Ele repara que eu estava olhando para ele, logo se levanta e grita:

— Olhem, ele é aquela aberração que me agrediu, cuidado com ele, ele pode matar qualquer um de nós! – um amigo dele tenta fazer com que ele pare, logo retira ele de lá do refeitório. Vejo que todos que estavam lá começou a olhar fixamente para mim, começo a tremer, me levanto da mesa e saio de lá às pressas, vou até meu armário pegar minhas coisas, porém sou interrompido por uma voz familiar, quando me viro era Maggie:

— Onde o senhor pensa que vai? Tem mais aula ainda pela frente... você vai matar aula? – fico um pouco sem jeito porém faço-lhe uma pergunta:

— Você não viu o que houve na cantina? – termino de guardar minhas coisas.

— O cara barraqueiro gritando que você é uma aberração, que era para todos terem cuidado com você? Escutei sim, mas não dei muita confiança, ele está espalhando pela escola que você tem uma força monstruosa entre outras coisas sobre outras pessoas... – a interrompo.

— Então se for ver por um lado ele está com medo de mim é isso? Ele está tentando fazer com que as pessoas tenham medo de mim para que eu fique meio que vulnerável? Mal sabe ele que eu sempre estive sozinho…

— Bom... agora você não está mais sozinho... nós não somos amigos? – poxa agora fiquei sem graça depois dessa bola fora que eu dei. – Obviamente se somos amigos estamos juntos para resolver qualquer coisa certo?

— Claro..., mas... você realmente quer ser amiga do estranho, esquisito, aberração... – reviro os olhos.

— Esqueceu que agora os únicos amigos que tenho são você e a Demi? Porém a Demi e eu andamos brigando..., mas deixa isso quieto…

— Quer vir comigo? Matar o restante das aulas? – Toca o sinal e fico olhando-a e esperando dar a minha resposta. – É agora ou nunca…

— Vamos a onde... aaah nem responda, vamos – ela vai até o seu armário e pega suas coisas, quando ela chega perto de mim, pego em sua mão e vamos até a saída, penso comigo que não posso ir para minha casa que nesse horário minha mãe deve estar lá ou meu pai, para a casa dela também não, então é melhor a gente ir para o parque.

Quando a gente chega no parque, praticamente onde estávamos não haveria nenhum movimento, coloco minhas coisas no chão e me deito, ela faz o mesmo se deitando perto de mim, mas alguns centímetros de distância.

— Wesley, você sempre vem aqui? – a olho por alguns segundos e volto a olhar para cima.

— Comecei a vir recentemente por conta de uns acontecimentos, sabe... – fico sem jeito.

— Ei não precisa ter vergonha, basta você ser quem você é... bom, mesmo que as pessoas te julguem, tenta ser você mesmo.