A Garota

Capitulo 7


Por: Eduardo


Depois de que falei coisas pra Beatriz e que a vi que a chorando, confesso que meu deu uma pontinha de arrependimento, mas ela também não deu o braço a torcer. Por fim acabei beijando-a sentia saudade daquele beijo que mesmo não sendo muito bem recebido foi muito importante pra mim, sai de lá meio atordoado, sei lá o que estava acontecendo comigo, eu queria chorar, gritar, brigar, socar alguma coisa por raiva, por felicidade. Era uma mistura de sentimentos inevitável que me deixavam cada vez mais confuso. Cheguei em casa e logo recebi uma ligação ,era Sofia respiro fundo e atendo.

– Alô - eu digo.

– Duda? - ela diz, parecia estar chorando.

– Fala. - eu disse seco.

– Por favor, me perdoa, eu não sabia onde estava com a cabeça. - ela diz.

– Para de me ligar, por favor. - eu disse um pouco amigável.

– Eu menti quando disse que não era amor, a verdade é que eu não consigo demonstrar eu sei que errei em dar em cima do seu pai, mas, por favor... Dá-me mais uma chance. - ela dizia.

– Não sou seu vídeo-game para te dar quantas chances quiser, olha. Excluí meu número da sua agenda, me exclui da sua vida, não volte a me procurar. - eu disse e desliguei.

Fui pro banheiro depois disso , tomei um banho demorado.

Por: Beatriz.

Depois que Eduardo foi embora ai que eu não consegui conter as minhas lágrimas mesmo, ele me disse coisas vamos se dizer verdadeiras, eu sentia sua falta. Agora eu não tenho mais ninguém além de Ana, era hora de vencer o orgulho além do mais sentia falta de Viviane também. Peguei meu celular depois que sequei as lágrimas e com receio disquei o número dela , que logo atendeu.

– Alô? - ela diz

– Viviane?- eu digo.

– Bia? - ela fala.

– Sim, sou eu... Não viu meu número na tela não? - eu pergunto.

– Eu tive que excluir. - ela diz um pouco triste.

– De boa, sem problemas. - eu falo.

– Mas sem ser grossa, porque me ligou? - ela diz um pouco ansiosa.

– Eu queria saber se minha melhor amiga pode vir até a minha casa, com dois potes de sorvetes de chocolates pra me consolar. - eu digo e volto a chorar.

– A melhor amiga é eu? - ela diz animada.

– Não idiota, é o Dunha... Vem logo, tchau! - eu digo e desligo.

Não posso ser ingrata em falar que não me senti bem ao falar com Viviane, sim eu me senti muito bem. Voltei pra cozinha e vi que Ana dormia toda torta no carrinho, que dó a pego e coloco em seu berço e fui pro banheiro tomar um banho , sem lágrimas talvez. Tomei um banho super rápido, sai coloquei uma short xadrez de ficar em casa, e um top já que ficaríamos somente nós três, eu, ela e Ana.

Enquanto escolhia o filme que iríamos assistir escutei minha campainha tocar, meu coração disparou, eu tinha duas opções... Ou era meu professor, ou era o Eduardo, ou era Viviane... Fiquei em transe e minha campainha tocou mais duas vezes, na terceira corri pra abrir, era Viviane por minha sorte, que sorria pra mim igual uma criança.

– Oi. - ela diz.

– Oi. - eu falo sorrindo. - Entre! - eu falei e ela entrou.

Colocou as coisas em cima do balcão da cozinha e me olhou.

– Me abraça. - eu digo me aproximando dela que rapidamente me abraçou, as duas começou a chorar.

– Senti tanta sua falta. - ela fungava em meu pescoço.

– Eu também senti muito a sua falta Vivi, promete pra mim que nunca mais vai pagar de falsa? - eu digo.

– Sim, eu prometo. - ela me abraça mais forte.

Ficamos abraçadas por longos minutos, era aquele abraço que me confortava, Viviane foi a única pessoa que eu tive depois que meus pais faleceram é como se fosse minha irmã e eu não podia deixar nossa amizade escapar pelos vãos dos dedos.

– O que iremos assistir?- ela diz.

– Eu não sei, to em dúvida. - eu falo.

– Você sempre tem dúvida. - ela diz.

'' É eu sempre tive dúvida meu coração podia ser duvidoso também e optar por escolher meu professor e não Eduardo. ''

– Cartas para Deus, pode ser?- pergunto.

– Sim, pode! - ela diz.

– Então enche nossos copos de sorvete, enquanto eu coloco o filme. - eu digo e ela assentiu com a cabeça e eu fui pra sala, coloquei o filme e pausei, ouvi o chorinho de Ana.

– Deu sinal de vida. - eu disse rindo e fui pro seu quarto.

– Enche mais um copo? - Viviane pergunta, gritando da cozinha.

– Não, eu trato dela, fica tranqüila. - eu grito também, parecíamos loucas.

Estava fazendo muito calor, então fui e dei um banho na neném ,deixei ela somente de fralda, nem ventilador abafava o calor que estava fazendo ultimamente, voltei pra sala e Viviane já me esperava.

– Dá ela. - ela diz pegando Ana do meu colo.

Ela mesmo tratou da bebê , colocamos o filme e na metade eu já chorava e Ana estava super atenta brincando com seus pés que de tão gordinhos pareciam duas bisnaguinhas, o filme acabou e eu ainda chorava, Viviane me abraça.

– Me conta o que está acontecendo. - ela fala cruzando as pernas e espera.

– Eu não aguento mais. - eu disse chorando mais ainda.

– O que você não aguenta? - ela pergunta.

– Eu não aguento mais amar o jeito que eu amo. - eu digo.

– Você ama o Eduardo não é amiga? - ela diz e eu assento com a cabeça que sim.

– Ele apareceu na minha vida de uma forma tão estranha, naquele baile eu sabia que podia ser ele, mas eu achava de primeiro que era carência, porque eu tinha acabado com Bryan fazia pouco tempo, mas não, com o tempo a gente se aproximou e viramos amigos e tudo mais, ai Ana apareceu na nossa vida, ele disse que queria assumi-la como se ele fosse o pai e eu fosse a mãe e eu aceitei e talvez isso não tivesse sido o certo , não que eu não ame a minha filha aliás a amo mais que tudo e sei que ele também a ama ,mas isso aproxima a gente de uma forma tão complicada , eu fui na justiça ganhei a guarda dela , eu sei que te contei, depois eu beijei o meu professor, o professor James ele veio aqui em casa trazer um presente pra Ana e acabou rolando nosso beijo, mas eu não senti nada, ele beija bem, mas não chega aos pés do beijo de Eduardo. Ele é como uma droga pra mim, ele me vicia, me deixa grogue, eu sou dependente dele e não queria ser e esse amor é muito grande e não podemos ficar juntos. - eu disse chorando mais e ela me abraçou.

– Não podem, porque não quer amiga? - ela diz.

– Amiga, ele me traiu. - eu disse lembrando da cena.

– Eu sei que traição é complicada, mas isso é um obstáculo, não existe amor sem dor essa é a realidade, vocês se amam e por orgulho de vocês dois, vão acabar se perdendo e eu sei que você não quer perdê-lo amiga. - ela dizia.

– Ele tava namorando, até anteontem. - eu falo.

– Estava? - ela pergunta.

– Sim, eles largaram. - eu falo.

– Está vendo sua boba, é a chance de serem felizes, a verdade é que você não vai conseguir ser feliz com outro sem ser Eduardo, e ele não vai conseguir ser feliz com outra se não for você. - ela diz e eu sorrio fraco.

– E o que você acha que eu deveria fazer? - eu pergunto.

– Correr atrás da tua felicidade, largar a mão de ser boba porque se você estralar os dedos Eduardo corre pra você.

– Eu não quero ser tão fácil assim. - eu disse.

– Tudo bem, não seja fácil e deixe o amor da sua vida escapar pelos vãos dos seus dedos, fica com o teu orgulho e com sua ideia de ser '' difícil '' que logo, logo Eduardo namora e até casa com outra, sendo feliz ou não pra poder te esquecer e é isso que você quer? - ela pergunta e eu fico em silêncio, ela tinha razão. - É isso que você quer Bia? - ela volta a perguntar.

– Não. - eu disse.

– Vamos deixar por hoje Eduardo de lado, liga pra babá da Ana e pede pra ela cuidar dela essa noite, vamos nos divertir um pouco. - ela diz.

– Eu não estou com ânimo. - digo.

– Poxa vida, agora são seis horas da tarde sim você vai comigo pra uma balada bem pertinho daqui, passo aqui as dez, tchau te amo. - ela me dá um beijo no rosto, da um beijinho na bochecha de Ana e vai embora correndo sem deixar que eu respondesse. Jogo minha cabeça pra trás.

– Talvez seja isso, lutar por um amor sem ao menos saber se vai dar certo, deixar as marcas, as dores e as dificuldades de lado pra tentar ser feliz, ser tão fácil pra não deixar o amor de sua vida, partir - eu digo olhando pra Ana. Pego meu celular disco o número de Leila , ela concorda disse que as sete chegariam, coloco Ana na minha cama e dou sua galinha pintadinha pra ela brincar, separo um vestido vermelho com brilho, um pouco agarrado na cintura, separo alguns acessórios e vou pro banheiro tomar banho , deixando Ana sozinha na cama. Tomo um banho rápido , saio coloco a roupa e Leila chega pra ficar com Ana, termino de me arrumar , coloco um salto preto 15cm , enrolo meu cabelo em cachos e estou pronta, olho no relógio nove e meia , sim eu gastei muito tempo pra me arrumar por mais que não parecesse, fico um pouquinho brincando com Ana enquanto Viviane não chegava, logo deu o horário e ela chegou, estava deslumbrante e ao lado dela estava Mathias.

– Leila, qualquer coisa me liga. - eu disse pra Leila que estava com Ana no colo.

– Tudo bem. - ela diz

Dou um beijo na minha pequena Aninha e saio.

Logo chegamos à balada, era muito luxuosa por fora, pegamos nossas pulseiras e pagamos e não era tão caro, na porta da boate tinha muitos seguranças por sinal armados. Entramos e tinha muita gente um DJ animava a noite.

– Amiga divirta-se. - Viviane me deu um beijo no rosto e saiu pra pista de dança com Mathias, deixando-me sozinha.

Sentei-me em um dos bancos expostos ali e fiquei observando as pessoas andarem, eu não queria dançar nem nada, eu só consigo pensar no jeito que está minha vida, talvez seja a hora de parar de ser boba e '' difícil '' e correr atrás da minha felicidade que nem a Viviane diz. Fui até o bar pra espantar meus pensamentos ruins, pedi uma caipirinha e o barman logo trouxe, tomei devagar até que senti uma mão pegar na minha cintura, virei devagar e era meu professor.

– Oi. - ele disse e sorriu.

– Olá. - disse e sorri fraco.

– Posso me sentar?- ele pergunta.

– Claro. - eu falei oferecendo um lugar do meu lado.

– Você me parece distante. - ele diz.

– Você acha? - pergunto.

– Sim. - ele fala.

Ficamos conversando até que ele me chamou pra dar uma volta para conhecer o local, eu fui... Paramos em um lugar mais escuro onde ele me encostou-se à parede e se aproximou de mim.

– Posso?- ele pergunta.

– Sim. - eu falo, ele pegou e me beijou, naquele momento pensei em Eduardo, QUE SACO! Todas as vezes que eu o beijava eu lembrava dele, meu coração acelerou quando ouvi.

– BEATRIZ. - era um grito , quando vi era Eduardo , meu coração quase saiu pela boca, afastei-me rapidamente de James.

– Eduardo?- eu digo criando fôlego.

– O que você pensa que está fazendo? - Eduardo diz irritado.

– Saindo comigo. - James diz se intrometendo.

– Muito lindo fica saindo com os homens que você quer enquanto sua filha está em um hospital. - Eduardo diz gritando comigo, me fazendo passar vergonha.

– O que aconteceu com Ana? - me desespero.

– Se você atendesse a porcaria do teu celular, poderia saber - Eduardo disse e saiu andando.

– James, me desculpa tenho que ir. - eu disse desesperada.

– Quer que eu te leve ao hospital?- James pergunta.

– Não, obrigada... Quero evitar mais complicações. - eu digo, dou um selinho nele e saio andando a procura de Viviane, logo a encontrou.

– Me leva ao hospital agora. - eu disse.

– O que aconteceu amiga? - ela diz assustada.

– Eu não sei, Eduardo me viu beijando o professor James chegou gritando comigo, me xingou e disse que Ana está no hospital , preciso ir atrás dela. - falo.

– Tudo bem, vamos - ela disse puxando Mathias, fomos muito rápido, chequei meu celular e ele estava descarregado PORRA

Liguei-o com um pouco de dificuldade e vi que tinha dez chamadas perdidas da Leila, comecei a me apavorar, chegamos ao hospital entrei correndo, Eduardo estava na sala de espera andando de um lado para o outro a me ver, me olhou com ódio.

– Me diz o que aconteceu com minha filha- eu disse seca.

– Ela caiu da cama - ele disse seco também.

– E Leila, onde ela estava, porque não cuidou certo da minha filha? - comecei a brigar.

– Leila deixou um monte de travesseiros rodeados dela assim como você faz e foi preparar o leite dela que nem isso você deixou pronto, ai eu acho que ela virou e caiu. - ele disse seco.

– Você não pode falar comigo assim - eu digo.

– Você é uma irresponsável, deixa a sua filha com babás para se divertir à noite e pegar professor - ele disse e eu mirei um tapa na cara dele.

– Cala a tua boca, eu não deixei a minha filha porque eu quis, eu acabei de fazer as pazes com minha melhor amiga, ela me consolou a tarde toda por que eu estava mal por causa de VOCÊ, e ela me chamou pra ir se divertir um pouco e eu fui, e peguei meu professor mesmo estou pouco me lixando, agora eu repenso duas, três vezes antes de correr atrás da minha felicidade em relação a você! - eu disse.

– Por causa de mim? O que eu tenho haver com isso, com as suas lágrimas? - ele diz irritado.

– Pode ir parando vocês dois, brigas entre vocês não vai sarar Ana que ta lá dentro. - Viviane entra xingando.

Fico calada e Eduardo me encarava , logo um projeto de puta entrou.

– Duda meu amor, o que aconteceu, Ana está bem? - ela diz abraçando ele.

– Não temos notícia ainda sobre ela Sofia, o que esta fazendo aqui? - ele pergunta seco.

– Não me trate mal, eu adoro sua filha mesmo com tudo acontecendo entre a gente bebê. - Sofia diz.

– Não me chame de bebê, gostar da minha filha é um direito teu, mas você não tem que fazer nada aqui, vai embora quando eu tiver noticias eu te ligo - ele diz expulsando a garota.

– Eu não vou embora! - ela diz sentando-se.

– Hei projeto de puta, você não entendeu que é pra você ir embora não? Ou quer que te coloque pra fora grudando nesse cabelo loiro cheio de química. - eu disse grossa.

– Você deve ser mãe da Ana. - ela diz e revira os olhos.

– Sou sim e como eu tenho os meus direitos de mãe, some daqui! - eu disse.

– Tenho dó da tua filha, vai ter uma mãe barraqueira! - ela diz.

– Pela minha filha eu mato se não quer ser velada some daqui garota. - eu disse e ela sai com o rabinho entre as pernas, me sentei e logo o doutor chegou, voltei a levantar.

– Como ela está doutor? - pergunto.

– Bem. - ele disse.

– Bem mesmo? -pergunto.

– Sim, foi só um galinho que a fez ficar desacordada, ela está em observação, mas já acordou. - ele diz.

– Posso vê-la? - pergunto.

– De dois em dois, os pais primeiro, você é a mãe certo? - ele diz.

– Sim. - eu falo.

– E eu o pai - Eduardo diz se intrometendo.

– Venham comigo. - o doutor diz.

– Já venho Viviane. - eu falo pra minha amiga que está abraçada com Mathias.

– Tudo bem, sem barraco - ela diz rindo como se fosse óbvio.

– Sou descente - eu disse rindo e acompanhei o doutor, pelos corredores escuros e frios.

Chegamos ao quarto a enfermeira brincava com Ana que sorria, que bom que ela estava bem , eu jamais me perdoaria se a perdesse, me aproximei da cama.

– Você deve ser a mãe não é mesmo? - a enfermeira se dirige a mim.

– Sou sim. - falei e sorri.

– Parabéns, sua filha é uma graça e muito esperta , nem um galo a fez parar de rir. - ela sorri.

– Obrigada, Ana é uma fofa mesmo. - passo a mão no rostinho de Ana, que sorria.

– Bom vou deixar vocês com ela, tenho umas coisas pra fazer só fiquei mesmo aqui enquanto o doutor foi chamar vocês, passar bem. - ela diz e se retira, deixando eu, Ana e Eduardo.

Fico acariciando o rostinho da minha pequena, tão pequena, tão forte.

– Bebê da mamãe, cute-cute. - a fiz sorrir com a minha voz irritante de tratar crianças.

– Pa...pa . - ela dizia.

– Papai está aqui, princesa. - Eduardo disse e aproximou-se mais da cama, ela abriu um sorriso imenso quando o viu, é ela o amava e eu sentia um pouquinho de ciúme por ela só o chamar e não me chamar.

– Eu não me perdoaria nunca se eu te perdesse Aninha. - eu disse segurando em suas mãozinhas, ela começou a bater os pezinhos no alto.

– Bia. - Eduardo disse, eu não queria olhar pra ele.

– O que você quer? - eu disse seca.

– Desculpe-me, pelo modo que te tratei. - ele diz.

– Se mata - eu falei.

– Quer mesmo?- ele diz.

– Por mim, tanto faz. - eu disse dando de ombros.

– Eu tenho que te falar uma coisa. - ele diz.

– O que? - pergunto.

– Eu vou embora - ele disse e eu senti um aperto no coração, engulo seco.

– Vai? - pergunto.

– Sim, meu pai está precisando de um auxiliar lá em Brasília e eu estou sofrendo aqui assim como você também deve estar, porém venho fim de semana sim e fim de semana não para ver Ana, não quero ser um pai ausente em sua vida, quanto a dinheiro, vou te passar o número da minha conta e quando precisar pra gastar com ela, só retirar. - ele disse e meus olhos já estavam cheios de lágrimas, porém ele não me via porque eu estava de costas pra ele.

– Quando você vai? - digo fazendo qualquer voz, menos a minha e a de choro.

– Daqui duas semanas, já está tudo combinado entre mim e meu pai. - eu disse.

– Tem certeza que quer ir? - eu digo.

– Toda certeza do mundo, vou te deixar livre pra amar quem você quiser, vou procurar alguém pra amar e tentar te esquecer também. - ele disse um pouco rígido.

– Hum. - foi a única coisa que eu disse.

– Vai ser melhor pros dois. - ele diz.

– Pense na Ana. - eu disse.

– Eu já pensei, e já tomei as minhas decisões enquanto a isso, eu a deixo a semana toda contigo, irei morrer de saudades dessa gordinha, venho final de semana sim e outro não como disse, e outra você tem meu número, meu whatsapp, meu facebook então qualquer coisa que acontecer com ela, você me liga e eu pego o primeiro voou e volto pra cá rapidamente. - ele diz.

– Tudo bem. - eu digo outra dor cravada no meu peito, perdi o Eduardo pra sempre, ele vai embora, vai sair da minha vida pra sempre, o doutor logo chegou, deu alta pra Ana e eu fui embora com ela no carro de Mathias, fui o caminho todo chorando em silêncio, não queria papo, não queria conversa, eu só queria chorar.