A Garota

Capitulo 4 - Mudanças de Hábito


– Amiga. O que aconteceu? - Viviane disse e veio tentando me abraçar eu dei um passo pra trás.

– Sai daqui. - falei.

– Eu não vou sair daqui, sou sua amiga. - ela disse com os braços cruzados.

– Amiga? Você está longe de ser minha amiga Viviane, você é uma falsa descarada, que mente, que finge que cai na lábia de pessoas idiotas assim como caiu na lábia da Mariam, qual é vai achar que eu sou boba, idiota até quando? Eu ouvi tudo o que você disse pra Mariam no vestiário das garotas, eu ouvi que você disse da Ana, quer que a gente se foda que é isso que é aquilo, sei do seu joguinho agora, e de mim você nunca mais vai arrancar nada, nenhuma informação, eu fui muito idiota Viviane, muito idiota mesmo de ter confiado em você há tanto tempo, principalmente agora... Por isso notei sua ausência em minha vida, estava fazendo planos com a sua nova amiga Mariam Biscatão, é isso, ela não passa de uma biscate mal amada, e se quiser á manda vir tirar satisfação comigo porque nunca terei medo de uma vadia daquela que só se importa com sua própria unha, agora sim você encontrou alguém igual à você , uma pessoa que só tem olho gordo nas coisas dos outros , uma pessoa falsa que só se importa com si mesmo, porque é isso que você é FALSA! Viviane agora me responda, esses anos de amizade valeram alguma coisa pra você? Como você teve coragem garota de falar que eu nunca soube ouvir você, quantas vezes no meio da madrugada, fui ao seu socorro pra te consolar, ouvir sobre sua vida que é completamente fodida, quantas vezes em, em? Ainda por cima te dei a coisa mais valiosa do mundo, a minha CONFIANÇA que você perdeu ela em menos de cinco minutos de conversa, agora Viviane nunca mais me procure, finja que eu sou uma desconhecida pra você, não ouse tocar o nome da minha filha, quer que sua amiga tenha o Eduardo? Ela que enfie o no cu, isso sim, agora saí da minha frente e se eu sentir que meu nome está sendo rodado por ai ou o nome da minha filha, a coisa vai ficar muito mais muito feia pra você garota. - Eu dizia irritada e ela chorava feita criança.

– Eu te amo me perdoa. - ela disse.

– Enfia o seu "te amo" no lugar onde não bate sol. - falei saindo do banheiro estressada, chorava feito uma condenada.

O sinal bateu e eu não consigo mais nem se quer olhar pra cara da falsa da Viviane, as aulas passaram igual uma tartaruga estava indisposta só queria ir pra minha casa, ver a Aninha que eu já tanto amo , liguei pra minha patroa expliquei sobre o que estava acontecendo, ela entendeu tudo e me deu dois dias de folga, que ótimo, fui pra minha casa nem sei como cheguei, entrei no condomínio dei um "oi" bem desanimado pro porteiro que me olhou sem entender, como uma pessoa sai feliz e volta triste? peguei rumo ao elevador e logo cheguei no corredor, fui pro meu apartamento e encontrei Eduardo brincando com Ana , ele jogava ela pra cima e ela caia na gargalhada, era como se aquele sorriso dela fosse o meu porto seguro, era como se ela fosse minha armadura.

– Olá. - falei e os dois me olharam.

– Oi mamãe. - O Eduardo disse trazendo a Ana pra mim, abracei-os.

– Tudo certo por aqui?- pergunto.

– Tudo nos conformes, né Aninha?. - ele disse e Ana sorria.

– Que bom. - abaixo a cabeça.

– Aconteceu alguma coisa?- ele perguntou.

– Todas as coisas. - falei com lágrimas nos olhos e entreguei Ana pra ele, e ela me olhava séria.

– Vem, vamos sentar. - ele disse me levando até o sofá, eu sentei e ele também.

Contei toda a história pra ele, e Ana passava as mãos em minhas lágrimas como se quisesse secá-las.

– Que filha da puta. - ele disse irritado.

– Mariam quer você e vai fazer de tudo pra te ter Duda. - falei.

– Ela vai tentar fazer de tudo, já dei minha última palavra falando que tinha tudo acabado entre nós porque eu amo outra garota. - ele disse.

– Muita água vai rolar por debaixo dessa ponte. - falei secando uma lágrima.

– Estarei aqui. - ele me abraçou e me deu um selinho, que eu logo transformei em beijo, paramos rápido porque Ana começou a dar na minha cara.

– Você não tem idade pra me bater não viu pequena. - falei mostrando a língua pra ela que sorriu.

Passamos o resto do dia juntos, conversando e brincando. Leila chegou eu a adorei, me falou super bem do Eduardo, ela ia começar a trabalhar depois de amanhã, quando deu sete horas da noite Eduardo foi embora, disse que tinha que resolver umas coisas , eu mostrei a foto pra ele e ele fez pouco caso somente disse '' Agora eu sei , com quem eu estava andando''. Quando deu dez horas da noite, eu estava com muito sono e muita dor de cabeça também , dei um banho em Ana e depois tomei banho, deitamos as duas na minha cama e dormimos.

Por: Eduardo

Quando soube do que estava acontecendo com Beatriz na escola sobre Mariam meu sangue subiu, minha vontade era de ir e tirar satisfação com aquela garota e mostrar pra ela com quem ela estava mexendo e assim, fiz, disse pra Bia que ia resolver algumas coisas, dei um selinho nela e sai rumo à casa de Mariam, cheguei ao estacionamento, peguei meu carro e dei partida, eu nunca corri tanto, chegando ao prédio dela, estacionei o carro, tranquei as porta e como o porteiro já me conhecia deixou-me entrar sem anunciar, peguei o elevador e logo cheguei, cerrei os punhos,estava nervoso e vermelho era sempre assim, bastava eu estar nervoso que eu já ficava vermelho estilo pimenta, toquei a campainha três vezes seguidas e nada, mexi na fechadura e a porta estava destrancada, entrei sem pedir a sala estava vazia e segui para a cozinha, caminhei até lá e quando abri a porta Mariam estava com outro, na maior beijação.

– Mariam - gritei e ela dá um pulo, o cara que estava com ela, rapidamente saiu correndo deixando a gente a sós.

– Eu posso, explicar. - ela disse ofegante.

– Eu não quero explicações, eu vim aqui justamente para te dizer que te quero longe, tipo bem longe de Bia e da pequena Ana. - falo nervoso.

– Eu não falei nada, eu nem estou fazendo nada. - ela se faz de desentendida.

– Você acha que eu já não sei Mariam tudo que você disse sobre a Beatriz, então garota nunca mais se quer olhe na minha cara, mexa com minha namorada e nossa filha, se não mando acabarem com sua vida. - falei cuspindo as palavras.

– Por favor, não me deixe eu te amo. - ele disse.

– Ama tanto que estava com outro em sua cama, eu não acredito no seu amor, aliás, eu jamais irei acreditar no amor de qualquer por que é isso que você é. - eu digo e saio andando, ela sabendo que estava errada nem ao menos veio atrás de mim, fui embora estressado, completamente irritado, entrei no carro e fui embora correndo, parei no semáforo que estava fechado e coloquei uma música e quando abriu, fui andando ainda arrumando o pen-drive foi quando eu vi que um carro desgovernado tava vindo, não consegui desviar e ele veio com tudo e a partir daí tudo começou a ficar escuro.

Por: Beatriz

Acordei com o meu celular tocando igual um louco, eu por medo de acordar Ana atendi rapidamente sem olhar no visor.



Inicio da Ligação:

– Alô?- digo ainda sonolenta.

– Alô, com quem eu falo?- perguntou uma voz estranha irreconhecível.

– Beatriz, quem é?-pergunto na lata.

– O que você é do senhor Eduardo Almeida Campos?- ele pergunta e eu me assusto.

– Sou namorada. - falei automaticamente.

– Tem como você comparecer ao hospital agora, ele sofreu um acidente um pouco grave. - ele disse.

– Um acidente? O que aconteceu com Eduardo? - falo assustada.

– Um acidente, não podemos lhe dar mais informações favor compareça?- falou aquela voz que não me disse de quem era.

– Sim, daqui quinze minutos chego. - falo nervosa e desligo.


Desespero-me, e agora não posso perder Eduardo, eu o amo e sou uma idiota por não admitir, corro pro banheiro, desfaço-me das minhas roupas tomo um banho rápido pra acordar, depois sai e disquei o número de Leila, ela logo atendeu expliquei ainda por cima sobre o que estava acontecendo, ela logo chegou pra ficar com Ana, dei um beijo em sua testa pequena , peguei minha bolsa dei um beijo no rosto de Leila e sai, peguei rumo ao elevador que logo chegou tudo agora conspirava ao meu favor, ou não, peguei o táxi e pegamos um trânsito enorme, depois de quinze minutos mais ou menos consegui chegar, entrei hospital adentro sem me preocupar com seguranças ou coisa do tipo, corri até a recepção.

– Por favor, me dê uma informação. -falei.

– O que aconteceu moça?. - a moça diz.

– Eduardo Almeida Campos, como ele está? Preciso vê-lo. - eu disse nervosa.

– Só um minuto, puxarei a ficha dele. - ela diz e o computador resolve pifar bem na hora – Moça, não vai. - ela disse dando uns socos discretos.

– Estava muito bom para ser verdade. - falo xingando.

Enquanto ela tentava arrumar o computador, um dos médicos com seu avental branco aparecem, percebendo o meu estado pergunta:

– Posso ajudar?

– Sim, eu quero muito saber sobre Eduardo Almeida Campos, doutor, como ele está?- pergunto.

– A o Eduardo, ele está bem. - ele diz tranqüilo.

– Como ele pode estar bem doutor se sofreu um acidente. - eu digo com lágrimas nos olhos.

– Foi só um susto moça, porém ele ainda está desacordado. - falou.

– Por favor, doutor, deixe-me vê-lo. - digo.

– Não pode, mas vou te dar uma colher de chá, me acompanhe em silêncio, por favor. - ele fala e assim faço.

O acompanho e vou chorando baixinho e ao mesmo tempo rezando para chegar naquele quarto e ver que Eduardo está bem, que vai acordar, por fim chegamos ao quarto, pensei duas vezes para entrar e quando deu coragem entrei à frente do doutor, fechei os olhos e fui abrindo devagar, encontrei Eduardo desacordado, parecia dormir invés de estar desacordado, estava com as pernas enfaixadas, com alguns machucados na testa,o doutor saiu do quarto me deixando sozinha com ele, me aproximei da cama deixando as lágrimas rolar.

– Acorda. - eu dizia e nada de ele me responder ou sequer abrir os olhos. - Eu nunca tive tanto medo de me declarar pra alguém como tenho medo de me declarar à você, Duda eu estou me apaixonando por você, e não aceito te perder, eu não aceito que Deus te leve de mim, mesmo se for bom eu não posso admitir isso... Eu sabia que naquele baile de máscaras seria você, eu estava carente sim por ter largado do brutamonte de Bryan, mas ele é passado e com o passar dos dias com as nossas visitas constantes um ao outro eu pude ter mais certeza o quanto gosto de você, se for amor, eu não sei... É uma coisa boa e ruim ao mesmo tempo, eu sei que tem mais garotas bonitas do que eu, que seja, mas nunca ninguém vai conseguir gostar mais de você do que eu. - derramo mais lágrimas. - Duda, por favor, acorda, não me deixe que nem meus pais me deixaram eu não serei capaz de perder mais alguém se isso acontecer, se você se for... Eu vou junto!- falei com os olhos marejados.

– Eu não fui... - o ouvi dizer e um sorriso se formou em meus lábios.

– Você acordou. - eu disse secando as lágrimas.

– Eu to bem, minha cabeça ainda dói um pouco. - ele diz com a voz um pouco embargada.

Automaticamente toco seus lábios, um selinho rápido e doce, ele sorri.

– Onde está Ana?- ele pergunta.

– Com Leila, ela está bem. - eu digo e suspiro.

– Eu não poderia morrer antes de cumprir minha missão. - ele diz sorrindo.

– Que missão?- pergunto.

– A missão de fazer vocês felizes. - ele diz e sorri fraco, uma lágrima cai.

– Duda, eu gosto de você e me sinto uma idiota por isso. - digo e suspiro.

– Porque se acha idiota?- ele pergunta.

– Por que é um amor não correspondido Eduardo, você gosta de outra. - eu abaixo a cabeça, evitando olhar em seus olhos, ele com um pouco de dificuldade coloca suas mãos em meu queixo e me faz olha-lo.

– A outra é você, sempre vai ser você, você é tudo que preciso, tudo o que quero pra mim, eu já não consigo me imaginar mais sem você, sem a Aninha nossa filha que tanto amamos, você mudou minha vida, me ensinou e me ensina muitas coisa, você é a única que consegue me deixar no chão com teus comentários, é tão sincera que chega a doer, isso é perfeito, você é perfeita, nós somos perfeitos, nossa família é completamente, perfeita!- ele diz e sorri branco, que saudade daquele sorriso...

Dias depois...

Tudo estava indo muito bem entre mim e Eduardo, não estamos namorando somente ficando, é tipo uma amizade colorida igual a daqueles filmes, só que nessa história toda tem Ana, a bebê que veio na hora certa pra alimentar mais a minha relação com a pessoa que eu gosto, sobre o hospital, Eduardo quebrou apenas o braço, por sorte está usando um gesso e eu já fiz vários rabiscos nele com canetinha hidro-cor, ele já estava em casa, estávamos todo bem, porém meu coração ainda estava quebrado por Viviane minha melhor amiga, aquela víbora, sabe lá eu desde quando ela fala mal de mim pra cobra da Mariam, mas mesmo assim eu sou idiota e a amo com todas as minhas forças, ela foi meu centro de apoio quando os meus pais morreram naquele acidente.

Acordei com Ana em cima de mim, a questão é quem a colocou em cima de mim? porque ela tem apenas onze meses de vida e não sabe nem andar direito, abri meus olhos devagar e me virei, estava claro, as luzes estavam acesas cocei os olhos e ela estava com Eduardo.

– Bom dia mamãe. - Eduardo disse e me deu um selinho, e me deu Ana.

– Bom dia meus amores. - falei e sorri, era ótimo acordar daquele jeito.

– O que vamos fazer nesse sábado maravilhoso?- ele perguntou.

– Dormir. - falei e sorri fraco.

– Dormir nada, eu e Ana já temos um lugar. - ele disse e sorriu.

– Tem?- perguntei.

– Sim, um parque de diversões. - ele disse.

– Eduardo, acorda Ana tem onze meses e nem sabe o que é isso. - eu disse e desfiz o sorriso.

– Mas você sabe, então fica quieta, se arruma, arrume nossa bebê que nós vamos. - ele disse rindo,saiu de cima da minha cama e foi para a sala, Ana sorria com as palhaçadas que ele fazia.

Levantei com Ana caminhei até o banheiro com ela coloquei sua banheira pra encher-se de água , fui até seu quarto separei um vestidinho branco com um ursinho na frente e uma sapatilha rosa muito fofa, peguei algumas coisinhas de cabelo , peguei fralda , a toalha e coloquei em cima da cama, tirei sua roupa , fui com ela até o banheiro onde a coloquei, terminei ensopa porque ela fazia suas artes com seu patinho feio de borracha, sequei-a coloquei a roupa que havia escolhido, arrumei seu cabelinho passei sua colônia, dei um mordedor pra ela, forrei a cama com os travesseiros, a deixei sozinha e fui pro banheiro, acontece que quando Ana estava sozinha na cama, eu mal conseguia tomar banho direito por causa de preocupação, tenho medo de ela cair da cama ou coisa do tipo, se machucar, pegar coisas que não deve um brinco, tachinhas por exemplo, vai que eu tenha o perdido na cama e ela pega e engole alguma pecinha, tomei um banho rápido , com esses pensamentos eu mal me lavei, sequei rapidamente e fui até a minha cama ela estava batendo as perninhas e sorrindo pra mim.

– Cute-cute - eu fiz graça pra ela que sorriu mais, dei um beijinho em sua testa e comecei a me vestir.

Optei por um vestido verde, uma sapatilha bege, fiz um rabo de cavalo porque se eu deixasse solto , Ana puxaria o mesmo até rançar todos os tuchos, terminei de me arrumar, e Eduardo entrou me olhou maravilhado.

– Como as minhas princesas estão lindas. - ele me abraça e me dá um selinho.

– Nós sabemos. - falei pegando Ana e a entregando para ele.

– Aonde você vai?- ele perguntou quando me viu saindo.

– Vou pegar a bolsa de Ana, quer dizer arrumá-la . - eu falo.

– Eu já arrumei, acho que coloquei tudo ela está em cima do sofá. - ele disse todo prestativo.

– Quem te viu quem te vê em Eduardo. - falei rindo , saímos e fechamos a porta do meu quarto.

. Caminhamos até a sala, chequei as coisas dela e sim estava tudo super bem ajeitado, tinha até mais uma troca de roupa super fofa caso precisasse, peguei Ana e sua bolsa, fui saindo com ela enquanto Eduardo fechava a porta, por fim ele trancou e tomamos rumo ao elevador que logo chegou hoje tudo conspirava ao nosso favor.

Chegamos ao tão esperado parque de diversões, onde tantas pessoas passeavam com seus filhos, sorriam ao ver seus pequenos em um carrossel e até eu chegava a me emocionar, penso quando Ana estiver com seus três anos, em qual será o primeiro brinquedo que ela vai querer andar?

Estava maravilhada com o tamanho daquele parque, eu nunca havia sequer reparado nele, várias cores tinha até um palhaço perto do trem fantasma que fez Ana assustar e começar a chorar, sai dali eu nem notava muito a presença de Eduardo ele estava quieto demais e muito pensativo, do nada ele se vira frente a mim.

– Ai que susto. - falei dando um passo pra trás, foi muito rápido.

– Que tal irmos, à roda gigante?- ele disse rápido.

– Agora? Mas a fila está enorme. - eu disse olhando pra trás onde ficava a roda gigante e do nada estava vazia - Mas estava cheia até agora há pouco. - eu disse procurando as pessoas com os olhos.

– Não estava não, você deve ter confundido o brinquedo amor - ele disse tentando fazer eu me passar de louca.

– Escute aqui, eu não sou louca não viu, aquela caranga estava cheia sim. - falei apontando o dedo.

– O importante é que não está mais vamos, Ana vai adorar. - ele disse.

– Tudo bem. - reviro os olhos. - Mas a fila tava grande. - dei fim na conversa e Eduardo sorriu.

Cheguei à frente da roda gigante, eu dei meu passe e entrei, Ana não pagava olhei pra fora e Eduardo estava sorrindo.

– Você não vem?- pergunto.

– Quero somente tirar fotos - ele disse.

– Eu não quero ir sozinha com Ana, e se eu derrubá-la?- falei desesperada.

– Relaxa amor, não vai acontecer nada, é totalmente seguro o parque. - ele disse e sorriu com a máquina de fotos na mão.

– Você me paga Eduardo. - eu disse e o moço fechou a cabine, tinha mais gente, eu não era a única naquele brinquedo, eu estava com medo e Ana sorria.

Quando estávamos lá em cima, percebi que uma música super alta começou a tocar lá embaixo, era a : Só nos dois - Lucas Lucco.

Lá embaixo quando olhei tinha um grupo dançando essa música em casal, que dança linda, e Ana olha estava batendo palminhas, parecia até que entendia, do nada, as pessoas foram se juntar todos com uma camiseta branca com coração, cada coração tinha uma letra, as pessoas se juntaram umas à outras e saiu tudo assim: "B i a q u e r n a m o r a r c o m i g o ?''.

Aquele momento meu coração pulsou mais forte, eu tremia que nem vara-verde e Ana ainda batia palminhas, a música acabou e a roda-gigante parou, meus olhos já não cabiam mais lágrimas, estavam avermelhados aquilo era tudo muito lindo, a roda-gigante desceu um pouco e parou , eu desci com as pernas bamba quase derrubando Ana, desci as escadinhas e me aproximei de Eduardo que sorria, uma das pessoas que estavam fazendo as palavras, se ofereceu pra pegar Ana e eu a entreguei, nas mãos de Eduardo tinha um papel, e ele começou a ler em voz alta.

'' Sei que isso tudo é uma loucura, sei que tudo isso pode ser meio gay, mas por você eu viro um palhaço, sei que tudo foi muito rápido, ou não, mas eu sei o que sinto e sei que sempre será você, estou impossibilitado de um braço e uma mão, mas ainda tenho os outros para por em você meu tão sonhado presente, a nossa aliança, Bia ou Beatriz do jeito que preferir, quero te dizer que você e Ana nossa pequena foi o melhor presente que Deus já pode me enviar, com você sou feliz, só você consegue me deixar no chão com seus comentários como eu mesmo disse aquele dia naquela cama de hospital, E hoje fazendo essa loucura, tremendo feito um louco quero te fazer o pedido que nunca fiz a ninguém. '' Quer namorar comigo?" - ele disse tirando com um pouco de dificuldade uma caixa aveludada vermelho, a abriu e tinha um par de alianças.

– Repete? - eu disse sorrindo.

– Todo o texto não, mas o '' Quer namorar comigo'' Sim. - ele disse rindo.

– Sim, eu quero namorar com você. - falei.

– Eu sabia que aceitaria. - ele disse colocando a aliança no meu dedo e eu coloquei no dedo dele, por fim ele me puxou e sem se importar com quem visse, me beijou, Um beijo rápido e muito saboroso, eu o amo.

Depois todos que estavam ali e que o ajudaram nos cumprimentaram, fomos todos almoçar juntos eu estava mais feliz que nunca, eu mal consegui comer com Ana, depois que Eduardo terminou eu entreguei a neném pra ele e comi rápido, depois que comemos ele pagou a nossa conta e fomos dar uma volta, assim foi o nosso final da tarde , eu amei tudo e eu posso dizer "Nunca fui tão feliz na minha vida. ''

01 MÊS DEPOIS.

Acordei com meu despertador tocando, hora do colégio, com certeza Leila já deve ter chegado, espreguicei e caminhei até o banheiro, me desfiz das minhas roupas e entrei com tudo debaixo da água do chuveiro , lavei meus cabelos , sai me enrolei na toalha coloquei a blusa da escola e uma calça jeans, calcei meu vans preto , sequei meu cabelo rapidamente , deixei ele solto , peguei meu material coloquei todos dentro da mochila e sai em direção ao quarto de Ana, cheguei lá a porta estava entreaberta Leila estava dando leite à ela.

– Bom dia. - falei sorrindo.

– Bom dia querida, como vai?- Leila pergunta animada.

– Estou bem. - falei – Bom dia, anjinho da mamãe. - dei um beijo na testa de Ana que logo reconheceu minha voz e abriu um sorriso.

– Ela está cada dia, mais linda. - Leila disse e a admirou junto a mim.

– É uma princesa. - falei olhando pra Ana, que acabara de babar seu leite, Leila secou sua boquinha – Bom eu tenho que ir, antes que me atrase, até as seis. - falei dando um beijo na bochecha de Leila, e um beijo bem estralado em Ana, e falei. - Mamãe te ama mais que tudo nesse mundo.

Peguei uma maçã na fruteira da cozinha e sai logo em seguida com um sorriso no rosto, tranquei a porta com minhas chaves e logo encontrei Eduardo saindo também.

– Bom dia meu amor. - ele disse e me deu um selinho.

– Bom dia. - falei e sorri.

– Como está, Ana? - falou ele.

– Está ótima, sai de lá ela estava tomando leite abriu um sorriso lindo quando reconheceu minha voz. - falei e abri um sorriso maravilhado.

– Mãe coruja. - ele disse sorrindo e me abraçou de lado.

Pegamos o elevador e logo chegamos a portaria, cumprimentei John que sorriu pra mim e pra Eduardo , hoje iria pra escola de carro estava cansada demais pra ir a pé, logo chegamos à escola, Eduardo como de costume cumprimentou uns amigos e eu cumprimentei somente Mathias que estava ao lado de Viviane aquilo me doeu, ela parecia esperar ansiosamente pra que eu a cumprimentasse, mas não dei esse gostinho, não aceito falsidade e muito menos traição, vi seu semblante mudar quando dei um beijo em Mathias, agarrei a cintura de Eduardo e saímos dali, ficamos um pouco mais afastados.

– Está tudo bem, amor? - ele pergunta me vendo com a cara triste.

– Não. - falei.

– É por causa de Viviane não é?- ele disse me abraçando e eu assenti com a cabeça que sim.

– Ainda não caiu minha ficha de que não tenho mais Viviane ao meu lado, cara ela é minha melhor amiga, mesmo ela sendo essa filha da puta, víbora e falsa do caralho, eu não consigo deixar de amá-la ela é minha irmã e eu acho que se ela me ligasse hoje às três da madrugada eu correria ao seu socorro, eu sou idiota. - eu disse e Eduardo me abraçou mais forte.

– Vai passar meu amor, você tem que esquecer isso, quero o seu bem se Viviane te faz bem corra atrás dela só tome cuidado com o que diz pra ela que ela pode despejar tudo na Mariam. - ele diz, é ele tem razão.

– Não vou correr atrás dela, foi ela quem errou e não eu. - falei e o sinal soou.

– Vem, vamos pra sala. - ele entrelaçou nossas mãos, me senti á vontade e protegida.

Entramos pra sala, sentamos no nosso devido lugar e logo o professor de educação física chegou o novato James, ele logo me fitou por alguns segundos DEUS SOCORRO, Eduardo deve ter percebido porque tossiu alto pra ele parar de me olhar.

– Bom dia classe. - James disse olhando a todos.

– Bom dia. - todos responderam em exceto Eduardo, que parecia irritado.

– Amor, ta tudo bem?- perguntei colocando a mão em seu ombro.

– Não está nada bem, esse professor idiota fica te fitando, te encarando e eu não gosto que ninguém olhe pra você, além de mim. - ele disse todo nervosinho, que fofo ele com ciúme.

– Para com isso. - eu disse.

– Vou quebrar a cara desse professor idiota se ele não parar de te olhar, levo suspensão, mas não deixo de quebrar aquela cara dele que nem plástica vai melhorar. - ele disse, é ele estava irritado.

– Eduardo, para de ser infantil não vai bater em ninguém, esquece o professor, eu sou sua deveria confiar em mim, poxa!- falei.

– É você tem razão meu amor, mas eu não consigo aceitar a ideia que pode ter outro homem admirando minha namorada, tenho tanto medo de te perder pra alguém que saiba cozinhar, que saiba limpar o bumbum da Ana melhor que eu. - ele disse.

– Larga a mão de ser bobo, sempre vai ser você. - falei passando a mão em seu rosto, logo saímos todos da sala de aula, não sei, mas aquele professor James dava uma mexidinha com o meu psicológico, ele era muito lindo e um desperdício, tratei de mudar meus pensamentos, agora eu era comprometida sem essa de olhar pra outros caras nem que fosse seu professor que é ....

Partimos todos pra quadra, hoje seria futebol eu poderia ter a chance de quebrar a cara de Mariam e falar que foi um jogo de corpo mal sucedido mas eu não me rebaixaria ao nível dela e nem da Viviane e parecia que as duas eram bem amigas mesmo, estavam cada dia mais grudadas e aquilo me causava enjoos, seria primeiro a vez dos garotos a jogar , o professor sempre dava prioridade à eles , porque assim se matava um todos saíam ou vice e versa, então enquanto os garotos se trocavam no vestiário, as meninas jogavam uma rodada de vôlei sem a rede, jogar por jogar eu não participei e o meu professor estava sentando ao meu lado, aquilo traria problemas então me afastei um pouco sem que ele percebesse, o professor apitou e começou o jogo, Mariam e a Viviane faziam panelinhas causando ódio em todo o resto das garotas, primeiro resolveram jogar o um,dois, três corte e no três passaram pra Mariam e eu que nem estava jogando fui acertada por propósito bem na testa, o resto das galinhas riram e eu levantei irritada e caminhei até elas , pra ver qual era o motivo da graça que eu não via.

– Gostaria de saber qual é a graça dessa bosta toda, porque eu não to vendo nenhuma e muito menos o professor pelo que vi. - falei e apontei pro James que nos olhava sério.

– Com toda certeza a graça daqui é você né estranha. - A Mariam se aproximou de mim, quando ela ia colocar as mãos em mim a empurrei.

– Tire suas mãos de mim. - exigi.

– É melhor tirar mesmo, porque não quero pegar bactérias de piranha. - ela disse e eu fui pra cima dela , Viviane estava somente observando.

– Se eu sou uma piranha você não passa de uma puta não é, porque pelo amor de Deus, que mulher de respeito sai com um e vai sentando ou agarrando outro no meio da sala, só vadia mesmo, eu acho que estou há um nível mais elevado que você, porque eu nunca precisei me jogar pra cima de homem nenhum pra conseguir dinheiro, faminha no colégio, não sei se você sabe mas essas garotas que estão junto com você, já falaram muito mal de você , tu pode ter certeza disso, porque ninguém quer ser amiga de uma boqueteira igual você né, me poupe . - falei e sai andando ela puxou meu cabelo, foi quando eu virei e enchi minha mão mirando na cara dela , um tapa forte que fez estralo, a joguei no chão fiquei por cima dela e comecei a bater a cabeça dela no chão , pra ver se ela desmaiava mas não a bicha era super forte, arranhei toda a cara dela , com certeza eu levaria suspensão da escola por pelo menos uma semana mas eu acabaria com os meus desejos que é de ver Mariam toda arranhada, cheia de sangue no chão daquela quadra, ela tentava cravar suas unhas em mim , mas era impossível , porque na posição que eu estava somente o que me acertava era uns tapinhas que não chegavam a doer, porque ela já estava sem forças pra poder revidar algo, quando o professor notou que aquilo ficaria mais sério, juntou em mim e me segurou pela cintura, o Eduardo entrou com tudo e viu ele me segurando e foi pra cima do professor que se afastava cada vez mais, ele não podia sequer relar um dedo em Eduardo.

– Eduardo, solte-o. - eu gritei.

– Eu vou acabar com você, seu desgraçado vou te ensinar a não mexer com minha namorada. - ele mirou um soco bem no olho do professor que caiu de costas desmaiado, Mariam já não estava mais lá, com toda certeza foi ser atendida às pressas, ficou somente eu , o Eduardo e o professor que estava jogado desmaiado no chão.

– O que você fez Eduardo, você é louco? - eu gritava com ele.

– Você queria que eu fizesse o que? Ao ver o meu professor que te encara pra caralho naquela sala te segurando ,queria que eu agisse normalmente?- ele gritou também.

– Enquanto você estava se trocando, se embelezando naquela porra de vestiário eu estava aqui acabando com a vida da Mariam no soco, sim eu bati naquela vadia e o professor James vendo que a coisa ia piorar, me segurou pra apartar a briga enquanto o meu namorado estava lá passando o que? Gel no cabelo Eduardo?- eu disse gritando e o professor não acordava.

– Eu não pensei nisso, eu só o vi te agarrando e parti pra cima. - ele disse.

– A claro. - eu falei, eu estava morrendo de ódio daquele ciúme besta do Eduardo.

Abaixei-me pra tentar fazer o professor acordar e era em vão , ele nem se quer dava uma mexidinha, será que morreu?

– Anda Eduardo, vai chamar a tia da farmácia faz alguma coisa útil pelo menos. - eu gritei e ele depois de fazer um bico enorme foi, fiquei balançando o professor de um lado pro outro, Eduardo tava demorando mais que tudo pra voltar, demorou tanto que o professor abriu os olhos me assustando.

– Ai minha cabeça. - James disse colocando a mão na testa.

– Não se mexa professor, vou tentar cuidar de você. - falei, ele coçou a vista.

– Beatriz?- ele disse.

– Sim, sou eu. - falei.

– Seu namorado é um louco.- ele disse sorrindo fraco.

– Ele é um idiota, inútil, desculpe professor não queria que você passasse por isso. - falei arrependida.

– Fica tranquila, ele só tem muito ciúme de você. - ele sorriu.

– É , cortarei as asinhas dele. - falei.

– Ele tem toda razão em ter ciúme, você é linda. - ele elogiou e eu corei.

– Ok professor, obrigada deve estar delirando mesmo. - falei e Eduardo chegou com a tia.

– Finalmente, o homem até acordou. - falei seca e Eduardo olhou pra ele com ódio no olhar.

– Nossa, que soco. - a tia disse colocando gelo.

– Sou bom de pontaria. - Eduardo disse se gabando.

– Não tenho tempo pra sua infantilidade Eduardo. - falei levantando-me e saindo de perto do professor.

– Desculpas aí cara. - Eduardo disse pro professor.

– Ta. - o professor disse.

Quando ia saindo da quadra o inspetor de alunos apareceu.

– Beatriz?- o inspetor perguntou.

– Oi?- falei.

– O diretor quer falar com você e com Eduardo na diretoria, agora - disse o inspetor.

– Tudo bem, já vou indo. - falei saindo em direção à diretor.

Peguei o corredor enorme e quando cheguei à ultima porta meu coração acelerou, que medo, bati na porta.

– Pode entrar. - a voz fria do diretor disse.

– Licença. - falei.

– Sente-se. - ele disse deixando alguns papeis de lado.

– Eu posso explicar. - falei.

– Pode começar. - ele disse.

– Bom,na educação física enquanto os garotos estavam se arrumando pro jogo de futebol que teria as meninas ficaram jogando o um , dois, três corte, e eu não quis jogar e no terceiro corte a Mariam minha inimiga que quis roubar meu namorado de mim e roubou minha melhor amiga também acertou a bola em mim sem eu estar jogando e foi por propósito, eu não sou idiota querido diretor, ai eu fui tirar satisfação com ela e ela começou a me chamar de piranha, eu xinguei ela também não levo desaforos pra casa , ai ela grudou no meu cabelo pra me bater eu virei e comecei a socá-la, simples assim, e depois o professor James foi me tirar de cima dela e meu namorado o Eduardo chegou todo estressadinho e mirou um soco bem no olho do professor achando que ele estava mexendo comigo e que tinha me agarrado porque quis, sendo que era mentira ele foi somente apartar a briga diretor. - falei.

– Que história grande. - ele disse e o Eduardo entrou na diretoria

– Um pouco. - falei sem olhar pra cara de Eduardo, que ódio que eu estava sentindo.

– Bom, infelizmente mesmo sabendo que você sempre foi uma aluna exemplar mesmo sendo um pouco esquentadinha terei que te dar uma suspensão de dois dias e pro seu namorado Eduardo de uma semana porque não se pode encostar o dedo em um professor. - ele disse assinando uns papeis e me entregando.

– Tudo bem, dois dias não é quase nada, nem terei prova. - falei e sorri fraco.

– Você está liberada pode ir, mas Eduardo fica - ele disse um pouco mais arrogante com Eduardo.

– Ok. - falei.

Quando ia chegando à porta , me viro.

– Diretor?- falo.

– Oi. - ele disse.

– E a Tatiana, não levará nada?- falei.

– Sim, uma suspensão de dois dias também porque ela revidou na briga. - ele disse.

– Ok, tchau. - falei indo em direção a sala de aula.

. Já havia iniciado outra aula e eu não poderia assisti-la , Tatiana tinha ido embora porque depois que soquei a cara dela , ela acabou desmaiando na enfermaria , Viviane me olhava eu abaixei a cabeça , ela era o assunto da semana com certeza eu seria a heroína da sala de aula, me despedi da professora e assim sai, caminhei até a enfermaria onde o professor James estava sentado, bati na porta.

– Pode entrar. - ele disse e eu entrei, ele logo abriu um sorriso a me ver.

– Olá. - falei um pouco envergonhada.

– Olá. - ele disse.

– Como está seu olho? - perguntei preocupada.

– Está um pouco roxo, mas daqui dois dias tudo resolve. - ele sorriu forçado, tinha colocado gelo.

– Olha professor, eu te peço desculpas por Eduardo. - falei.

– Ei, fica tranquila eu já disse, estou bem - ele disse.

– Ok, tenho que ir, aliás, estou de suspensão, até daqui dois dias. - falei.

– Eduardo levou suspensão?- ele pergunta curioso.

– Sim, de uma semana. - falei e sorri fraco.

– Hum... é assim mesmo, tchau. - ele disse.

– Tchau. - abri um sorriso e sai.

Fui andando pro trabalho logo cheguei, estava sem nenhum arranhão, hoje era dia de arrumas as prateleiras as horas passaram-se voando, não tive nenhum telefonema sequer do Eduardo, nem de Leila acho que Ana estaria bem, depois ligaria. O dia passou voando, quando vi já era hora de ir embora tudo o que queria era minha cama, minha casa e minha filha.

Terminei, deixei as chaves com minha patroa e sai rumo ao condomínio, na porta vi o carro do Eduardo parado, reviro os olhos e respiro fundo.

– Vamos?- ele disse como se nada tivesse acontecido.

– Eu não vou com você. - disse seca e continuei a andar.

– Sem birras, por favor!- ele disse.

– Eu não estou fazendo birras, eu tenho pernas e quero ir com elas. - falei e dei de ombros, continuei a andar logo cheguei em casa , ele já havia desistido. Entrei peguei o elevador e quando ia chegando, escuto uns barulhos estranho vindo da casa de Eduardo não me importei, aliás, poderia ser um filme, que seja, que se foda, entrei em casa e Leila estava brincando com Ana no sofá, dei um beijo na Ana, e me despedi da Leila que logo se foi, fiz um macarrão instantâneo pra mim e pra Ana comer, estava tão cansada, o dia foi tão longo que a deixei dormir comigo e quando deu quase onze horas da noite, pegamos no sono.

Acordei no outro dia com Ana puxando meu cabelo, eu estava de suspensão eu deveria dormir até mais tarde... Como se a Ana deixasse !

– Bom dia bebê. - dei um beijinho em sua testa e ela abriu um sorriso, não teve como não ficar maravilhada.

Forrei a cama com os travesseiros para que ela não caísse e fui pro banheiro tomar um banho, não demorei, mas também não sai rápido foi médio, sai coloquei um short jeans curto de ficar em casa, e uma blusa regata preta, Ana estava brincando com suas mãozinhas, voltei até o banheiro coloquei sua banheira pra encher, a levei pro quarto dela a coloquei dentro do berço e arrumei uma roupinha pra vesti-la, optei por um short rosa e uma blusa branca cheia de ursinhos pego uma fralda e toalha, fui até o banheiro novamente desliguei a banheira e voltei pra pegar Ana que estava prestes a chorar, dei um banho rápido nela, a troquei e com ela no colo preparei um leite com muita dificuldade, terminei e quando ia colocar a mamadeira em sua boca a campainha tocou, fui com ela no colo e quando abri era Eduardo de cabeça baixa.

– Bom dia. - ele disse.

– Oi. - falei seca e dei passagem pra ele entrar, quando Ana o viu abriu os braçinhos para que ele a pegasse, traidora.

– Vem com o papai, vem. - ele disse pegando ela, entrego também a mamadeira.

– Dormiu bem?- ele perguntou começando um assunto.

– Porque não dormiria? - eu disse seca, eu não queria falar com ele achei injustiça o que ele fez com o professor.

– Olha eu sei que você está irritada, muito brava comigo, mas cara... Eu te amo, eu só tive uma insegurança boba que me resultou aquele soco. - ele disse colocando a mamadeira na boca de Ana.

– Você não confiou em mim, Eduardo. - falei.

– Lógico que confiei. - ele disse.

– Não, você não confiou, com toda certeza você deve ter achado que eu daria atenção ao professor, não Eduardo, eu não daria atenção a ele porque eu te amo cara e tenho consciência que eu sou comprometida. - eu disse irritada.

– Me desculpa. - ele disse.

– Você acha que pedir desculpas resolve Eduardo?. - perguntei.

– Eu acho. - ele disse.

– Caiu do cavalo, não vai resolver. - falei.

– Eu te amo. - ele disse.

– Vai embora, Eduardo... Preciso pensar na minha vida. - falei.

– Me deixa ficar aqui com Ana, ela é minha filha também. - ele disse.

– Tudo bem, pode ficar. - falo e saio andando.

"Se você quer ser feliz, terá que aprender a ignorar muita coisa."

Uma semana se passou e eu não sei mais como está a minha relação com Eduardo, ele vem em casa todo o dia, mas vem mais pra ver Ana e não pra me ver, não que eu esteja com ciúmes, nunca, hoje era dia de dar vacina na Ana e eu não sei se vou ter coragem de segura-la, hoje dispensei Leila, ela não precisaria vir trabalhar porque faltei da escola e a tarde estou de folga.

Acordei com Ana chorando, corri até seu quarto, ela tinha derrubado seu ursinho e pelo jeito fazia tempo que tinha acordado.

– Bom dia meu neném. - falei e dei um beijinho em sua testa, ela parou de chorar e sorriu, peguei-a e a balancei um pouquinho e coloquei sua banheira pra encher, enquanto isso,separo a roupinha que ela ia até o posto de saúde, como estava um pouco frio e eram seis horas da manhã, separei um conjunto de oncinha que eu tinha comprado, tinha até touca e separei uma sapatilha preta , desliguei o chuveiro tirei toda sua roupinha e dei um banho nela, a água estava morna, ela ameaçou chorar e eu rapidamente a sequei.

– Calma bebê. - eu disse paparicando ela. Vesti a roupa rapidamente, penteei de lado seu cabelo lisinho, arrumei sua bolsa com algumas fraldas, lenços e duas trocas de roupas, coloquei a bolsa de lado, deixei Ana na cama e foi a minha vez de ir tomar banho, não demorei quase nada, acabou a mordomia de demorar meia hora no banheiro enquanto sua filha está em sua cama acordada, logo terminei me sequei e fui pro quarto, coloquei uma legging preta e uma blusa de caveira vermelha de manga, passei anti-transpirante, fiz um rabo de cavalo no meu cabelo, chamaria Eduardo pra ir comigo até o posto, pelo menos se eu não aguentasse segura-la ele segurava depois que terminei de me arrumar fui preparar sua mamadeira, preparei duas uma ela bebeu e a outra eu levaria, porque eu não sei que horas sairia daquele posto então se ela sentisse fome, tudo estaria resolvido, olhei no relógio de parede da cozinha e eram 07h30min, eu teria que estar no posto até as nove horas, era por ordem de chegada, então quanto antes eu chegasse melhor era, tranquei a casa e sai rumo ao apartamento do Eduardo que claro não era longe, quando cheguei à porta , senti um frio percorrendo minhas espinhas, bati na porta porque a campainha não estava funcionando e ele deve não ter ouvido, então mexi na maçaneta e a porta estava destrancada, com curiosidade entrei a procura do quarto, a casa estava uma bagunça, roupa pra um lado, comida pra outro, aliás, ele não arrumava e com toda certeza deveria ter dado folga a uma de suas faxineiras, continuei e andar, cheguei à porta e ela estava entreaberta, da porta até sua cama era um pouquinho longe, entrei e quando cheguei à sua cama senti que meus olhos estavam se enchendo de lágrimas, muitas lágrimas, encontrei Eduardo, deitado com outra em sua cama, aos beijos, aquilo doeu e não foi pouco.

– Eduardo... - eu disse com a voz um pouco falha, ele abriu os olhos para ver quem chamava e quando se deu conta que era eu ali, chorando em sua frente deu um pulo e sentou-se.

– Eu posso explicar. - ele disse e eu balancei com a cabeça negativamente.

– Porque fez isso comigo? - eu disse deixando as lágrimas rolarem.

– Não é nada disso que você está pensando Bia. - ele disse.

– É sim. - eu disse com Ana no colo, tirei minha aliança do meu dedo e joguei em cima dele - Fica com isso pra você, eu não preciso de um metal falso, eu não preciso de mais nada que venha de você, não me procure mais, esqueça que eu existo. - eu saio andando, e ele vem atrás de mim.

– Eu te amo. - ele disse.

– Ama tanto que me traiu, boba fui eu de não ter dado toda atenção do mundo pra aquele professor aquele dia, pelo menos ele apanharia por uma coisa justa e não por um motivo besta, desde quando sou traída, desde quando começamos a namorar? Porque você fez toda aquela bosta naquele parque de diversões, pra se mostrar, pra ser capa de revista Eduardo, foi?- eu disse abaixando a cabeça de Ana, ela não precisava presenciar aquela cena estúpida.

– Eu fiz aquilo porque te amo, e foi só essa vez. - ele disse.

– Me poupe, eu não preciso saber disso. - eu disse e sai andando , chegou ao corredor ele me puxou, fazendo-me colar nele.

– Eu entendo sua raiva, eu entendo sua dor, mas por favor, não afaste Ana de mim, amo essa pequena. - falou.

– A ama do mesmo jeito que me ama?- eu perguntei.

– Eu a amo com mais intensidade, é por ela que vivo agora. - ele disse.

– Não acredito no seu amor por ninguém, mas tudo bem não irei afastar Ana de você, até porque não tenho esse direito, você quis entrar nessa comigo e espero que faça seu papel - falei grossa.

– Eu farei, e Perdoa-me. - ele disse, segurando no meu braço.

– Me esquece! - falei me soltando dele e peguei caminho ao elevador que logo chegou, quando entrei desabei em lágrimas, porque aquilo estava acontecendo comigo? Voltei à estaca zero, será que nunca encontrarei alguém que me ame de verdade?

– Eu te amo pequena - falei e beijei a cabeça de Ana que olhava admirada pro espelho.

Logo cheguei ao posto de saúde, estava cheinho já e quando virei dei de cara com o professor James, com o olho inchado e com um bebê que aparentava ter seus um aninho de vida era um garotinho, será que era filho dele? Fingi não vê-lo, mas foi meio que em vão, porque ele me viu.

– Oi. - ele disse sua voz grave bem no pé da minha orelha me causou um arrepio.

– Oi. - sorri envergonhada.

– É sua filha?- ele pergunta encantado.

– Sim, e ele é seu filho?- pergunto.

– Não exatamente, ele é meu afilhado. - ele diz.

– Como ele chama?- pergunto.

– Rubens. - ele sorri fraco.

– Que nome lindo. - eu falei.

– E sua filha, como chama?- ele diz.

– Ana. - sorri.

– Que fofa. - ele a paparica e Ana abre aquele sorriso lindo, ela se arregaça pra todos os homens bonitos que eu conheço.

– Vai dar a vacina?- ele me pergunta.

– Vou sim, mas to com medo. - falo.

– Medo do que?- ele arregala os olhos.

– Eu nunca tive experiência, nunca dei vacina na minha filha. - eu falei.

– Como assim, ela nunca tomou vacina? - ele disse surpreso.

– A minha história com Ana é meio complicada, depois te conto quando tivermos tempo, se quiser. - falei.

– Tudo bem. - sorriu com curiosidade.

– Número 08 e 09. - a moça diz, o oito era eu e por coincidência o nove era o professor.

– Vamos?- falou.

– Sim. - eu disse meio nervosa.

– Relaxe. - ele disse sorrindo.

Entramos na sala, tive que tirar a blusa de frio da Ana, a seguro e fecho os olhos.

– Parece que você está com mais medo que a filha, mãe. - A moça diz, eu coro na hora, que mico.

– Faz parte. - James diz, me salvando eu assento com a cabeça como se tivesse dito obrigada.

Continuei com os olhos fechados e escutei o chorinho da Ana, coitada que injustiça, abri os olhos devagar e a moça tinha dado um brinquedinho pra ela que a acalmasse.

– Pronto. - ela disse terminando de escrever em sua coisinha de vacinação.

– Obrigada. - levanto da cadeira, trêmula.

– Agora é você meninão. - a moça diz arrumando a blusa de Rubens, James age naturalmente e a moça enfia a agulha, o garoto nem chora, que chatinho, sorri com os pensamentos, terminamos e saímos até o portão.

– Como você consegue agir naturalmente?- pergunto surpresa.

– Eu sempre vim dar vacina no Rubens. - ele diz rindo.

– Nossa que sufoco, eu pensei que aquela agulha não sairia mais. - eu digo e exagero um pouquinho.

– Isso é normal, Ana nem ficou com medo contrário da mãe. - ele disse rindo.

– Acho que vai ser sempre assim. - falo e suspiro.

– Vai nada, é só a primeira e a segunda vez. - ele diz rindo, como se tivesse experiência.

– Espero. - falo e suspiro novamente dando fim na conversa.

– O que vai fazer agora?- ele pergunta.

– Vou pra minha casa, chorar. - falei totalmente dramatica.

– Não vai não, vamos almoçar, eu estou faminto. - ele diz sorrindo.

– Não dá rolo pra você, na escola e tudo mais? - pergunto.

– Não dá não, vamos... É melhor do que ficar chorando sei lá. - ele disse.

– Tudo bem, vamos. - sorri e o acompanhei.

Chegamos até o seu carro, ele colocou o Binho na cadeirinha e como só tinha uma eu fui com Ana no meu colo, fomos conversando o caminho todo até o restaurante.

– Você me disse que ia pra sua casa chorar - ele tosse. - Posso saber o motivo?- ele pergunta preocupado.

– Pode sim, eu larguei do Eduardo. - falei e ele freou sem querer.

– Desculpe. - ele diz. - Por quê? - perguntou.

– O peguei com outra hoje, tipo fui chamá-lo pra ir comigo dar a vacina em Ana e quando cheguei lá a porta estava aberta , eu entrei e peguei os dois. - falo e percebo que meus olhos já se enchem de lágrimas.

– Poxa vida, eu sinto muito. - ele me consola.

– A vida nem sempre, é do jeito que queremos. - eu falo.

– Deveria ser. - ele fala e estaciona o carro. - Chegamos. - ele sorri.

Nós conversamos tanto que nem percebi que estávamos em um restaurante bem famoso que ficava de frente pro mar e o caminho foi tão rápido... Desci do carro com Ana, peguei sua bolsa, ele tirou o Rubens da cadeirinha e pegou as coisas dele, trancou o carro e entramos.

Entramos ao restaurante e alguns olhares caíram sobre nós, o que será que estavam pensando? Procuramos uma mesa um pouco afastada da gente, cada um com seu bebê no colo, e uma atendente chegou.

– Bom dia, o que vão querer de almoço?- ela diz toda sorridente.

– Eu quero uma lasanha. - me adianto.

– Duas, por favor. - James acrescenta.

– O que vão querer pra beber? - ela pergunta.

– Uma coca, pode ser?- ele me pergunta e eu assento com a cabeça que sim.

– Ok então, só repassando é uma coca , e duas lasanhas certo?- ela diz anotando.

– Isso. - James diz.

– Ok, e só pra constar vocês formam um casal muito lindo e seus filhos são fofos. - ela diz toda babona olhando pras crianças, eu olho assustada pra James que sorri.

– Obrigada. - ele diz e desfaz o sorriso.

– Só é a verdade. - ela diz e sai rebolando, entra na cozinha e eu ainda estou imóvel.

– O que foi isso?. - pergunto.

– Um elogio? - ele diz como se fosse óbvio.

– É eu sei que foi um elogio, mas tipo. - eu digo e arregalo mais os olhos.

– Fica tranquila. - ele diz tirando as mãozinhas de Rubens que estava louco pra pegar o copo.

– Porque deu corda pra ela? - pergunto.

– Pra não acabar com as expectativas da garota, tipo é ruim. - ele diz rindo.

– Mas não somos um casal. - eu falo.

– É não somos, mas eles acham, então deixe que achem. - ele diz.

Ficamos conversando coisas desnecessárias enquanto o nosso pedido não chegava, e quando chegou percebi que no meu prato vinha um papel branco, não qualquer papel parecia mais um bilhete.

– Aqui está. - a moça diz.

– Obrigada. - eu digo.

– Isso é pra você. - ela me entrega o papel.

– Obrigada novamente. - eu falo.

– De nada, qualquer coisa é só chamar. - ela diz e sai rebolando novamente em direção à cozinha.

– Vai ler? - o James pergunta.

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– Estou um pouco curiosa, vou abrir sim. - falo e logo em seguida abro, o bilhete dizia.

Eu estou observando você com o seu novo namoradinho, o legal é saber o tipo de gente que eu estava lidando primeiro faz cena de drama quando me vê com Sofia e depois já está com outro. Ed.



Naquele momento, meus olhos começaram a se encher de lágrimas como ele pode me insultar dessa forma, James está longe de ser meu namorado ele é apenas o meu professor que me chamou pra um almoço, James me olhava eu virei disfarçadamente procurando Eduardo por todos os lugares, e não consegui observa-lo.

– Está procurando por Eduardo? - ele pergunta me dando um susto.

– Sim. - eu digo e abaixo a cabeça.

– Ele foi ao banheiro, está sentado à três meses atrás da nossa, como você está de costas não tem como você ver e ele não está sozinho. - ele diz colocando suas mãos nas minhas, aquele '' ele não está sozinho'' foi como se eu tivesse levado uma facada no peito, já não bastava meu coração estar regaçado ele ainda tras outra no mesmo restaurante que eu? Seria perseguição?

– O que diz o bilhete. - ele pergunta.

– Não é nada, demais! - eu digo.

– Se não fosse nada demais, não teria mexido com você posso ver?- ele diz pegando o bilhete em mãos.

– Tanto faz. - eu digo garfando um pedaço da minha lasanha e ele lê, vi seus olhos ficando vermelho ele queria levantar-se.

– Aonde vai? - pergunto.

– Quem esse cara pensa que é , pra te insultar dessa maneira? Do colégio pra fora não sou mais professor, posso matá-lo se quiser. - ele dizia irritado.

– Sente-se James, está tudo bem... Vamos almoçar em paz e irmos embora, eu não quero ficar mais de meia hora aqui passando por tudo isso. - Digo e trato de Ana, esfomeada.

– Não vou te fazer por outro vexame igual ao que você passou na escola, desculpe-me, mas nesse bilhete ele praticamente te chamou de puta. - ele diz ajeitando-se na cadeira.

– Vai ficar tudo bem, não dê tanta importância à isso. - eu digo.

– Se ele voltar a te insultar, me avisa?- perguntou.

– Sim. - eu digo e continuo o meu almoço tentando fingir que nada tinha acontecido, mas por dentro, eu estava destruída.

Terminamos de comer e tratar das nossas crianças , me ofereci pra pagar nem que fosse metade da conta e ele não deixou, pagou tudo e pelo visto não ficou muito caro, quando me virei dei de cara com o Eduardo me encarando, quer dizer me fuzilando.

– Oi. - ele disse frio.

– Oi. - disse mais fria ainda.

– Podemos conversar?- ele disse.

– Não temos nada pra conversar. - eu falei e tentei sair, ele não deixou.

– Temos sim, o que está fazendo com esse cara?. - ele diz e James tinha saído pra ir ao banheiro.

– Nunca lhe devi satisfação alguma da minha vida, sou dona do meu próprio nariz, você não é meu pai, nem mesmo meu namorado, você é uma bosta ambulante que atravessou no meu caminho, e eu não preciso dos seus bilhetes insinuando que sou uma puta, porque eu sou muito diferente de qualquer vadia que você pega, eu nunca me daria a você, sabendo o que você é. - eu disse e sai andando, deixando ele plantado perto do balcão com cara de tacho.

Fui pra fora esperar o James no carro, quando uma loira oxigenada apareceu e ficou frente a mim.

– Eu vi o que você fez com o Eduardo. - ela disse.

– Quem é você?-pergunto.

– A namorada dele e que não vai deixar qualquer uma falar com ele como bem entender. - ela diz.

– Olha aqui projeto de puta, não sei se você sabe, mas a qualquer aqui tem uma filha com o seu namoradinho ai, e até ontem ele dizia me amar sabia? Então , procure outro terreiro pra você ciscar, porque não to afim de meter a mão na tua cara. - eu digo e Eduardo chega logo atrás.

– O que está pegando aqui? - ele se faz de homem, só agora.

– Diga ao seu projeto de puta , que não quero falar com ela e muito menos com você. - eu digo.

– Projeto de puta uma ova queridinha, olha o jeito que você fala. - ela diz querendo partir pra cima de mim.

– Menos Sofia, bem menos!- Eduardo diz.

– Menos o caramba, vai a deixar falar comigo assim, amor? - ela diz com a voz manhosa, que ódio.

– Que seja, vamos embora. - ele diz a puxando, e logo me encara - Depois converso com você. - ele diz.

– Não perca seu tempo - retruco e ele sai logo, James chega.

– Vamos? - ele diz.

– Vamos. - eu digo dando fim ao assunto.