Acordo com um pouco de dúvida se o que "aconteceu" ontem foi real ou um sonho, mas de qualquer jeito eu acordei feliz (pela primeira vez que isso acontece em toda minha vida). Me levanto e faço minhas coisas de rotina, quando vou pegar minhas coisas dou uma leve olhada na janela de meu quarto, me deparo em Maggie pegando sua mochila e saindo do quarto, eu fiquei ali um pouco lembrando de ontem, como foi muito bom para minha pessoa.

Desço para cozinha, pego uma torrada com café que minha mãe tinha feito para ela.

— Que milagre é esse Wesley? Vai chover pedra hoje, você sentado à mesa para comer? – Faço uma cara de quem não entendeu nada.

— Mãe eu já vou... – me levanto da mesa pegando minha bolsa e abano minha mão para ela. Ao sair vou em direção ao ponto de ônibus, estava com preguiça de ir de skate, ao entrar vou em direção ao fundo do ônibus, praticamente ninguém iria me ver, porém vejo por algum milagre Demi e Maggie, Demi estava reclamando sobre o motor do carro ter fundido justo na hora delas irem para a escola.

Ao chegar na escola fico pensando em não ir para as duas primeiras aulas que eram de matemática, o professor iria passar a revisão para a prova, e eu não estava querendo ver a mesma matéria novamente. Por fim resolvi matar as aulas, vou para a biblioteca pesquisar mais sobre o que estava acontecendo comigo, ao chegar lá me deparo com Maggie sentada no chão perto de algumas estantes, ela estava com alguns livros em seu colo. Imediatamente lembrei do outro dia, algumas coisas que ela tinha me dito que ficou em minha mente, tomei coragem e fui até lá.

— Oi... é... por que você não foi na aula de matemática? – me sento no chão de frente para ela.

— Bom... primeiro que o professor vai dar revisão, segundo é que a Demi não vai em nenhuma aula, só para ficar com um rapaz. – novidade a Demi querer matar aula só pra ficar com alguém não é mesmo.

— Entendi... posso te fazer uma pergunta? – olho para alguns livros, o título que consegui ler foi "Histórias reais de magia".

— Sobre o que te falei ontem lá no parque? – ela pega um marca páginas e coloca onde parou de ler e fecha o livro deixando-o de lado.

— Sim... é mais uma curiosidade, entende...? – quando me encosto quase derrubo alguns livros.

— Bom ontem você me disse que achava que era uma teoria, certo? E por acaso isso mudou ou ainda acha que é uma teoria? – olho para ela com uma cara de quem ainda estava em dúvida.

— Bom... sinceramente? Eu ainda estou em dúvida, sabe... Porque você me disse algumas coisas ontem e eu fiquei com aquilo na cabeça, e eu gostaria muito de saber o que sou, e por favor não me diga que sou um ser de outro planeta que eu surto – imediatamente começamos a rir.

— Iria ser engraçado você de um extraterrestre – ela ainda estava rindo – ei, tive uma ideia, só que você tem que topar matar os restos das aulas, pode ser? – concordei com a cabeça –beleza, então levanta – ela se levanta e estende seu braço para que eu possa pegar, seguro no mesmo e ela faz um pouco de força e me levanta.

— Beleza? Onde você vai me levar? – ficamos de mãos dadas, indo em direção a porta da biblioteca, antes que vocês pensem que ela estava levando os livros sem passar na bancada está muito enganado, ela deixou lá mesmo.

— Relaxa. Você já ouviu a frase: você é um anjo? – faço cara de dúvida.

— Eu??? Nunca. Por quê?

— É que pessoas como você não são sobrenaturais, você é um protetor. Já que existem "anjos" vai existir algo de quem vocês têm que se proteger, e proteger alguém – beleza... isso é nerdice ou é algo real?

Pegamos uma circular e vamos em direção a sua "antiga" casa, aparentemente não aparentava ter alguém morando.