Ele abriu um sorriso e voltou a me olhar debochado.

-é claro que posso fazer isso.

-e eu vou ser invisível?

-se você quiser...

-nossa que legal, vou assustar tanta gente...

-com uma condição!

-é estava bom demais pra ser verdade.

Disse emburrada e ele riu da minha cara.

-é simples.

-e qual é a condição?

-você tem o período de um mês invisível...

-só isso!

-posso terminar?

-pode!

-e nesse tempo tem que fazer uma pessoa se apaixonar por você.

-fácil.

-essa pessoa claro é Tom Kaulitz.

-difícil.

-e mais uma coisa... Você não pode o deixar desconfiar que é você.

Olhei pra ele com uma cara de interrogação e ele disse:

-você tem que fazer ele se apaixonar por você invisível.

-difícil mega ultra super difícil.

-se conseguir tem controle pelo poder para sempre.

-sério?

Ele assentiu descontraído. E eu falei animada.

-tá agora meu mais novo poder, vai me dá.

-você já tem. Eu já te dei enquanto dormia.

-tá dizendo que eu não precisava ter essa condição pra ter o poder?

-é...

-e eu também não precisava ter pagado aquele mico?

-é...

-eu vou matar você!

-ai eu tiro seu poder.

Ele me encarou debochado e meio superior. Revirei os olhos.

-e como uso?

-apenas pense que está invisível e pronto...

Ele foi falando e sumindo me mostrando como fazia. Fiz o que ele disse e fui até em frente ao meu espelho. Não havia reflexo, mas eu sabia que estava ali.

-é melhor começar sua missão. Tom Kaulitz tem que conhecer o amor entre um homem e uma mulher até o dia 01/09.

-no dia de seu aniversario?

-sim até a meia noite. Boa sorte!

E então a janela se abriu eu soube que ele se foi. Peguei uma roupa qualquer e fui até o banheiro me trocar, visível novamente. Quando sai de meu banheiro fui à frente do espelho e me encarei.

-bem melhor vestida...

-discordo completamente!

Uma voz conhecida vem de trás de mim me virei e vi Tom deitado em minha cama com as mãos na cabeça.

-ninguém pediu sua opinião.

Disse passando por ele e guardando a minha camisola na gaveta, ele riu.

-só vim te dar um recado, a pedido de seu pai.

-então fala logo e cai fora do meu quarto.

-porque tem medo de ficar comigo em seu quarto?

Ele levantou ainda sorrindo e se aproximou mexendo naquele pircing idiota. Estava já encostada na parede quando ele colocou as duas mãos nela, me prendendo ali.

Porque fui me encostar nela? Toda vez que tento fugir faço isso. E sempre me dou mal.

-porque me trata assim?

-trato como me convém.

-sabe tantas fãs queriam uma oportunidade como essa... Estar em um quarto com eu Tom Kaulitz e você aqui se fazendo de difícil.

-eu sou difícil Tom Kaulitz. E vai precisar de argumentos muito melhores pra me convencer de algo.

-admita você sempre teve uma queda por mim...

Ele falava tudo tão perto de mim, seu hálito estava me deixando tonta e insegura, queria tanto beijá-lo.

-você é muito convencido Tom.

-admita, apenas admita que já até sonhou com nós dois em uma cama...

-e você também me quer como acha que eu o quero?

-desde o primeiro dia que vi a filha do produtor.

-anos atrás e ainda continua tentando?

-quando quero uma mulher consigo. E com você não vai ser diferente.

-se você está falando não vou questionar.

Ele riu e se afastou finamente me deixando respirar algo que não fosse seu cheiro.

-seu pai quer conversar com todos nós agora.

-agora?

Fiz uma careta e ele riu.

-porque tem um encontro?

-claro que não. Só queria trancá-lo nesse quarto o resto da noite comigo, mas quando Jost manda Tom obedece vamos descer logo então.

Eu terminei de falar e ele me olhou incrédulo enquanto passava por ele saindo do quarto, comecei a descer a escada e ele já estava do meu lado me olhando de canto.

Não era esse meu plano claro. Eu queria era sair pra experimentar meu novo poder, mas resolvi começar essa bagaça de missão. Só assim teria o poder. Que droga. Poderia ser algo mais fácil. Que não envolvesse nenhum dos meninos, muito menos o Tom.

-oi pai.

Eu falei me aproximando, olhei para Bill e Georg que reprimiam a risada. Fui até eles e parei em frente ao sofá que estavam sentados, colocando as mãos na cintura.

-parem de rir de mim ok? Meu quarto estava mesmo assombrado!

-é... Claro assim como papai Noel existe.

Disse Georg gargalhando, Bill não se controlou e riu também, nem eu agüentei. Repassando a história em minha cabeça vi que fui ridícula. Me sentei no lado de Georg e Gustav que estava calado como sempre.

-quero falar com você Taylor.

Meu pai disse serio, não tão paciente para nossas brincadeiras. Guss não ria então fiz cócegas em sua barriga e o mesmo caiu na gargalhada.

-ei vocês quatro. O Jost tem algo pra falar.

Disse Tom e eu olhei sorrindo pra ele e sussurrei para os três ao meu lado:

-como eu disse no quarto: Jost manda Tom obedece.

Eles riram mais alto e Tom não entendeu o porquê.

-vamos Taylor, tenho muito trabalho filha.

-ok pai fale.

Paramos de rir, sai do lugar de Tom e fui pro sofá de dois lugares, Tom me seguiu e se sentou ao meu lado.

-então pai fale.

Estava impaciente odeio suspense.

-bom... Eu queria que você viajasse com os meninos e comigo na turnê.

A careta que fiz foi bizarra e Tom também.

-O QUE?

Eu e Tom falamos ao mesmo tempo e Georg o palhaço grita:

-PEGA NO VERDE!

Eu nem me dei o trabalho de procurar alguma coisa verde, já Tom procurou como louco e quando finalmente encontrou me deu um tapa estalado nas costas.

-filho de uma...

-minha mãe não é puta!

Disse Bill rindo.

-porque me deu um tapa nas costas retardado?

-a estampa de sua blusa é verde.

Explicou ele se fingindo de inocente. Fiz um sorriso cínico e me aproximei de seu pircing preto.

-preto tira sua sorte.

-e daí? Não tem nada preto aqui.

-seu pircing é preto.

Expliquei inocentemente e lambi seu pircing depois dei um selinho no canto de sua boca. Me levantei e olhei pra todos, Bill com cara de: novidade ninguém sabe que ele se comem por ai. Meu pai não acreditava Gust quase dormia no sofá e Georg não demonstrava nenhuma reação. Tom continuava paralisado.

-tudo bem pai eu vou com vocês, quando partimos?

-amanhã.

-Ok.

-esteja pronta ás seis da manhã ok?

-droga odeio acordar cedo.

Disse baixo enquanto pegava as minhas chaves do carro indo em direção a porta. Guss acordou e deu um pulo do sofá.

-nos de uma carona.

Disse ele praticamente dando uma ordem, pelo visto queria dormir. Assenti e todos saímos de casa menos meu pai. Entramos no meu carro um Audi Q5 igual ao de Tom, mas o meu era azul.

Bill ligou o radio sabendo que estava com o cd do Aerosmith e tocava a musica que eu mais gostava deles. Crazy. Eu e Bill cantávamos o refrão a todo vapor em quanto Guss dormia, Ge nos olhava e Tom fazia uma careta para a rua.

-I go crazy, crazy, baby, I go crazy!

Quando paramos eles desceram. Tom murmurou:

-até que enfim eu que ia enlouquecer nesse carro.

-até amanhã rapazes.

-Até Tay.