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ALEX POV

Harry, Rony, Hermione, Gina, Harper e Max estavam subindo um morro. Rony chegou primeiro e parecia animado, com alguma coisa.

– É logo ali. Tem que ser. Só a Luna teria uma casa dessas. - disse Rony, apontando para uma casa logo atrás de um morro.

A casa era estranhamente chamativa. Com um jardim em volta, havia flores estranhas e normais ali. Placas e outras coisas mirabolantes para uma fachada de residência. Harry e os outros aparataram até lá.

– Margaridas são tão bonitas. - disse Harper passando os dedos por aquelas flores no jardim mais estranho que eu já vi na minha vida.

Harry foi até a porta. Bateu e logo, um homem atendeu. Com cabelos loiro-brancos e longos, camisa colorida e calça branca, ele parecia muito com alguém, que não consigo recordar.

– Quem são vocês? O que querem? - perguntou o homem, grosseiramente.

– Sr.Lovegood, sou Harry. Harry Potter. - disse Harry, estendendo a mão para o senhor, que a ignorou totalmente e ficou boquiaberto, encarando Harry e provavelmente, vendo sua cicatriz.

— Tudo bem se entrarmos? — perguntou Harry, — Tem uma coisa que temos que perguntar a você.

— Eu... eu não sei se isso é aconselhável — sussurrou Xenofilio. Ele deu uma rápida olhada ao redor do jardim. — Realmente um choque... Minha palavra... eu... eu temo que... realmente acho que não devo...

— Não vai levar muito tempo — disse Harry, parecendo desapontado.

— Hum..certo, então, entrem rápido, rápido! - disse Xenofílio Lovegood, com urgência.

Quando a porta se fechou às costas dos meus amigos, eu acordo assustada.

(...)

– Algum problema? - pergunta Astoria, pegando algumas roupas da minha mochila e colocando em cima da cama, aos meus pés.

Coloco uma das mãos na cabeça.

– Harry e os outros. Sinto que estão com problemas. - respondo, levantando da cama e pegando a roupa de cima da cama. Tory sempre teve a mania de escolher minhas roupas, como uma mãe mesmo. Eu não discuto, porque as roupas que ela escolhe sempre são legais.

Vou me trocar e Astoria questiona.

– Você sonhou com isso?

– Foi. Harry deve ter tido a idéia de ir até a casa dos Lovegood, atrás do pai da Luna. - respondo, saindo do banheiro, prendendo meus cabelos em um rabo de cavalo.

– Estranho. Por que ele iria até lá? - pergunta Tory, sentando na minha cama.

– Não sei. - dou de ombros. - Deve ser alguma coisa relacionada às Horcruxes.

– Vamos tomar café? - pergunta Tory, se levantando.

– O.K. - digo, e sigo Astoria, até a cozinha.

Ovos mexidos com bacon e suco de abóbora, eu fico pensando, a quanto tempo não provo algo tão bom assim. Termino meu café e Astoria parece pensativa.

– A propósito - digo, limpando os lábios no guardanapo e sorrindo para Tory. - Você não deveria estar em Hogwarts?

Astoria balança a cabeça e logo, se levanta, começando a tirar a mesa.

– Algum problema? - pergunto, me levantando.

Tory coloca os pratos na pia e se vira para mim.

– Fui expulsa. - diz ela, com lágrimas brotando de seus olhos.

– O que?! Como assim? - pergunto, confusa e assustada, por ver uma Conjuradora das Trevas, chorando. É estranho, para alguém tão frio. Talvez, Astoria não seja completamente cheia de trevas.

– Anteontem. - responde Tory, secando o rosto e parecendo irritada, ao invés de triste, de repente. - Bati na Aleto Carrow.

– Espera, ela não é uma comensal da morte? - pergunto.
– Sim. - diz Astoria, revirando os olhos e cruzando os braços. - Ela e o irmão estão lecionando matérias em Hogwarts. Aleto está lecionando Estudo dos Trouxes e o irmão, Defesa Contra As Artes das Trevas, se não me engano.

– Com o Snape no comando, não esperava algo melhor. - digo, balançando a cabeça.

– As coisas estão bem ruins por lá, aliás. - comenta Tory, indignada.

Ajudo Tory a tirar a mesa, pensando no sonho que tive.

O.O

HARRY POV

A explosão ocorre. A poeira sobe e logo, Max e Harper se levantam e começam a ajudar Hermione, a tirar Rony de debaixo de um ármario, que caiu em suas pernas.

Começo a ajudá-los, querendo ser rápido. Ainda é difícil acreditar que o sr.Lovegood foi capaz de nos enganar. Viemos até sua casa, para conseguir informações sobre o símbolo estranho, que sempre aparece para nós.

Pelo menos, fiquei sabendo que o símbolo é das Relíquias da Morte. Isso me deixou um tanto...Confiante. É, as relíquias me deixaram assim. Afinal, tenho duas delas. Para eu me tornar o Senhor da Morte, preciso de mais uma. A Varinha das Varinhas.

Tiramos Rony de debaixo do ármario e ouvimos as vozes dos Comensais da Morte, intimidando Xenofílio.

Então, Hermione segura a minha e a mão de Rony, depois de jogar a Capa da Invisibilidade por cima dele e de Gina. Max e Harper seguram a mão de Gina e logo, aparatamos.

De relance, vejo os Comensais da Morte. Então, tudo gira novamente e caio, em um gramado. Olho para o céu e o vejo, escuro. O sol não aparece à dias. Então, meus pensamentos vão até Alex. Onde ela deve estar? Como ela deve estar?

Hermione explica seu plano e seus motivos por ter jogado a Capa por cima de Rony e Gina. Por conta deles estarem, supostamente, doentes em casa, não poderia simplesmente estragar tudo. Já Harper, está segura e como Hermione, não corre perigo algum de ter sua família morta, já que estes, estão na França e mal se lembram que tem uma filha.

Rony elogia Hermione e posso notar que a guarda dela está baixando. Pelo menos, Alex ajudou muito nisso. Depois de deixar a carta, notei que Rony e Mione finalmente ficaram mais próximos. Ainda bem!

Sinto muita falta da Alex. Não tenho como descrever em palavras o quanto sinto falta dela. Mas infelizmente, não posso mudar essa situação. Alex terá seus poderes reivindicados e, infelizmente, a chance das Trevas fazerem isso é grande. Por isso o tempo está ruim, por isso as coisas estão tão más. As Trevas estão voltando à Terra, para mais uma reivindicação e dessa vez, muito importante.

Fico vigiando a barraca e pensando em Alex. Tomara que Rony consiga sintonizar logo na estação certa, onde passa o programa "Observatório Potter". Quem sabe eles não falam algo sobre a Alex?

(...)

ALEX POV

Visto a calça jeans escura, as botas, a camiseta preta e o sobretudo branco. Arrumo os cabelos e os deixo encaracolados. Ao me olhar no espelho, noto como estou cada dia mais sombria.

Astoria se veste praticamente como eu. Deixa os cabelos negros com mechas loiras, encaracolados e soltos. Passa um batom vermelho, que combina com seus olhos dourados. Coloca um sobretudo preto, um vestido azul-escuro, e botas da cor marrom.

Coloco os óculos escuros e pego minha varinha, colocando no bolso interno do sobretudo. Pego as facas e deixo na parte de dentro do casaco.

Saimos de casa e observamos a rua, deserta e escura. Já é quase noite. O tempo não agrada muita gente, por isso que somos apenas nós duas na rua. Damos as mãos e aparatamos.

Chegamos na Rua da Fiação. Tiro os óculos e encaro Astoria.

– Tem certeza? - pergunto.

– Absoluta. - garante Tory, tirando os óculos. - Draco me contou. Narcisa e Bellatriz vieram até aqui, para pedir que Snape cuidasse do Draco.

Assinto e pego as luvas negras. As visto e caminhamos pela rua, até a casa do Snape. Velha e aparentemente, deserta.

– Alohomora. - murmuro, com a varinha apontada para o trinco.

Logo, a porta se abre e Astoria acende sua varinha. Fecho a porta e caminhamos pela bagunça da casa.

– Parece que alguém esteve aqui. - digo, observando tudo.

– Ou deve ser a casa dele que já é uma bagunça mesmo. - brinca Tory.

Tiro o sobretudo e começo a revirar todos os papéis espalhados pelo chão. Astoria abre as gavetas, de uma vez, com o auxílio da varinha.

– Não está em lugar algum! - exclamo, desesperada.

– Calma. Tem que estar por aqui. - diz Tory, continuando a revirar as gavetas.

O que estamos procurando, é nada mais, nada menos, que a carta que Snape recebeu antes que as aulas se iniciassem em Hogwarts.

Pelo que Tory descobriu graças à Draco Malfoy (ela soube extrair muita coisa dele), Bellatriz mandou uma carta para Snape, avisando que tinha capturado os meus pais, com a ajuda da Morgana.

– Accio carta! - grito, com a varinha apontada para uma direção qualquer.

É ridículo fazer isso, já que milhares de cartas devem estar espalhadas por essa casa nojenta. Mas para minha surpresa, várias cartas vem voando em minha direção e, consigo ver, uma especial.

A pego por impulso. As outras cartas que voavam, caem no chão e nesse instante, já leio o que há em minhas mãos.


Caro Snape,

Acredite, consegui capturar os nojentos pais da namoradinha do Potter. Morgana me ajudou. Ela sabe comandar e matar muito bem.

Trouxemos os Russo para a Mansão dos Malfoy. Como sabe, não tinha um esconderijo melhor e o porão foi o mais sofisticado e torturante que encontrei.

Morgana virá para cá, em Julho. Pelo jeito, a reivindicação da Russo será em breve. Como sabe, Milorde convocou à todos nós para uma reunião na casa da Cissa. Portanto, é melhor aparecer se não quiser perder a confiança do mestre.

Assinado,

Bellatriz Lestrange.


– Já sabemos de duas coisas, Alex. - diz Tory, que leu a carta por cima do meu ombro.

– Meus pais estão na Mansão dos Malfoy. - digo, jogando a carta em um lado.

– E a Conjuradora mais poderosa, que comanda as Trevas, tem nome e sobrenome. - diz Astoria, cerrando os punhos.

– Milenne Morgana. - completo, sentindo uma imensa raiva dentro de mim.

Saimos da Rua da Fiação e aparatamos, voltando para a mansão da minha prima, e claro, começando a pensar em um plano muito bom, para entrarmos na Mansão dos Malfoy e salvarmos meus pais.