. Pode ir subindo, vou pegar as colheres.
– Acho bom ser uma história que valha a pena eu ter vindo até aqui. - eu dei de ombros e ela sorriu.
– Você terminou com o Will?
– Ainda não. - falei com uma voz baixa.
– Por quê? Tão ruim assim?
Subi as escadas sem falar nada, apenas segurava o sorvete contra o meu peito. O gelo do sorvete dava um leve choque no meu corpo quente sendo estranhamente agradável.
Charlotte tirou o casaco, o cachecol e sentou na minha cama, seu olhar era de total preocupação e uma pitada de curiosidade. Sentei ao seu lado e abri o pote de sorvete: Chocolate com Nozes, meu preferido.
– Então agora que você está com o sorvete pode conversar comigo?
– Ontem fui conhecer os amigos do Will e eles são bem legais, se você não estivesse namorando ia adorar o Josh, mas as coisas derão incrivelmente errado.
– Pode contar tudo devagar.
E eu contei, contei todos os detalhes irrelevantes e os realmente importantes, contei o que estava na minha mente, contei sobre a nossa discussão e sobre o abraço do Nathan, contei sobre a minha segunda discussão e o modo como o Will saiu. Eu soltei tudo em cima dela, tudo que eu passei boa parte da noite pensando.
– E agora eu acho que ele vai terminar comigo. - Charlie parecia me encarar surpresa.
– Uau. - falou e eu peguei mais uma colherada do sorvete.
– Eu sei, muita coisa pra digerir.
– Mas, Jessie, nunca tinha passado pela sua cabeça que ele pudesse ter transado com a Megan?
– Não, nunca. O estranho é que eu sempre suspeitei que ele não fosse virgem, mas nunca passou pela minha cabeça que ele tenha feito com a ex.
– Eu achando que você era espertinha.
– Charlotte!
– Eu sinto muito.
– Eu também.
– E essa Chelsea, foi um pouco desnecessário. - eu dei de ombros.
– A Chelsea foi meio que uma fuga de tudo. Eu entendo que ele tenha feito isso porque a mãe tinha acabado de morrer e a namorada acabado de traí-lo. E ela também sabe sobre os motivos, tanto que não cobra nada diferente dele.
– Jessica, você vai ter que colocar uma coisa na cabeça. Imagina se fosse ao contrário. Imagine que ele tenha descoberto que você tinha transado com o Nathan. O que vamos combinar, quase aconteceu. - eu parei um tempo pra pensar e a fiquei encarando.
– Sim, eu pensei. E daí?
– Daí, Jessie, que você ia querer que ele te perdoasse porque você ainda não o conhecia. Não o culpe por aquilo que ele fez há muito tempo. O passado tem que ser deixado pra trás, você não é um museu. - respirei fundo e encarei o pote na minha frente.
– Mas é tão difícil, Charlie.
– Sabe o que é difícil? Ficar sem ele. É isso que você quer? Terminar com ele?
– Não, é claro que não.
– Então supera, é isso que as pessoas fazem. O tempo, honey, cura tudo, inclusive isso.
– Acha que eu posso conseguir esquecer? - ela sorriu.
– Tenho certeza que não. - eu a encarei confusa.
– Mas você...
– Nunca disse que você ia conseguir esquecer, mas o tempo vai fazer com que torne suportável. Com o tempo você vai aprender a conviver com essa informação, simples assim.
– Não sei se chamaria de simples.
– Eu sei, acho que está na hora de você aprender que tudo acontece por um motivo.
– Até as brigas? - ela me encarou.
– Principalmente as brigas. - eu sorri.
– Desde quando você ficou tão sábia? - ela riu.
– Sempre fui, você que nunca precisou da minha sabedoria. Sempre foi tão controlada.
– E agora estou perdendo a cabeça?
– Sabe, Jessica, vou usar uma linguagem que você entende.
– Qual?
– A dos livros. Acho que você vai reconhecer essa citação.
"Acha que eu estou enlouquecendo?
Acho que está louca, pirando, maluca de pedra. Mas deixa eu te contar um segredo, as melhores pessoas são assim."
– Lewis Carroll. - falei sorrindo.
– Sempre gostei da Alice. Sempre adorei a habilidade que ela tinha para ser ela mesma.
– Acha que eu sou a Alice?
– Não, mas gostaria que fosse um pouco mais como ela. As melhores pessoas são loucas, Jessie. Aprenda isso mais cedo, e seja bem mais feliz.

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– Filha, está pronta? - perguntou minha mãe na porta.
– Estou indo, me dê mais um minuto.
– Tudo bem, estou te esperando lá embaixo.
Me encarei mais uma vez no espelho. Tinha comprado a roupa com a Charlie, eu queria estar deslumbrante. Afinal, eu tinha que fazer as pazes com o Will e para começar nada melhor que uma roupa incrível.
Eu vestia um vestido preto longo, com aberturas na lateral da cintura e um decote não muito profundo, nas costas uma transparência. Eu estava de salto alto o que me deixava mais elegante, uma echarpe de camurça cobria meus ombros e minha maquiagem estava simplesmente divina com um batom escuro, meu cabelo caía em camadas presos todos de um lado só. Eu esperava que de alguma forma Will visse isso como uma amostra de que eu quero agradá-lo, mesmo. Passei perfume e sorri confiante diante do espelho.
– Jessica, por favor. - gritou minha mãe.
– Estou descendo, mãe. Calma. - ela me encarou da ponta da escada e sorriu.
– Você está magnífica.
– Obrigada, é dia de Ação de Graças. Tenho que estar magnífica.
– Concordo totalmente.
– Você também está linda, mãe.
– Obrigada querida. Agora vamos, não quero pegar muito trânsito.
Tentei ao máximo parecer natural andando com aquela arma (vulgo: salto), mas desisti, deixei para tentar apenas quando estivesse diante do Will.
A viagem de carro foi levemente silenciosa, minha mãe estava cantarolando, mas não me incomodou. Eu só conseguia pensar em como Will estaria vestido, se estava ansioso me esperando ou se estava pensando em terminar comigo.
Assim que minha mãe estacionou minha mão gelou e meu estômago deu um nó, meu nervosismo entrou em níveis alarmantes e eu não conseguia me mexer.
– Está tudo bem? - perguntou minha mãe.
– Está, está sim.
– Tem certeza? - eu dei de ombros.
– Estou um pouco ansiosa. - ela sorriu.
– Está linda, querida. Não se preocupe. - eu assenti e abri a porta do carro.
Minha mãe tocou a campainha com um sorriso, eu não conseguia nem pensar se eu estava com frio. Respirei fundo e sorri quando Richard abriu a porta.
– Vocês duas estão magníficas.
– Obrigada, Rich. - falou minha mãe beijando levemente seus lábios.
– Mas vamos entrar, vocês devem estar congelando aí fora.
Assim que Richard fechou a porta atrás de mim, quis sair correndo. Will não estava em nenhum lugar a vista, o que me deixou nervosa. Mas só piorou quando ouvi o barulho de passos na escada, e lá estava ele.
Will estava com um terno preto perfeitamente passado e uma blusa azul claro que deixava seus olhos em evidência, uma gravata preta e tênis preto brilhoso. Mas seu olhar estava focado em mim, eu pude perceber sua boca abrindo levemente com a surpresa.
– Acho que alguém que me impressionar. - falou com um leve ar de riso. E de repente meu coração se acalmou, tudo estava bem.
– Só se tiver funcionado. - comentei. Ele veio na minha direção e pegou minha echarpe colocando no cabide. Novamente me avaliou dos pés a cabeça e sorriu.
– Se funcionou? Sabe, Jessica, estou sem palavras. - eu sorri.
– Missão: Concluída. - ele riu.
– Vem, o jantar ainda não está pronto e quero conversar com você antes. - assenti e acenei para minha mãe avisando onde estava indo.
Subi as escadas com cuidado, eu não queria cair com aquele salto e estragar a noite. Nada legal! Will andava confiante, mas suas mãos estavam no bolso da calça, o que eu sabia, era um sinal de nervosismo.
– Entra. - e eu entrei. Fui direto para o sofá de frente para o rio East. Tudo estava branco por causa da neve dando um ar teatral para Manhattan.
Will encarou a vista antes de sentar ao meu lado, seu olhar era avaliativo e ele parecia encarar tudo com cuidado, até que ele me olhou. Seus olhos demonstravam confusão e vontade.
– Acho que temos que conversar. - falei.
– Sim, nós temos.
– Quer começar? - ele sentou ao meu lado e me encarou.
– Não sei se quero começar. Mas acho que tenho que tirar algumas dúvidas. - assenti em silêncio. - Promete que não vai mentir pra mim?
– Eu nunca menti pra você. Não tem porquê eu começar agora. Mas promete fazer o mesmo?
– Claro. - ele olhou para o rio East e respirou fundo, logo depois seus olhos focaram em mim mostrando muita seriedade. - Quero saber por que o Nathan? Depois que você tinha decidido que não queria vê-lo?
– Ele só estava lá, Will. Eu desci do táxi e ele estava saindo de casa, eu virei e ele me encarava. Eu estava chorando e ele veio na minha direção, pensei em ignorá-lo e entrar, mas eu estava cansada disso e precisava falar com alguém. Então ele perguntou o que estava acontecendo e eu disse que tínhamos brigado, Nathan perguntou se eu precisava de alguma coisa e eu disse que precisava de um amigo. E ele me abraçou, simples assim. Logo depois você chegou. - Will ficou me encarando por um momento e eu sustentei seu olhar com confiança.
– Acredito em você, acredito mesmo. - eu sorri aliviada.
– Eu não teria nada com ele, não gosto dele desse jeito. Não mais.
– Jessie, acho que está na hora de deixarmos essa história do Nathan pra lá.
– Como assim?
– Eu tenho que confiar em você a respeito dele, e você tem que confiar em mim.
– Eu confio em você, Will. Eu só fiquei surpresa por ter descoberto assim e não fiquei muito feliz por ter descoberto que foi ela. - ele sorriu.
– Não vou mentir pra você, não vou falar que estou arrependido porque eu gostava dela e não tenho dúvida que ela gostava de mim. Mas não penso nela desse jeito desde que você entrou na minha vida. - eu levantei uma sobrancelha. - Tá, talvez não imediatamente, mas depois que começamos a conviver.
– Eu conversei com a Charlie sobre isso e ela falou uma coisa pra mim. Ela disse que eu não vou esquecer, mas que com um tempo isso vai parar de me incomodar. Acredito nela.
– Ela está totalmente certa.
– Eu sei, e disse mais. Perguntei se eu estava pirando e ela citou Carroll pra mim. - ele sorriu.
– "As melhores pessoas são assim." Brilhante.
– Eu sei. Acho que aprendemos muito com os livros.
– O tempo todo, na verdade. Agora vem, estou louco para tirar o seu batom desde que você chegou. - eu ri.
– E só pra você saber, fica assustadoramente lindo de terno. - ele sorriu.
– Não tanto quanto você fica magnífica de salto alto.
– Sinto muito, mas eu odeio salto. - ele deu de ombros.
– E eu odeio usar terno. - nós rimos um pouco antes dele colocar a mão na minha cintura nua e me puxar pra perto.
Seu beijo era suave e estava carregado de alívio, assim como o meu. O seu toque, o seu beijo, tiravam qualquer coisa da minha mente, ela ficava simplesmente limpa. Não nos beijamos intensamente, até porque tínhamos que descer perfeitamente arrumados.
William Corrigan tinha entrado na minha vida fazendo uma grande bagunça, coisa que eu aprendi a gostar. E aqui estávamos, dois loucos que aprenderam a conviver com a perda. Duas pessoas que mesmo com as idas e vindas da vida, se apaixonaram. Simples assim.
– Isso é um novo começo? - perguntei e Will sorriu.
– Um novo capítulo. - eu o beijei levemente.
– E agora? - perguntei e ele me olhou confiante.
– Vamos viver novas aventuras.

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