No outro dia quando acordei fui pro banho, me troquei e desci já que todos me esperavam pra tomar café e irmos pro local do show, onde eles ficariam ensaiando e arrumando tudo e eu só ficaria olhando.

Basicamente todos os dias foram assim, passamos dez dias fazendo todos os preparativos, Tom não olhou na minha cara e eu também nem forcei nada. Dez dias perdidos já que não consegui fazer nada, mas amanhã eu faria. Hoje era o dia do show, meu pai e eu ficamos em um camarote vip os assistindo, devo confessar que foi emocionante. Estar ali, vendo a banda que meu pai promove e “meus” amigos tocando.

Quando acabaram meu pai se levantou pra ir esperá-los no backstage, mas eu não quis ir. Sentia que era algo da banda e de meu pai, eu não deveria estar ali. Não queria ser uma intrusa. Então fiquei no camarote, enquanto algumas fãs corriam pra sair, outras ainda estavam paradas olhando pro palco, como se esperasse que eles voltassem, mas isso não aconteceu e o segurança pediu que elas se retirassem. Então assim foram embora.

Eu sai também estava cansada de ficar sentada, fui pra fora do estádio e fiquei a olhar a rua, com muitos carros, um taxi passou e resolvi pega-lo, queria sair, não sei porque, não queria olhar pra Tom, não queria olhar pra eles, me sentia um lixo naquele momento. Entrei e mandei me levar pro bar mais perto, chegamos rapidamente, paguei e desci do carro.

Entrei em um bar que tocava rock pesado, bem ao meu estilo, me sentei em um banco em frente ao bar, e pedi uma vodca, comecei a beber e nem percebi, foi quando meu celular vibrou no bolso era ele, era Tom.

-alô?

-Taylor onde você esta? Te procuramos pelo estádio e não achamos, viemos pro hotel achando que estaria aqui, aonde você está? E por que essa musica alta?

-Tom eu estou em um bar, não se preocupe já vou ir pro hotel não precisava dar todo esse escândalo por minha causa.

-não é escândalo!

-tudo bem eu já vou.

-quer que te busque?

-não eu pego um taxi.

Desliguei e paguei minhas bebidas, sai do bar e fui andando pra ver se passava algum taxi, não passou, mas parou um cara de moto do meu lado e ficou me olhando. Tirou o capacete pra falar comigo.

-está perdida?

-não.

-quer uma carona?

-não eu vou pegar um taxi, obrigada.

Sai andando sem dar atenção quando ele me chamou e desceu da moto, ele parou do meu lado.

-você está bem?

-estou ótima.

Ele sorriu, ele não era tão alto, tinha cabelos grandes meio enrolados, e usava roupa toda preta.

-você não é daqui é?

-não sou de Los Angeles.

-há, eu também. Que coincidência. Venho passar as férias?

-não estou junto com uma banda.

-você toca?

-a banda não é minha, sou filha do produtor deles.

-há.

-mas sim toco guitarra e canto.

-eu também.

Não puxei mais assunto, já tinha dado informações demais, ele sorriu e parou estendeu a mão pra pegar a minha.

-prazer eu sou Ben... Ben Phillips.

-Taylor Monsem.

Apertei sua mão e ele a soltou e olhou pra mim.

-pretende ir para algum lugar?

-sim voltar pro hotel onde estou hospedada.

-quer uma carona?

-não já disse pego um taxi.

-é meio difícil achar taxi uma hora dessas.

-não é impossível.

Eu disse determinada a achar algum taxi pra voltar pro hotel, mas ao olhar em volta, em pleno centro de Milão e ver que quase nenhuma alma viva esta por aqui, muito menos um taxi é deprimente.

-tudo bem você venceu vou aceitar a carona.

Ele sorriu me deu um capacete e eu subi na moto, em menos de cinco minutos chegamos ao hotel, desci da moto e devolvi o capacete.

-obrigada Ben.

Disse sorrindo sincera, teria que ir embora a pé de madrugada já que recusei a carona de Tom pelo telefone.

-pode me agradecer passando seu numero não acha?

Fiz uma careta meio estranha e ele sorriu.

-eu não sou nenhum tarado, vamos lá quem sabe pra conversarmos quando voltarmos pra Los Angeles.

-ok.

Peguei seu celular e marquei meu numero, ele sorriu quando devolvi seu celular e o colocou no bolso, me deu um beijo na bochecha.

-nos vemos por ai quem sabe.

-tudo bem.

Disse e entrei no hotel e ele foi embora, e assim que entrei no hall vi Tom com cara de desanimo olhando pelas portas de vidro diretamente pra mim. Sorri ao ver ele e me aproximei.

-oi pintinho.

-por isso não queria que eu fosse te buscar? Pra vir com esse cara que acabou de conhecer?

-não Tom eu nem sabia...

-ao invés de ficar comigo depois de um momento importante na minha vida você saiu pra beber com um cara que mal conhecia? Nossa Taylor, muito obrigado.

Ele virou as costas apertando freneticamente o botão do elevador esperando impaciente que aquela porta abrisse. Quando abriu ele entrou e eu fui atrás com a porta quase se fechando em meu rosto.

-Tom não é nada disso...

-vai dizer que não é o que parece? Inventa outra desculpa Taylor.

-Tom, por favor, não tem nada a ver.

Parei um momento me dando conta de que Tom estava com ciúmes, e pior eu estava tentando explicar pra ele porque estava com um homem, se não sou nada dele, apenas uma amiga implicante como ele mesmo disse. Então se somos só isso um pro outro porque estamos tendo essa discussão?

-Tom...?

Ele não olhou pra mim estava com a cabeça baixa, com o olhar fixo no chão. Me aproximei dele e levantei seu rosto com a mão em seu queixo.

-Tom está com ciúmes?

Ele revirou os olhos e se soltou de mim.

-eu vou estar com ciúmes de você porque loira burra? Você não é nada pra mim e pode sair com quem quiser assim como eu não sou nada seu.

Disfarcei muito bem a minha decepção, porque por algum motivo estúpido eu fiquei magoada com Tom. Porque eu realmente queria que ele estivesse com ciúme. O elevador parou e eu sai quase correndo dele assim que abriu a porta e entrei em meu quarto, me jogando na cama e chorando como uma idiota por causa de Tom.

Pov Tom On

Eu disse tudo tão bruscamente e ela pareceu nem se importar, mas me arrependi. Devia ter falado a verdade, porque eu estava com ciúmes, porque eu acho que estava apaixonado por uma rapariga, e era ela. Ela que sempre implicou comigo, mas mesmo assim eu tinha algum tipo de sentimento estúpido por ela. Algo que nunca senti antes. Ficar perto dela é insuportável, tenho vontade de beijá-la a cada minuto que passa. O beijo que trocamos dez dias atrás parece estar aqui ainda, lembro dele como se fosse agora, e tenho vontade de ter mais dela. Eu não podia, eu não sou assim. Tom Kaulitz não é assim.

Assim que a porta do elevador se abriu ela saiu apressada e se trancou no quarto, tive vontade de ir lá e bater na porta, queria passar a noite com ela, mas não fiz isso, ao invés disso fui pro meu quarto. E fiz o mesmo que ela, me tranquei nele e fiquei na cama, acabei adormecendo e tive um sonho com ela. Um sonho que poderia virar realidade, se não fossemos tão cabeças dura.

Pov Tom Off

Acordei só quando Bill venho bater na minha porta, me gritando, havia colocado o fone no ouvido no ultimo volume pra esquecer todas as palavras de Tom. Então não estava escutando nada e estava em um sono profundo, quando fui abrir a porta ele entrou no quarto apressado.

-o que você fez? Morreu? Estou te chamando há quase uma hora! Estão todos tendo um ataque.

Ele disse e olhei pra porta, era verdade todos estavam ali, menos ele, Tom não se importava comigo ele falou isso ontem pra mim e só de lembrar aquelas malditas palavras meus olhos se encheram de lágrima, Georg percebeu e entrou no quarto.

-você está bem Tay?

-estou gente, é que eu coloquei o fone no ouvido e acabei dormindo então não escutei nada.

-há tudo bem então.

Disse Bill se acalmando e o meu pai e Gustav foram pro elevador Bill saiu do quarto esperando que Georg o seguisse, mas o Ge só ficou parado.

-não vai descer Georg?

-pode ir, já desço.

Bill desceu desconfiado e Georg me olhou, sentei na cama e ele se sentou no sofá.

-aconteceu alguma coisa Taylor?

-não.

-não minta pra mim Taylor!

-não estou mentindo Georg. Eu estou ótima.

-foi ele não foi?

-ele quem Georg? Tá doido?

-ok. Se prefere guardar isso pra você tudo bem, mas se quiser conversar estou aqui ok?

-ok Ge obrigada.

Ele sorriu e saiu do quarto, fui tomar um banho, fiquei um tempo dentro da banheira, pensando no que Tom disse e decidi que iria apenas esperar acontecer. Se eu ganhasse o poder ok estaria feliz, se não ganhasse tudo bem também. Não iria forçar ninguém a se apaixonar por mim. Muito menos Tom.

Escutei uma batida na minha porta e coloquei a regata que tinha separado e a calcinha, a pessoa bateu mais uma vez então assim mesmo fui ver quem era. Abri a porta e sorri.

-oi.

-oi pintinho.

Ele me olhou confuso.

-vai entrar?

-claro.

Ele entrou e eu fui até minha mala peguei um short jeans todo rasgado e desfiado e coloquei, ele me olhou.

-queria pedir desculpa por ontem.

-aquilo não foi nada pintinho.

-tem certeza?

-claro. Você mesmo disse, eu não sou nada sua e você não é nada meu.

Ele assentiu sem o sorriso que eu esperava.

-os meninos querem ir comemorar o show de ontem em uma balada aqui perto. Você quer ir?

-claro. Que horas?

-ás nove.

-tudo bem estarei pronta.

Ele levantou e saiu do quarto de cabeça baixa, nem sabia que hora era agora, peguei meu celular e vi que já eram quase duas da tarde, eu dormi muito. Desci pra almoçar com eles e ficamos conversando normalmente, meu pai perguntou onde eu havia ido e eu respondi, ele não brigou, mas disse pra avisar da próxima vez. Voltei pro quarto e comecei a arrumar minha mala que estava uma zona e aproveitar para pegar alguma roupa pra ir.

A hora de ir pra balada chegou e eu desci pro hall onde os quatro me esperavam. Todos me olharam, mas Tom olhou diferente, com certa intensidade e até desejo.

Eu estava normal, pelo menos acho que estava, com um short de couro preto, um sapato preto lindo, um corset preto de bolinha branca, e estava com maquiagem forte preta e batom vermelho.

http://www.polyvore.com/cgi/set?id=39988304&.locale=pt-br (look da Tay)

Bom com Tom me olhando o caminho inteiro fomos pra balada. Chegamos lá e sentamos em uma mesa de canto, a musica estava alta, pedimos alguma coisa pra tomar e Tom esqueceu que eu existia e começou a olhar pra algumas raparigas que passavam e eu fingi não ligar, uma rapariga qualquer o puxou pra dançar e ele foi, fiquei apenas olhando, até que alguém tocou meu ombro. Olhei pra trás e ele estava ali.

-viu é nosso destino nos encontrarmos.

Ele disse sorrindo, levantei e sorri e o puxei pra pista de dança, Tom rapidamente viu quem era e fez uma careta pra mim. Ficamos dançando, até que Ben disse:

-você tem namorado?

-não por quê?

-então acho que posso fazer isso...

Ele ia me beijar quando alguém o puxa com força, o fazendo ir pra trás, olho pra Ben e a mão em seu ombro que rapidamente reconheço, é a mão de Tom.

-Tom está louco?

Pergunto enquanto Ben me olha confuso e Tom me olha com desprezo.

-você tem namorado.

Tom fala alto o suficiente pra Ben escutar e me olhar ainda mais confuso.

-eu tenho namorado? Se tenho nem eu sei quem é!

-há que palhaçada. Sério cara ela é usa namorada? Foi mal ela disse que não tinha e você não estava junto com ela então nem saquei nada.

-tudo bem cara a culpa não foi sua!

Diz Tom soltando Ben que me olha estranho e entra mais pra pista de dança e eu o perco de vista. Tom me olha sorrindo cínico e volta a dançar com a rapariga. Filho de uma puta.

Vou pra mesa onde os outros estão e não viram nada e começo a beber, estou consciente quando Tom volta pra mesa e se senta ao meu lado sorrindo. Vou fazer ele implorar pra ficar comigo.

Subo em cima da nossa mesa e eles sorriem, sempre souberam que eu sou louca, e isso não é novidade pra eles, começo a dançar, mais para Tom que mexe no pircing sorrindo. Sei que o pintinho está ficando excitado, e não vou parar até que ele peça pra ficar comigo. Os outros apenas observam enquanto eu danço pra Tom que tenta resistir, nossa área é vip e fechada então posso ficar a vontade, ele resisti mesmo assim, mas quando faço um movimento na mesa redonda, ele perde o fôlego. Eu fiz um movimento que fez minha bunda ficar empinada e ele se levantou parando na minha frente em pé, sua cabeça está na altura de minha barriga, já que estou em pé na mesa, ele sorri deduzindo que vou ir com ele, é o que faço o pego pela gola de sua camisa e o levo comigo pra pista de dança, ele atrás de mim com as mãos em minha cintura enquanto danço em seu membro assim como aquela rapariga, mas agora ele é meu, só meu. E sabe que musica tocava? Give Me Everything do Pitbull. Ele sorriu quando dancei em seu membro, o deixando mais excitado e cantou o refrão em meu ouvido:

-Give Me Everything Tonight.