Chegamos ao aeroporto, fui a ultima a descer do carro e me arrependi assim que vi o pé de Tom na minha frente, não dava tempo de desviar então assim como ele previa eu cai de quatro. Levantei rapidamente, os outros estavam mais a frente do estacionamento e não virão nada.

-você é um idiota sabia?!

-não você é a primeira a achar isso.

-posso garantir que não.

Ele revirou os olhos eu me aproximei e falei em seu ouvido:

-sabe se você não fosse tão irritante, tivesse o pinto pequeno, se não fosse tão chato e outras mil coisas que não tenho tempo de ficar falando eu até ficaria com você.

-pequeno? Você já viu?! Já experimentou?

-não. Nem quero. Mas pelo jeito como me olha deixa bem claro a sua falta de sexo.

Eu disse debochando de sua cara e sai andando pra acompanhar os outros já dentro do aeroporto á uma hora dessas.

-e você virgem!

Ele disse já ao meu lado.

-há pinto pequeno quem te disse uma coisa dessas?

-tá na cara que é.

-não. Pra sua informação, que desculpe tenho que falar é bem limitada eu perdi com 18.

-18? Enquanto estávamos em turnê?

-exatamente. Três meses sozinha em casa esqueceu?

-e desculpa devo perguntar quem foi o bicha?

-o bicha foi seu amigo. Andreas o nome dele né?

Ele parou assim que pronunciei o nome, continuei a andar como se nada tivesse acontecido. Ele me alcançou de novo e me encarou quase com raiva.

-como pode ser tão cara de pau?

-há pintinho tá com ciúmes?

-cala a boca loira burra. Posso ter a mulher que eu quiser quando eu quiser.

-eu não!

Disse vitoriosa e entramos no aeroporto, avistamos os outros perto dos portões de embarque, Georg me olhou com as sobrancelhas unidas. Fui ao banheiro e Tom venho junto, pois também iria. Entrei no feminino e ele no masculino que era lado a lado. Me olhei no espelho e lavei as mãos um pouco raladas. Tom acha mesmo que vai ficar assim? Acha que não vai ter troco? Se pensa assim está muito enganado. Fiquei invisível e sai do banheiro feminino indo pro masculino onde Tom estava lavando as mãos. Fechei sua torneira e ele olhou pra todos os lados. Comecei a bufar no espelho e ele ficou embaçado, ele ia sair do banheiro, mas segurei seu pé.

-me solta, por favor. Me solta!

Ele falou e eu soltei se não iria começar a rir. Ele abriu a porta do banheiro e eu sai junto com ele ainda invisível, fui para o feminino e fiquei visível sai de lá e ele me esperava encostado na parede com um copo de água na mão e mais pálido que eu.

-tá tudo bem pintinho?

Ele não respondeu, fomos para junto dos outros e todos repararam na cor de Tom. Eu reprimia a risada como louca.

-Tom você tá bem?

Perguntou Bill preocupado, me aproximei dos dois e olhei para Tom.

-Tom você está pálido.

Eu disse fingindo preocupação.

-eu estou bem.

Garantiu ele bebendo um gole de água. Chamaram nosso vôo e fomos pro avião. Georg ainda olhava estranho pra mim. Ele se aproximou.

-o que você fez com o Tom?

-eu? Nada Ge eu sou uma santa sabe disso.

Ele riu e foi pra seu lugar e eu pro meu. E adivinha só quem se sentava ao meu lado? O tosco, não o pintinho, quer dizer o Tom.

-ninguém merece o jamaicano sentado ao meu lado toda a viagem.

-será que posso falar com você civilizadamente?

-claro pintinho.

Ele se sentou do meu lado e me olhou curioso.

-seu quarto estava mesmo assombrado?

-porque quer saber isso?

-responde primeiro.

-tá. É claro que estava. Porque iria mentir sobre isso?

-não sei...

-então porque queria saber sobre isso?

-é que no banheiro alguma coisa me assombrou.

-por isso o medo e a palidez?

-é...

Sorri e estiquei os braços pra ele, ele me abraçou e eu falei fazendo carinho nas suas tranças.

-Tom não precisa ficar com medo, era só um espírito das trevas puxando seu pé por você ser um homem mal.

Ele se levantou rapidamente de meu colo e me olhou de olhos arregalados. Sorri cínica e coloquei os fones no ouvido. Ninguém merece passar toda a viagem ao lado dele, sem fazer nada. Estávamos indo para a Itália onde eles gravariam o DVD que se chama Humanóide City. Aliás, quem é que coloca um nome desses em um DVD? E ainda chama seus fãs de Aliens? E ainda por cima chama sua banda de Tokio Hotel? (N/A: a minha banda favorita sua idiota.)

-Tom porque colocaram o nome da banda de Tokio Hotel?

-há Devilish era muito ruim então pensamos em Tok...

-tá já sei sua resposta de cor e salteado.

-então porque me pergunta? Há lembrei porque é loira.

-não sei o que tá falando pintinho, se não se lembra até alguns anos atrás você tinha dreads loiros.

-retire o que disse sobre o apelido de jamaicano eu prefiro que me chame assim do que de pintinho!

-mas agora eu prefiro pintinho.

-já pensou se isso cair na rede social a minha reputação vai por água a baixo.

-faço questão de postar no meu Twitter e no meu Facebook.

Mostrei o celular pra ele.

-se ousar fazer isso eu...

-você o que? O que vai fazer pintinho pequeno?

-Taylor Monsem Jost...

-também sei seu nome Tom Kaulitz Trümper

Ri de sua cara e ele revirou os olhos.

-desisto de conversar com criança.

-o idoso tá no assento errado, os assentos reservados são logo ali em frente.

Eu falei e voltei a colocar os fones no ouvido sem dar atenção pra Tom Pinto Pequeno. Quer dizer: Tom Kaulitz Trümper.

Chegamos à Itália e muitos fãs os aguardavam, enquanto eles davam autógrafos eu e meu pai e mais dois caras da equipe pegávamos as malas, empilhamos todas nos carrinhos do aeroporto e fomos andando. Chamamos eles e fomos descendo a enorme rampa pro estacionamento, eram muitos carrinhos então todos levaram, Georg conseguia controlar dois carrinhos na rampa, fui pro seu lado sorrindo.

-nossa Ge como você tá forte.

Ele sorriu e o intrometido do Tom apareceu do meu lado e sorriu.

-eu também sou forte.

Disse ele pra mim e eu revirei os olhos.

-você parece mais um bambu ambulante Tom.

-vai se fuder loira.

-melhor ser loira do que ter pinto pequeno. Aposto que do Ge é bem maior.

-e eu aposto que o meu nem cabe na sua boca. Quer tentar?

Meu pai apareceu na nossa frente e falou autoritário:

-olha a palhaçada em Tom!

Tom não respondeu meu pai e o mesmo foi descendo mais rápido.

-vai idiota quer mexer com a filha do produtor.

Disse Georg rindo da careta de Tom pra meu pai.

-ela que sempre começa não eu!

-eu começo?

-é sim. Você que fica me dando apelidos idiotas.

-mas eles combinam com você.

-teu rabo.

-olha pensa comigo: jamaicano foram suas fãs que te deram não eu. Pinto pequeno combina porque é verdade. Bambu é por você ser alto e magrelo só que suas roupas disfarçam. E poser de hip-hop é porque você anda como um, mas toca em uma banda de rock. Tudo faz sentido.

-eu concordo com a Tay, tudo faz sentido pensando por esse lado.

Georg disse com seriedade.

-viu?!

Eu disse mostrando que não era a única a pensar assim e Tom fez uma careta sem argumentos para discutir comigo. Então finalmente entramos no carro e fomos pro hotel. Quando chegamos ao hotel fomos pro ultimo andar que estava reservado para o TH e a sua equipe.

Entrei em meu quarto e joguei as malas no chão depois peguei meu Notebook e fui fazer o que? Pesquisar sobre Tom. Precisava saber do que ele gostava, mas não iria perguntar pra ele nem pra um dos meninos. Mas no fim não deu muito resultado. Só as coisas que eu já sabia, mas não queria perguntar dele pra ninguém. Então resolvi ir até seu quarto. Bati na porta, uma, duas, três vezes e nada.

-Tom!

Ele abriu a porta, só com uma toalha enrolada na cintura, o abdome escorrendo gotas de água, tranças molhadas, e devo admitir estava insuportavelmente sexy.

-fala loira.

-er... Será que posso falar com você um minuto?

-claro, entra ai.

Ele deu espaço pra eu passar e eu entrei, suas malas estavam no chão assim como as minhas. Me sentei no sofá de couro preto.

-venho inventar mais apelidos estúpidos pra mim?

-infelizmente estou sem criatividade.

-então o que quer?

-pode se trocar Tom eu deixo.

-porque está incomodada por eu estar seminu na sua frente?

-claro que não.

Ele sorriu, abriu uma mala e pegou uma roupa. Foi pro banheiro e se trocou, voltou com uma camisa preta larga, calça jeans escura, tênis e sem nada na cabeça. Ele me olhou com certo interesse, levantei do sofá e fiquei a andar no quarto de um lado para o outro, não sabia como começar. Foi quando ele me parou frente a frente e me olhou.

-sabe já estou cansando dos seus joguinhos.

-eu não estou jogando.

Ele não deu atenção e me beijou, tentei resistir, mas não consegui, foi muito mais forte do que eu. Em breve segundos já estava retribuindo o beijo, com a mesma intensidade.

-muito melhor do que na 8°série.

Sussurrei em seus lábios e ele sorriu e disse:

-e você está sem aparelho.

Sorri e voltamos a nos beijar, ele deslizou a mão pelas minhas costas parando na minha bunda e apertando. Foi me levando de costas pra encostar na parede, encostei e ele ficou pressionando seu corpo contra o meu, nos virou e encostou na parede me colocando no meio de suas pernas, mordeu meu lábio pois já estávamos sem ar, me pegou no colo, passei as pernas em sua cintura e ele se sentou no sofá, voltamos a nos beijar, suas mãos em minha perna, apertando minhas coxas. Foi então que me venho à cabeça Bodhi. E minha condição. Eu não podia deixá-lo se iludir, eu não ficaria com ele, eu quero meu poder, e ele vai se apaixonar por mim, mas não eu visível.

Me separei dele mordendo seu lábio, levantei de seu colo e o empurrei com certa força, ele se encostou no sofá e me olhou confuso.

-já te dei demais por hoje pintinho pequeno.

E sem esperar uma resposta sai de seu quarto, sabia que ele ficaria furioso comigo, mais do que já estava, pois sei muito bem como o deixei. Sei que ele esperava que eu cedesse de primeira, e admito até faria, se não tivesse muita coisa em jogo. Não era só o prazer, eu tinha meus princípios e é por isso que estou aqui. Repeti isso várias vezes em minha mente, eu precisava lembrar o real motivo de estar aqui.