A Guerra Dos Opostos

Um pesadelo se torna realidade


ALEX POV

Não quero parecer fraca. Não quero ser medrosa. Mas o desespero me faz ficar assim. Com medo. Tenho medo da morte, pois ela tem o poder de tirar quem você mais preza e ama.
Harry e eu voltamos para o castelo, correndo e desviando das maldições e feitiços que cortam o ar à nossa volta.

Alcançamos nossos amigos, que desviavam das Maldições Imperdoáveis, lançadas pelos Comensais da Morte.

- A cobra dele é uma horcrux, certo? – diz Harper. Quase não a reconheço. Seus cabelos loiros e (nos tempos da escola), brilhantes e com mechas negras, está agora, com uma cor de fuligem.

Seu rosto está com marcas de lágrimas e coberto de poeira. Há sangue escorrendo pelo lado direito do seu ouvido, e com pavor, percebo que ela provavelmente ficou surda desse ouvido.

Justin e os outros não estão em melhor situação e, com base neles, fico imaginando que posso estar pior ainda.

— Você precisa descobrir onde Voldemort está, por que a cobra estará com ele, não vai? Faça isso Harry, olhe dentro dele! – diz Hermione, com determinação e autoridade.

Harry fecha os olhos por um instante. Fico imaginando o que ele vê e se é difícil ele entrar na mente de Voldemort. Então, percebo que é mais fácil do que eu imaginava.
Alguns minutos se passam e os estampidos e gritos continuam. Harry abre os olhos.
Harry e eu voltamos para o castelo, correndo e desviando das maldições e feitiços que cortam o ar à nossa volta.

Alcançamos nossos amigos, que desviavam das Maldições Imperdoáveis, lançadas pelos Comensais da Morte.

- A cobra dele é uma horcrux, certo? – diz Harper. Quase não a reconheço. Seus cabelos loiros e (nos tempos da escola), brilhantes e com mechas negras, está agora, com uma cor de fuligem.

Seu rosto está com marcas de lágrimas e coberto de poeira. Há sangue escorrendo pelo lado direito do seu ouvido, e com pavor, percebo que ela provavelmente ficou surda desse ouvido.

Justin e os outros não estão em melhor situação e, com base neles, fico imaginando que posso estar pior ainda.

— Você precisa descobrir onde Voldemort está, por que a cobra estará com ele, não vai? Faça isso Harry, olhe dentro dele! – diz Hermione, com determinação e autoridade.

Harry fecha os olhos por um instante. Fico imaginando o que ele vê e se é difícil ele entrar na mente de Voldemort. Então, percebo que é mais fácil do que eu imaginava.
Harry e eu voltamos para o castelo, correndo e desviando das maldições e feitiços que cortam o ar à nossa volta.

Achamos nossos amigos, que desviam das Maldições Imperdoáveis, lançadas pelos Comensais da Morte, na tapeçaria do amalucado, em frente à Sala Precisa.

- A cobra dele é uma horcrux, certo? – diz Harper. Quase não a reconheço. Seus cabelos loiros e (nos tempos da escola), brilhantes e com mechas negras, está agora, com uma cor de fuligem.

Seu rosto está com marcas de lágrimas e coberto de poeira. Há sangue escorrendo pelo lado direito do seu ouvido, e com pavor, percebo que ela provavelmente ficou surda desse ouvido.

Justin e os outros não estão em melhor situação e, com base neles, fico imaginando que posso estar pior ainda.

— Você precisa descobrir onde Voldemort está, por que a cobra estará com ele, não vai? Faça isso Harry, olhe dentro dele! – diz Hermione, com determinação e autoridade.

Harry fecha os olhos por um instante. Fico imaginando o que ele vê e se é difícil ele entrar na mente de Voldemort. Então, percebo que é mais fácil do que eu imaginava.

— Ele está na Casa dos Gritos. A cobra está com ele, está com alguma proteção mágica em sua volta. Ele acabou de mandar Lucio Malfoy atrás de Snape.
— Voldemort sentado na Casa dos Gritos? — diz Hermione alarmada. — Ele nem está, nem está LUTANDO?
— Ele acha que não precisa lutar, — diz Harry. — Ele acha que eu vou atrás dele.
— Mas por quê? - indaga Gina.
— Ele sabe que eu estou atrás da Horcrux! Ele está mantendo Nagini perto dele... obviamente eu vou ter que ir até ele para chegar perto da coisa. - responde Harry, pensativo.
— Certo — diz Rony, levantando os ombros. — Então você não pode ir, é o que ele quer, o que ele está esperando. Você fica aqui e cuida de Hermione, e eu vou atrás dele.
Encaro Rony, como se ele fosse louco. Felizmente, Harry puxa Rony de volta.
— Vocês dois fiquem aqui, eu vou com a Capa e vou voltar assim que...
— Não, — digo, decidida. Harry me encara. - Você não vai sozinho! Está ficando louco ou o quê?
- Alex tem razão. Faz muito mais sentido se eu pegar a Capa e... - começa Hermione.
— Nem pense nisso! — Rony resmunga para ela.
Antes que Hermione possa dizer — Rony, eu sou tão capaz quanto... — a tapeçaria em cima da escadaria embaixo da qual nós estamos, é rasgada.
— POTTER E RUSSO!
Dois Comensais da Morte mascarados estão ali, mas mesmo antes que eles terminem de levantar as varinhas, Hermione lança um feitiço:
— Glisseo!
As escadas abaixo de nós se transformam em um tobogã onde descemos, incapazes de controlar nossa velocidade, mas tão rápido que os Feitiços Estuporantes dos Comensais da Morte voam por cima de nossas cabeças. Eles atiram através da tapeçaria e os feitiços ricocheteiam no chão, atingindo a parede oposta.
— Duro! — grita Hermione, apontando sua varinha para a tapeçaria, e um barulho muito alto, alto demais de furar os tímpanos irrompe da tapeçaria quando ela vira pedra e os comensais ficaram lutando contra a pedra lisa.
— Voltem! — grita Max. Nos jogamos contra uma porta enquanto um bando de escrivaninhas trovejam além de nós, conduzidas por uma Profª McGonagall correndo a toda. Seu cabelo caí do coque e tem um corte em sua bochecha. Quando ela vira a curva do corredor, posso ouvi-la gritar:
— CARGA!
— Harry, você coloca a Capa, — diz Hermione. — Não se preocupe com nós!
Mas como o instinto heróico dele sempre fala mais alto, Harry já joga a capa em cima de nós. Corremos para a próxima escada e viramos em um corredor cheio de duelos. Os porta retratos nos dois lados dos duelistas estão coalhados de figuras gritando avisos e encorajamentos, enquanto os Comensais da Morte, tanto mascarados quanto sem máscaras, duelam com estudantes e professores. Dino está cara a cara com Dolohov, Parvati com Travers. Ergo a varinha de uma só vez e me surpreendo quando os outros fazem o mesmo. Mas são muitas maldições e é perigoso sermos atingidos ou, atingirmos alguém inocente.
Mesmo enquanto continuando parada, procurando por uma oportunidade de agir, ouço um grande “Wheeeeeeeeeeeeeeeee!” e ao olhar para cima, vejo Pirraça passando por cima de nós, jogando potes de Arapucosos nos Comensais da Morte, em cujas cabeças começam a crescer tubérculos como grossos braços.
— ARGH!
Um pouco dos tubérculos atinge a Capa, acima da cabeça de Rony; o líquido verde paira estranhamente enquanto Rony tenta fazê-lo sair. Tinha que atingir o Rony!
— Tem alguém invisível ali! — fala um Comensal da Morte mascarado, apontando. Dino aproveita o momento de distração dos Comensais e acaba com ele com um Feitiço Estuporante; Dolohov tenta revidar, mas Parvati lança um Corpo Preso nele.
— VAMOS LOGO! — Harry grita, e arrumando a Capa à minha volta, continuo caminhando com eles, através dos muitos duelistas, escorregando um pouco em poças de Arapucosos, através do topo da escada para dentro do salão de entrada.
— Eu sou Draco Malfoy. Eu sou Draco, eu estou do seu lado!
Draco está do outro lado, lutando com outro comensal mascarado. Harry estupora o Comensal quando passam. Malfoy olha em volta, procurando quem o salvou, e Rony da-lhe um soco por debaixo da Capa. Malfoy cai em cima do Comensal, com a boca sangrando, meio aberta.
— E essa é a segunda vez que salvamos sua vida essa noite, seu bastardo de duas caras! — berra Rony, enquanto tento conter uma risada.
Por todas as escadas e pelo hall, há gente duelando. Comensais por todo lado que olho: Yaxley, perto da porta da frente, em combate com Flitwick, um Comensal mascarado duela com Kingsley ao lado deles. Estudantes correm por todos os lados; alguns carregando ou arrastando amigos feridos. Harry aponta um Feitiço Estuporante no Comensal mascarado, ele erra e por pouco não acerta Neville, que havia saído de lugar nenhum lutando com Tentáculos Venenosos, que giram alegremente em volta dos Comensais e começam a girá-los no ar.
Nós descemos a escada de mármore: vidro voa da esquerda, e a ampulheta em que eram computados os pontos da Sonserina derrama as suas esmeraldas por todo lado, de forma que as pessoas escorregam e caem enquanto correm. Dois corpos caem do andar superior acima de nossas cabeças quando nós alcançamos a rua, e logo vejo algo acinzentado - que parece ser um animal - sair correndo em quatro patas através do hall para enfiar seus dentes em alguém caído.
— NÃO! — grita Hermione, e com um gesto da varinha, Fenrir Greyback é jogado para trás do corpo que agonizava de Lilá Brown. Ele bate no corrimão e luta para voltar a ficar de pé. Então, com uma luz branca e um barulho de quebra, uma bola de cristal cae no topo de sua cabeça, ele cae no chão novamente e não se mexe mais.
— Eu tenho mais! — berrou a Professora Trelawney de acima do corrimão. — mais para quem quiser! AQUI.
Nunca pensei em dizer isso, mas a Professora Trelawney não é tão louca quanto eu pensava ser.
Como um saque no tênis, ela tira outra enorme bola de cristal da bolsa, joga para cima e faz a bola quebrar uma janela. Nesse momento as enormes portas de carvalho se abrem com um estrondo e mais enormes aranhas forçam sua entrada no hall.
Ok, retirem o que eu disse. Trelawney ainda é muito doida. O que ela fez com o Comensal foi um surto de normalidade que nunca havia visto nela.
Gritos de terror cortaram o ar: os duelistas se dispersam, Comensais e Hogwartianos da mesma forma, e jatos de luz verdes e vermelhos voam na direção dos monstros que vem, que estremecem e levantam-se nas patas traseiras, mais assustadores que nunca.
Isso ta parecendo Percy Jackson e os Olimpianos. Ao invés de Comensais da Morte, vem monstros? Só falta aparecer um sátiro e dizer que eu sou uma meio-sangue!
— Como vamos sair? — grita Rony acima de todos os berros, mas antes que eu possa pensar em responder, fui empurrada para o lado; Hagrid vem correndo escadas abaixo com um estrondo, brandindo seu guarda-chuva rosa florido.
— Não os machuque! Não os machuque! — ele grita.
Mais um doido para ajudar na festa! Ok, ele ta gritando para que não me machuquem as aranhas. Nós, os bruxos inocentes, que nos ferremos!
— HAGRID, NÃO!— Harry, o mais novo doido da parada, sai de debaixo da Capa, correndo abaixado para evitar as maldições que enchem o salão.
- Ele tem sérios problemas de heroismo! Só pode ser distúrbio! - grito, irritada.
- E você não viu nada. - diz Gina, balançando a cabeça, negativamente.
— HAGRID, VOLTA AQUI! — mas ele nem está a meio caminho de Hagrid quando vejo algo acontecer: Hagrid desaparece por entre as aranhas, e com um movimento rápido, elas se retraem abaixo dos muitos feitiços que voam, Hagrid enterrado no meio delas.
— HARRY!— grito, tentando chamar sua atenção. Mas quem disse que ele me escuta? Harry desce os degraus e sai para fora do castelo.
Saimos atrás de Harry e paramos de repente. Olho para cima, com os olhos arregalados. Na minha frente, está algo com três metros de altura, sua cabeça escondida nas sombras, não é possível ver nada além de sua juba iluminada pelas luzes que vem do castelo. Com um movimento brutal, fluido, ele amassa um pedaço de janela e vidro chove em cima de mim forçando-me a voltar para baixo na proteção das portas. Felizmente, Harry faz o mesmo.
— Oh meu...! — Hermione se esganiça, enquanto vê o gigante.
— NÃO! — Rony grita, pegando a mão de Hermione quando ela levanta a varinha. — Se você o estuporar, ele amassa metade do castelo!
— HAGGER?
Grope vem caminhando pelo lado do castelo; só agora eu noto que o gigante é um pouco pequeno. O monstruoso gigante tenta amassar pessoas nos andares superiores, se vira e solta um rosnado. Os degraus de pedra sacodem quando ele se vira para sua pequena família, e a boca de Grope se abre de lado, mostrando dentes amarelos, meio quebrados; e então eles se jogam uns contra os outros com a selvageria de leões.
Ótimo. Uma luta de MMA entre gigantes, em plena guerra contra as Trevas! Maneiro! Simplesmente incrível!
— CORRAM! — Harry berra.

A noite está cheia de terríveis estampidos e gritos enquanto os gigantes se aproximam, ele pega a minha mão e desce os degraus correndo para os jardins, Rony cobre a parte de trás de nós, com a Capa da Invisibilidade. Harry está correndo tão rápido que nós já estamos a meio caminho da floresta até eu me dar conta do que acontece.
O ar em volta de nós congela. Minha respiração se torna mais pesada. Formas se movem na escuridão, figuras de escuridão concentrada, se movendo em grandes ondas até o castelo, seus rostos escondidos, sua respiração dissonante...
Justin puxa Harper para trás, Rony faz o mesmo com Hermione e Max abraça Gina.
— Vamos, Harry! — diz a voz de Hermione de algum lugar muito, muito longe. — O patrono, Harry!
Ele levanta a varinha, mas noto que Harry paraliza.
— ANDA HARRY! — grita Justin.
Cem dementadores avançam, vindo na nossa direção, sugando o meu caminho próximo ao desespero, que é como uma promessa de um banquete...
Vejo o cão Terrier prateado de Rony no ar, piscar debilmente e sumir; vejo a lontra de Hermione se virar no ar e sumir, e sua varinha tremer em sua mão, e ele quase agradeceu a paz que vinha, a promessa de nada, de não sentir...Vejo a onça de Harper e o dragão de Max. Também vejo o tigre de Justin. Infelizmente, nenhum desses funciona. E Gina, parece apavorada demais para fazer qualquer feitiço.
E então vjo uma lebre, um porco e uma raposa prateada passarem pela nossas cabeças: os dementadores recuam antes que as criaturas se aproximem. Mais três pessoas chegam vindo da escuridão para parar ao lado nós, suas varinhas em riste, continuando a guiar os patronos: Luna, Ernesto e Simas.
— Isso mesmo, — diz Luna cheia de coragem, como se estivessemos de volta à Sala Precisa, — Isso mesmo, Harry... pense em algo feliz...Você também Alex.
— Algo feliz? — Harry e eu perguntamos, ao mesmo tempo.
Nunca consegui produzir um patrono descente. Sempre tive sérios problemas com isso. Uma vez eu tive sorte. Mas foi apenas uma vez. Além do mais, eu não tenho coisas realmente boas para pensar. O fim do mundo está próximo, e eu serei a causadora disso. Então, por que pensar em algo feliz, sabendo que meus amigos morrerão?
— Nós ainda estamos aqui,— sussurra Luna — Nós ainda estamos lutando. Venham agora...
Houve uma fagulha prateada, e então uma enorme luz, e assim, com o maior esforço que já lhe custara o cervo saiu da ponta da varinha de Harry. Ele segue em frente, e agora os dementadores saem para o escuro, e imediatamente a noite volta de novo, mas o som da batalha volta também, forte aos meus ouvidos.
— Não podemos agradecer o suficiente. — diz Rony tremendo, se virando para Luna Ernesto e Simas, — vocês salvaram...
Com outro rosnado de fazer o coração parar, outro gigante veio correndo de fora da escuridão na direção da floresta, brandindo um bastão maior que qualquer um deles. Eles querem me matar do coração por acaso?
— CORRAM! — Harry grita de novo, mas eu não precisei de nenhum aviso; estávamos dispersos, e foi bem na hora, no próximo segundo, o vasto pé da criatura cai exatamente, onde nós estávamos antes.

Justin parece estranho. Harper meio que o puxa e o carrega, enquanto ele permanece calado. O silêncio de Justin nessa situação é assustador. Ele então, começa a tremer.

- Justin! – grito, indo até ele e Harper.

Os outros param de correr e vem até nós.

- O que você tem? – pergunta Max.

- Morgana...Trevas... – murmura Justin.

- Temos que levá-lo daqui. Ela está por perto. – digo, olhando para os lados, como quem espera que Milenne Morgana saia de trás dos arbustos e comece a matar todo mundo. – Vou...Atrás dela!

- Não! Você não pode ir sozinha. – diz Harry, da mesma forma que eu falei com ele, tempos atrás. Ele puxa-me pela mão. – Você não vai atrás dela e pronto!
Respiro fundo.
- Eu tenho que ir atrás dela...
- Se eu não posso ir atrás de Voldemort sozinho, você não pode ir atrás de Morgana. Ponto final. - diz Harry, decidido.
Os estampidos continuam. Bruxos gritam e meu medo aumenta. Justin está mal. Muito mal. Max e Harper mantém ele em pé, com os braços de Justin envolta de seus ombros.
- Vamos fazer o que é certo. - digo, segurando a mão de Harry, entre as minhas. Ele fixa seus olhos nos meus. - Temos que acabar com isso. O que importa são eles e não nós dois.
Indico meus irmãos e os bruxos da Ordem da Fênix, que duelam. Harry concorda. Dou um meio sorriso.
Tiro a corrente do meu pescoço, que minha mãe me deu. Passo pelo pescoço de Harry e coloco debaixo dos seus suéteres. Ele me encara.
- Pense em mim, enquanto estiver fazendo o que tem que fazer - viro-me e vejo Justin desacordado. Respiro fundo, criando coragem. - Tome cuidado.
Eu sei que Harry vai acabar indo atrás de Voldemort, por isso já estou dizendo tudo isso. Harry me abraça forte.
- Tome cuidado também. - ele beija minha testa.
Encosto meus lábios nos dele, em um beijo de despedida. Uma despedida para seguirmos nossos instintos e salvarmos à todos (ou destruir tudo).
- Nos veremos em breve. - caminho de costas e subo o gramado correndo, com Max, Harper e Justin logo atrás de mim.
Ao olhar para trás, vejo Harry seguindo com Rony, Hermione e Gina para a Casa dos Gritos, no Salgueiro Lutador. Boa sorte, Cicatriz. Salve o mundo bruxo.
(...)
Conseguimos achar um lugar mais calmo, dentro de uma sala de aula vazia. Fecho a porta e viro-me para meus amigos.
- O que você está sentindo? - pergunto, encostando minha mão na testa de Justin, checando sua temperatura.
- Dor e...Como se meu sangue estivesse sendo substítuido por outra substância - responde ele, com a voz fraca.
Sua temperatura está alta e seu corpo inteiro treme. Max tira um dos suéteres e entrega para Justin, que veste por cima dos outros. Infelizmente, ele ainda treme.
- Cachimirus Aparecius. - diz Max e um outro suéter, surge em seu corpo.
- O que faremos com ele? - pergunta Harper, enquanto mexe nos cabelos de Justin, que mantém a cabeça dele no colo dela.
- Vamos esperar um pouco - sugiro, nervosa. - Voldemort vai acabar deixando que cuidemos dos feridos.
- E se isso não acontecer? - pergunta Harper, com a voz esganiçada, enquanto passa as mãos pelo rosto de Justin.
- Isso vai acontecer. Max, tente falar com papai e mamãe. Tente fazer com que venham aqui e vejam o que Justin tem. Harper, fique com Justin. Cuide dele. Eu já volto. - digo, saindo da sala.
Logo que fecho a porta, vários Comensais da Morte vem na minha direção. Faço uma explosão de sombras atingi-los. Eles trombam uns com os outros e tentam afastar a escuridão, que persiste e torna o ar em volta deles, pesado.
As sombras somem e sombram apenas os corpos dos comensais.
"Isso mesmo", diz Morgana, na minha mente. "Mate. Use as Trevas que existem dentro de você".
Balanço a cabeça e corro. Estuporo alguns comensais e desvio de vários feitiços. O vestido que uso, esvoaça por conta do vento e meus cabelos seguem o mesmo percurso. Agora, a questão é encontrar Morgana e evitar algo muito ruim. Como o fim do mundo, por exemplo.
Reconheço um casal de meia-idade, logo na minha frente.
- Mãe! Pai! - grito, em desespero e ao mesmo tempo, alívio.
Eles estão na minha frente, ofegantes e sorrindo. Me aproximo o suficiente e pulo nos braços deles, como uma criança querendo colo.
- Filha! Você está viva! - minha mãe me abraça forte. - Ouvimos o boato de que estava morta.
- Era apenas um boato. - digo, me separando deles. - Mas o Justin...
- O que tem o Justin? - pergunta o sr.Russo, cheio de preocupação.
Dou um suspiro.
- Ele está muito mal. Morgana está tentando dominá-lo. Não sei se vai resistir! - respondo, falando rapidamente.
Eles se entreolham. Os lampejos e explosões continuam, fora e dentro do castelo.
- Onde ele está? - indaga a sra.Russo.
Levo-os para a sala vazia.
- Justin! - a sra.Russo se ajoelha ao lado de Harper e Justin, que estão no mesmo lugar que os deixei.
Max não está aqui. Provavelmente, foi procurar meus pais como eu tinha pedido. Espero que ele se cuide.
- O que ele tem? - pergunto, quando vejo meu pai, encarando Justin, preocupado.
Minha mãe acaricia os cabelos de Justin e checa sua temperatura. Meu pai suspira e me chama para o canto da sala.
- Morgana está jogando todas as suas fichas. Ela quer possuir Justin, provavelmente, para que ele lute contra você.
- O quê? - pergunto, perplexa. Primeiro, como meu pai pode saber disso? E em segundo, Justin lutar contra mim? Não. Nem pensar.
- Morgana costuma testar os seus oponentes. Ela sempre teve estratégia, sempre foi muito boa nisso. - meu pai para e parece pensativo. Então continua. - Alex, temos que esperar e levar Justin para um lugar seguro. Se as Trevas manipularem ele outra vez, duvido que a agressão continue só em palavras. Ainda mais contra você.
Eu poderia considerar isso uma ofensa, mas meu pai está certo. Eu não suportaria que Justin me atacasse e deixasse que isso aconteça. Provavelmente, eu revidaria.
- Voldemort vai se cansar. Vai querer descanso. Nessa hora, nós tiramos Justin daqui. - digo.
Meu pai concorda, encarando Justin. Fito-o também. Se Morgana dominá-lo outra vez...Não quero nem pensar.
(...)
— Vocês têm lutado, — disse a voz alta e fria, ressonando pelo castelo e pelas redondezas — valentemente. Lorde Voldemort sabe valorizar bravura. Entretanto, vocês têm enfrentado grandes perdas. Se continuarem resistindo a mim, vocês todos morrerão, um por um. Eu não desejo que isso aconteça. Cada porção de sangue mágico derramado é uma grande perda. Lorde Voldemort é misericordioso. Eu ordeno que minhas forças voltem imediatamente. Vocês têm uma hora. Disponham seus mortos com dignidade. Cuidem de seus feridos. Agora eu falo, Harry Potter, diretamente para você. Você tem permitido que seus amigos morram por ti ao invés de você mesmo me enfrentar. Eu esperarei por uma hora na Floresta Proibida. Se, ao final de uma hora, você não tiver vindo até mim, não tiver se rendido, então a batalha recomeçará. Desta vez, eu mesmo entrarei na luta, Harry Potter, encontrarei você e punirei todos os últimos homens, mulheres e crianças que tentarem te esconder de mim. Uma hora.
Voldemort se cala. Fico em silêncio, observando o céu escuro, na Torre de Astronomia. Ouço passos às minhas costas.
- Os alunos de Beauxbatons chegaram. Chamei-os como me pediu. - diz Harper, olhando para o céu também.
Suspiro.
- Obrigada, Harper. - digo, calmamente. Acabei de assumir o comando de parte da batalha. Os bruxos da Ordem da Fênix, estavam precisando de reforços e Minerva me deu passe livre, para agir da minha maneira. Não tenho certeza do porque que ela pediu para eu fazer isso, mas minha estratégia está funcionando. - Como Justin está?
- Madame Pomprey já deu várias poções para ele. - responde Harper, respirando fundo. - Está melhorando. Ele...Ele...
- O que ele tem, Harper? - pergunto, virando-me para ela.
Harper balança a cabeça, confusa.
- Ele está com uma marca no pescoço que...está aumentando.
Arregalo os olhos.
"Minha marca estará no seu querido irmão", diz Morgana, na minha mente. "Mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer. Ele será mais um dos meus fantoches e se voltará contra você".
- Alex? Você está bem? - pergunta Harper.
"Se alguma coisa acontecer com o seu querido namorado", diz Morgana, ronronando, irritantemente. "Você terá que lutar contra Voldemort. Oh! Mas é claro, nada disso irá acontecer. Não é mesmo?"
- Alex? - chama Harper, novamente.
- E-e-e-estou bem. - digo, com a mão na testa. - Encontre Max. Traga-o aqui. Por favor.
Harper saiu correndo. Me viro para a janela e encaro o céu. Tudo está silencioso. Voldemort ainda não atacou novamente.
Fico pensando onde Harry está agora. Se também está descansando ou tramando alguma coisa. Provavelmente, a segunda opção.
- Você mudou bastante - diz uma voz, às minhas costas.
Pego minha adaga e dou um sorriso de canto.
- E você obedece ordens. - revido, me virando.
Ele está com os mesmos cabelos escuros e os olhos, dourados. Sua pele está com fuligem e escorre um filete de sangue da sua boca. Mesmo assim, Kevin Jadeson tem o mesmo sorriso confiante de sempre.
- Tenho que fazer isso. A guerra já está ganha. Morgana vai vencer tudo isso. - diz Kevin, calmamente.
- Você não tem que fazer isso. - digo, suspirando. - Está fazendo porque quer.
- Eu fui possuído! Não tenho mais volta! Será que você não entende? - pergunta Kevin, como se eu tivesse algum problema mental.
- Todos tem escolhas. Até mesmo os possuídos pelas Trevas. - digo, segurando minha adaga, com força. - Pode tentar me matar se quiser. Mas se fizer isso, esqueço que algum dia nós fomos amigos.
Kevin engoliu em seco. Dou um sorrisinho de lado.
- Como pensei. - digo, passando por Kevin e saindo da Torre de Astronomia.
(...)
- Viram Harry? - pergunto, quando chego no Salão Principal.
Gina e Max negam. Rony e Hermione fazem o mesmo.
Vejo que a professora Trelawney, coloca um cobertor por cima do corpo de Lilá Brown, enquanto Padma e Parvati Patil, choram.
Outros alunos, choram por seus mortos. Perplexa, vejo os corpos de Remo Lupin e Ninfadora Tonks no meio dos corpos.
- Não...Não acredito. - murmuro, balançando a cabeça negativamente. Eu gostava deles.
- Snape está morto também. - comenta Gina, como se acabasse de se lembrar daquilo.
Encaro-a.
- E...?
Gina dá de ombros.
- Achei que iria gostar de saber.
Balanço a cabeça negativamente.
- Não sei bem. Talvez tenha sido melhor assim, tanto para ele, quanto para nós. - digo, saindo dali.
- Alex! - Neville vêm na minha direção, correndo. - Alex!
Paro de caminhar e o encaro. Neville para derrapando, na minha frente.
- Harry...Ele...Ele foi para a Floresta Proibida... - Neville tenta recuperar o fôlego.
O encaro.
- Floresta Proibida? O quê...? - então, a ficha cai. Harry foi atrás de Voldemort. Mas...Não. Ele não deve ter ido se entregar. Ou foi?
Neville explica que Harry pediu à ele que destruisse Nagini se tivesse oportunidade. E que Harry pediu para que Neville dissesse para eu não ir atrás dele na floresta.
Suspiro. Tipíco do meu namorado.
- Tudo bem. Não irei atrás dele. Contanto que ele não faça bobagens. - digo, duramente.
Caminho para longe dali, pensando. Posso sentir que Morgana está eufórica. Provavelmente, seus planos estão indo bem, o que não é nada bom para mim.
(...)
Um estouro. O céu estrelado deixa de ganhar minha atenção. Encaro os gramados de Hogwarts, logo abaixo de mim.
Vejo os Comensais da Morte, todos reunidos. Voldemort está logo à frente, ao lado de Bellatriz e...Hagrid?
Sim. É o Hagrid. Mas o que...Ah não! Posso notar que ele carrega...Alguém?!
Voldemort fala e sua voz, soa por todo o castelo, ampliada magicamente.
— Harry Potter está morto. Morreu enquanto fugia, enquanto vocês apostavam sua vida por ele. Nós trouxemos seu corpo como prova que seu herói se foi. A batalha está ganha. Vocês perderam metade de seus guerreiros. O número de meus Comensais da Morte é maior que o de vocês, e o garoto que sobreviveu acabou. Não há mais guerra. Aquele que tentar resistir, homem mulher ou criança, será massacrado assim como os membros de sua família. Saiam do castelo, ajoelhem-se diante de mim, e você será poupado. Seus pais e filhos viverão e serão perdoados,e você se unirá a mim nesse novo mundo que construiremos juntos.
– NÃO! - grito. Harry não. Ele não pode estar morto. Não pode...
Todos olham para mim. Não me importo com isso. Minhas mão tremem. Mas não é de medo. É de puro ódio e raiva.
Voldemort me encara, divertido. Os outros Comensais da Morte, zombam e gargalham com deboche.
- E o que você vai fazer, menina insolente? - pergunta Voldemort, em tom de desafio.
- Vou te enfrentar - respondo, prontamente. - Para você dominar à todos, terá que passar por cima de mim primeiro.
Salto da Torre de Astronomia e caio de pé, à frente de Voldemort.
Voldemort gargalha. Belatriz ri, com deboche.
- A namoradinha do Potter está bravinha. Posso acabar com ela primeiro, Milorde - diz a Comensal da Morte, rindo.
- Não! - exclama Voldemort, com sua voz normal. - Vou lutar contra Russo e pisar nela, como fiz com Harry Potter.
Todos se afastam e formam uma roda. Hagrid deposita o corpo de Harry no chão, logo atrás de mim. Não me atrevo a olhar. Em vez disso, fecho os olhos, por um segundo.