Acaba a aula, vou direto para minha casa, ao chegar vou direto para meu quarto, sento no banco que havia na janela, avisto a Maggie entrando na casa de Demi. Pego meu velho caderno de desenho que estava ali jogado, e começo a desenhar um retrato de Maggie. Ela é tão bonita, agora não sei se foi por conta de que eu pensei nela ou se realmente foi algo que me puxou.

Quando percebo que ela estava me olhando, imediatamente eu paro de desenhar e me abaixo com um pouco de vergonha, mas logo retomo a posição que eu estava. "Ela tem algo diferente?" penso comigo.

— Poxa ela meio que entre aspas me tirou daquele lugar, então quer dizer que, meio que salvou a minha vida naquele momento? - fico lá pensando alto e desenhando ela. Quando acabo me levando e vou me deitar, fecho os olhos e cochilo um pouco, logo quando abro meus olhos pego meu skate e saio, vou até o local do quase suicídio.

— Cara... tem algo diferente? Poxa, eu só queria poder expressar meus sentimentos, falar o que está preso, ser sincero, sei lá... - suspiro fundo, e logo saio dali e vou para um parque que tem aqui perto. Chegando lá, ando um pouco de skate e vou embora um pouco de noite. Chegando perto de casa, me deparo com uma garota sentada no passeio na frente da casa de Demi, quando chego perto dela, me deparo que era a Maggie. Quando chego em frente à minha casa ela me cumprimenta.

— Hey, garoto quieto? - diz ela com uma voz um pouco triste, nunca ouvi ela com aquele tom de voz... bom só uma vez no 7°ano.

— Oi? Garota da frente... Por quê está aqui fora? Não está lá dentro “curtindo” a festa? - me aproximo perto dela.

— Bom... eu não gosto de beber, então quando as coisas começam a sair do "comum" eu me afasto do pessoal...

— Entendo..., mas mesmo assim... porque aqui fora? - me sento um pouco longe dela, numa distância "boa".

— Aposto que aqui é bemmm melhor do que lá... sabe? "Ar puro" kkk - Ela solta uma risada irônica.

— Não é tanto com esses carros passando...

— Você mora nessa casa, não é? - Ela aponta para a casa da frente.

— Sim... Por quê? - digo com um pouco de vergonha lembrando do ocorrido.

— Então era você quem estava desenhando algo ou alguém? Rsrs

—É... acho que já vou entrar... - Me levanto pegando meu skate.

— Mais já? Mal conversamos... - ela fala meio triste e se levantando.

— Sim... preciso resolver umas coisas lá em casa... - na verdade não tem nada pra falar a verdade.

— Poxa... beleza então... a gente pode se falar outra hora então? - ela quer conversar comigo? Logo eu? Um completo estranho?

— É cl-claro, por que não? - meio que gaguejei pois ninguém absolutamente ninguém falou isso para mim, a não ser para me bater ou minha mãe para me dar uma bronca.

Saio dali deixando-a sentada na calçada. Entro em casa, subo correndo as escadas, chego em meu quarto, meio que jogo meu skate no chão e a observo mais um pouco, e logo me deito. Fico lá ouvindo música até eu me apagar.