A Garota Invisivel
Capítulo 3
Fui para casa, já que teria que acordar cedo e ainda tinha que arrumar minhas malas. Eu não pretendia ficar toda a turnê com eles, só aceitei ir na verdade porque tenho um mês pra fazer Tom se apaixonar por mim. E como ele vai ficar fora por meses, isso seria impossível.
Cheguei em casa e fui no quarto de meu pai, que já estava deitado e no canto de seu quarto estava uma dez malas.
-só vai levar isso de mala pai?
-eu não sou igual á você e o Bill filha.
Sorri e me sentei na ponta da cama.
-porque quer que eu vá com vocês?
-vai ser bom pra você amor.
Ele disse doce, fazendo carinho na minha cabeça. Comecei a rir e me levantei.
-acha que me engana velho?
Ele riu e se sentou na cama me olhando.
-tudo bem por parte é por causa da ultima vez que te deixei sozinha em casa.
Me lembrei daqueles três meses sozinha em casa. Na turnê Zimmer 483 tinha apenas 18 anos. E a bagunça que fiz em casa traumatizou meu pai. Dei festas, bebi, fumei e fiz tudo que uma adolescente tem direito de fazer quando está sozinha em casa.
-há tudo bem, mas não vou ficar a turnê inteira né?
-você que sabe.
-posso ir viajar?
-você não vai pra faculdade filha?
-faculdade pai? Eu não.
-e pretende fazer o que?
-ainda não sei.
-esculto essa resposta desde que saiu da escola amor.
Revirei os olhos e fui saindo do quarto antes que começasse toda aquela conversa que eu já sabia de cor.
-boa noite velho.
Ele não respondeu, sai de seu quarto e fui para o meu. Não estava com sono então liguei o meu Ipod no alto falante e comecei a escutar Slipknot enquanto arrumava minhas malas. Como pretendia passar só um mês com eles levei pouca coisa. No total dez malas. É pouco. Bill leva quase quarenta malas.
Coloquei um pijama e não deitei, peguei o ipod e pluguei os fones os colocando no ouvido. Desci para a cozinha. Fiz um lanche e peguei uma garrafa de coca. Sim eu sou viciada. O culpado disso? Bill, Tom, Georg e Gustav. Eles são viciados e me viciaram.
Sentei na cadeira de frente pra enorme varanda que estava aberta e batia um vento maravilhoso. Fiquei ali olhando o céu. Quando percebi já eram quase duas da manhã. Me levantei, passando pela porta da cozinha e jogando o prato na pia que era um pouco longe. Ele bateu na quina da pia e quebrou.
-droga esqueci que ele era de vidro.
Sai correndo pra pia e recolhi os cacos em poucos minutos. Joguei tudo no lixo e subi correndo pro quarto. Me joguei na cama sem me cobrir estava com calor. Adormeci rapidamente e infelizmente sonhei com Tom Kaulitz. Quando acordei fui direto pro banho gelado.
-tinha que sonhar com o Tom infeliz? Vai dar esse gostinho á ele mesmo?
Eu murmurava pra mim mesma. Sai do banho e coloquei um short jeans curto, uma camisa do System Of A Down e um tênis de cano alto. Desci as escadas, meu pai estava já na sala com um segurança dos meninos.
-Tay já esta pronta?
-sim pai.
Ele mandou o segurança ir o ajudar a descer as malas e colocaram tudo dentro de um carro. Fomos pra casa dos meninos. O combinado era: todos estarem já arrumados na sala nos esperando para irmos pro aeroporto. Mas quando chegamos lá só Bill e Gustav estavam já arrumados nos esperando na sala.
-cadê os outros dois?
Perguntou meu pai entrando na sala. Bill olhou pra nós dois e falou:
-Tom ainda tá dormindo, Georg levantou e foi correndo tomar banho.
-Taylor vá lá em cima acordar o Tom.
Disse meu pai e eu olhei com uma cara de nem que me paguem.
-vai ou não? Se não for esquece a viajem.
-aff porque eu? Manda o irmão dele ir lá.
-eu já fui e não consegui o tirar da cama.
E porque eu iria conseguir? Pensei e subi as escadas correndo, sabia qual era seu quarto, ainda correndo no corredor cheguei em frente sua porta e ao invés de bater dei um chute na mesma fazendo ela abrir e bater na parede. Ele deu um pulo da cama.
-vai logo seu jamaicano levanta o rabo da cama e vai se arrumar.
-há ninguém merece ser acordado por essa loira burra.
-falo ai alemão.
Ele cobriu a cabeça com a coberta e eu fui até. Pulei em cima de suas costas com o braço dobrado, meu cotovelo o acertou em cheio nas costas.
-eu mandei levantar jamaicano.
-pare de me chamar assim.
-ok então poser de hip-hop faz favor de levantar.
Eu sai de cima dele e ele se sentou na cama.
-puta merda que menina chata.
Ri de sua cara, mas parei na hora em que vi ele se levantando só de boxer preta.
-que foi perdeu a voz agora loira burra?
-porque jamaicano? Tu não tem nada pra me mostrar.
-há não?
-claro que não. Tem maiores e bem melhores acredite.
Ele ficou vermelho de raiva e ia se aproximar, mas eu sai correndo e ele ia vir atrás até ver Georg na porta nos olhando.
-o que tá acontecendo aqui?
Me escondi atrás de Georg e falei:
-seu amigo jamai...
-já falei pra não me chamar assim.
Ele me interrompeu e eu recomecei:
-seu amigo poser de hip-hop quer me bater.
Georg riu e olhou pra mim e Tom.
-não acho que é isso que ele quer, mas tudo bem. Tom deixa de palhaçada e vai se trocar.
Tom fez uma careta e Georg se virou, olhei pra porta do quarto dele ainda aberta e mostrei o dedo. Ele bateu a mesma com raiva e eu sorri pra Georg.
-obrigada Ge.
-você atenta que quando ele reagir você vai ver.
-to morrendo de medo.
Ri do Tom e eu e Georg descemos pra sala. Ficamos esperando o Tom terminar seu sagrado banho.
-demora mais que eu esse via...
-quieta loira burra já to aqui.
Ele desceu as escadas emburrado.
-loira burra é a mãe.
-minha mãe não é burra.
-tem razão. Eu tenho pena da tia Simone por ter um filho como você.
-há e coitado do Jost por ter uma aberração como filha.
-aberração? Vai o pinto pequeno.
Ele novamente ia se aproximar quando meu pai entrou na minha frente olhando pra nós dois.
-vamos parar de elogios por aqui? Já estamos atrasados o suficiente não acham?
-não por minha parte. Esse cara que acha que é a noiva de um casamento.
Falei virando as costas e saindo de casa, entrando no carro aonde todos iriam pro aeroporto. Me sentei e fiquei esperando todos entrarem. Gustav se sentou do meu lado e falou:
-vai ser assim a turnê inteira?
-há esse seu amigo jamaicano é tão chato.
-isso é amor.
Ele falou rindo e eu dei um tapa no seu braço e assim fomos pro aeroporto.
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