Saímos da minha casa e peguei a mão de Will, ele sorriu e apertou com força. Não era apenas eu que estava arrumada, Will estava vestido com estilo. Sua calça era vinho, sua blusa jeans de algum jeito realçava muito seus olhos, ele estava com um boné dos Yankees virado para trás e mesmo assim, parecia um modelo de uma nova coleção parisiense. A porta estava aberta, antes de entrar ele me encarou, eu assenti, a música tocava bem alta e eu podia ver o Nathan de costas para gente.
– Hora do show. - falou Will.
Entramos na casa (muito bem conhecida por mim), estava lotada de adolescentes lindos. Os amigos falsos de Nathan Gilbert. A maioria virou para nos encarar com um certo ar de surpresa, eu os conhecia, mas a novidade não eram eles e sim, eu. Um dos amigos do Nathan me encarou em choque e chamou meu nome em tom de incredulidade fazendo com que ele virasse pra mim.
Nathan me encarava em completo choque, talvez por me ver ali, talvez por me ver assim. Seus olhos me avaliaram dos pés a cabeça, eu pude sentir seu olhar como um raio-x. Will apertou minha mão com mais força, eu retribuí. Megan chegou rindo de alguma coisa com um copo na mão, mas parou quando nos viu. Ela me encarou e depois encarou Will surpresa.
– Devemos ir falar com eles? - perguntou Will no meu ouvido.
– Por que não?
Andamos devagar até onde eles estavam, ainda de mãos dadas e Nathan percebeu, esse simples jeito parecia acertá-lo como um tapa. Megan chegou perto dele e passou o braço sobre seu ombro, eu apenas sorri da tentativa.
– Você veio. - falou Nathan um pouco alto por causa da música, mas a surpresa ainda era evidente na sua voz.
– Eu disse que vinha. - falei.
– E trouxe ele. - Nathan conseguiu reunir toda a dose de veneno que conseguiu em apenas uma palavra.
– Sim, eu trouxe. Eu disse que traria, ele é meu namorado.
– Claro, mas que bom que veio. - falou e eu sorri.
– Feliz Aniversário. - eu o abracei e senti sua mão apertando levemente minhas costas, exatamente como ele fazia quando me beijava. Nathan sabia que isso mexeria comigo, e mexeu. Me afastei devagar sem transparecer que tinha me incomodado.
– Obrigado. - falou, Will esticou a mão.
– Feliz Aniversário, cara. - Nathan apertou a mão dele com força e Will retribuiu. Eu podia jurar que tinha visto faíscas.
– Olá, Megan. - falei, ela sorriu. Assim como eu, era uma ótima atriz.
– Olá, Jessica. Adorei o short.
– Obrigada, adorei seu sapato.
– Obrigada. - seu olhar foi direto para meu namorado. - Olá, Will.
– Oi, Megan. - a tensão entre eles era palpável e Nathan percebeu.
– Então, fiquem a vontade. Divirtam-se.
– Valeu. Viu a Charlie?
– Na sala, sabe o caminho. - assenti e saí puxando Will com um sorriso triunfante.
Eu passava pelas pessoas e todas nos encaravam, realmente parecíamos modelos o que para mim era bastante surpreendente.
– E aí? Como foi? - perguntou Charlie vindo na nossa direção.
– Tenso. - respondeu Will e eu sorri.
– Nada que não pudêssemos controlar.
– Sei, bom, quero beber alguma coisa, vem. - falou Charlotte me puxando pelo braço. - E Will, Austin está bem ali.
– Obrigado. - falou Will sumindo no meio das pessoas.
Eu e Charlie andamos a procura de algo para beber, as pessoas estavam dançando no corredor, reconheci algumas delas se agarrando na parede do canto.
– Para de encarar como se tudo fosse novidade. - falou Charlotte.
– Como quer que eu olhe?
– Como se fosse a festas assim todo fim de semana.
– Mas eu não vou.
– Eu sei, mas quando você parece inocente, vira alvo fácil para brincadeiras. - eu a encarei.
– Que brincadeiras? - ela suspirou.
– Ah Dios, por favor, Jessica. Só finja, está bem?
Charlie pegou dois copos e saiu andando, eu tentei andar com confiança. Encontramos Austin, Will e Nathan conversando em um canto. Paramos e olhamos uma para outra, totalmente desconfiadas.
– Será que... - eu dei de ombros.
– Eu não sei o que está acontecendo, mas estou achando tudo muito estranho.
– Sem gritarias, nem socos...
– Acho que vou lá. - falei, Charlie me entregou o copo.
– Acho que precisa beber isso primeiro.
– O que é isso? - ela deu de ombros.
– Não importa, só bebe. - eu a encarei e ela assentiu sorrindo. Bebi devagar, tinha um gosto meio doce. Achei que fosse álcool puro, mas para minha surpresa não era.
– Até que é gostoso.
– Eu sei, agora pode ir lá. Vou ao banheiro se Austin perguntar por mim.
Andei com uma confiança assustadora, respirei fundo e cheguei perto deles. Todos eles olharam pra mim, eu joguei o cabelo pro lado com a mão e sorri, não sei exatamente porque fiz isso, mas fiz.
– E aí? - perguntei. Will sorriu.
– Estávamos conversando sobre você e Charlotte.
– O que exatamente?
– Nada demais. - Nathan deu um sorriso sincero.
– Você está linda. - eu olhei para Will e senti que seus ombros ficaram levemente tensos.
– Obrigada, um pouco diferente. - ele me avaliou de cima a baixo.
– Acho que William te fez bem nesse sentido. - eu sorri meio sem jeito, Will deu um sorriso meio irônico.
– Sinceramente, eu fiz bem a ela em todos os sentidos. - de repente, as faíscas surgiram, eu olhei para Austin em busca de apoio e ele percebeu.
– Cadê a Charlie, Jessie? - perguntou ele e eu sorri.
– Foi ao banheiro, mas já volta.
– O que você está bebendo? - perguntou Will e eu entreguei o copo a ele.
– Não sei o nome, Charlie que pegou. Quer provar? - ele pegou o copo e bebeu.
– Ah, sim. É bom, mas não lembro o nome.
Charlie chegou com dois copos na mão, ela estava sorrindo e eu a encarei. Charlotte era uma garota bonita, tinha cabelos curtos e castanhos, seus olhos eram azuis e seu corpo era esguio.
– Oi gente, tudo bem? - ela entregou um copo para Austin que a puxou para o lado.
– Tudo tranquilo. - falou Will sorrindo de um jeito nada verdadeiro.
– Vamos dançar? - perguntei e Charlie sorriu.
– Claro, vamos lá. Você vai? - perguntou ela a Austin.
– Não, vão vocês. Quem sabe mais tarde? - andamos em direção a sala de jantar, onde virou uma grande pista de dança. O lustre foi substituído por um jogo de luzes, várias garotas dançavam com alguns meninos e o clima era agradável.
A música era bem animada, me lembrou um pouco a balada que fui na primeira vez que saí com William. Charlie dançava com habilidade, sem dúvida ela era boa nisso. Eu, basicamente, mexia o corpo com o mínimo de ritmo. Depois de um tempo dançando, dois garotos que eu não conhecia da escola chegaram na gente, sorrindo.
– E aí? - Charlie sorriu.
– Sinto muito, meninos, mas temos namorado.
– Ah, que azar. Vamos só dançar com vocês. - eu sorri.
– Sem querer ofender, mas eles estão aqui então...
– Sinto muito, gente, garotas erradas. - falou Nathan colocando a mão no braço deles.
– Foi mal, cara, estamos indo. - eles saíram rindo e Nathan deu de ombros.
– Eles são gente boa, mas são um pouco insistentes. - eu sorri.
– Tranquilo. Cadê os meninos?
– Foram beber, daqui a pouco estão aqui.
– E onde está sua namorada? - eu senti que ele ficou um pouco desconfortável.
– Não sei. Deve estar por aí.
– Uau, quanta atenção. - sussurrou Charlie, sem ele ouvir.
– Estão se divertindo? - perguntou ele.
– Claro, parabéns pela festa. - falei.
– Obrigado, não é sempre que se faz 19 anos.
– Está certíssimo. - antes que ele pudesse falar alguma coisa, começou uma música que nós gostamos muito e Charlie sorriu.
– Sinto muito Nathan, mas temos que dançar essa música. - ele sorriu e abriu os braços dando licença.
Nós gostávamos tanto da música que tínhamos até a coreografia. Eu estava me divertindo tanto que nem vi a hora passar por fim minha maquiagem estava quase derretendo.
– Charlie, vou ao banheiro.
– Tudo bem, te espero aqui.
Eu saí da pista a procura do banheiro, mas antes que eu pudesse chegar lá, uma coisa me chamou a atenção. Will estava encostado na pia e eu ia ao encontro dele quando a Megan apareceu. Pensei duas vezes antes de ir até lá, mas acabei não indo. Me senti meio idiota, mas me escondi atrás de uma bancada e esperei.
"Então, você veio." - falou ela meio cantando. Patético.
"A Jessica vinha e eu não podia deixá-la vir sozinha."
"Sei. Então, como você está?" - eu levantei um pouco a cabeça e vi que ela parou do lado dele.
"Estou melhor do que nunca e você?"
"Estou ótima." - Megan colocou a mão no ombro dele e Will se afastou.
"O que você quer, Megan?"
"Sinto sua falta. Sei que vacilei com você e sinto muito, mas ainda gosto de você e sei que gosta de mim." - Will ficou um tempo em silêncio e eu prendi a respiração. Eu não estava ouvindo mais nada, nem a música, nem a conversa das pessoas.
"Está enganada, Megan. Eu gosto da Jessica, gosto de verdade" - ela riu.
"Não seja ridículo, ela pode até estar com roupas melhores, mas ela ainda parece desajeitada."
"Pra mim, ela é perfeita." - meu ego inflou e eu não pude deixar de sorrir.
"O que você viu nela?"
"Ela é inteligente, esperta e sim, ela é linda. Principalmente porque ela não força isso, como você." - eu senti que ela ficou constrangida e apertou os lábios.
"O que adianta estar com a garota perfeita se ela nem gosta de você?" - eu percebi que seus ombros ficaram tensos.
"O que você quer dizer com isso?"
"Ela é apaixonada pelo Nathan, todo mundo sabe disso." - ele deu um sorriso irônico.
"Ah é? E tudo mundo sabe que ele se declarou pra ela? E que ela o rejeitou?" - ela parecia ter levado um tapa.
"Você está mentindo."
"Não, não estou. Você pode até ser meio desajustada e carente de atenção, mas sinceramente se você parar de querer ser tão perfeita pode encontrar alguém que goste de você de verdade." - ela prendeu a respiração e ficou de frente pra ele.
"Então você ainda se importa comigo?"
"Sim, eu me importo. Mas isso não muda nada, Megan. Eu e você nunca vamos voltar. Tem coisas que não podemos perdoar." - ela assentiu e beijou a bochecha dele.
"Você foi um namorado incrível, eu espero que ela seja uma namorada perfeita pra você."
"Não se preocupe, ela é."
Megan saiu com a cabeça erguida e um sorriso no rosto, acho que ela e Nathan se mereciam, os dois eram ótimos atores. Will respirou fundo, tirou o boné e passou a mão pelo cabelo. Eu fiquei encarando o nada por um momento, depois sorri. Levantei e caminhei em sua direção confiante.
– O que... - eu nem deixei ele terminar de falar, o beijei com força. Com certeza, ele foi pego de surpresa, mas mesmo assim retribuiu na mesma proporção.
Will me pegou pela cintura e eu o puxei para ficar de frente pra mim enquanto eu encostava na pia. Eu o queria e eu estava sim me apaixonando por ele. Não tinha como ser diferente, ele era apaixonante.
Eu tirei o boné da sua cabeça e o coloquei na minha, ele sorriu e eu o beijei passando a mão no seu cabelo. Will me levantou e me colocou em cima da bancada, pelo menos assim estávamos da mesma altura. Suas mãos estavam na minha coxa, eu sentia que ele também me queria pelo seu beijo.
– Ah por favor, vão para um quarto. - Charlie estava de braços cruzados nos encarando na porta.
– Dá licença? - pedi e ela sorriu.
– Sinto muito, mas aqui é a cozinha. Vocês que me dão licença. - eu sorri e Will me colocou no chão.
– Sim senhora. - falou ele. Eu segurei sua mão enquanto saímos dali em direção a nenhum lugar específico.
– Me espera aqui que eu vou ao banheiro. - falei e ele assentiu com um sorriso.
Entrei no banheiro e tranquei a porta, me encarei no espelho e sorri. Meu batom já era, meu cabelo só estava alinhado porque eu estava usando o boné do Will e eu não podia estar mais feliz. Depois da conversa dele com a Megan as coisas ficaram muito claras na minha mente, eu não podia deixar esse garoto escapar.
Quando eu abri a porta ele estava conversando com a Charlie que ria descontrolavelmente. Ele sorriu quando me viu e apontou para a sala. Austin jogava Just Dance e para minha surpresa tinha menos ritmo que eu.
– Acho que ele não é muito bom. - falei
– Nem um pouco. - falou Charlie. - Mas vou até lá ajudar ele, e vocês evitem se pegar intensamente na parede.
– Só vai. - falei meio sem graça.
– Agora que ela foi, pode me explicar o que aconteceu na cozinha? - eu dei de ombros.
– Eu não posso agarrar o meu namorado?
– Claro que pode, até deve, mas me pegou de surpresa. - eu troquei o peso do corpo de um pé para outro.
– É que eu... bem, foi meio sem querer...
– O que foi, Jessica? - ele me olhava com curiosidade.
– Eu meio que ouvi a sua conversa com a Megan. - primeiro Will me encarou surpreso, depois sorriu.
– Ela simplesmente achou que poderia me convencer.
– E eu achei incrível você me defender desse jeito.
– Você é minha namorada e eu gosto de você, não poderia ser de outra maneira. - eu o beijei levemente.
– Está certo. Vem vamos nos divertir um pouco mais.
Antes que fossemos muito longe, Nathan parou ao meu lado e segurou o meu braço. Parei de andar pela surpresa, Will parou ao meu lado e o encarou nada feliz.
– O que você quer, Gilbert? - Nathan olhou pra ele e desviou o olhar para me encarar.
– Eu posso conversar com você? - eu olhei para Will que não tirava os olhos dele.
– Eu não sei se é uma boa ideia.
– Por favor. - seu tom era urgente, eu assenti em silêncio.
– Você não pode estar falando sério. - falou Will nada contente.
– Estou te esperando lá em cima. - falou Nathan subindo as escadas.
– Will, eu sei que você não está feliz, mas tenho que conversar com ele.
– Jessica...
– Eu preciso esclarecer algumas coisas com ele. Não se preocupe. Você não confia em mim? - ele deu um sorriso sem humor.
– Não tem haver com confiança e você sabe disso.
– Eu não vou demorar, me espera aqui embaixo. Assim que eu terminar, vou te procurar.
– Como jogar um cordeiro ao lobo. - ele não estava nada feliz e eu sabia, mas mesmo assim concordou e eu subi as escadas.
A porta do quarto de Nathan estava aberta e ele estava parado no meio olhando pra mim. Eu entrei e fechei a porta, não para que ninguém visse, mas para o que barulho da música não atrapalhasse.
– Então, Nathan, espero que seja importante porque eu estou arriscando meu namoro por sua causa.
– Você gosta do William? - a pergunta me pegou de surpresa.
– Por que isso agora?
– Me responde, Jessica. - eu encarei seus olhos, eles pareciam em desespero.
– Gosto, gosto sim. - ele veio na minha direção e acariciou minha bochecha.
– Não mente pra mim.
– Eu não estou mentindo. - ele fechou os olhos.
– Você gostou de mim por cinco anos, não pode simplesmente parar de gostar. - eu tirei sua mão.
– Eu posso sim, não seja egoísta. Você não gostava de mim, o que eu poderia fazer?
– Mas eu gostava. Eu gostava de você. - eu suspirei.
– Como eu ia saber se você nunca disse? De repente você começou a "conversar" com a Megan. O que você achou que eu fosse pensar?
– Eu não gosto dela, não desse jeito.
– Então termina com ela. Não faz sentido vocês estarem juntos, ela também não gosta de você.
– Eu sei, ela deixa isso bem visível. - eu peguei suas mãos e olhei dentro dos seus olhos, sem conseguir me controlar.
– Então por que você continua com isso? Termina com ela e... - eu parei de falar.
– E o quê? E fico com você? É isso que ia dizer?
– Não coloca palavras na minha boca. - Nathan abraçou minha cintura com força.
– Eu sei que você ainda gosta de mim, você pode até dizer que não, mas seu corpo não mente. Seus olhos não podem mentir. - eu fechei os olhos inconscientemente.
– Não faz isso. - minha voz era um sussurro.
– Por que não? Por que não podemos ficar juntos?
– Porque eu gosto do Will. - as minhas palavras o acertaram como flechas. Eu senti sua expressão endurecer.
– Não, não. - ele se afastou e eu comecei a chorar.
– Nathan você é um garoto incrível e eu sei que vai encontrar uma garota que goste de você. Mas é tarde demais pra nós.
– Não fala isso.
– É a verdade, quem sabe se as coisas fossem diferentes? As coisas entre nós começaram errado. - Nathan me abraçou e eu molhei sua camisa com as minhas lágrimas.
– Não vai embora da minha vida, por favor. - ele também chorava.
– Não posso ficar, sinto muito. - eu me afastei devagar. Nathan beijou minha testa e virou de costas pra mim.
Eu saí do quarto e desci as escadas meio perdida, eu apertava o meu lábio com força. Antes que eu pudesse achar o Will, Charlie chegou do meu lado.
– O que aconteceu? - seu olhar era preocupado.
– Nathan. - falei apenas e ela suspirou.
– Ah meu Deus, Jessica.
– Avisa o Will que estou indo pra casa. - eu saí antes que ela pudesse responder.
Eu caminhei para casa com o coração na mão e a cabeça a mil. Tudo que estava tão claro na minha mente de repente se desfez. Entrei em casa correndo e nem vi se minha mãe estava, fui direto para o meu quarto. Nathan não estava mais no quarto dele e eu fechei a cortina para caso ele voltasse não me visse assim, antes que eu pudesse me desesperar Will chegou.
– O que aconteceu? - perguntou ele. Eu estava de costas e não virei. Will caminhou ao meu encontro e me virou, seus olhos estavam preocupados e se transformaram quando me viu.
– Will... - ele se afastou.
– Você ainda gosta dele. Droga Jessica! Depois de tudo... - eu me aproximei dele e ele se afastou.
– Will, deixa eu falar...
– Esquece, se eu sou o empecilho, não precisa mais se preocupar.
Ele saiu antes que eu explicasse, pensei em sentar no chão e chorar, mas eu não ia deixar ele ir embora achando que eu não gostava dele. Contrariando meu próprio orgulho, saí correndo atrás dele.

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