A Guerra Dos Opostos

Rolo da Escadaria Na Casa Macabra...


ALEX POV

Logo que aparatamos em Hogsmeade, a confusão se iniciou. Comensais da Morte gritaram em aprovação e um deles, fez um feitiço de conjuração da Capa da Invisibilidade. Felizmente, não funcionou. A capa mal se mexeu.

– Então não está debaixo da sua capa, Potter? — grita o Comensal da Morte que tinha tentado o feitiço, e então grita aos seus companheiros. — Espalhem-se. Ele está aqui. E provavelmente, a Russo também está.

Seis dos Comensais da Morte correram para eles: Harry, Rony e Hermione impeliram-se o mais depressa possível pela rua lateral mais próxima, e os Comensais os erraram por poucas polegadas. Eles esperaram na escuridão, escutando os passos que corriam para cima e para baixo; raios de luz voavam pela rua, vindos das varinhas dos Comensais da Morte que os procuravam.

– Vamos partir agora! — sussurra Hermione. — Desaparatem agora!

– Boa idéia, — diz Rony, mas antes que Harry pudesse responder, um Comensal da Morte gritou:

– Nós sabemos que você está aqui, Potter, e não há como escapar! Nós o encontraremos!

Soltei um palavrão e Justin me repreendeu.

– Eles estavam esperando por nós, — sussurra Harper. — Eles prepararam aquele feitiço para avisá-los quando chegássemos. Eu calculo que eles fizeram algo para nos manter aqui, para nos emboscar...

– E quanto os dementadores? — perguntou o outro Comensal da Morte.

— Vamos dar a eles carta branca, eles o achariam bem rápido!

– O Lorde das Trevas não quer Potter morto por ninguém além dele...

– Os dementadores não o matarão! O Lorde das trevas quer a vida de Potter, não sua alma. Ele será morto mais fácil se já tiver sido Beijado!

Havia ruídos de acordo. Merda, merda, merda. Se os Dementadores vierem, teremos que conjurar Patronos e então, entregaremos nossa localização exata.

– Nós teremos que tentar desaparatar, Harry! — sussurra Gina.

Mas logo que Gina termina a frase, um frio anormal preenche o local em que estamos. A luz foi sugada do ambiente e das estrelas, que desapareceram de uma forma assustadora.

Senti Harry segurar minha mão e girarmos no mesmo lugar, entretanto, isso não funcionou.

O ar pelo qual nós precisamos nos mover, parece ter ficado sólido: não conseguimos desaparatar; os Comensais da Morte haviam lançado bem os seus feitiços. O frio está penetrando cada vez mais fundo no meu corpo. Recuamos pela rua, tentando nos esconder na escuridão e fugir do frio anormal.

Então, ao redor da esquina, deslizando silenciosamente, apareceram dementadores, dez ou mais deles, visíveis, pois estão no meio de uma escuridão mais densa do que a do ambiente, com suas capas pretas e suas mãos com crostas apodrecidas. Podem eles sentir o medo ao seu redor?

Estou certa disso: Eles parecem estar vindo mais depressa agora, tomando aqueles fôlegos forçados e chocalhados que eu simplesmente detesto, espalhando desespero no ar, se aproximando...

Vejo Harry erguer sua varinha e antes que eu possa impedi-lo, ele grita:

– Expecto Patrono!

O cervo prateado surgi de sua varinha e avança rapidamente: os dementadores se dispersam e ouço um grito triunfante de algum lugar fora do meu campo de visão.

– É ele, lá embaixo, lá embaixo, eu vi o patrono dele, era um cervo!

Os dementadores recuaram, as estrelas estão surgindo novamente e os passos dos Comensais da Morte estão cada vez mais altos; mas antes que eu, em pânico, possa pensar no que fazer, houve um rangido de parafusos perto dali, uma porta se abriu no lado esquerdo da rua estreita, e uma voz áspera disse:

— Potter, Russo, aqui dentro, rápido!

Obedecemos sem hesitar, apesar de eu não saber bem quem acaba de nos ajudar e o mais importante, se a pessoa é confiável.

— Subam as escadas, não tirem a capa, e fiquem quietos! — ordenou a figura alta, enquanto passa por nós em direção a rua e batia a porta.

Não faço a mínima idéia de onde estamos. Só sei que é um bar simples.

Resolvemos obedecer o que a figura alta nos mandou fazer, e subimos para o patamar de cima do bar. Chegamos à uma espécie de sala, onde tem vários quadros, uma mesinha de centro, um sofá e uma estante. Ah, e também tem um quadro onde uma mulher muito bonita (e levemente familiar) nos encara e sorri.

Ouvi o homem desconhecido discutindo com os Comensais da Morte e logo, os espantando para longe, inventando que aquele era seu patrono e blá-blá-blá. De repente a discussão não se tornou tão interessante e sai de debaixo da Capa da Invisibilidade.

– Alex...Volte aqui. - sussurrou Justin.

Não obedeci como sempre e rapidamente fui para o outro lado do quarto, onde comecei a investigar o retrato da mulher sorridente. Ela me lembra muito alguém. Mas quem?

Logo, o desconhecido surge. Ele me encara com indignação e volta sua atenção para os outros. Me sinto mal com isso. Será que ele sabe o que sou? Provavelmente sim. Morgana não perderia a chance de espalhar para os quatro ventos sobre o meu "problema".

O desconhecido se dirigiu aos outros e permaneci em meu canto, pensando em tudo que tem acontecido comigo e o que farei quando amanhecer. Logo que amanhecer o dia de amanhã, o inferno vai começar.

"Apenas 12 horas me separam do julgamento final,

Apenas 12 horas que se passam tão rapidamente,

Apenas 12 horas que querem me atormentar.

Eu mereço isso afinal?

Ora, é injusto.

É injusto eu ser encarada como uma cobra,

sendo que a tal está em outro lugar,

se fingindo de boa,

para atacar pelas costas.

Amanhã é o grande dia.

E sabem o que farei?

Nem mesmo eu sei.

Quando a luta chegar ao fim,

nada terá valido a pena.

Afinal, nenhum dos Opostos irá vencer.

Apenas as Trevas com seu imenso poder."

Ninguém parece notar minha presença. A conversa com o tal Aberfhort (meus pensamentos podem estar longes, mas meus ouvidos ainda são bons), parece ser mais importante. Me afasto dali e saio da sala. Nenhum deles percebe minha saída.

Coloco o capuz da jaqueta que vesti por cima do vestido e enfiei as mãos nos bolsos, onde está minha varinha e no outro, minha adaga.

Saio do bar e caminho pela rua deserta. Se eu estiver certa, ela está aqui. Ela está esperando a hora de agir...

"Está tentando me encontrar, querida?", pergunta uma voz irritante, na minha cabeça.

Não respondo e continuo caminhando.

"Pois venha. Quanto mais cedo, melhor.", Morgana gargalha em minha cabeça.

Continuo caminhando, decida. Chego à uma casa, próxima a Hogwatz. Uma casa macabra por sinal, escura e com poeira.

Ouço passos e me viro repentinamente. Não é nada. Caminho para a frente e subo as escadas. Olho para baixo e vejo a altura. Me dá arrepios.

Viro-me e vejo uma sombra.

– Olá, Alex. - diz ela.

Mas não é Morgana. É Giulianna, ou melhor, Gigi.

Antes que eu possa reagir, Gigi cria uma força entre nós duas e logo, tropeço na escadaria. A única coisa que sei, foi que senti todos meus ossos quebrarem durante a queda.

Então, tudo escurece quando bato a cabeça, contra um dos degraus.